segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

JACK O MARUJO


- O que o sr. espera do Ano Novo, capitão? 
- Que envelheça, disse Jack o Marujo. Quem é novo costuma fazer besteira.

MAR DE VERÃO


MAR DO TARSO CLAUDIO SCHERER


LÁ FORA NO ATLÂNTICO

Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionArrematada em um leilão em 2010, antiga estação da Marinha americana hoje é pousada

A plataforma no Atlântico transformada na pousada 'mais isolada do mundo'

Uma plataforma desativada da Marinha americana, localizada em pleno oceano Atlântico a 55 km da costa, se tornou em uma concorrida pousada para visitantes em busca de destinos inusitados.
A Frying Pan Tower, erguida em 1964, operava um farol para navios em uma região famosa por seus bancos de areia - e pelo naufrágios ocorridos ali por causa destes.

Duas décadas depois, a invenção do GPS a tornou desnecessária. Acabou desativada em 2003, já danificada após ser atingida por furacões.


Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionTorre auxiliava barcos a navegarem por região com bancos de areia
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionRichard Neal hoje administra a pousada e restaura sua estrutura

Os debates sobre o destino da torre oscilavam entre demoli-la ou transformá-la em um laboratório, até que, em 2009, foi vendida pelo governo para uma operadora de mergulhos.

Mas sua nova dona não pagou o montante acordado e a estação foi à leilão no ano seguinte. O lance vencedor foi do engenheiro de software Richard Neal, que adquiriu a estação por US$ 87 mil.

"A comprei porque me lembrava de uma casa na árvore que eu tinha quando era criança", diz Neal. "De repente, eu era dono de algo enorme e que precisava de muitos reparos."



Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionHóspedes vão em busca de isolamento e tranquilidade
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionHá quem pratique golfe em meio ao mar
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionRefeições estão incluídas na estadia, que custa US$ 500 por pessoa por duas noites

Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionPescar é uma das atividades possíveis na Frying Pan Tower
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionMergulhar também é um passatempo popular entre os visitantes

Neal diz que a princípio não tinha ideia do que faria com a estrutura. Pensou em alugá-la para empresas de mergulho ou vendê-la de novo por um valor maior.

Mas, após entrar no local pela primeira vez, decidiu transformá-lo em uma pousada para que outras pessoas pudessem ter a chance de experimentar como é a vida em alto mar - além de, desta forma, conservar a construção e sua história.

"Quando abri a porta, foi como caminhar para dentro da história. Nada havia mudado. Depois de ver como ela foi construída, preservá-la tornou-se importante."


Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionNeal diz que 50% do trabalho de restauração já está pronto
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionDono da pousada conta com a ajuda de voluntários e doadores

Distante 55 km da costa do Estado da Carolina do Norte, a pousada Frying Pan Tower tem hoje oito quartos e abriga até 12 pessoas de uma vez.

As instalações são simples, mas oferecem água quente, eletricidade, internet wifi e uma cozinha completa.
Os hóspedes podem descansar nas redes, admirar a paisagem sem um pedaço de terra à vista, a noite estrelada, jogar sinuca, pescar ou mergulhar no mar de águas cristalinas a 30 metros abaixo da plataforma.

Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionPlataforma fica 30 metros acima do mar
Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionInstalações da pousada no meio do oceano são simples

A estadia custa US$ 500 por duas noites, o que não inclui o transporte de helicóptero ou barco, as únicas formas de chegar ao local.
"A torre tornou-se uma atração bastante procurada. Por vezes, até tenho mais pessoas interessadas do que gostaria", diz seu dono.

Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionHá oito quartos, com capacidade para abrigar até 12 pessoas
Neal ainda conta com a ajuda de doadores e voluntários para restaurar a torre.

"Se tivesse dinheiro, nunca faria isso, mas sou um cara comum. Quase tudo aqui foi doado. Provavelmente um terço dos meus hóspedes são voluntários. Tem sido incrível", afirma ele.

"Estamos com 50% da restauração pronta, mas, por estarmos no meio do oceano, sempre há uma manutenção a ser feita. Temos uma chance de preservar a estação para as futuras gerações."

Direito de imagemFRYING PAN TOWER LLCImage captionSem um pedaço de terra à vista, pôr do sol pode ser estonteante

(Do https://www.bbc.com/)

MORTE NO MAR

Animal estava com diversos ferimentos pelo corpo e foi encontrado na areia já sem vida(Foto: Elvis Palma Fotografias / Divulgação)

Mais um boto pescador é encontrado morto em Laguna, no Sul de SC

Esse foi o 16º indivíduo da espécie encontrado sem vida nas areias da região, recorde em pelo menos 10 anos

Por Gabriel Lima
gabriel.lima@somosnsc.com.br


Quem estava na manhã deste sábado (29) na praia do Mar Grosso, em Laguna, presenciou a morte de mais um indivíduo da espécie Tursiops truncatus, conhecido como boto pescador. O animal estava com diversos ferimentos pelo corpo e foi encontrado na areia já sem vida, sendo recolhido pela equipe do Programa de Monitoramento de Praias da Udesc.

De acordo com os pesquisadores, o animal era uma fêmea com 1,83 m de tamanho e, assim como a maior parte dos animais que morreram ao longo do ano na região, tinha idade juvenil. As causas do óbito ainda são desconhecidas, por isso o cadáver deve passar por uma necrópsia para identificar detalhes dos seus ferimentos.

A mortalidade do animal cresceu muito durante esse ano e preocupa a comunidade de Laguna. Esse foi o 16º boto pescador encontrado sem vida nas areias da região, recorde em pelo menos 10 anos. O número representa mais que o triplo do ano passado, quando 5 mortes foram registradas, e mais que o dobro de 2016, que liderava a estatística negativa com 7 óbitos.

Os indivíduos da espécie Tursiops truncatus são reconhecidos pelo relacionamento colaborativo com os humanos, especialmente em Laguna. Os botos interagem e conduzem o cardume de tainhas até as redes dos pescadores, que jogam a tarrafa e fazem a captura. Ambos saem felizes com a parceria: o pescador consegue fazer seu trabalho com mais facilidade e o animal deixa o local com um peixe na boca a cada tentativa.

Causas da alta mortalidade

A maior parte das mortes de botos em Laguna é causada pelo uso indevido de redes de pesca de emalhar, geralmente usadas para capturar bagres. Há relatos de pescadores que atravessam o equipamento de uma ponta até a outra nas margens do rio Tubarão, trancando a passagem dos animais. Muitos botos caem na armadilha e não conseguem se desvencilhar.

Mas há outra causa que está matando os botos pescadores: a poluição do Complexo Lagunar. Poluentes como restos de atividades industriais e agrotóxicos são despejados na região, causando reações químicas na água. Como os botos vivem em áreas de alta produtividade primária, como desembocadores de rios, acabam afetados pelos poluentes.

A estimativa do professor de Engenharia de Pesca e Biologia Marinha, Pedro Volkmer de Castilho, é que 25% os botos locais tenham lesão de pele, algo raro e que ocorre apenas com os animais de Laguna. A mais comum e perigosa é a lobomicose, uma doença fúngica de pele que amplia o número de infecções do animal e se prolifera à medida em que o bicho perde a capacidade imunológica. Além da cura ser lenta e difícil, a doença também é transmissível.

– O que acaba matando é a rede, mas a gente não sabe se o animal estava surdo, com infecções ou outras doenças. Muitos que morreram emalhados tinham outros problemas que vão destruindo as capacidades motoras – explica.

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

VERÃO DE FLORIPA






domingo, 30 de dezembro de 2018

VAMOS?


MAR DE VERÃO


VERÃO: AS REGRAS DE GAROPABA



PRAIAS TÊM REGRAS 
Regras para utilização das praias em Garopaba
(Publicado pela prefeitura dia 28)
A Prefeitura de Garopaba definiu regras para as praias do município. Entre as proibições estão *levar animais para passear na areia e a *cobrança de consumação mínima para os usuários utilizarem as cadeiras e mesas dos quiosques.


“Teremos diversos fiscais trabalhando nessa Operação Verão, das 8h às 18h, todos os dias, junto com a Polícia Militar", afirmou o Secretário da Fazenda Luiz Carlos Gaspar. 
*Quem não cumprir as regras estabelecidas, estará sujeito à multa e outras penalidades. 
*O turista e morador pode acionar a fiscalização por meio do telefone 3254.8171.

Praias de Garopaba:
É PROIBIDO:
- Acampar 
- Levar animais 
- Churrasco na beira da praia 
- Praticar esporte fora das áreas demarcadas 
- Embarcações, banana boat e jet-ski a menos de 200m da praia 
- Ambulantes sem credencial 
- Praticar esportes nos horários de pico e fora do espaço delimitado pelos salva vidas.

VERÃO NO PANTUSÚLI

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

PRAIAS INCLUSIVAS

(Foto: Arquivo pessoal)

Importante projeto de inclusão nas praias começará em Palhoça no dia 2

Por Mário Motta

Mais uma temporada de verão começando e a predisposição dos integrantes do Corpo de Bombeiros Militar em servir ao próximo é evidente. A partir do próximo dia 2, começa nas praias do Sonho e da Ponta do Papagaio, em Palhoça, mais uma edição do Projeto Golfinho, que torna aquelas praias muito mais inclusivas e agradáveis para todos. 

Com cadeiras anfíbias, eles conseguem transformar em realidade o sonho de muitas pessoas com deficiência, que é ir à praia e aproveitar as delícias das águas. Os locais já estão definidos: na Praia do Sonho, ficará no posto central dos guarda-vidas. Na Ponta do Papagaio, funcionará no posto dois. Em todos os locais haverá placas e bandeiras identificando que ali é o local de inscrição. Cada praia terá uma semana de atividades começando na terça-feira e indo até a sexta, sempre das 9h às 10h30min.

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

ANTÔNIO DO BOTOS

www.andreailustradora.blogspot.com

"...Deixou o menino a brincar com os anjos e os botos, que já haviam dado a volta pela barra do rio, e foi caminhar um pouco para pensar melhor. Perto do casario encontrou o velho pescador atrapalhado com um espinhel de papa-terras. Com um samburá de tatuíras ao lado, Julião tentava, sem sucesso, desembrulhar a maçaroca em que se haviam transformado uma cem braças de linha de tucum e uma centena de anzóis.
- Estamos um tanto embrulhados, hein, Julião? - disse alegremente, reconhecendo aquele velho matreiro.
Havia muito tempo Julião fora à Igreja Matriz pedir um favor ao padroeiro. Em troca do casamento com sua amada Aninha, daria todo o dinheiro do primeiro lance de tainhas do mês de junho para as obras da Igreja.
O Santo cumprira sua parte: não tardou muito para que a relutante Aninha se decidisse pelo "sim" e o casameto fosse realizado.
O lance das tainhas também. Foi um acontecimento. Era dos melhores que já se tinha visto naquela praia. Devia valer uma fortuna. Julião arrependeu-se de ter feito a promessa e gelou quando o homem propôs:
- Duzentos mil réis, seu Julião..."

(Fragmento de "Antônio dos Botos", livro infanto-juvenil de Márcio José Rodrigues, com ilustrações de Andrea Ramos/ Editora Letras Brasileiras - 2009)

sábado, 29 de dezembro de 2018

JACK O MARUJO


- Quero saber tudo sobre o mar, disse o Aprendiz.
- Mais de uma vida não será suficiente, disse Jack o Marujo. Mas poderá amá-lo com o tempo, depois de impregnar teu destino com sal.e descobrir que todo horizonte é inacessível.

POLVO NA MESA

Resultado de imagem para Polvo à Sangiovese

Polvo à Sangiovese

(Polvo macio por dentro e crocante por fora, cozido em vinho e grelhado no momento de ser servido, acompanhado de refogado de cebolas glaceadas, brócolis, tomate, batatas baby, alho confit e azeite extravirgem.

Ingredientes

2kg de tentáculos de polvo
1 cebola média cortada em tiras
3 dentes de alho esmagados rusticamente
300g de mini batatas
1 maço de brócolis
500ml de vinho tinto seco
1 cálice de vinho branco seco
2 tomates sem pele e sem semente cortado em pétalas
Azeite de oliva
Sal
Pimenta do reino moída no momento

Modo de preparo

Em uma panela de pressão cozinhe o polvo por mais ou menos quarenta minutos com 1,5 litro de água e 500ml de vinho tinto. Reserve
Cozinhe as batatas higienizadas e com casca. Reserve
Numa frigideira coloque os tentáculos do polvo ja cozidos e limpos e deixe dourar em um fio de azeite
Assim que estiver dourado, coloque o alho e deixe dourar. Em seguida coloque a cebola e refogue. Coloque o cálice de vinho branco, deixe que o álcool se evapore por alguns segundos, acrescente o brócolis , as batatas já cozidas e amassadas (daí a expressão batatas ao murro), acrescente ao refogado os tomates , acerte o sal e a pimenta a gosto. Disponha o polvo com o refogado numa travessa e regue com azeite em abundância

Serve: duas pessoas
Dificuldade: Fácil

(Receita do Chef Helton Costa)
Foto Fernando Alexandre
" Quando o céu está vermelho no entardecer é sinal de bom tempo, mas quando é no amanhecer é sinal de chuva"¨
(Sabedoria Praieira )

LIXO NA PRAIA


Cerca de 100 mil animais marinhos morrem por ano vítimas do lixo jogado na praia 

Francielly Azevedo - CBN Curitiba e Assessoria 

O aumento no fluxo de pessoas nas praias também eleva o volume de lixo produzido. A sujeira, descartada de maneira incorreta, causa a morte de diversos animais.
Segundo um levantamento do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), todos os anos, cerca de 190 mil toneladas de materiais plásticos são lançados ao mar, na costa brasileira. No Paraná, 760 toneladas de lixo foram recolhidas na beira-mar apenas no verão de 2018, segundo balanço do governo do estado. O peso é equivalente a 13 baleias francas adultas, espécie que costuma visitar o litoral paranaense.

De acordo com um estudo realizado por uma universidade australiana, a contaminação dos oceanos, principalmente por plásticos, é responsável pela morte de cerca de 100 mil animais marinhos todos os anos. 
O presidente do conselho da Associação MarBrasil, Ariel Scheffer, conta que cerca de 700 espécies marinhas são afetadas pela poluição plástica nos mares, incluindo mais de 260 espécies ameaçadas de extinção.
“Uma das causas de grande mortalidade é o encontro de um ser marinho, não só animal, mas as plantas também; que acabam se enroscando em redes abandonadas e outros tipos de plásticos que acabam prendendo os animais”.
O biólogo destaca que as aves marinhas e as tartarugas são as mais prejudicadas por confundir sacolas com alimentos da cadeia alimentar, como águas vivas e pequenos organismos.
“Tem coloração e aparência de animais amorfos, como os mais gelatinosos, que são confundidos com alimentos. Vai para o trato digestivo, dá uma sensação de saciedade, não é digerido, fica no estômago e o animal morre”.

O especialista pede para que as pessoas se conscientizem e utilizem menos canudo, já que o item é um dos principais vilões.
“É um símbolo, não temos necessidade de usar canudos plásticos. Temos fotos emblemáticas na internet de canudos sendo retirados das narinas de uma tartaruga, por exemplo”.
Além de impactar as espécies marinhas, os resíduos descartados nas praias também interferem na vida dos banhistas. A sujeira reduz a balneabilidade, que é o índice usado para verificar a qualidade da água. Desse modo, ela se torna imprópria para o banho, podendo gerar contaminação por doenças de pele.

Os prejuízos afetam ainda a economia dos municípios, que precisam aumentar as despesas com a limpeza das praias e perdem a receita com o turismo.

“Tanto no aspecto visual, uma praia cheia de lixo perde o valor para a sociedade e o valor turístico reflete no valor comercial também. Além de diminuir a balneabilidade do ambiente e prejudicar a saúde, já que esses lixos normalmente são contaminados.

A dica é praticar o consumo consciente de todo lixo produzido.

(Do https://paranaportal.uol.com.br/)

MANEMÓRIAS

Foto Amnésio Krônico
Miramar com canoas - começo do século passado

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

MÃOS NÃO MENTEM

(torreira; 2016)

olha as mãos

no princípio eram as mãos
ferramentas únicas
alfabeto de gestos e sinais

do dizer ao fazer
tudo por elas era

vê como falam as mãos
como quebram o silêncio
atenta nelas e ouve

encontrarás nas mãos as respostas
para as perguntas que não fizeste
nelas tudo é claro e transparente

olha as mãos
como se um outro corpo
e não o são

Do ahcravo 

MAR DE SEBASTIÃO SALGADO


BANHO DE MAR

(Foto: G1-SC/Divulgação)

Aproveitem as praias com segurança: confira os locais impróprios na Grande Floripa

Por Mário Motta

O terceiro relatório de balneabilidade da temporada 2018-2019, divulgado pela Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), mostra uma pequena melhoria na qualidade da água do mar para banho humano no litoral catarinense. De acordo com o resultado, 78,5% dos pontos analisados estão próprios. Em Florianópolis, dos 75 locais averiguados, em 80% recomenda-se o banho. No restante do litoral, dos 144 pontos, 112 também apresentam condições favoráveis. 

Em relação ao relatório anterior, divulgado na sexta-feira passada, cinco pontos passaram da condição de impróprio para próprio (um em Florianópolis). Em contrapartida, quatro pontos passaram de próprio para impróprio (inclusive um em Florianópolis). O IMA realiza coletas e análises em 219 pontos dos 500 quilômetros da costa catarinense. 

E continuo minha solitária campanha denominada: E daí?, na qual indago o que tem sido feito nos pontos tradicionalmente impróprios para o banho? Sei que o IMA faz sua parte, mas espero mais das prefeituras e dos contribuintes, caso contrário o dinheiro investido vai pelo ralo.
Confira os locais impróprios

FLORIANÓPOLIS

Lagoa da Conceição: nos trapiches dos serviços de transportes; em frente à rua de acesso à Joaquina; e em frente à Rua Manuel Isidoro da Silveira

Praia Brava: no riacho

Armação do Pântano do Sul: na foz Rio Sangradouro

Beira-Mar Norte: em frente ao monumento da Polícia Militar

Ponta das Canas: altura do nº 5.281 da estrada geral (na lagoa) e em frente à Rua Alcina Janis

Balneário: em frente à Rua José Cândido Da Silva

Bom Abrigo: frente à Rua Teófilo Almeida

Cacupé: no meio da praia

Campeche: no riozinho

Jardim Atlântico: frente à Rua Elesbão Pinto da Luz

Praia do José Mendes: no meio da praia

Matadouro: na Rua Belmira Isabel Martins

GOVERNADOR CELSO RAMOS

Fazenda Da Armação: na Rua Gerino B. dos Santos 

próximo ao riacho

Praia da Gamboa: Rua Flamboiam

Canto de Ganchos: na Rua Deodoro Simas Custodio, à esquerda do riacho, e na Avenida Ganchos altura do nº 1008 à direita do trapiche

Praia do Antenor: no canto esquerdo

PALHOÇA

Guarda do Embaú: no rio, em frente à vila

Praia da Pinheira: na Rua Beira-Rio

SÃO JOSÉ

Guararema: no canto esquerdo da praia

BIGUAÇU

Não teve situação imprópria




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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

MORTE NO MAR

(Foto: Guilherme Hahn/Especial)

Dispara número de morte de botos em Laguna 

Total de ocorrências registradas neste ano é o triplo em relação a 2017 e a maior em pelo menos 10 anos 
Conhecidos por ajudar na atividade econômica de Laguna, os botos pescadores integram uma estatística negativa. Foram 15 animais mortos em 2018 na região, número que representa o triplo do ano passado, quando cinco animais foram encontrados sem vida. Além disso, o alto índice de mortes representa um recorde desde 2012, quando o monitoramento começou a ser feito.

Todos os animais mortos pertencem à espécie Tursiops truncatus, que se relaciona de forma colaborativa com os humanos, especialmente em Laguna. Os botos interagem e conduzem o cardume de tainhas até as redes dos pescadores, que jogam a tarrafa e fazem a captura. Ambos saem felizes com a parceria: o pescador consegue fazer seu trabalho com mais facilidade e o animal deixa o local com um peixe na boca a cada tentativa.

— A pesca entre o boto e o pescador ocorre em Laguna há pelo menos 150 anos. A espécie está em quase todos os locais do planeta, mas em Laguna é o caso de um grupo residente, que interage com pescadores e tem um fator de permanência muito mais forte que outras populações da mesma espécie — analisa o professor de Engenharia de Pesca e Biologia Marinha, Pedro Volkmer de Castilho.

Apesar da cumplicidade, a relação tem causado a morte de diversos animais na Capital Nacional do Boto Pescador. Ao menos nove dos 15 bichos encontrados sem vida na região fazem parte da população que fica na área costeira de Laguna. A estatística atingiu quase 20% do grupo em 2018, já que a estimativa dos pesquisadores é que 50 botos formam a população local.
Taxa de natalidade é inferior a de óbitos

Castilho afirma que após um ano tranquilo em 2015, quando apenas um animal foi encontrado sem vida, a taxa de natalidade não tem acompanhado a de mortalidade. Ainda não é possível estimar quantos animais nasceram no grupo em 2018, porque a avaliação demográfica deste ano deve ser concluída até abril de 2019. O principal motivo é a dificuldade em identificar os filhotes, pois as nadadeiras dorsais são semelhantes nessa idade.

Outra preocupação é o alto índice de animais jovens que estão morrendo. Das nove mortes registradas na população de Laguna, ao menos cinco foram de filhotes ou botos em desenvolvimento. Entre os fatores que incidem na quantidade de óbitos de machos, segundo especialistas, estão inexperiência, falta de domínio do ambiente, curiosidade e exposição a riscos, pois são mais exploradores e menos cuidadosos do que as fêmeas.

— Como estão morrendo só indivíduos juvenis, vai chegar uma hora em que não teremos mais indivíduos para reprodução. Isso pode criar uma espécie de hiato reprodutivo. Se houver uma queda imunológica, pode ser que a gente perca toda a população de uma vez — alerta Castilho.

Morte de botos em Laguna

Ocorrências registradas por ano

2009: 1

2010: 1

2011: 2

2012: 2

2013: 5

2014: 6

2015: 1

2016: 7

2017: 5

2018: 15

* Fonte: Engenharia de Pesca e Biologia Marinha / Pedro Castilho
Redes são os principais agressores dos animais
(Foto: Guilherme Hahn/Especial)

A maior parte das mortes de botos em Laguna é causada pelo uso indevido de redes de pesca de emalhar, geralmente usadas para capturar bagres. Há relatos de pescadores que atravessam o equipamento de uma ponta até a outra nas margens do rio Tubarão, trancando a passagem dos animais. Muitos botos caem na armadilha e não conseguem se desvencilhar.

Para o presidente do Sindicato da Pesca de Laguna (Sindipesca), Gilberto Fernandes da Silva, as redes são colocadas no rio Tubarão por pessoas que não moram na região. Ele afirma que o pescador reconhece a importância dos botos à atividade e são os mais interessados na preservação:

– O pescador que mata o boto é o turista. Nossos pescadores têm consciência que devem preservar o boto, mas o turista não vive da pesca e não vê assim. Eles não usam barco de pesca, mas sim barco de turistas, e acham bonitos os peixes grandes. Então usam as redes irregulares e depois ainda postam fotos dos botos mortos.

Após manifestações da comunidade, a prefeitura de Laguna sancionou uma lei proibindo o uso de redes de emalhe no Rio Tubarão dentro do município. O exemplo foi seguido por Tubarão e Capivari de Baixo, por onde também passa o rio. Não que a legislação tenha impedido totalmente a prática no local, pois recentemente a Polícia Militar Ambiental apreendeu 10 redes proibidas no local.

Mas há outra causa que está matando os botos pescadores: a poluição do Complexo Lagunar. Poluentes como restos de atividades industriais e agrotóxicos são despejados na região, causando reações químicas na água. Como os botos vivem em áreas de alta produtividade primária, como desembocadores de rios, acabam afetados pelos poluentes.

A estimativa do professor de Engenharia de Pesca e Biologia Marinha, Pedro Volkmer de Castilho, é que 25% os botos locais tenham lesão de pele, algo raro e que ocorre apenas com os animais de Laguna. A mais comum e perigosa é a lobomicose, uma doença fúngica de pele que amplia o número de infecções do animal e se prolifera à medida em que o bicho perde a capacidade imunológica. Além da cura ser lenta e difícil, a doença também é transmissível.

O professor e pesquisador afirma que os animais jovens estão com deficiência imunológica e contraindo doenças mais cedo. Essas deficiências podem ser agravadas a longo prazo por fatores externos, como a condição do local onde vivem e ruídos de embarcações.

– O que acaba matando é a rede, mas a gente não sabe se o animal estava surdo, com infecções ou outras doenças. Muitos que morreram emalhados tinham outros problemas que vão destruindo as capacidades motoras – explica.
Prevenção de acidentes passa por maior fiscalização

Na opinião do presidente do Sindipesca, a medida emergencial que pode impedir a morte de mais botos pescadores é a ampliação do efetivo dos órgãos de fiscalização. Ele afirma que tem organizado reuniões para buscar soluções com a Polícia Militar Ambiental, Câmara de Vereadores de Laguna, de Capivari e de Tubarão nos últimos meses, e espera juntar o Ibama nos próximos encontros.

O comandante da 3a Companhia da Polícia Militar Ambiental de Laguna, capitão Omar Corrêa Marotto, concorda que a equipe está com efetivo abaixo do necessário. Atualmente, são apenas quatro policiais para cobrir a área oceânica e lacustre de Laguna, além das lagoas de Ibiraquera, em Imbituba. Dessa forma, quando o efetivo se desloca a alguma ação marinha, não sobram agentes para apurar denúncias em terra.

Como o planejamento é elaborado um ano antes e a equipe é reduzida, o capitão explica que não conseguiu intensificar as ações com o aumento do número de morte dos botos. Por isso, conta com a ajuda da população para informar irregularidades, seja com fotos ou relatos, porque a equipe trabalha mediante denúncias que são formalizadas.

– A primeira providência é conscientizar a população sobre a importância desse animal para a região, já que uma cadeia econômica depende deles. A segunda é conseguir colocar no ambiente aquático todos os órgãos e entidades que devem fiscalizar. Um dos órgãos que têm precariedade de equipe e não conseguem vir, por exemplo, é o Ibama. Enquanto isso, tentamos fazer operações em conjunto para diminuir essa mortalidade – diz Marotto.

A linha de raciocínio é parecida com a de Castilho, que reforça a necessidade da conscientização ambiental. O pesquisador acredita que a legislação que proíbe a rede de emalhe foi o primeiro passo, mas que a preservação dos botos exige esforços de toda a população local:

– Isso vai desde o resíduo que a pessoa joga na lagoa até a hora que o pescador coloca a rede. Não adianta só proteger o boto, mas é preciso cuidar também do lugar em que ele vive. Então, é necessário preservar as encostas, nascentes, efluentes de esgoto. Talvez a gente não tenha tempo de reverter isso antes que a população de bichos entre em situação crítica.

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

CAÇA ÀS BALEIAS


Japão vai retomar a caça de baleias para fins comerciais, apesar de proibição internacional

País anunciou que vai deixar a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) e retomar a caça comercial do mamífero em julho de 2019


O Japão vai deixar a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) e retomar a caça comercial de baleias em julho de 2019. A prática foi banida pela IWC em 1986, depois que algumas espécies foram quase extintas.

De acordo com a BBC, o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, a caça comercial de baleias estaria restrita às águas territoriais japonesas e às zonas econômicas, excluindo as águas da Antártida e no hemisfério sul.


Autoridades do Japão, que é membro da IWC desde 1951, dizem que comer baleias é parte da cultura local. Nos últimos 30 anos, o país asiático tem capturado baleias, como parte de seu programa científico, autorizado pela IWC como uma exceção ao banimento.

Hoje algo entre 200 e 1,2 mil baleias por ano dos mamíferos são abatidos com fins científicos e podem ter a carne posteriormente vendida.


Para grupos de conservação ambiental, a medida terá sérias consequências. A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, e a ministra do Meio Ambiente, Melissa Price, disseram estar “extremamente desapontadas” com a decisão do Japão.

(https://www.revistaforum.com.br/)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MANEMÓRIAS


Praia da Armação do Pântano do Sul - Florianópolis, em 1999. Onde as lanchas baleeiras ainda predominavam.

SEM LICENÇA!


BC Port (Foto: Reprodução)
Autorização para porto de transatlânticos em Balneário Camboriú enfrenta imbróglio

Por Dagmara Spautz

A PDBS, empresa dona do projeto do BC Port — um píer de transatlânticos a ser construído na Barra Sul, em Balneário Camboriú — tenta reverter em Brasília um imbróglio que envolve o processo de autorização para operar. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) agora avalia denúncias de que a empresa teria apresentado documentos forjados para conseguir a licença — o que a PDBS nega.

Em novembro, o processo do BC Port foi aprovado pela Antaq e enviado ao Ministério dos Transportes com “ressalvas”, pedindo que fosse avaliada a autenticidade dos documentos. Entre eles a aprovação do projeto conceitual na prefeitura, em 2016. O Ministério, que assinaria o contrato, devolveu o processo e pediu que a Antaq solucione o caso antes de dar encaminhamento.

Com a medida, o processo tende a atrasar. Na última terça, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) emitiu a licença ambiental prévia para o empreendimento.
Contraponto

Em nota, a PDBS afirma que a Antaq “errou ao ter aceitado tais denúncias desprovidas de provas” e acusa a agência de ter agido sob “pressão política, sem analisar os embargos apresentados pela empresa e atrasando o processo. “Aguardaremos o julgamento breve da Antaq. Do contrário, a PDBS buscará medidas judiciais cabíeis”.

Leia a nota na íntegra:

"É uma pena que alegações de que houve falsificação de documentos, impetradas junto ao MTPAC / ANTAQ pela ong IDEA e a concorrente Bontur, estejam produzindo tais efeitos retardatários. Acreditamos que a ANTAQ errou ao ter aceitado tais denúncias completamente desprovidas de provas, e ainda, partindo diretamente dos contra interessados. A ANTAQ equivocou-se quando, por pura pressão política, atrasou diversas vezes o processo, ignorou as contra provas apresentadas, não julgou os embargos de declaração da PDBS, os quais continham as provas cabais do ministério público que certificam a veracidade e autenticidade das documentaçoes apresentadas no processo licitatório. O Brasil está mudando. Aguardaremos o julgamento breve da ANTAQ, do contrário, a PDBS buscará as medidas judiciais cabíveis, e as responsabilidades por todos os danos causados a empresa pela demora, serão devidamente apuradas".

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

SEM FESTAS

Praia do Campeche não deve receber eventos festivos de fim de ano, diz Justiça(Foto: Marco Fávero / NSC Total)

Justiça Federal proíbe eventos festivos de fim de ano na Praia do Campeche, em Florianópolis 

Decisão é devido à contaminação das águas subterrâneas, superficiais e do próprio aquífero do Campeche. 

A Justiça Federal proibiu a realização de eventos festivos de fim de ano na Praia do Campeche, no Sul da Ilha, em Florianópolis, devido à contaminação das águas subterrâneas, superficiais e do próprio aquífero do Campeche, incluindo o manancial da bacia hidrográfica do Parque Nacional da Lagoa do Peri. A decisão é do juiz federal Marcelo Krás Borges, da 6ª Vara Federal da Capital, e foi proferida na quarta-feira (19), atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). 

No despacho, o magistrado determina que a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), a União e Município de Florianópolis suspendam qualquer licença, autorização e permissão para esses eventos, e que divulguem ao público o cancelamento. A multa caso haja descumprimento é de R$ 50 mil por dia.
A prefeitura disse que ainda não foi notificada da decisão. A Superintendência do Patrimônio da União em Santa Catarina (SPU-SC) informou nessa sexta que foi recebida notificação da sentença na quinta (20) e que vai cumprir.

Sentença
O juiz federal determina que os réus na ação cumpram decisão liminar anterior proferida por ele, em agosto deste ano, para recuperação ambiental da área. O magistrado diz que informações repassadas pela Associação de Moradores do Campeche (Amocam) à Procuradoria da República (PR) são de que há descumprimento da sentença de quatro meses atrás.
A PR foi informada de relatório da Agência de Regulação de Serviços Públicos do estado (ARESC) que atesta poluição química das águas subterrâneas do Campeche e que há contaminação das águas superficiais (rios, córregos e lagoas), em especial pela concessão ilegal de licenças do Município, Floram e União para novos empreendimentos.

Também foi relatado à Procuradoria que há obras de macrodrenagem para empreendimento na região da Rua dos Eucaliptos; e, por fim, da existência de eventos turísticos de fim de ano na Avenida Pequeno Príncipe, em terreno parcialmente localizado sobre área da União.

"Nos termos do pedido liminar, os réus executandos teriam o prazo de 60 dias para elaborar um documento técnico em conjunto, registrando todas as intervenções ou acessões feitas até agora sobre bens da União, medida que não foi obedecida até o presente momento. Assim, o descumprimento da decisão liminar já gera um crédito de R$ 752.074,86 para cada réu executado", afirma o magistrado.

O juiz determinou a realização, em 15 dias, de estudo técnico que identifique e localize os pontos com contaminação, inclusive pela bactéria E. coli, e que sejam explicadas as causas e relatado o vem sendo feito pelo Poder Público e as providências necessárias para resolver o problema e recuperar os locais atingidos. E mandou ainda que os réus paguem a multa judicial.

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

VOCÊS VERÃO!

Amanhecer na Praia da Joaquina, em Florianópolis (Foto Felipe Carneiro, DC)

Verão deve ter influência do fenômeno climático El Niño

Por Puchalski

O Verão começa hoje às 20h23min e a estação deve ter influência do fenômeno climático El Niño.

Na tarde de quinta-feira tivemos mais uma reunião do Fórum Climático Catarinense, um encontro mensal no qual meteorologistas de todas as regiões do nosso Estado se unem para elaborar em conjunto a previsão de clima dos três meses seguintes. 

Segundo os meteorologistas, ainda estamos num período chamado de neutralidade, mas muito provavelmente, com 90% de chance, vamos ter um El Niño ao longo do Verão. Esse fenômeno ocorre devido ao aquecimento das águas do Pacífico Equatorial. Se confirmado, o El Niño será de intensidade fraca a moderada.

As principais características desse fenômeno no verão, aqui em Santa Catarina, são temperaturas mais altas e a regularidade da chuva. 

Confira a seguir a Previsão Climática para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março

TEMPERATURAS

Durante a estação, as temperaturas devem ficar dentro do que é esperado para esta época do ano, ou seja, um verão bem típico. 

No entanto, são esperadas de duas a três ondas de calor que podem trazer temperaturas acima do previsto para a estação, até mesmo durante as noite, por vários dias consecutivos. 

CHUVA

Os volumes de chuva devem ficar dentro do normal para esse trimestre, ficando acima da média apenas na região Oeste. 

As pancadas de chuva entre o final de tarde e o início da noite, características da região Sul do Brasil, devem ocorrer ao longo de todo o verão, mas principalmente em Janeiro, quando ela será mais frequente. A chuva nos meses de Fevereiro e Março deverá ocorrer de forma mais irregular, intercalando com períodos mais secos. 

TENHA CUIDADOS NO VERÃO

Usar roupas de cores claras e adequadas ao tipo de atividade que se faz está entre as dicas dos meteorologistas, assim como o uso de boné, óculos escuros e protetor solar.

Para quem costuma fazer exercícios físicos em locais quentes, o ideal é diminuir a intensidade em pelo menos 20% do habitual. Isso porque a ocorrência de câimbras pode indicar perigo de choque térmico.

É fundamental hidratar o corpo com muita água ou isotônico, além, de dar preferência aos alimentos ricos em fibras, sais mineiras, vitaminas e aos horários em que o sol está mais fraco.

(Por Bianca Souza - Técnica em Meteorologia - Ciram)

A CHEGADA DO VENTO...

A imagem pode conter: oceano, céu, nuvem, atividades ao ar livre, natureza e água
Vento, olhar e clique do Murilo Mariano

MAR DÁ, MAR TIRA...

O mar derruba casas e árvores de Ilha Comprida, um dos lugares de intensa erosão no litoral paulista

A progressiva destruição das praias brasileiras

Perda ou acúmulo de areia e lama desfigura 60% do litoral brasileiro

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress


O mar corroeu a encosta que sustenta o farol da Ponta do Seixas, o ponto mais oriental do Brasil, em João Pessoa, na Paraíba. Em 2014, um trecho da estrada que conduzia ao farol desmoronou. Dois anos depois, a estrada fechada inicialmente apenas para carros foi interditada também para pedestres e ciclistas. Quem chega à Ponta do Seixas, agora por uma estrada mais longa, pode ver, à frente, uma bela vista do Atlântico e, à esquerda, a antiga estrada caída e uma placa alertando sobre o risco de desmoronamento. As obras de restauração não haviam começado até outubro de 2018.

Além de tragar vias costeiras, os efeitos da erosão no litoral brasileiro se manifestam de múltiplas formas. Barrancos e crateras cortam a praia; rochas, antes cobertas pelo mar, vêm à tona. Casas desmoronam ou expõem alicerces. Palmeiras tombam e revelam suas raízes em razão da perda de sustentação. Publicada em novembro pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a segunda versão de um levantamento do Programa de Geologia e Geofísica Marinha, uma rede de instituições científicas brasileiras, indicou que a erosão e o acúmulo de sedimentos, a chamada progradação, atingem cerca de 60% dos 7,5 mil quilômetros (km) do litoral brasileiro. Como a primeira versão do levantamento, de 2003, indicava uma erosão costeira da ordem de 40% do litoral, algo como 3 mil km, a erosão aumentou 50%, agora chegando a 4.500 km.

O impacto é maior nas regiões Norte e Nordeste, com 60% a 65% do litoral atingido pela erosão, segundo o relatório Panorama da erosão costeira no Brasil. O Pará se destaca no levantamento, com a erosão remoldando 60% e a progradação 30% de seus 562 km de litoral. Na ilha de Marajó, enquanto a linha de costa – o limite até onde o mar chega, cujo deslocamento indica o estado de preservação ou alteração das praias – de algumas praias avançou até 100 metros (m), por causa do acúmulo de sedimentos, a de outras, pela razão contrária, recuou até 80 m. Na Bahia, 20% de seus 932 km de litoral são atingidos pela erosão. Em Sergipe, a perda de sedimentos modificou 38% dos 163 km de praias.

Na ilha de Marajó, praias como esta perdem areia e árvores com o avanço do marWikimedia Commons

No Espírito Santo, o problema é a progradação, verificada em 35% de seu litoral. No delta do rio Parnaíba, entre o Maranhão e o Piauí, a erosão desenterrou manguezais antes cobertos pela areia. No Rio Grande do Norte, 60% dos 399 km da costa já foram também atingidos pela erosão. O Ceará, com 572 km de litoral, registrou 30% de erosão e 10% de progradação.

Nas regiões Sudeste e Sul o impacto da erosão e da progradação é da ordem de 15%, mas a situação não é tranquilizadora, ressalta o geógrafo Dieter Muehe, pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e coordenador dos dois levantamentos. As análises de campo e as imagens de satélite indicaram que 38% do litoral do Rio de Janeiro, o equivalente a 242 km, e 12% do de São Paulo, ou 75 km, apresentam tendência erosiva, mas sem recuo da linha de costa. “A largura da praia continua a mesma, mas a erosão está interferindo nas dunas, falésias e casas próximas em algumas regiões”, diz ele. “São áreas muito vulneráveis, e talvez esse fenômeno fique mais aparente nos próximos anos.”

Problema natural
Fenômeno originalmente natural, a erosão é um problema mundial. A região mais atingida é a costa do mar Cáspio, com uma média de 600 m de perda de praia em alguns pontos e de 700 m de ganho em outros. O litoral de países da Ásia, América do Sul, leste da África e oeste da Austrália apresentou uma média de erosão acima de 50 m, de acordo com um estudo publicado em agosto de 2008 na Scientific Reports. Como em outros países, a variação do volume de sedimentos no Brasil se mostrou mais intensa em áreas mais urbanizadas, com portos, tubulações de esgotos avançando para o mar ou com casas e hotéis construídos na beira da praia. “As obras interrompem o fluxo de sedimentos e fazem as praias engordar de um lado, enquanto as do outro lado perdem areia”, diz Muehe.

A encosta que sustenta o farol da Ponta do Seixas, em João Pessoa, sofre erosão contínuaCarlos Fioravanti

No capítulo sobre o Ceará, o geólogo Jader Onofre de Morais, professor da Universidade Estadual do Ceará (UFC), com sua equipe, relatou que o litoral desse estado abrigava 100 obras de proteção costeira até janeiro de 2016, a maioria (75%) na Região Metropolitana de Fortaleza. Muros de arrimo e corredores de pedras, porém, não foram suficientes para reter os sedimentos. Nos municípios de Cascavel e Fortim, a linha de costa recuou, em relação à terra, respectivamente, 150 e 300 m, em razão do avanço do mar, que destruiu casas, avenidas, estradas e atracadouros de jangadas. No Recife, a praia de Boa Viagem sofre uma forte erosão decorrente, em boa parte, do quebra-mar, construído para as ondas fortes não chegarem às praias.

As regiões Norte e Nordeste são as mais atingidas do litoral brasileiro também por causa da baixa declividade das praias, que facilita o avanço do mar, e das marés mais intensas, entre outros fatores. No Nordeste, houve um agravante: a seca prolongada no sertão nos últimos anos. Com menos água, os rios levaram menos areia para o litoral, enquanto o mar continuou arrastando o sedimento já depositado nas praias.

“Basta diminuir a vazão de um rio para a erosão aumentar”, diz o geólogo José Maria Landim Dominguez, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que coordenou dois capítulos do livro, um sobre a Paraíba e outro sobre Alagoas, Sergipe e Bahia. A retirada de areia das margens dos rios para uso na construção civil e na pavimentação e a existência de barragens acentuam a redução do volume de sedimentos que seria depositado nas praias. Em 1998, a erosão destruiu o povoado de Cabeço, na foz do rio São Francisco, na divisa entre Alagoas e Sergipe.

Em 1921, a praia de Copacabana era estreita e o mar invadia a avenidaWikimedia Commons

A movimentação de sedimentos pode se agravar com a elevação do nível do mar prevista para as próximas décadas e o aumento da frequência e da intensidade de chuvas e ciclones, como resultado das mudanças climáticas, alertam os especialistas que participaram desse levantamento. “Uma parte significativa dos problemas de erosão no litoral em São Paulo está associada à ocupação inadequada da linha de costa, mas é muito mais fácil culpar o aquecimento global do que empresas e prefeituras”, diz o geólogo Michel Mahiques, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) e coordenador do capítulo sobre o estado de São Paulo. “A responsabilidade e os custos de mitigação devem ser divididos entre os causadores desse problema.”

Medidas e Métodos
Há muitas incertezas que dificultam o planejamento e o combate à destruição das praias. Cada grupo de pesquisa adota metodologias diferentes, com maior ou menor precisão, para medir a variação da linha de costa, essencial para calcular as eventuais perdas ou ganhos de sedimentos no litoral. Para contornar esse problema, o oceanógrafo Régis Pinto de Lima, coordenador-geral de gerenciamento costeiro do MMA, pretende reunir especialistas e definir com precisão o limite entre a praia e a terra. Esse parâmetro do litoral brasileiro foi estabelecido em 1831 e precisa ser atualizado, segundo Lima.

Sua equipe deve lançar ainda este mês um manual, dirigido principalmente a representantes de órgãos públicos, para nortear a construção de edificações ao longo do litoral e reduzir a movimentação de sedimentos. Para Mahiques, “é necessário envolver as prefeituras, inclusive por meio da contratação de oceanógrafos, geógrafos, geólogos e outros profissionais capacitados e dedicados à análise desses problemas”. Dominguez, da UFBA, acrescenta: “Os órgãos públicos deveriam ter regras mais rígidas para impedir a ocupação das áreas muito vulneráveis, como a desembocadura dos rios”. Hoje não se pode construir em uma faixa do litoral situada a menos de 50 metros da linha da costa.

A ampliação da praia, com areia de áreas próximas, resolveu o problemaWikimedia Commons

O que existe, por enquanto, são obras isoladas de redução de danos. Em abril, a prefeitura de Santos concluiu as obras para deter a erosão na Ponta da Praia, com a instalação de 49 sacos de areia que formaram uma barreira submersa com 500 m de extensão para deter a erosão; a praia perdeu quase 80 mil metros cúbicos de areia de 2013 a 2016. Em maio, o jornal A Gazeta, de Vitória, no Espírito Santo, relatou a retirada de 10 caminhões em média por dia de areia da praia de Camburi para repor a que se perdia em Curva da Jurema, outra praia da capital capixaba. Em 2017 e 2018, o Ministério da Integração Nacional aprovou 11 pedidos de financiamento para obras de emergência contra erosão costeira, solicitados por órgãos estaduais ou municipais da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará e Santa Catarina, somando cerca de R$ 500 milhões. Para a restauração da praia de Ponta Negra, em Natal, no Rio Grande do Norte, foram destinados R$ 17,6 milhões.

O MMA propõe também a valorização das chamadas obras leves, de recomposição de praias com areia, em vez das obras rígidas, que retêm sedimentos e não impedem a erosão. Um exemplo bem-sucedido nesse sentido é a praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, ampliada com areia trazida de áreas vizinhas na década de 1970. Quando a praia e a avenida eram estreitas, o mar batia às portas do hotel Copacabana Palace; hoje está a cerca de 10 m da calçada.

“As obras de alimentação de uma praia são mais parecidas com o que o ambiente foi no passado, por recolocar a areia perdida”, comenta o oceanógrafo Antonio Henrique Klein, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Os gestores aprovam a obra, mas às vezes esquecem que, de tempos em tempos, ela precisa de manutenção”, ele observa. “É preciso colocar mais sedimentos para repor o que foi perdido e evitar a repetição dos problemas, pois um local em processo de erosão natural vai continuar com erosão.”

Livro
MUEHE, D. (org.) Panorama da erosão costeira no Brasil. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2018.

Artigo científico
MENTASCHI, L. et al. Global long-term observations of coastal erosion and accretion. Scientific Reports. v. 8, 12876, p. 1-11. 27 ago. 2018.

(vIa http://revistapesquisa.fapesp.br/)