terça-feira, 31 de março de 2020

DE ILHAS...

Foto Fernando Alexandre
A ilha ninguém achou
porque todas a sabíamos.
Mesmo nos olhos havia
uma clara geografia.

(Jorge de Lima - 1893/1953)

CAMINHOS...

Fotos Fernando Alexandre
 
Praia do Saquinho

NA MESA

Foto Divulgação
Ceviche Tradicional
O ceviche é o prato símbolo do Peru. Sua primeira versão é registrada como sendo de cerca de 2000 A.C. entre o povo Mochica. O prato baseia-se em peixe cru marinado em suco de limão ou outro citrico. O essencial é que o pescado seja branco. Pode-se ser servido tanto como entrada, acompanhado de pão, batatas fritas ou tortillas mexicanas, como prato principal, junto com batatas doces cozidas ou milho cozido.

Abaixo, pode-se conferir a receita tradicional do ceviche.

CEVICHE

Ingredientes

200g de filé de pargo ou outro peixe branco
Suco de 3 limões sicilianos
1 colher (chá) de azeite de oliva
Pimenta vermelha picada (sem sementes)
Cebola roxa em fatias finas
Coentro picado
Sal e pimenta-do-reino

Modo de preparo
1. Corte o filé de peixe em cubos de 1cm.
2. Regue com o suco de limão e azeite.
3. Tempere com sal e pimenta.
4. Deixe marinar por cinco minutos para que o suco de limão "cozinhe" o peixe.
5. Junte a cebola e a pimenta vermelha picadinha.
6. Adicione o coentro picado.
7. Cubra com papel-filme e deixe marinar por duas horas na geladeira. 
Rendimento: 1 porção

OS HOLANDESES E O MAR

Ilustração: you tube

Holandeses, povo marítimo por excelência

“Símbolo da exploração com naus a vela e das descobertas foi a revolucionária República Holandesa do século XVII. Tendo declarado sua independência do poderoso Império Espanhol, ela abraçou, mais completamente que qualquer outra nação desta época, o Iluminismo europeu.” Assim escreveu Carl Sagan, professor de astronomia e ciências espaciais da Universidade Cornell. Autor de dezenas de livros, entre os quais, “Cosmos” (ed. Cia das letras), Sagan, antes de tudo, era um humanista. Foi desta obra que tiramos a frase sobre os holandeses, povo marítimo por excelência.

Holandeses, povo marítimo, e a necessidade de navegar

Carl Sagan: “Era uma sociedade racional, ordenada, criativa. Mas os portos e navios espanhóis foram vedados à navegação holandesa. A sobrevivência da minúscula república dependia de sua capacidade para construir, tripular e acionar uma grande frota de navios comerciais.

Holandeses, povo marítimo: as naus

“A Companhia das Índias Orientais, empreendimento conjunto de governo e iniciativa privada, enviou navios para os cantos mais afastados do mundo para adquirir mercadorias raras e revendê-las com lucro na Europa.”
Saga marítima portuguesa: início e, sobretudo, o declínio que abre as portas para outros povos navegadores

Foi assim que começou a epopéia náutica holandesa. Ela foi favorecida pelo imenso império marítimo português, e a dificuldade dos lusos estarem em todos os lugares para defender suas posses. A saga lusa começou em 1415, e teve seu ‘grand finale’ em 1522, com a circunavegação de Fernão de Magalhães.
Os lusos não conseguem segurar seu império marítimo

Depois de dominarem os mares, os lusos criaram um império tão vasto que sua pequena população (na época avaliada em um milhão de pessoas) não deu cabo de segura-lo, abrindo espaço para outras nações. Os holandeses, povo marítimo por excelência, não perderam tempo.

Holandeses, povo marítimo, vencem os lusos em Cochin. Atlas van der Hagen

Do mar de Barents, no Ártico, à Tasmânia, na Austrália

Carl Sagan: “De uma hora para outra os holandeses estavam presentes em todo o planeta. Omar de Barents, e a Tasmânia, devem seus nomes a capitães do mar holandeses. Em um ano típico, muitos navios percorriam metade do mundo. Descendo pela costa oeste da África, contornando o litoral sul, passando pelo estreito de Madagascar e atravessando o que chamavam de mar da Etiópia, e depois a ponta meridional da Índia, eles navegavam em direção ao maior foco de seu interesse, as ilhas das Especiarias, atual Indonésia. Algumas expedições saíram dali para uma terra com o nome de Nova Holanda, hoje chamada Austrália.”

E conclui Sagan: “Nunca antes nem depois, a Holanda foi a potência mundial que era então.”
Holanda do século XVII, o lar de grandes filósofos

Em seu livro, diz Sagan sobre esse aspecto: “País pequeno, obrigado a recorrer à sua sagacidade e inventividade, praticava uma política exterior de forte cunho pacifista. Devido a sua tolerância para com opiniões heterodoxas, era porto seguro para intelectuais que se refugiavam da censura e controle de opinião.”

“A Holanda do século XVII tornou-se o lar do grande filósofo judeu Espinoza; que Eisntein admirava. De Descartes, figura axial da história da matemática e da filosofia; de John Locke, cientista político que influenciou um grupo de revolucionários de inclinação filosófica cujos nomes eram Paine, Adams, Franklin e Jefferson. Foi a época dos mestres da pintura de Rembrandt e Vermeer, e Frans Hals; de Leeuwenhoeck, inventor do microscópio; de Grotius, fundador do direito internacional; de Willebrord Snell, que descobriu a lei da refração da luz.”

O estudo sistemático…Aula de anatomia, de Rembrandt

“O microscópio e o telescópio foram desenvolvidos na Holanda, no início do século XVII.”
A luz: tema predominante naquela época

Sagan diz que ” a luz era tema predominante na época. A simbólica iluminação da liberdade de pensamento e de religião, da descoberta geográfica. A luz que permeava as pinturas da época, em especial a primorosa obra de Vermeer; e a luz como objeto de de investigação científica…”

O astrônomo, de Veermeer

“Os interiores de Vermeer estão caracteristicamente cheios de artefatos náuticos e mapas de parede.”

“Oficial e moça sorridente” (1657-58), a notar, o mapa de parede

“Um problema cheve para a navegação na época era a determinação da longitude, que exigia uma medição precisa do tempo. Christian Huygens inventou o relógio de pêndulo que foi empregado, não com absoluto sucesso, para calcular posições no meio do oceano.”

Algumas descobertas holandesas
Eles colonizaram Java e, ao mesmo tempo, chegavam ao Nordeste do Brasil, denominado na época como Brasil neerlandês. O navegador Willem Janszoon, foi o primeiro europeu a avistar as terras australianas (1616) e Nova Zelândia (1642). No ano de 1615, Jacob Le Maire e Willem Schouten navegaram contornando o Cabo Horn para provar que a Tierra del Fuego não era uma ilha tão grande. Abel Tasman, executou viagem de circunavegação à chamada Nova Holanda. Em Junho de 1594, o cartógrafo holandês Willem Barents partiu numa frota de três navios para o mar de Kara (parte do oceano Ártico, ao norte da Sibéria), na esperança de encontrar a passagem do Nordeste acima da Sibéria. Atingiram a costa oeste da Nova Zembla (arquipélago russo no oceano Ártico), e seguiram para norte, antes de serem forçados a voltar face aos grandes icebergs.

“O império holandês incorporou regiões como a do Cabo, na África; o Ceilão, na Ásia; a Nova Amsterdã (atual Nova York); vários territórios no nordeste do Brasil e as ilhas Antilhas na América.”

“A Holanda tem uma ex-colônia no norte da América do Sul, no meio das duas Guianas: o Suriname. E nova York foi fundada pelos holandeses.

O final da era holandesa no mar

“No séc. XVII ocorreram três guerras anglo-holandesas: de 1652 a 1654; de 1665 a 1667; e de 1672 a 1674, ao final das quais ocorre a emergência da Inglaterra como potência mundial hegemônica.”

Por seus feitos no mar, a Holanda merece estar presente na ‘História Marítima”, do Mar Sem Fim. Carl Sagan encerra assim suas considerações sobre a o périplo náutico holandês: “as espaçonaves Voyager são descendentes lineares daquelas viagens de exploração dos veleiros, e da tradição científica especulativa de Christian Huygens. As Voaygers são caravelas direcionadas às estrelas, explorando no caminho esses mundos que Huygens conhecia e tanto amava.”

Fonte: Cosmos, de Carl Sagan, Ed. Cia das Letras.
Fontes da net: https://www.infoescola.com/historia/descobrimentos-e-navegacoes-holandesas/;https://alunosonline.uol.com.br/historia/navegacoes-holandesas.html; https://www.ducsamsterdam.net/curiosidades-historia-holanda/.

(Via https://marsemfim.com.br/)

segunda-feira, 30 de março de 2020

ACORDES DA ILHA




MARÉ RASA

Música: Maré Rasa (Canção de Partida) Autores: Música: John Mueller, Letra: Gregory Haertel Músicos nessa faixa: Jimmy Allan (bateria), Caio Fernando (baixo Elétrico), Mazin Silva (guitarra), Ruan Mueller (percussão) e John Mueller (voz e violão) e Jorge Helder (dobra de violões) Participação especial: Ana Paula da Silva (voz) Direção musical: Jorge Helder Gravado no estúdio The Magic Place, em Florianópolis/SC Fotografia e videoclipe: Vinícius Giffoni.

DANDO NOME...

Foto Fernando Alexandre

"Vó Pequena" - Pântano do Sul

OUTROS OLHARES, MARES...

Imagem Anna Klinkosz

PREVISÃO DO TEMPO

Não há sábado sem sol,
nem noiva sem lençol,
nem domingo sem missa,
nem segunda sem preguiça
(Dito popular registrado por Lucas Boiteux na Ilha no começo do século passado)

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Foto Fernando Alexandre

CAMINHOS

Foto sem crédito

domingo, 29 de março de 2020

MAR KRÔNICO

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DEZ MANDOS 

1 – Escrever. Simplesmente. Sedar o vírus da loucura. Acalmar a fera da insensatez. Plantar e colher emoções à flor da pele. Lavrar a pala. Palavra. Roçar a tez. Tezão. De graça. De bobeira. Como quem não quer nada. Na raça, na praça, na troça. Sempre. 

2 – Certo, certíssimo, diriam alguns. Outros, nem tanto. Portanto, tenho dito e entretanto. 

3 – Fico entre o sim e o não e chego a alegre confusão: afinal, quem tem razão? O meu pé, o meu irmão, a minha voz ou o meu patrão? Pelo sim ou pelo não, talvez. Quem não consome, some. Quem não cria, deus não ouve. 

4 – Poder e prazer não vão pra cama juntos. Nunca. “O poder é o sexo dos velhos.” Só os mal trepados querem subir. Poder ter prazer. Só. Simples, não? 

5 – Fica a dúvida. A dívida nunca é terna. O que não tem solução, solucionado está. O que não tem resolução já está resolvido. Dissolvido. Removido. Não deixe de ficar triste, em caso de tristeza. De morrer, em caso de morte. De viver em caso de vida. De duvidar, em caso de dúvida. 

6 – Não esqueça nunca: de avisar a família, do tipo sanguíneo, do telefone dos amigos, do caminho de casa, da chave da perdição, de pedir um último trago, de fechar o gás, de pagar o taxi, de fazer xixi e escovar os dentes antes de dormir. 

7 – Anote em todos os lugares: na parede, nos sapatos, nos livros, nos muros, nos lençóis, na carteira de trabalho: navegar continua sendo preciso. Em caso de emergência, quebre o vidro e puxe o cordão! 

8 – Na parte que me toca, no que me diz respeito, no que me afeta, sou radical: me nego a aceitar essa coisa imposta. Aos que me vêem trazê-la recuso e receito: uma dose de formicida Tatú dupla, duas aspirinas, uma angina no peito. 

9 – Importante: não esqueça de apagar a luz e me deixar sem memória quando fores embora. 

10 – Certos dias não tem jeito: o hai cai. 

(Fernando Alexandre)

MALHEIRAS

Foto Fernando Alexandre

ERA DO MAR...

Imagem sem crédito
"...E um dia," para não morrer de saudades'', foi-se às águas; era de manhãzinha:
o mar estava quieto, sossegado e reluzia como uma grande mancha de vidro novo.
(...)
_ Mistério assim!! Até a canoa sumiu, credo!!!
_José Loura nasceu no mar... Viveu no mar...Era do mar!!
_ E o mar, senhor, não quis dar à terra velha bruxa esfomeada.
ficou com o que era seu..."

(De "Homens e Algas,"romance de Othon D'Eça)

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Foto Fernando Alexandre

COZINHA D'ALEM MAR


PEIXE ASSADO ÀS POSTAS

Ingredientes
(Para 2 pessoas)

*Postas de peixe grosso - 2
*Vinho Branco - 2 colheres de sopa
*Tomate - 1 médio (limpo de peles e semente)
* Cebola - 1/2 média às rodelas
* Salsa - 1 pé
* Azeite/Manteiga - 2 colheres de sopa
* Sal e pimenta

Preparando


Seque o peixe, salpique com sal e pimenta e ponha de parte. Entretanto, frite na gordura escolhida (só azeite ou só manteiga, ou uma mistura de ambas) a cebola e o tomate, temperando com a salsa picada e um nadinha de sal. Reduza a chama e deixe apurar a cebolada durante uns 6 minutos. Deite então o vinho, mexa, ferva mais 2 ou 3 minutos e coloque este molho no fundo da assadeira.
Escorra as postas de peixe e ponha-as em cima da cebolada, cobrindo-o com um pouco de gordura. Asse no forno (temperatura média) durante uns 18 a 20 minutos. Se quiser, vire as postas a meio da cozedura ou, pelo menos, regue-as com o próprio molho um par de vezes.

(Receita de "Peixe à sua mesa", de Edite V. Phillips - Colares Editora - Sintra/Portugal)

AO LONGE, O MAR...

Madredeus!

MANEMÓRIAS

Foto Ninguemsabe Onome
Morro das Pedras, Sul da Ilha, em 1930. Ao fundo, à direita, a Ilha do Campeche.

sábado, 28 de março de 2020

UMA MESA PORTUGUESA, COM CERTEZA!

Foto Divulgação
Camarão com molho de mostarda 

Ingredientes
 4 colheres de sopa de azeite de oliva
700 gramas de camarão
3 a 4 dentes de alho esmagados/cortados
1 cebola pequena cortada bem fina
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 copo de vinho branco seco
1 colher de sopa de caldo de galinha liquido
1 1/2 colher de sopa de mostarda
sal e pimenta a gosto (opcional)
 tempero verde (salsa / cebolinha) - opcional

Modo de Fazer:
Em uma panela esquente 2 colheres de sopa de azeite de oliva e coloque o camarão (fogo baixo). Mexa sempre até o camarão estar quase no ponto. ( + - 5 minutos).
Deixe esta panela de lado. Posteriormente finalize o camarão ao ponto junto com o molho.
 Em outra panela faça o molho (fogo baixo):
 esquente as 2 colheres de sopa restantes do azeite de oliva e doure a cebola. Acrescente em seguida a farinha de trigo e mexa bem por cerca de 1 a 2 minutos.
Acrescente em seguida o vinho, caldo de galinha liquido e a mostarda e mexa bem por cerca de 1 a 2 minutos. Acrescente mais vinho caso deseje mais aguado ou menos cremoso.
Misture o molho com o camarão que está na outra panela (fogo bem baixo), mexendo sempre, deixe cozinhar por cerca de 2 minutos até o camarão estiver no ponto.

( Fonte: http://receitas101.blogspot.pt/2009/08/camarao-com-molho-de-mostarda.html)

MAR DE POETA

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viagem sem rumo
e sem fim,
como a dos ascetas
e dos apaixonados,
fadados ao êxtase
e ao naufrágio

NA ILHA POR VEZES...

Na ilha por vezes habitada
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste
José Saramago

BÁSICO & CLÁSSICO

Foto Fernando Alexandre

Pântano do Sul como o diabo e todos nós gostamos!

O NAUFRÁGIO DA "CHATA" NO PÂNTANO DO SUL



Comandante Zenaide, pescadora e quituteira do Pedacinho do Céu Restaurante, e Seo Vadinho, pescador e dono do Bar e Restauraste do Vadinho, do Pântano do Sul, falam sobre o navio que naufragou na praia nos anos 50 do século passado.

O NAUFRÁGIO DO NAVIO GUARARÁ


Navio Guarará, pertencente a Companhia Internacional de Transportes; 482 toneladas de registro; tripulação de 23 pessoas. Esses dados foram retirados do jornal "O Dia" (Curitiba, 9 de outubro de 1940, p.3) que faz referência ao quase naufrágio ocorrido "nas alturas do Cabo de Santa Marta". Na edição do mesmo dia, contudo, no Rio de Janeiro, “O Jornal” (p.6) trás mais informações sobre o ocorrido sob o título “O navio Guarará arribou o Porto de Florianópolis”. De acordo com a edição, a avaria sofrida pela embarcação foi “extrema gravidade”, que com a inundação dos porões correu risco de soçobrar [algo que viria a acontecer 14 anos depois, conforme será relatado a seguir]. 

Sobre o naufrágio, o “Jornal do Brasil” (Rio de Janeiro) na edição de 16 de junho de 1954 (p.11), sob o título “Naufragou à altura do Farol dos Náufragos, em Florianópolis”, traz uma série de informações sobre a embarcação e o infeliz ocorrido. O navio carvoeiro Guarará, “conduzia um carregamento de carvão de Imbituba para o Rio de Janeiro. De acordo com a mesma edição, o navio deslocava 650 toneladas e segundo tripulantes “somente quando o navio singrava as águas fronteiras ao porto de Florianópolis que se notaram o rompimento dos porões”. As medidas do comandante de mudar de rota para que o navio pudesse chegar a capital catarinense não surtiu o resultado esperado, tendo a embarcação afundado à passagem do “Farol do Náufragos” (Farol dos Naufragados). Todos os tripulantes foram salvos.

Na edição do jornal "Correio da Manhã" de 18 de dezembro de 1958 (p.16), traz a informação de que o Tribunal Marítimo indeferiu o pedido de arquivamento do processo de encalhe e naufrágio do Navio Guarará, formulado pelo Procurador Gilberto de Barros, dando ordem "a volta dos autos a Procuradoria, para que represente contra a armadora (...) [já citada anteriormente] e o comandante Antônio Coelho Neto, pelos fundamentos que serão aduzidos nos autos pelo relator Braz da Silva". Espero ter contribuído. Melhores cumprimentos, 

(Ticiano Alves é especialista em Arqueologia Subaquática pelo Instituto Politécnico de Tomar/Portugal e doutorando em Arqueologia (ramo naval) pela Universidade de Coimbra.)

* Texto publicado originalmente pelo INSTITUTO LARUS  em 30 de Outubro de 2016.

sexta-feira, 27 de março de 2020

MAR DE POETA

Foto Fernando Alexandre
velas hasteadas
quintal de águas
viagem sem fim

PRA ENTENDER...

Mar com ardentia, ou ardencia (no manezês)

ARDENCIA - Plânctons que brilham no mar em noites sem lua.
ASSUCEGAR - Sossegar.
CASTALHO - Suporte de madeira da mesa de prensa dos engenhos de farinha.
ENCARNADO - Ficar a fim, muito interessado em alguma coisa ou pessoa. Também vermelho.
IR À FONTE - Lavar roupa.
TOMAR UMA BAGA - Tomar uma pinga, uma cachaça.
ZANGARILHO - Equipamento utilizado para pescar lulas, formado por diversos anzóis sem barbelas. O mesmo que zangarejo.
(Dicionário da Ilha - Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina).

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Foto Fernando Alexandre

MAR DI CAVALCANTI

Pescadores-  Óleo sobre tela -   Di Cavalcanti - (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976)

DE BRUXAS, LOBISOMENS E CRENDICES!

Causos da Ilha de Santa Catarina!

CAMINHOS...

Foto Ninguem Sabonome
Trilha que levava a Praia Brava, em 1983

quinta-feira, 26 de março de 2020

DE POEMAS & QUARENTENAS

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Mimico Ewerton

Silêncio!
Escute as palavras
Mudas de cio

(Fernando Alexandre)

TEM SARDINHAS NA MESA


Sardinhas assadas com limão e orégano

Prato Principal

Ingredientes
Número de doses: 6
12 sardinhas frescas e limpas
4 colher (sopa) de azeite de oliva
4 colher (sopa) de oréganofresco picado
Sal e pimenta

Preparação
Corte 1 limão em fatias finas. Faça raspas com a casca do segundo e esprema o suco.
Corte as cabeças das sardinhas. Coloque as sardinhas em uma assadeira ou travessa refratária que acomode as sardinhas em uma única camada.
Coloque as fatias de limão dentro dos peixes, cubra com o suco de limão e o azeite. Polvilhe as raspas de limão e o orégano picado, tempere com sal e pimenta a gosto.
Asse em forno pré aquecido (190°C) por 20-30 minutos, ou até que as sardinhas estejam macias.
Sirva guarnecido com pedaços de limão.

(Do https://pt.petitchef.com/)

DE CARA PRO SUL

Foto Fernando Alexandre

quarta-feira, 25 de março de 2020

ANTES DO INVERNO 
 Documentário sobre a Pesca Artesanal da Tainha em Bombinhas/SC

DE POEMAS & QUARENTENAS

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ventos de outono
na madrugada
                  acordam meu sono                  

(Fernando Alexandre - outono 92)

DOS MARES NÃO FUJO...


Ilustração: Guilherme Zamonner.


"Sou um Velho Marujo, um Velho Caramujo, e dos mares não fujo,
mesmo quando a maré não está para peixe. No escuro descubro os roteiros noturnos pra navegar seguro:
olhando o céu escolho o traçado de estrelas que me mostram o rumo.
Com a mala de conchas estourando de histórias, só viajo sozinho,
de carona ou escondido no casco dos navios.
Quando os barcos, no inverno, vão para mar aberto,
eu saio do “terraço” e vou para o porão;
mas lá tem muito rato e não é bom o espaço.

Se me sinto perdido me lembro do que disse um marinheiro amigo:
Um mapa-múndi e um átomo são, os dois, invisíveis,
dentro de um grão de areia cabe o deserto inteiro,
o sal em nossas veias também veio do mar-,
e eu de novo me encontro, vendo meu próprio rosto no rosto dos antigos.
Pode ter maremoto, temporal, meteoros, pode ter furacão e chover pedregulho,
mas não tem susto ou escuro que me tirem do prumo: sou um Velho Caramujo,
e dos mares não fujo.
Não vivo pro futuro: meu rumo é a viagem, e os mares não tem muro.
Eu quero é descobrir outros mundos no mundo. E se bate a tristeza vou soletrando, ao vento, letra por letra, atento, a palavra e-s-t-r-e-l-a, até sonhar sereias e senhas para os sonhos.
Não vivo pro futuro: meu rumo é a viagem, e os mares não tem muro.
Eu quero é descobrir outros mundos no mundo.
Se sou um Velho Marujo, um Velho Caramujo, dos mares não!, não fujo!"

Fragmento de texto do livro "Velho Caramujo",
de Josely Vianna Baptista, Editora Mirabilia.

MAREGRAFIAS

Foto Fernando Alexandre

segunda-feira, 23 de março de 2020

TUDO MACONHEIRO

Resultado de imagem para Vermelho olho de boi peixe"
Sempre atentos! Mesmo em cardumes, os vermelhos olho-de-cão mantém seus olhos bem abertos! 
Na ilha de Santa Catarina, são também conhecidos como "olho de boi" e "maconheiro"!

GIGANTE DO MAR

Foto Anselmo Döll
Tocorimé Pamatojari, o maior navio a vela de madeira construído no Brasil.
120 pés
160 toneladas

Via Anselmo Döll - https://www.facebook.com/anselmo.doll?fref=ts

AS MARCAS DO AMOR


Foto Alcides Dutra
TODO MORDIDO...
... e as marcas são compatíveis com os dentes dos próprios golfinhos. Como eles tem uma atividade sexual intensa, imaginamos que a festa deve ter sido inesquecível.
Próximo a Ilha Moleques do Sul - Florianópolis - SC.

Curta a página do INSTITUTO LARUS.

DANDO NOME...

Foto Fernando Alexandre

domingo, 22 de março de 2020

A FELICIDADE DE QUEM FAZ O QUE GOSTA

Foto Fernando Alexandre
Capitão Ademir, depois de horas solitárias no mar, exibe os troféus do dia!
Pântano do Sul



MÃOS NÃO MENTEM...

Uma exposição marcante realizada em Newlyn, Inglaterra, captura a dura vida dos pescadores através de uma série de estudos fotográficos das suas mãos.

O trabalho dos pescadores é o mais perigoso que existe em tempos de paz. Mas acima dos perigos de estar no mar estão as dificuldades do dia-a-dia: puxar redes e cordas molhadas, desmalhar e arrastar caixas de peixe. O ato de pescar para o mercado acaba com as costas, e deixa as mãos e os lábios rachados. São essas dificuldades diárias que a fotógrafa Biljana Lipic apresenta em "Mãos de Pescadores", na Galeria de Newlyn, Inglaterra. Biljana observou os pescadores na costa sudoeste e tirou fotos de suas mãos como forma de relatar o que a pesca comercial implica no século 21.

"Vários pescadores têm pedaços de seus dedos faltanto - é parte do perigo do trabalho", explica Biljana. Na verdade, ao longo dos últimos 10 anos, 529 pescadores britânicos sofreram ferimentos graves, além dos 94 que perderam suas vidas no mar. "Eu estou interessada nas histórias que as mãos dizem por si mesmas", diz Biljana. "Não se trata apenas de olhar para elas como parte do corpo, mas também algo que é integral para o trabalho. Algo que estes homens dependem para a sua sobrevivência. "

Veja as fotos clicando aqui.

(Do http://www.observasc.net.br/pesca/index.php/noticias/pesca/1525-2015-02-06-13-45-11)


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