quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O ALMIRANTE NEGRO



Revola da Chibata
Após 98 anos, Marinha libera documentos de João Cândido

A revolta liderada pelo almirante negro - episódio praticamente extinto dos livros de história, pois se trata de uma dos maiores levantes de um setor das Forças Armadas - é um exemplo de luta não só para os trabalhadores negros, mas para toda a classe operária.

Pela primeira vez a Marinha brasileira torna público documentos sobre o marinheiro de 1ª classe João Cândido Felisberto (1880-1969), o almirante negro que pôs fim aos castigos corporais na Marinha após liderar a Revolta da Chibata, em 1910.

Os documentos históricos vieram à tona somente 98 anos depois devido à iniciativa de uma equipe de historiadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a serviço do Projeto Memória da Fundação do Banco do Brasil, que iniciou uma pesquisa sobre o líder da revolta.

Coordenado por Marco Morel, a pesquisa levantou uma série de documentos do Arquivo Nacional até então jamais revelados, baseando-se na lei 11.111/05, que permite a liberação de documentos oficiais.

Nem os filhos e nem o próprio João Cândido nunca puderam ter acesso aos papéis. O almirante negro "nunca existiu na Marinha", contestou certa vez ele mesmo.

O documento mais importante é a ficha funcional do marinheiro. Tendo ingressado na Marinha em 10 de dezembro de 1895, João Cândido iniciou sua carreira militar como grumete e chegou a ser promovido a cabo, mas foi rebaixado - duas vezes - algum tempo depois. Ao todo permaneceu na Armada durante 15 anos até ser expulso em 1910 e relegado ao esquecimento. Em todo o tempo de Marinha foi punido nove vezes, variando de dois a quatro dias em uma solitária até o rebaixamento na hierarquia.

Em sua ficha de 24 páginas escritas à mão não há nenhum registro sobre espancamento, fato comum naquela época que durou mais de duas décadas.

Os castigos físicos contra os marinheiros foram extintos pela primeira vez em 1889, mas voltou a entrar em vigor com o Governo Provisório um ano depois.

O estopim para o levante liderado por João Cândido, então com 30 anos de idade, foi a punição do marinheiro Marcelino Rodrigues, condenado a 250 chibatadas. O movimento foi deflagrado no dia 22 de dezembro de 1910.

Revolta da Chibata 06
De acordo com os registros, até três meses antes da revolta João Cândido recebeu o último elogio por bom comportamento.

A revolta que acabou definitivamente com as chibatadas na Marinha causou a expulsão de João Cândido e o seu banimento da quase totalidade dos livros de história.

João Cândido liderou mais de três mil marinheiros que exigiam o fim das chibatadas e chegaram a apontar os canhões dos navios de guerra para São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sede do governo federal.

A revolta terminou com a promessa do presidente da República, Hermes da Fonseca, de acabar com os castigos e anistiar todos os revoltosos, mas isso não aconteceu. Pelo contrário, João Cândido e outros líderes da Revolta foram presos e submetidos às piores condições.

Como vendedor de peixes, morreu na completa pobreza, sem patente nem aposentadoria, no dia 6 de dezembro de 1969, no Rio de Janeiro, sendo perseguido até o fim de seus dias.

(Do http://www.pco.org.br/negros/)



VERÃO SEM BITUCAS


Gestão ambiental de bitucas

Praia do Rosa é pioneira no Brasil

Em dez dias, 15 mil bitucas foram descartadas nos coletores e deixaram de poluir a areia e prejudicar a fauna marinha e aérea

Imbituba

Um projeto inédito no Brasil é realizado na Praia do Rosa, em Imbituba, há 12 dias. O local é o primeiro do país com gestão ambiental de bitucas de cigarros. 

Quem frequenta as praias do Rosa Norte e Rosa Sul tem a opção de descartar as pontas de cigarro em uma das 11 bituqueiras instaladas nas entradas de acesso à praia junto às lixeiras. Em apenas dez dias, 15 mil bitucas foram descartadas nos coletores e deixaram de poluir a areia e prejudicar a fauna marinha e aérea. 

O projeto ‘Praia Sem Bituca’, desenvolvido pela empresa Eco Prática, é realizado aos moldes do projeto Poa Sem Bituca, de Porto Alegre (RS), que prevê o coprocessamento das pontas de cigarro. Todas as bitucas recolhidas durante a alta temporada terão seu poder calorífico utilizado na produção de cimento, substituindo o uso do coque de petróleo nos fornos. O procedimento, utilizado há mais de 40 anos em países europeus e no Japão, é totalmente controlado e sustentável. Até as cinzas são aproveitadas na produção de cimento. 

O mentor da iniciativa, Flávio Costa Leites, também pensou na praticidade dos fumantes. Quem passa o dia na Praia do Rosa certamente irá encontrar promotores com porta-bitucas. Vendidos na areia, a custo módico, os porta-bitucas vêm com o emblema do projeto e em diferentes estampas. “Sabemos que geralmente o fumante tem a mania de arremessar a bituca no chão, pois afirma que não há lugar para apagar. Com os porta-bitucas, este problema é resolvido. Além de ser prático e fácil de carregar em qualquer lugar, é um suvenir com função sustentável”, destaca.

Na festa de Réveillon, bituqueiras serão instaladas em eventos e arredores
O coordenador do Movimento Rosamor, Zeno Castilho, trabalha em diversas frentes para reduzir a quantidade de resíduos descartada de forma irresponsável. Ele mobilizou empresários da região para tentar tornar a Praia do Rosa a mais limpa do país neste veraneio. “Temos muitos problemas com a gestão dos resíduos aqui no Rosa, principalmente na virada do ano”, afirma. 
No Réveillon, a Eco Prática fechou parceria com os organizadores da Virada Mágica. Haverá bituqueiras e coleta de bitucas no evento e arredores. “Nossa intenção é reduzir no máximo a quantidade deste micro lixo tóxico. É muito difícil catar as bitucas e este projeto trabalha questões importantes, como o cuidado com este paraíso que é o Rosa, sustentabilidade e educação ambiental”, afirma o diretor da Eco Prática.
O projeto tem o apoio de movimentos de cuidado com a Praia do Rosa e de empresários locais. O Movimento Rosamor, Casarão do Rosa, Virada Mágica, Flor do Mar - Casas para Alugar, Rosa Grill, Gralha Azul, Art&Casa, Albergue Explorer e Rosa Hara ajudam a viabilizar economicamente a iniciativa.

(Do http://www.notisul.com.br/)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

MAR DE AÇORIANO


Açores, mar de Orlando Azevedo


MAR DE RISO


VAMOS A LA PLAYA?


NO BRAÇO E SEM ESCALAS

Image copyrightSolo Pacific RowImage captionBeeden completou o percurso em 209 dias

Britânico é o primeiro homem a cruzar Oceano Pacífico a remo em viagem sem escalas

Um britânico de 53 anos se tornou o primeiro homem a cruzar o Oceano Pacífico remando da América do Norte até a Austrália, sem nenhuma escala. John Beeden completou o trajeto de cerca de 11.297 quilômetros de extensão em 209 dias e reconheceu que imaginava ter menos desafios no caminho.

"Ser a primeira pessoa a conseguir algo dessa escala é simplesmente inacreditável. Não caiu a ficha ainda…eu pensei que iria estar aqui no meio de outubro e que seria difícil, mas não achei que fosse algo capaz de me matar – e quase me matou em algumas vezes", disse ele a repórteres depois de desembarcar em terra no último domingo.

"O caminho todo foi difícil, mas era mesmo o que eu estava buscando ao fazer isso. Só não tinha me tocado de que seria tão difícil."

Beeden partiu de São Francisco, nos Estados Unidos, em 1º de junho e esperava que a viagem fosse durar cerca de 140 ou 180 dias. Mas a situação climática ruim em alguns dias acabou retardando a chegada em Cairns, no nordeste da Austrália.

O britânico, que vive no Canadá atualmente, já havia conseguido outro feito impressionante quatro anos atrás, quando cruzou o Atlântico remando em 53 dias – completando uma distância de 4.815 quilômetros. Ele foi o segundo mais rápido a fazer esse percurso.

"Eu fiz isso no Atlântico três anos atrás e, apesar de ter sido difícil, achei que o processo todo, na realidade, foi de certa forma fácil. Foi trabalho duro, mas foi relativamente fácil. Então busquei algo mais difícil para chegar ao meu limite", afirmou Beeden.

E com o trajeto pelo Pacífico, ele teve o que queria. Beeden contou à Sky News que a cada dia que passava em alto mar, a água lhe "presenteava" com um grande desafio. "Cruzar o Pacífico foi umas 10, 15 vezes ou até 100 vezes mais difícil do que imaginei."
Image copyrightSolo Pacific RowImage captionBeeden diz que o trajeto foi muito mais difícil do que imaginava

A esposa do britânico, Cheryl, foi encontrar o marido na chegada dele em Cairns. "Ele é maravilhoso. Um homem diferente de todo mundo. Ele sempre irá lutar para finalizar aquele quilômetro, mesmo quando está nos piores dias. Ele estará sempre remando", disse ela.

"Eu sempre soube que ele iria conseguir, apenas demorou um pouco mais do que esperávamos. Agora estou feliz que ele está são e salvo."

Até hoje, só nove pessoas dos que tentaram concluir o percurso completado por Beeden haviam conseguido – mas ele foi o primeiro a fazê-lo sem nenhuma escala. Entre os que tiveram êxito antes, algumas travessias foram feitas em etapas, enquanto outras partiam da América do Sul, em vez da América do Norte.

John Fairfax e Sylvia Cook cruzaram o Pacífico entre 1971 e 1972, partindo de São Francisco, e chegaram à ilha Hayman na Austrália. Foram eles as primeiras pessoas a conseguirem tal feito – mas eles pararam ao longo do caminho.

Em 1983, Peter Bird saiu de São Francisco com o objetivo de cruzar o Pacífico sozinho a remo. Mas 294 dias depois, teve que ser resgatado pelas autoridades australianas, quando se aproximava da Grande Barreira de Coral.

(Do http://www.bbc.com/portuguese/noticias/)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

VAMOS A LA PLAYA?


Costa Leste da Ilha de Santa Catarina- Em 27 12 2015 - Praia da Barra da Lagoa, Florianópolis - SC - Brasil.

VENDERAM O VERÃO!

Documento da prefeitura deixa clara as regras sobre a comercialização de uma única marca 
Foto: Leandro Ribeiro Maciel/Reprodução

Exclusividade para bebidas da marca Schin nas praias de Florianópolis desagrada consumidores

Tendas e ambulantes só podem comercializar produtos da marca vencedora da licitação feita pela prefeitura

Quem quiser beber uma cervejinha, um refrigerante ou até mesmo água nas praias de Florianópolis, terá que se contentar com uma única marca: Schin. Outras opções, só levando de casa ou procurando o restaurante mais próximo. A condição, prevista emedital, obriga os ambulantes e donos de tendas autorizados que atuam nas praias da Capital a oferecerem apenas a marca vencedora da licitação da prefeitura da Capital, sob pena de ter o alvará suspenso e a mercadoria recolhida. 

A secretaria de Comunicação da prefeitura informou ao DeOlhoNaIlha que a medida já estava prevista no edital. De acordo com a prefeitura, a Schin fica responsável por oferecer todo o material de trabalho e padronizar as tendas, e recebe exclusividade na venda dos produtos. 

A falta de opção não agradou os consumidores, que fizeram diversas criticas nas redes sociais. O consultor jurídico da Defensoria Pública de Santa Catarina, Leandro Ribeiro Maciel, fez uma postagem no Facebook mostrando o documento que lhe foi apresentado na Praia da Daniela, no último fim de semana, pelo dono de uma tenda, que lamentou não ter uma Coca Cola para vender pois só podia oferecer produtos da marca Schin. 

A postagem de Leandro Maciel já ultrapassou 500 compartilhamentos, e nos comentários é possível constatar a insatisfação dos moradores e turistas que frequentam as praias da Capital. 


Documento compartilhado no Facebook por Leandro Ribeiro Maciel

(Do http://www.deolhonailha.com.br/)

MAR DE VERÃO


Olho vivo na água!

A temperatura da água, as condições climáticas e a maré podem favorecer o aparecimento de águas-vivas e caravelas no Litoral catarinense.

Caso ocorra um contato ou queimadura, siga essas dicas:

⚠ Evite banhos em praias onde aconteceram acidentes recentemente

⚠ Entre em contato com os postos de guarda-vidas para conhecer os riscos de entrar na água

⚠ Se houve o contato com esses animais marinhos, não lave a região com água doce ou álcool, isso favorece a liberação de toxinas

⚠ Não esfregue a região do ferimento.

⚠ Para aliviar os sintomas, utilize compressas de vinagre para desativar o veneno.

No caso de dúvidas, os profissionais dos postos guarda-vidas são os mais indicados a fazerem os primeiros socorros.

domingo, 27 de dezembro de 2015

NO MAR, PELO AR!

Drone salva-vidas será usado durante a operação verão - Custódio Coimbra / Agência O Globo

Bombeiros adotam drone equipado com boia salva-vidas

Equipamento faz parte da Operação Verão e promete agilizar salvamento de banhistas

POR FILIPE CEROLIM

RIO - As praias cariocas receberam uma ajuda que chega pelo céu: um drone (veículo aéreo não tripulado) equipado com boia salva-vida, para agilizar o salvamento em casos de risco de afogamento. Em caráter experimental, ele será operado inicialmente em Copacabana, na altura do Posto 2. O ponto foi escolhido devido à alta concentração de banhistas.

A iniciativa é uma das ações da Operação Verão 2016, do Corpo de Bombeiros do Rio, iniciada na quarta-feira. A corporação treinou 15 militares. Eles estão aptos a manusear o equipamento, que pode fazer a diferença durante um resgate:

— O drone localiza a posição exata de uma vítima por meio de uma câmera integrada e, em seguida, solta a boia. O banhista pode ficar na superfície da água, à espera do resgate — conta o comandante-geral dos bombeiros do Rio, coronel Ronaldo Alcântara.

A Operação Verão também ganhou reforço no efetivo este ano. O número de guarda-vidas, por exemplo, dobrou nas praias, que contam com cerca de 900 militares qualificados para atuar na orla de todo o estado. Para realizar os salvamentos na água, também serão utilizados equipamentos como jet skis, botes, lanchas e aeronaves.

— É normal o número de banhistas aumentar no verão. É fundamental ficar atento às placas na areia e às recomendações dos guarda-vidas. A primeira sugestão é sempre buscar um local seguro para o lazer. O mar é imprevisível, e autoconfiança demais pode ser um grande erro — alerta o comandante de Salvamentos Marítimos, coronel Marcelo Pinheiro.

(Do https://www.facebook.com/jornaloglobo/)

sábado, 26 de dezembro de 2015

Essa noite vai ter sol!


Luzes
Acenda a lâmpada
Às seis horas da tarde
Acenda a luz dos lampiões
Inflame a chama dos salões
Fogos de línguas de dragões
Vagalumes
Numa nuvem de poeira de néon
Tudo claro
Tudo claro à noite, assim que é bom
A luz
Acesa na janela lá de casa
O fogo
O foco lá no beco e um farol
Essa noite
Essa noite vai ter sol
Essa noite

Essa noite vai ter sol

(Paulo Leminski)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

MAR DE ARAQUÉM ALCÂNTARA


Boipeba, Bahia






ENREDADOS NUM MAR DE LAMA


Clemerson José Pinheiro da Silva. Foto: NBR

Ex-número dois do Ministério da Pesca é indiciado 57 vezes pela Polícia Federal

POR ANDREZA MATAIS, DE BRASÍLIA, JULIA AFFONSO E FAUSTO MACEDO

Clemerson Pinheiro é acusado de vender licença de pesca industrial

A Polícia Federal indiciou 57 vezes o ex-secretário-executivo do Ministério da Pesca acusado de receber propina para emitir licença de pesca industrial concedida pelo governo. Clemerson José Pinheiro esta preso desde outubro e responderá pelos crimes de falsidade ideológica (10 vezes), corrupção passiva (5 vezes), corrupção passiva privilegiada (17 vezes), emissão de licença em desacordo com a lei (21 vezes), organização criminosa, prevaricação e deixar de cumprir obrigação legal de relevante interesse ambiental. Em 2014, Clemerson ocupou o cargo de diretor do Departamento de Registro da Pesca e Aquicultura do ministério, responsável pela emissão das licenças.

O relatório final da Operação “Enredados” também indiciou Claudia Gama, ex-chefe de gabinete do então ministro da Pesca Helder Barbalho, pelos crimes de advocacia administrativa (3 vezes) e por organização criminosa. No total, 27 servidores públicos foram indiciados. A relação inclui além do ex-secretário-executivo e da chefe de gabinete, três diretores e três coordenadores gerais do ministério. Segundo a PF, “não há indícios de envolvimento do ministro Helder Barbalho [atual ministro dos Portos] no esquema”.

“Fartamente a gente verificou que a regra geral dentro do Ministério da Pesca era a emissão de licenças mediante pagamento de propina. São raros os casos em que as autorizações foram dadas de acordo com a legislação. As investigações identificaram, inclusive, pagamento de mensalão a servidores que variavam de R$ 3 mil a R$ 6,5 mil. A organização criminosa era fomentada por dirigentes sindicais e armadores de grande porte”, afirmou a delegada Aletea Vega Marona, responsável pelas investigações, em parceria com o Ministério Público Federal.



As investigações apontam que empresários chegaram a pagar R$ 100 mil pela licença que pelas vias legais não chega a R$ 500. Investigadores apontam que muitas das embarcações licenciadas irregularmente não possuíam os requisitos para obter autorização, por isso recorriam aos servidores corruptos para conseguir o documento.

Um dos armadores presos contou à PF que o pagamento de propina lhe permitia pescar em áreas e períodos fora do permitido. Ele exemplificou que a pesca da tainha, por exemplo, é liberada entre junho e julho. Com o esquema funcionando, ele conseguiu faturar R$ 600 mil no curto período uma vez que tinha liberdade para pescar em área proibida e antes do período permitido. O ministério dispõe de um equipamento eletrônico para controlar o local das embarcações. Mas a PF descobriu que os envolvidos no esquema não eram monitorados.

A conclusão do inquérito não encerra as investigações. Outros alvos considerados importantes são: Abraão Lincoln, suplente de deputado federal e presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) e Armando Burle Arcoverde, presidente do Sindicado da Indústria de Pesca do Pará . Após a prisão de Lincoln, o PRB o afastou do cargo de presidente da Comissão Provisória do partido no Rio Grande do Norte. Ele teria trânsito no Congresso e no Ministério da Pesca.

A operação da PF foi deflagrada em 15 de outubro, para desarticular um grupo que teria atuado junto ao extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (em Brasília e Santa Catarina) e ao Ibama (em Santa Catarina). Segundo a PF, foram responsabilizados 90 investigados, em aproximadamente 450 indiciamentos: 55 por corrupção ativa, 77 por corrupção (nas modalidades passiva e privilegiada), 98 por crime ambiental, entre outros crimes. Do total de indiciados, 27 eram servidores públicos.

No curso da operação, foram constatados, segundo a Polícia Federal, crimes ambientais e ilícitos administrativos, gerando um dano ambiental estimado pelo Ibama em mais de R$ 5 bilhões. As diligências policiais resultaram em apreensões em decorrência da constatação da prática da pesca ilegal. No total, foram apreendidas aproximadamente 250 toneladas de peixe, cujo valor comercial passa de R$ 3 milhões.

A defesa dos investigados pela PF não foi localizada para comentar os indiciamentos.

No último dia 18, o juiz Gessiel Pinheiro de Paiva, após assumir o caso, revogou 12 das 13 prisões realizadas pela Operação Enredados. Mas o Ministério Público Federal recorreu e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve as prisões. Dessa forma, 13 pessoas permanecem presas preventivamente.

(http://politica.estadao.com.br/)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

MAR DE BALEIAS


Atividade movimentava o turismo do Sul do Estado até 2013, quando foi proibidaFoto: Enrique Litman / Divulgação

Justiça impõe condições para liberar turismo de observação de baleias

Por

A Justiça Federal de Santa Catarina emitiu sentença impondo uma série de medidas por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) para que o turismo de observação de baleias, proibido há dois anos, volte a ser liberado no Sul do Estado.

A ação civil pública assinada pelo juiz Rafael Selau Carmona mantém a suspensão das atividades até que o ICMBio comprove ter adotado uma série de medidas para proteção das baleias-francas e para fiscalização adequada das empresas que praticam a observação dos cetáceos com uso de embarcações, com ou sem motor.

A atividade pode trazer ganhos para todo o Litoral Sul, não só no retorno dos turistas na baixa temporada para as praias, de julho até outubro, quando as baleias visitam o Estado, como também pela pesquisa, atraindo especialistas na área. De acordo com o presidente da Turismo Vida, Sol e Mar LTDA, Enrique Litman, um dos réus da ação e empresa que atuava com o turismo de observação na região, a liberação veio como um presente para os empresários de Imbituba.

— É o início de uma vitória. Desde o início da proibição a Associação Empresarial de Criciúma envolveu-se na ação como entidade representativa dos empresários, afinal o turismo de observação de baleias embarcado é fonte de renda para diversas famílias que trabalham com o turismo, direta ou indiretamente, através dos visitantes de todo Brasil e do mundo que vêm visitar Santa Catarina para ver de perto as gigantes.

Confira trecho da decisão do juiz

Ante o exposto, RATIFICO EM PARTE a decisão antecipatória do evento 25 e JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, com fundamento no art. 269, I, do Código de Processo Civil, para condenar o ICMBio a adotar, de forma permanente, as medidas administrativas necessárias para efetiva fiscalização do estrito cumprimento dos atos normativos que regulamentam a atividade de observação de baleias-francas com uso de embarcações, nos limites e zona de amortecimento da APA da Baleia Franca nos Municípios de Garopaba, Imbituba e Laguna, mediante a elaboração e implementação de plano de fiscalização que contemple a inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas.Mantenho a suspensão da atividade até que o ICMBio comprove nos autos a adoção das medidas administrativas necessárias para a efetiva fiscalização do estrito cumprimento dos atos normativos que regulamentam o turismo embarcado de observação de baleias-francas na região acima referida, mediante a elaboração e implementação de plano de fiscalização que contemple a inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas.

Relembre o caso

No final da temporada de 2012, o Instituto Sea Shepherd, uma ONG de proteção dos mares, protocolou a primeira denúncia contra o turismo de observação de baleias-francas em Santa Catarina. Fotos de operadoras que realizam os passeios, mostrando visitantes tocando os animais com as mãos e com os pés foram usadas para convencer a Justiça de que havia prejuízo para a espécie, já que é determinada a distância de cem metros entre embarcação e baleias. A juíza responsável pelo caso entendeu que existiam falhas de gestão e proibiu esse tipo de turismo em Garopaba, Imbituba e Laguna.

Para reverter a decisão foi exigido estudo de impacto ambiental. A APA da Baleia Franca, Unidade de Conservação do ICMBio responsável pela proteção da baleia-franca, estima serem necessários quatro anos para realizar o levantamento. A APA tentou reverter a decisão, indicando o número crescente de baleias que vêm ao litoral catarinense acasalar a cada temporada, mas a medida foi analisada duas vezes no Tribunal Regional Federal (TRF) em 2013 e a decisão de suspensão foi mantida.
(Do www.clicrbs.com.br)

MAR DO GERALDO CUNHA

Pântusuli, agora sem carros!!

MAR DE PESCADOR

Apenas 3% do estoque de cherne-poveiro sobreviveu à sobrepesca até 2003
Foto Aquário de Paris

O Cherne ameaçado!
O cherne-poveiro ("Polyprion americanus") teve sua biomassa populacional diminuída em mais de 97% entre 1986 e 2002, com dados de cruzeiros de pesquisa. Além de ter vida longa e crescimento lento, esse cherne forma grandes cardumes para se reproduzir, sempre nas mesmas épocas e locais. Por isso a espécie é muito vulnerável à pesca intensa e não manejada, que foi a responsável pelo seu declínio. 
Com a pesca já colapsada, o cherne-poveiro foi classificado como criticamente ameaçado de extinção e sua pesca foi proibida em todo o Brasil pelo MMA em outubro de 2005. A Portaria MPA-MMA nº 14, de outubro de 2015, renovou a proibição até que a espécie esteja recuperada. Definiu também que o governo terá 2 anos para fazer as pesquisas necessárias, e a espécie deverá ser prioritária para ter um plano de recuperação. Como a espécie tem alto valor de mercado, a pesca ilegal nunca cessou e continua a ser a sua principal ameaça até hoje.



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

MAR DE RISO


Edibar e Zé Manguaça



NA PRAIA...


Cadeirantes ganham esteira que leva à beira da praia

Produto é feito de bambu e auxilia movimento de rodas.
Idéia é implantar mais modelos em outros pontos da cidade.

Patrícia KappenDo G1, no Rio

Os cadeirantes, mães com carrinhos de bebê ou qualquer outra pessoa que tenha dificuldades de caminhar na areia da praia ganharam neste sábado (26), no Leblon, Zona Sul do Rio, um presente que facilitará a chegada à beira da água: uma esteira feita de bambu, que começa no calçadão e percorre a areia. São cerca de 30 m de comprimento com 1,5 m de largura.

Para Leda Azevedo, da Secretaria municipal de Pessoas com Deficiência, o projeto é ainda mais ambicioso. “Pretendemos instalar quiosques na praia para que eles possam se abrigar do sol também, possam ter onde ficar.” Mas os quiosques ainda são apenas planos, sem previsão de implantação.

Lilia comemora a novidade: 'É fantástico, uma maravilha' (Foto: Patrícia Kappen/G1)

Nos seus 69 anos de vida, a cadeirante Lilia Pinto Martins, presidente do Centro de Vida Independente, desabafa: “É a primeira vez que eu chego à beira da água da praia sem ter que ser carregada por alguém.” Ela disse que achou a idéia simples, mas fantástica. 

Segundo o secretário municipal do Ambiente, Pedro Fernandes, a idéia é que a esteira seja instalada todos os dias às 6h e retirada às 18h por funcionários da Comlurb. “Nós testamos diversos modelos, alguns deles bem mais caros. Mas o que os cadeirantes aprovaram, para nossa sorte, foi uma solução carioca e barata, feita de bambu”, disse.

O projeto da Secretaria de Pessoas com Deficiência em relação a melhorias na cidade é tornar a Rua Rodolfo Dantas, em Copacabana, também na Zona Sul, um exemplo. Lá será possível para um cadeirante e um deficiente visual, por exemplo, sair do metrô e ir até a beira da praia sem a ajuda de outras pessoas. “Serão retirados obstáculos do caminho, usaremos a esteira e os sinais terão alertas sonoros”, disse Leda. 

“É fantástico, maravilhoso”, resumiu Lilia, emocionada com a novidade.

(Do G1)

DO CACHORRO LOUCO...


do Paulo Leminski

COMEÇA O VERÃO!

Três praticantes de esqui de montanha contemplam a lua cheia em Weissfluhjoch, em Arosa (Suíça), um dia antes do solstício de inverno. ÂP

Solsticio: chega a noite mais curta do ano, e a mais longa

Noite de 21 a 22 de dezembro é o solstício: será a mais longa de 2015 no hemisfério norte, e a mais curta no hemisfério sul

O segundo solstício de 2015 será em 22 de dezembro (às 5h48, no horário peninsular espanhol, três horas à frente do horário brasileiro). Os solstícios são os momentos do ano nos qual o Sol alcança sua maior ou menor altura aparente no céu, e a duração do dia ou da noite é a maior do ano, respectivamente. Além disso, esse comportamento é inverso em cada hemisfério, por isso esse será o solstício de inverno no hemisfério norte, e de verão no hemisfério sul.

Na região ao norte do Círculo Polar Ártico o Sol não sairá, enquanto na região ao sul do Círculo Polár Antártico, o sol não se porá

Assim é porque as estações dependem da inclinação do eixo de rotação daTerra em relação ao plano de sua órbita, e não da maior ou menor distância entre nosso planeta e o Sol. Por isso, as estações estão invertidas nos hemisférios, pois quando temos o dia mais longo em um (e, portanto, mais horas de radiação, e mais concentrada), sucede o oposto no outro.

Os solstícios não ocorrerem exatamente no mesmo dia e à mesma hora a cada ano porque o período orbital terrestre não é exato: o planeta leva 365,2425... dias para realizar um giro completo ao redor do Sol. Em grande parte isso é compensado mediante a introdução dos anos bissextos (2016, aliás, assim é), mas continuam existindo pequenas diferenças de horário que em ocasiões requerem um salto de um dia.

Apresentamos algumas questões extremas que podem ser ilustrativas. Por exemplo: o que aconteceria se o eixo de rotação da Terra fosse perpendicular ao plano de sua órbita? Ora, o Sol sempre sairia exatamente pelo leste e se poria exatamente a oeste, e as noites e os dias durariam sempre o mesmo. No caso da Terra, isso só ocorre dois dias por ano, os que chamamos de equinócios. Outra consequência notável é que não teríamos estações.

As estações estão ‘invertidas” entre ambos os hemisférios: o mesmo solstício de inverno no hemisfério norte é o solstício de verão no hemisfério sul

No entanto, a Terra está inclinada uns 23 graus e meio e, portanto, os dias e as noites se sucedem variando sua duração de forma progressiva. Nos equinócios, a duração do dia e da noite é exatamente igual, e o Sol sai exatamente pelo leste e se põe exatamente pelo oeste. Depois o Sol sairá mais ao norte ou ao sul, até alcançar uma posição extrema na qual nossa estrela parece parar e regressar de novo à posição original. Isso é o que se denomina solstício, do latim solstitiumou “Sol quieto”. O processo se repete de forma análoga no sentido oposto. É precisamente esse efeito o que permitiu a Eratóstenes determinar o raio da Terra

Em uma data tão definida estarão ocorrendo coisas curiosas no planeta. Na região ao norte do Círculo Polar Ártico não sairá o Sol, enquanto na região ao sul do Círculo Polar Antártico o Sol não se porá e permanecerá no céu girando ao redor do observador. Nos polos (de forma alternada) o Sol não sairá até o equinócio, sendo dia durante seis meses seguidos de outros seis meses de noite. Outro lugar menos frio, mas igualmente único, neste caso, é o Trópico de Capricórnio. Nele, o Sol passará exatamente pela vertical ao meio dia do próximo solstício, o que ocorrerá no Trópico de Câncer no solstício seguinte, dentro de seis meses.

Em todas as civilizações o ser humano foi capaz de determinar essas efemérides mediante a observação do firmamento

Não é necessária altíssima tecnologia para determinar os solstícios e equinócios. Um pedaço de pau e umas pedras, além de nossa metódica observação do céu (o Sol, neste caso), são suficientes para estabelecer a data. As civilizações mais antigas (incluindo as extremamente isoladas, como pode ter sido a da ilha de Páscoa) já conheciam essas efemérides perfeitamente. Existiram festejos relacionados com eles em quase todas as civilizações. Há até quem proponha que na Idade da Pedra poderiam ter tido já esse conhecimento. A astronomia costuma estar relacionada com grande número de festividades em nossa cultura. Do mesmo modo que a Lua cheia marca as datas da Semana Santa e do Carnaval, pode ser que a noite de Natal ou a noite de São João estejam relacionadas com os solstícios, festas possivelmente herdadas de festividades pagãs. Será difícil confirmar ou desmentir esse ponto.

Permitiam-me aproveitar esta ocasião para desejar-lhes um feliz solstício e uma próspera nova órbita.

Alfred Rosenberg González é doutor em Astrofísica, pesquisador e divulgador do Instituto de Astrofísica das Canárias, na sua Unidade de Comunicação e Cultura Científica (UC3).

(Do El Pais - https://www.facebook.com/elpaisbrasil/?fref=ts)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

CHOVE EM MACONDO!


Fim de tarde aquarelado no Pantusúli! E molhado!
Saiba mais e mergulhe fundo num mar de todos no www.tainhanarede.blogspot.com.br

ASSIM, ASSADO...

Pântano do Sul nesta manhã chuvosa e inforruscada!

MAR DE RISO


Do Nicanor!

ALERTA!



Populações de animais marinhos caíram pela metade em 40 anos


por Carmen Jaspersen/AFP

As populações de animais marinhos (mamíferos, pássaros, répteis e peixes) caíram pela metade desde os anos 1970 em função da pesca predatória, da poluição e do aquecimento global - alertou nesta quarta-feira a ONG ambiental WWF.
"A ação do homem está na origem desta tendência: da pesca predatória e das indústrias extrativistas às mudanças no litoral e a poluição, passando pelas emissões de gases de efeito estufa responsáveis pela acidificação oceânica e do aquecimento dos mares", denunciou a organização internacional em novo relatório.

Na escala mundial, o consumo médio de peixes por habitante passou de 9,9 kg nos anos 1960 para 19,2 kg em 2012.

No relatório, a WWF explica que seu índice Planeta Vivo das populações marinhas, que mede a tendência acompanhada pelas populações de animais marinhos, "registrou uma regressão de 49% entre 1970 e 2012".

Algumas viram seu efetivo cair quase 75%, alertou a WWF.

O estudo foi efetuado numa base de observação de 5.829 populações pertencentes a 1.234 espécies.
O período de 1970 a meados de 1980 experimentou a contração mais acentuada, seguida por uma relativa estabilidade até que o número de populações tivesse recentemente uma baixa.

"Nós conduzimos coletivamente os oceanos para a beira do precipício", declarou o diretor geral do WWF, Marco Lambertini, no prefácio do documento.

"No espaço de apenas uma geração, as atividades humanas degradaram gravemente os oceanos capturando os peixes num ritmo superior ao de sua reprodução e destruindo os berçários", explicou, ressaltando que o desaparecimento dos ecossistemas oceânicos corre o risco de iniciar "uma grave crise econômica".

Navio transmite vida de animais marinhos durante expedição

Estrela-do-mar da ordem "Brisingida", que tem entre seis e 16 longos braços, descansa sobre um coral de águas profundas, no oceano Atlântico, durante transmissão da "TV do Fundo do Mar" NOAA/AP
Navio transmite vida de animais marinhos durante expedição 

A expedição no oceano Atlântico será transmitida até o dia 16 de agosto pelo site da NOAA. Acima, imagem de um pequeno polvo NOAA/AP

sábado, 19 de dezembro de 2015

ADIVINHE QUEM VEIO PASSAR O VERÃO AQUI...


Ontem, 18 de dezembro, uma baleia Franca apareceu no Campeche, conferindo a temperatura da água! Não é muito comum nesta época do ano, quando os animais já deviam ter migrado para o frio!

Foto e informações do Silézio Sabino

BLIM, BLIM!


No ano novo que vem chegando, tem luta de novo!
Feliz natal e um 2016 de vitórias!

MAR DE BALEIAS


Divulgação
Espetáculo das baleias jubarte no Pacífico mexicano acontece entre dezembro e março 

Espetáculo no mar: começou a temporada das baleias jubarte no Pacífico mexicano

Por Luciana Franca

Até março, os mamíferos atraem turistas do mundo todo para a costa oeste do país; veja também outros 10 luxos possíveis da Riviera Nayarit 

Os sofisticados destinos do Pacífico Mexicano, Puerto Vallarta e Riviera Nayarit, ganham mais um atrativo entre os meses de dezembro e março: o espetáculo das baleias jubarte, que medem entre 12 e 16 metros de comprimento e pesam entre 30 e 40 toneladas.

Durante a época de reprodução dos mamíferos, os turistas são presentados com a serenata dos machos, que cantam e dançam no mar para chamar a atenção das fêmeas na Baía de Banderas.

Divulgação
Baleias macho cantam e dançam no mar para chamar a atenção das fêmeas na Baía de Banderas 

As baleias grávidas também seguem para lá em busca de áreas menos profundas, com correntezas calmas e temperatura agradável para oferecer conforto aos filhotes durante o nascimento. Aliás, você sabia que a gestação de uma baleia jubarte dura em torno de 11 meses?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

DETONAÇÃO CONTINUA!

Foto University of North Carolina at Wilmington, National Undersea Research CenterA garoupa ("Epinephelus morio") é um dos peixes ameaçados que continuam sem proteção no Brasil.
475 espécies ameaçadas, como a garoupa, continuam sem preservação por decisão da Justiça

O dia de hoje deveria ser um marco para a proteção de 475 espécies de peixes e invertebrados aquáticos ameaçados de extinção no Brasil, pois entraria em vigor a portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, que traz uma série de medidas de para a conservação desses animais. 
Mas em 11 de julho uma decisão da Justiça suspendeu temporariamente os efeitos da portaria. Segundo informações do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, não há previsão para o julgamento da liminar. 
“Tenho absoluta certeza de que, além dos cientistas e organizações ambientalistas, as pessoas comuns e a pesca de pequena escala apoiam a proteção dessas espécies”, afirmou a diretora-geral da Oceana no Brasil, Monica Peres.

Veja a lista das 475 espécies ameaçadas aqui:




É DIJAŐJI O SHOW DO GRUPINGENHU!



Os 55 anos da Universidade Federal de Santa Catarina serão comemorados com show do Grupo Engenho, que estará lançando na ocasião a coletânea ”De trés ont’onte a dijaôji”, em CD e DVD. O show acontece nesta quinta-feira, 17 de dezembro, às 20h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
No palco do show estarão quatro dos músicos da formação original, de 1979: Alisson Mota (vocais e violão), Marcelo Muniz (baixo, orocongo e voz), Chico Thives (bateria e voz) e Claudio Frazê Gadotti (percussão e voz), além de Marcelo Besen (acordeon), Guto Vieira (violino) e Manoella Vieira (vocais). 

O CD/DVD “De trés ont’onte a dijaôji”, cujo título faz alusão direta ao linguajar típico dos descendentes de açorianos moradores da Ilha de Santa Catarina, mostra releituras de antigos sucessos, como Corre Menina, Meu Boi Vadiou, Lua Mansa, Força Madrinheira, Feijão com Caviar e Quintal e a canção inédita, Areia. As letras destas composições retratam principalmente a cultura e costumes tradicionais da Ilha, bem como sua paisagem: o pescador, o engenho de farinha, o mar, a lua e as rendeiras e, ao mesmo tempo, estão os relatos das coisas do homem, o seu trabalho, o sacrifício de manter a terra e as suas lembranças. A partir disso, estão as letras diretamente ligadas ao período da ditadura no Brasil, e que refletem o desejo de liberdade, como “Vou Botá meu Boi na Rua”, onde o Grupo Engenho transforma um folguedo popular em um grito de guerra. 

O CD/DVD ”De trés ont’onte a dijaôji” é um projeto comemorativo aos 36 anos do Grupo Engenho, que conquistou o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2013, para a gravação e lançamento do quinto álbum e do DVD ao vivo. A finalidade é o registro da história do grupo – e, por conseguinte, da própria história musical do Estado de Santa Catarina, já que os únicos registros de audio que existem são os raros LPs do grupo, Vou Botá Meu Boi na Rua, Engenho e Força Madrinheira, gravados em estúdios nos anos 80.


. O último álbum dessa fase, Força Madrinheira, foi lançado em 1983 pelo selo também independente Lira Paulistana (o mesmo de Itamar Assumpção, Cida Moreira, Rumo, Premeditando o Breque, Língua de Trapo e outros representantes da vanguarda de São Paulo na época), com distribuição nacional da Continental. O lançamento ajudou a banda a obter maior exposição nacional, mas em 1984 aquela formação encerrou as atividades. Três anos depois, Martinho da Vila regravou “Meu Boi Vadiou”, originalmente lançada no Força Madrinheira, para seu disco O Canto das Lavadeiras.
 O projeto foi produzido pela Rhythmus Produções e gravado pelo Estúdio Pimenta do Reino, de Florianópolis. A gravação do DVD ocorreu no Circo da Dona Bilica, no Morro das Pedras, em Florianópolis, escolhido justamente por ser um espaço que valoriza a cultura açoriana, amplamente pesquisada pelo Grupo Engenho.

SERVIÇO:
O quê: Show do Grupo Engenho – „de trés ont’onte a dijaôji“  e lançamento do cd/dvd homônimo– homenagem aos 55 anos da UFSC
Data: 17 de dezembro – quinta-feira
Horário: 20h
Onde: Centro de Cultura e Eventos da UFSC
Ingressos: Gratuitos com retirada mediante 1 kg de alimentos não perecíveis, exceto sal, na Secretaria de Cultura (SeCult), no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, das 8h às 13h.
Mais informações: SeCult – UFSC: 3721-4433