quarta-feira, 24 de outubro de 2012

UM PLANO PARA A PESCA E AQUICULTURA

Foto Fernando Alexandre
O Plano Safra da Pesca e Aquicultura, do Ministério da Pesca e Aquicultura, será lançado nesta quinta-feira (25) pela presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. O plano que destina R$ 4,1 bilhões para a expansão da aquicultura, a modernização da pesca e o fortalecimento da indústria e do comércio pesqueiro, será um divisor de águas para que o Brasil se torne um grande produtor de pescado, de forma a atender à demanda interna e ampliar as exportações.

A meta é produzir 2 milhões de toneladas anuais até 2014
O público-alvo do plano serão aquicultores familiares e comerciais, pescadores artesanais, armadores de pesca, agricultores familiares e indústrias do setor. Linhas especiais de crédito serão concedidas a pescadores e aquicultores familiares, mulheres pescadores e aquicultoras, marisqueiras e jovens empreendedores, cooperativas e associações. A ideia é gerar renda e emprego para milhares de brasileiros e ofertar um alimento saudável à população.
Além de crédito com juros mais baixos, prazos de carência maiores e ampliação dos limites, o plano desonera a cadeia produtiva, garante assistência técnica, fortalece o cooperativismo, disponibiliza equipamentos, renova embarcações, moderniza a indústria e a comercialização, e investe em ciência, tecnologia e inovação. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também lançará, junto com o Plano Safra, uma linha de crédito especial com as melhores condições para o desenvolvimento do setor.
As medidas levam em conta que até 2015 o consumo brasileiro de pescado passará dos atuais 9 kg para 13,8 kg por habitante/ano. Já o mercado mundial demandará pelo menos 100 milhões de toneladas adicionais de pescado até 2030, conforme prevê a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Esta conjuntura é favorável ao Brasil, que tem elevado potencial para a produção de pescado no continente e no mar.
Entre os objetivos do Plano Safra da Pesca e Aquicultura estão o resgate de 100 mil famílias que estão na linha da pobreza; a assistência técnica e extensão rural a 120 mil famílias de pescadores e aquicultores; a escavação de 60 mil tanques que produzirão 78.750 toneladas de pescado ao ano; a criação do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento de Novas Tecnologias MPA/ MAPA-Embrapa Pesca e Aquicultura; a promoção de 75 projetos de P,D & I; e a reestruturação de nove unidades de produção de formas jovens e alevinos. Os recursos do plano serão provenientes do Crédito Rural: Pronaf, Prodecoop, Pronamp, Procap-Agro e Moderagro.

(Assessoria de Imprensa do MPA)

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"ROÇA BARROCA" NO "JABUTI"


"Roça barroca", da poeta e tradutora Josely Vianna Baptista, lançado pela Editora Cosac Naify, acaba de ganhar o "Premio Jabuti" na categoria "Poesia", anunciado ontem, quinta-feira (19/10/2012).
O livro, ganhador do terceiro lugar em sua categoria, reúne em um mesmo volume o mito poético da criação do mundo dos Mbyá-guarani, integrantes do grupo Tupi (3 cantos sagrados dos Mbyá-Guaranido Guairá, em apresentação bilíngue guarani-português) e poemas originais da autora, frutos de seu contato com a cultura ameríndia (Moradas nômades). O livro traz, ainda, um prefácio do grande escritor paraguaio Augusto Roa Bastos, um texto da autora sobre a mitologia guarani e generosas notas às traduções. O resultado é um conjunto de rara beleza poética, para não falar da ainda mais rara oportunidade de entrar  em contato direto com textos originais da imemorial tradição oral ameríndia,entre os poucos preservados.

O livro contou com o apoio do Programa Petrobras Cultural.

Os 3 cantos sagrados dos Mbyá-Guarani do Guairá (Os primitivos ritos
do Colibri, A fonte da fala e A primeira terra), ao narrar a criação do mundo, dos homens e dos animais pela palavra vivificadora dos deuses, compõem uma estranha e estranhamente bela narrativa poética sintética sobre personagens de sabor arquetípico, que evocam tanto o tempo
profundo do mito quanto a profundidade sensível da floresta brasileira. Seu texto é apresentado ao leitor duplamente: em transliteração do guarani para o português e em tradução direta, que recupera poeticamente toda a tessitura de sons, imagens e metáforas originais.
Do mito e da tradução poéticos para a poesia que traduz, senão os mitos, a sua ambiência: a segunda parte do livro, Moradas nômades, reúne poemas inéditos que fundem, integram e confundem o mais arcaico e o mais contemporâneo. A densa e densamente bela linguagem poética de Josely Vianna Baptista se volta aqui para cenas e cenários do Brasil colônia, da
mata brasileira, da vida na mata, das histórias antigas e das memórias profundas, tensionando e tocando a corda sutil das relações entre a língua portuguesa e a cultura ameríndia, o moderno e o atemporal, o ocidental e o outro que está em nós. Roça barroca representa uma verdadeira síntese do trabalho  poético-literário de Josely, pois reúne a poeta e a tradutora em um  mesmo volume, um mesmo corpus, em que o domínio da linguagem poética é posto a serviço da tradução, enquanto o trabalho tradutório e a convivência com a cultura ameríndia (incluindo visitas a aldeias e gravações de versões orais diretas dos mitos) alimentam e informam seus
novos poemas, num diálogo mitopoético de raras, belas e profundas ressonâncias.

(Da assessoria de Imprensa da Cosac Naify)

É Tempo de ...

Foto Divulgação
 Anchova de Sol com alcaparras e batatas

Ingredientes:
Uma anchova grande (2 files com couro)
1kg de batatas
100 g de alcaparras
4 limões
1 xícara de azeite
2 colheres de manteiga

Modo de preparo:
Após escamar a anchova, faça os files deixando com o couro, tempere com sal e limão a gosto e leve ao sol por 24h. Use uma caixa com tela para proteger dos insetos.

Corte as batatas com casca em rodelas de 1 cm , espalhe-as no fundo da forma e cubra com água. Leve ao forno por 30 min.

Coloque os files sobre as batatas já pré cozidas e leve ao forno por mais 20 min. Escorra a água que sobrou.

Aqueça as alcaparras na manteiga e espalhe sobre os filés. Deixe escorrer um pouco para o fundo da forma. Aqueça mais 10 minutos e sirva acompanhado de arroz e salada.

(Receita de Waldemar Conceição Filho, publicada originalmente no blog do Beto Barreiros no clicrbs)

OUTRA ILHA?

Documentário sobre o bairro do Rio Tavares em Florianópolis. Entrevista com moradores antigos que contam suas histórias e memórias. 2012.
Vídeo completo com 30 minutos

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

GOSTO DE SAL


Documentário estréia hoje em Blumenau

O documentário "Gosto de Sal", conta a história da viagem do navegador Wlademir Juliano Treis vindo da Sardenha, mar Mediterrâneo, para o Brasil. A viagem, que aconteceu de 2009 para 2010, foi realizada em um pequeno veleiro de madeira medindo 8 metros de comprimento. Com duração de uma hora e seis minutos, roteiro de Wlademir Juliano Treis, direção de Nassau de Souza, o documentário, patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura de Blumenau, será lançado na Fundação Cultural de Blumenau, Santa Catarina, em 18 de outubro próximo, às 19:Hs.
O documentário, que é realizado pela Set Set Produtora, mostra cenas do cotidiano a bordo de uma pequena embarcação que se encontra nas mais diversas situações, típicas de uma viagem transoceânica, encontrando animais marinhos, lugares exóticos, situações difíceis, mostrando a realidade de quem vive no mar.
O documentário mostra, de forma poética e lúdica, que é possível singrar os mares do mundo com simplicidade, gozando do poderoso contato com as forças da natureza e em sincronia com o movimento cadenciado das ondas atlânticas.


No entanto, o documentário "Gosto de Sal" vai além de uma simples história de navegação, mostra também os medos e ansiedades vividas por um homem que decide levar a própria família para uma grande aventura marítima, mostra ainda o charme da bucólica Paraty, cidade que a família escolheu para viver. A crueza das imagens captadas em viagem pelo navegador, aliadas à sensibilidade do diretor Nassau de Souza resultaram em um documentário envolvente, que sai dos paradigmas das grandes produções. A trilha sonora da Banda Ozuê dá um toque todo especial a esse empolgante documentário, deixando o espectador com água na boca...

Ficha Técnica:
- Roteiro e Imagens - Wlademir Juliano Treis
- Direção, Imagens e Montagem - Nassau de Souza
- Diretora Assistente e Direção de Arte - Jozzy de Souza
- Trilha Sonora - Banda Ozuê

ATUNS, BONITOS E ALBACORAS


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

NESTE SÁBADO, FESTIVAL PANTUSULI

Foto Fernando Alexandre
No dia 20 de outubro deste ano, a ONG Instituto Ilhas do Brasil realizará na comunidade de pesca artesanal do Pântano do Sul (Florianópolis) a segunda edição do Festival Pantusuli, um programa ideal a famílias que desejam proporcionar a suas crianças momentos educativos, saudáveis e divertidos, que valorizam a cultura local e seu meio ambiente.
Este evento é vinculado ao Projeto Estrelas-do-Mar, que desde 2005, em parceria com escolas públicas locais, desenvolve nesta comunidade conceitos e práticas de protagonismo e empreendedorismo juvenil, através de valores éticos, educação ambiental e cidadã, filosofia e turismo sustentável de base comunitária.
O Festival Pantusuli foi desenvolvido como uma forma de reunir a comunidade e seus visitantes para celebrar os resultados das lindas ações realizadas durante o ano pelos jovens participantes do Projeto Estrelas-do-Mar e comemorar o aniversário de
fundação do Instituto Ilhas do Brasil. O Festival será gratuito e aberto a toda comunidade e Ilha de Santa Catarina abrangendo crianças, jovens e seus familiares. 
As atividades previstas são: Concurso de ecopandorgas com sorteio de prêmios; Oficinas que integram educação ambiental, filosofia e teatro; Oficina do Jogo das Mudanças Climáticas; Apresentação teatral do grupo Artistas de Nós (Brazil Foundation), retratando a comunidade do Pântano do Sul; Show musical de Valdir Agostinho, cantor e compositor que retrata em suas músicas diversos aspectos da cultura da Ilha e estimula a reutilização de materiais antes considerados lixo, convertendo-os em cenários e figurinos; Confraternização com distribuição de mudas de plantas aos participantes das atividades do evento.
O “Festival Pantusuli” conta com o apoio do Projeto Criança Esperança, da Fundação Franklin Cascaes e da TAM Cia Aérea. Além de parceiros locais como: Bar do Arante e Supermercados Bistek.
O evento funcionará das 10h até às 19h. Os interessados em participar do concurso de ecopandorgas deverão inscrever suas pipas (ecopandorgas) até o dia 15 de outubro até 15h. As inscrições para as oficinas devem ser feitas até o dia 19/10. Para fazer as inscrições e para mais informações entre em contato pelo telefone 48. 32389960 / 91560595, pelo e-mail info@ilhasdobrasil.org.br, ou no Espaço Arquipélago (Rua Abelardo Otacílio Gomes, 193, Pântano do Sul – Ao lado do Bazar Miranda), local central do evento.

FAXINA NOS MARES


terça-feira, 16 de outubro de 2012

MAR DE HUMOR


Charge do Zé da Silva, publicada hoje no Diário Catarinense. Uma sátira à recente matéria do jornal O Globo que aponta Florianópolis como "Beverly Hills catarinense. 

DE OLHO NA ILHA


Professora da UFSC lança compilação com obras que retratam Florianópolis
O evento contará com a presença de Sandra Makowiecky na terça-feira à noite
Foto: Reprodução / Variedade

Professora da UFSC lança compilação com obras que retratam Florianópolis

O evento contará com a presença de Sandra Makowiecky na terça-feira à noite

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Aldo Beck. Antiga Florianópolis, 1985. Óleo sobre tela. Acervo Artur Beck Neto

 Professora da UFSC lança compilação com obras que retratam Florianópolis
O evento contará com a presença de Sandra Makowiecky na terça-feira à noite

FERNANDA OLIVEIRA
Uma mesma Florianópolis, sob o olhar de diferentes artistas, se revela várias cidades em uma só. Boa parte dessas expressões estão reunidas no livro A Representação da Cidade de Florianópolis na Visão dos Artistas Plásticos, da professora Sandra Makowiecky, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
O obra será lançada amanhã à noite, na Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis. Com cores, técnicas e poéticas distintas, Florianópolis é tema e espaço comum para dezenas de artistas visuais que, por meio da pintura, criam representações particulares dos diferentes momentos e lugares da cidade. O trabalho - único em seu propósito - reúne elementos de arte, história, cultura, passado e presente, em uma análise das identidades da Capital de Santa Catarina e suas representações imagéticas (o simbólico, o epistemológico e estético).
Resultado da tese de doutorado de Sandra Makowiecky defendida em 2003, o trabalho abrange três séculos de produção artística, dos viajantes estrangeiros aos artistas contemporâneos, e contém 224 reproduções de obras em cores. O objetivo da publicação é preencher uma lacuna na história da arte de Florianópolis, além de impulsionar novos estudos e reflexões sobre o assunto. Nos capítulos do estudo, a autora costura diferentes poéticas em torno do tema da cidade, com relações que ultrapassam o cenário geográfico.
Entre os artistas mais conhecidos estão Victor Meirelles, Hassis, Martinho e Rodrigo de Haro, Paulo Gaiad, Eli Heil e Vera Sabino - todos com participação reconhecida na história da arte em Santa Catarina. Entre os mais recentes, Fabiana Wielewicki e Lela Martorano surgem em trabalhos que exploram o uso da fotografia. Além de imagens, o livro contém textos escritos por críticos e pelos próprios artistas, em torno das obras apresentadas - todos relacionados ao caráter representativo da cidade de Florianópolis e suas ligações com outras realidades no Brasil e no mundo.

ANDORINHAS DO MAR


quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Foto Brian Bielmann
O DIA EM QUE GOTTFRIED BENN PEGOU ONDA

 
(Tauchen musst du können, musst du lernen[…])
  É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo. É preciso aprender.
Há dias de sol por cima da prancha,
há outros, em que tudo é caixote, vaca,
caldo. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a persistir, a não desistir, é preciso,
é preciso aprender a ficar submerso,
é preciso aprender a ficar lá embaixo,
no círculo sem luz, no furacão de água
que o arremessa ainda mais para baixo,
onde estão os desafiadores dos limites
humanos. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, a persistir, a não desistir,
a não achar que o pulmão vai estourar,
a não achar que o estômago vai estourar,
que as veias salgadas como charque
vão estourar, que um coral vai estourar
os miolos – os seus miolos –, que você
nunca mais verá o sol por cima da água.
É preciso aprender a ficar submerso, a não
falar, a não gritar, a não querer gritar
quando a areia cuspir navalhas em seu rosto,
quando a rocha soltar britadeiras
em sua cabeça, quando seu corpo
se retorcer feito meia em máquina de lavar,
é preciso ser duro, é preciso aguentar,
é preciso persistir, é preciso não desistir.
É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a aguentar, é preciso aguentar
esperar, é preciso aguentar esperar
até se esquecer do tempo, até se esquecer
do que se espera, até se esquecer da espera,
é preciso aguentar ficar submerso
até se esquecer de que está aguentando,
é preciso aguentar ficar submerso
até que o vulcão de água, voluntarioso,
arremesse você de volta para fora dele.
(Alberto Pucheu é professor de teoria literária da UFRJ e poeta. Publicou vários livros.
Mergulhe fundo no www.albertopucheu.com.br)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

NAUFRÁGIO

Foto CPF
Iate naufraga e nove pessoas ficam à deriva no Sul da Ilha de Santa Catarina
Embarcação teria batido em pedra na tarde de domingoUm iate naufragou na tarde deste domingo em Florianópolis. De acordo com o Grupo de Busca e Salvamento (GBS) dos Bombeiros, no momento do naufrágio, nove pessoas de duas famílias diferentes estavam na embarcação.

O motivo do naufrágio teria sido a colisão com uma pedra na região da Tipitinga, no Sul da Ilha, mas isso só será confirmado após a apuração da Capitania dos Portos. O Iate de 40 pés deve ser retirado pela seguradora.

As pessoas que estavam na embarcação chegaram a ficar à deriva, mas logo foram resgatadas pelo bote do GBS. Segundo os Bombeiros, não houve feridos.

(Do DIÁRIO CATARINENSE www.clicrbs.com.br)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

VERDE QUE TE QUERO VERDE...



Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramos.
O barco sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra na cintura,
ela sonha na varanda
verde carne, cabelo verde,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Debaixo da lua cigana,
as coisas a estão olhando
e ela não pode olhá-las.

(Federico García Lorca - Fragmento de "Romance Sonânbulo", tradução de Salomão Souza)

*Garcia Lorca nasceu na região de Granada, Espanha, em 05 de junho de 1898, e foi assassinado também nos arredores de Granada no dia 19 de agosto de 1936 pelos "nacionalistas"do general Franco que havia início à guerra civil espanhola. Apesar de nunca ter sido comunista - apenas um socialista convicto que havia tomado posição a favor da República - Lorca, que era homossexual, foi preso por um deputado católico direitista que justificou sua prisão sob a alegação de que ele era "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver." Avesso à violência, o poeta, nessa época, tinha suas peças teatrais "A casa de Bernarda Alba", "Yerma", "Bodas de sangue", "Dona Rosita, a solteira" e outras encenadas com sucesso. Sua execução, com um tiro na nuca, teve repercussão mundial.