quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

MAR DE VERÃO

Foto Gustavo Testa
Cobrança Abusiva. Passeio para a Ilha do Campeche custa até R$120,00 por pessoa

Um passeio para a Costa da Lagoa custa R$ 15 ida e volta e dura em torno de 40 minutos e para ilha do Campeche embarcações chegam a cobrar até R$ 120 por pessoa e leva 10 minutos

No ano passado eram cobrados R$ 80 por esta travessia, um aumento de 50% no serviço, as embarcações saem no trapiche da Praia da Armação ou através dos botes pela Praia do Campeche

Fica aqui um alerta para Procon que deveria fiscalizar a cobrança de preços abusivos.

(Do http://riozinho.com/)

NA PRAIA...

Clic do Paulo Goeth

Coisas do Morro das Pedras!

MAR DE PESCADOR

Foto Kelly Martin Cape Eleuthera, The Bahamas

Para muitas pessoas, a aquicultura perto da costa é uma visão familiar. É só pensar no cultivo de ostras e mexilhões ao longo da costa catarinense. Mas nos Estados Unidos, a aquicultura em breve será expandida para o oceano aberto. Com uma nova regra publicada em 11 de janeiro pelo NOAA Pescas, as águas federais do Golfo do México serão abertas para a produção de pescado sustentável. A nova regra levou em conta milhares de comentários públicos e autoriza o NOAA Fisheries a emitir licenças para um período inicial de 10 anos, para a engorda de algumas espécies, tais como o red drum (Scianidae), beijupirá, e o almaco jack (olhete) nas águas federais no Golfo.

A aquicultura marinha se refere especificamente ao cultivo de espécies que vivem no oceano. A aquicultura americana produz principalmente ostras, mariscos, mexilhões, camarão, e salmão. Após 30 anos de inovação e aprendizagem, as práticas e tecnologias atualmente disponíveis melhoraram significativamente em aspectos econômicos e de sustentabilidade. Apesar da aquicultura marinha representar 20% do valor dos desembarques nacionais, ela cria postos de trabalho e oferece oportunidades de comércio internacional.

Veja a entrevista com o Diretor de Aquicultura do NOAA Pescas, Michael Rubino, que fala sobre esta nova etapa na aquicultura americana.

(Do  NOAA Fisheries , via http://www.observasc.net.br/)

NA PENHA



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

MAR DE CIMA

Foto Fernando Alexandre

MAR DE PESCADOR

Foto: Arturo de Frias Marques

O Ministério da Produção proibiu a captura da raia gigante (Manta birostris) nas águas marinhas do Peru, a fim de preservar esta espécie na costa do país. A medida, estabelecida por decreto ministerial, está em vigor desde 2 de Janeiro e proíbe a captura da raia manta gigante com qualquer arte de pesca ou instrumento de captura. Da mesma forma, está proibido o desembarque, o transporte, a retenção, transformação e/ou comercialização desta espécie marinha em todo o país. No caso de capturas acidentais, essas raias devem ser imediatamente devolvidas ao seu habitat natural, e não podem ser objeto de consumo ou comércio. No Brasil, a captura da raia manta e demais espécies da família Mobulidae é proibidadesde 13 de março de 2013.

A raia manta gigante tem crescimento lento, uma expectativa de vida de mais de 40 anos, maturidade sexual tardia, ciclo de vida longo, baixa fertilidade e um número reduzido de indivíduos em sua população. Para garantir o cumprimento dessa norma, o governo peruano faz um intensivo trabalho de vigilância entre os principais atores, envolvendo pescadores, comerciantes e consumidores, através da divulgação de mensagens que enfatizam a importância da proteção desta espécie. A pessoa que viole esta medida será punida de acordo com a Lei Geral das Pescas e demais disposições legais aplicáveis. O Ministério da Produção informou que fez vários mecanismos disponíveis para receber reclamações contra aqueles que violam a regra.

(Fonte: FIS World News, via http://www.observasc.net.br/)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

MAR DE VERÃO

Praia da Joaquina é um dos costões de maior atenção dos bombeiros em Florianópolis
Foto: Betina Humeres / Agencia RBS

Depois de acidentes, bombeiros prometem mais sinalização nos costões do litoral catarinense

Por



Os paredões nos cantos das praias atraem turistas e moradores que ficam encantados com a possibilidade de uma selfie mais bonita ou um por do sol mais exuberante. Mas exercitar o lado aventureiro e realizar uma trilha para subir nessas pedras exigem cuidados especiais. Em Florianópolis, pelo menos quatro pessoas morreram eduas seguem desaparecidas por acidentes em costões nesta temporada de verão. 

Incidentes como estes fizeram com que o corpo de bombeiros decidisse por aumentar a sinalização próxima aos costões nas cidades do litoral catarinense. Segundo o tenente Coronel Cesar Assumpção Nunes, 1º Comando Salva-vidas, os quartéis vão fazer um levantamento dos locais mais perigosos para serem sinalizados de Passo de Torres a Itapoá. Em Florianópolis, locais como Joaquina, Praia Mole, Matadeiro,Ingleses e Praia Brava registram o maior número de acidentes. 

— Já existem placas em diversos lugares dizendo que não são indicados para trilhas, mas as pessoas vão muito perto da beirada por uma boa foto ou para ver mais de perto o mar. Elas precisam tomar cuidado. Em resumo: se não tem sinalização de que é seguro, é melhor não chegar perto — explica o tenente coronel. 

As placas serão customizadas com materiais semelhantes as de Itapema, no Litoral Norte, que são mais resistentes do que madeira e bambu. Além de dicas de segurança, elas também mostrarão locais que têm cobertura do corpo de bombeiros. Não há previsão de quando elas serão colocadas ou em que locais exatos. A sinalização será paga com recursos do corpo de bombeiros. 
— Essa ação não acaba nesse verão, será algo que vai se perpetuar por bastante tempo — aponta o tenente-coronel. 

Cuidados nas praias 
No costão 
Na trilha

Observe o chão
As pedras podem ter limo ou estarem molhadas, o que aumenta o risco de quedas. Próximo da água essas situações são mais comuns. 

Não dê as costas para o mar
A correnteza pode mudar de repente e surpreender. 

Evite ir sozinho
Em caso de acidentes, é necessário que alguém acione a emergência. 

Não mergulhe diretamente do costão 
É difícil precisar a profundidade ou se há alguma pedra no fundo. 

Não tente resgatar quem caiu
Pular no mar pode machucar quem está tentando ajudar. Acione a emergência imediatamente. 

Em caso de arrastamento, não tente voltar
Nade para longe do costão. A força da correnteza pode jogar contra as pedras e causar ferimentos mais graves. 

Atenção às crianças
Crianças pequenas exigem cuidados redobrados.

Procure a sinalização
Procure as placas de sinalização e se informe com os salva-vidas antes de subir em um costão. 
(Do www.clicrbs.com.br)

domingo, 24 de janeiro de 2016

CÉLIA E RENILDA, UMA TRISTE HISTÓRIA!

O que era vida....
Virou cinzas...

Um rancho de canoa

Célia e Renilda tinham 100 anos, mas nem parecia. Feitas de um único tronco do garapuvu (árvore que é símbolo de Florianópolis) elas eram parideiras de peixes desde há três gerações da família Inácio, na ilha de Santa Catarina. Canoas valentes, acostumadas ao rigor das fortes ondas do Campeche, elas viram nascer e morrer dezenas de pescadores, filhos das areias dessa linda praia do sul. Também do fundo do seu ventre generoso brotaram peixes que alimentaram o bairro inteiro. Por cem anos singraram o mar, dirigidas pelas mãos fortes daqueles que, apesar da especulação imobiliária e do crescimento quase criminoso do bairro, nunca desistiram de manter viva a tradição da pesca artesanal. Eram as resistentes, junto com a Glória, que descansa em outro barracão, também do lado direito da Pequeno Príncipe.

Pois na noite do dia 16 de janeiro, uma mão criminosa ateou fogo ao rancho que servia de abrigo às duas meninas do mar. Queimou tudo. Foram-se as canoas, as redes e a memória de uma comunidade inteira. Em poucas horas, as labaredas lamberam as madeiras e só sobraram as cinzas. Mais um golpe para o Campeche que também viu ir ao chão o Bar do Chico, igualmente por criminosas mãos, ainda que governamentais. Os espaços das gentes, a história do bairro, se despedaçando.

As rixas entre os pescadores no Campeche são tão históricas quanto a pesca artesanal. Mas, mesmo as mais violentas jamais haveriam de ter como desfecho um crime como esse: queimar as canoas, centenárias barcaças com as quais os homens iam ao mar. Por isso toda a perplexidade diante das chamas que comeram parte da história da praia. A polícia ainda investiga e há suspeito, mas nada ainda foi divulgado sobre a autoria do crime.

O fato é que o rancho queimou, como já queimaram tantos outros, expulsando da praia os pescadores. Dia após dia, apagando a memória do que um dia foi essa ilha. Antes morada do homem do mar e agora, cada vez mais, espaço de paisagens especuladas. O mar como mercadoria, como moldura da sala. Da velha tradição vão ficando apenas imagens desbotadas de registros antigos. Uma história perdida nas brumas.

O incêndio no Rancho do Aparício, filho do seu Deca, comeu as canoas e comeu a história. Agora, um movimento da família e dos amigos busca recuperar o que se perdeu. Há promessas do governo sobre uma ajuda para a compra dos equipamentos, como a rede, por exemplo, e há campanhas para garantir que novo rancho se levante. Mas, o certo é que Célia e Renilda não podem mais voltar. Elas se foram, com todas as suas marcas e memórias.

Alguma outra menina talvez possa ser construída pelas mãos dos jovens do lugar. Uma garota nova, possivelmente não mais de garapuvu. Uma canoa que embalará outra geração. Pode ser que, na tragédia, se renove a vontade de manter a velha tradição de sair para o mar, na fragilidade do remo, sem qualquer outra tecnologia que a força do braço. Pode ser que nas noites de inverno, sob o clarão da lua, esses guris de agora possam contar aos filhos dos filhos que bem ali, naquele rancho havia um outro, que abrigara outras canoas. E pode ser que as dunas ainda estejam protegidas dos especuladores.

Eu olho para esse Campeche de luta e história e sigo sonhando que pode ser possível. Uma vida boa, um peixe bom, uma farinha, e essa comunidade - com todas as suas contradições - ainda vivendo em comunhão.

Nós não reconstruímos o Bar do Chico, porque ele mesmo se foi, encantado, para as estrelas. E, sem forças, também perdemos o pé no mar da ganância e do mau governo. Mas, o rancho do Aparício não pode ser considerado ilegal. Ele pode voltar... Haverá braços? 

(Da Elaine Tavares, no seu blog "Palavras Insurgentes" - http://eteia.blogspot.com.br/2016/01/um-rancho-de-canoa.html)

MAR DE HUMOR

Charge publicada na edição deste sábado do jornal  ZH, de Porto Alegre

PESCANDO VIDA


Ieda e João estão casados há 59 anos e sempre foram parceiros de pescaria pelo litoral catarinense
Foto: Marco Favero / Agencia RBS

Amor e pescaria: há 59 anos, João e Ieda pescam um ao lado do outro em Santa Catarina 

Por 
ERICH CASAGRANDE 

Ele tem 82 anos. Ela, 77. Quem os encontra sobre a Plataforma de Pesca da Praia do Rincão, no Sul do Estado, lançando suas linhas ao mar em silêncio contemplativo não tem dúvidas: João Manuel Antônio e Ieda Teixeira são um casal. Há 59 anos os dois vivem juntos, pescando e namorando, cruzando verões e sorrindo da própria história.

Quando tinha 24 anos, João Manuel Antônio abandonou a noiva em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e voltou para sua terra natal, de onde tinha saído com 19 anos. Queria casar com alguém que fosse do mesmo lugar que ele.

— Procurei a moça certa. Namorei algumas gaúchas, mas não dava certo. Queria conhecer alguém daqui — resume Antônio sobre a decisão que definiu o curso de sua vida.

De volta a Urussanga, encontrou o pai de Ieda na plantação de mandioca e à noite foi apresentado a sua futura esposa. Ela tinha 19 anos e o conheceu na sala de casa. Namoraram alguns meses e já começaram a se divertir juntos pescando em rios da região. Casaram e o hábito continuou pelas cidades em que passaram: Porto Alegre, Florianópolis, Campos Novos, Araranguá e agora, Criciúma. Em todas as cidades em que viveram, dividiram o tempo silencioso à margem de algum rio, mar, ou lagoa. Pescando.

— A gente esquece do mundo. Descansa. Tira os pensamentos ruins e os joga ao mar. Eu não sei pescar sozinho mais, é melhor junto com ela — conta João.

Depois de 59 anos de casados, os dois ainda dividem o mesmo corrimão da plataforma de pesca de Balneário Rincão. Com suas varas de pesca separadas por alguns passos, sentavam em silêncio, cada um no seu banco, cruzando olhares que se comunicam sem qualquer palavra. O vento forte sobre a plataforma, que avança 300 metros dentro do mar, balançava as abas do chapéu de palha de João e a saia florida de Ieda. Ele mais conversador, ela mais tímida.

— Me criei num lugar que tinha rio e roça. Nós plantávamos mandioca, tínhamos um engenho e depois íamos pescar. Essa saúde que temos, graças a Deus, deve ser fruto dessa vida. Eu cuido da minha casa, faço pão e pesco. Eu me divirto com isso — lembra Ieda após lançar sua linha sobre as ondas do mar.

E com a paciência de quem pesca ao longo dos anos, os dois se integram a paisagem. Quem passa pela plataforma sólida e firme sobre o mar também não tem dúvidas de que os dois continuarão a pescar juntos.

— Sempre. O que Deus uniu não se separa mais. São 59 anos que estamos felizes — garante Ieda.

(Do www.clicrbs.com.br)

sábado, 23 de janeiro de 2016

MAR DE PESCADOR


Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS

Operação quer coibir a pesca ilegal em Florianópolis
Para tentar coibir a ação irregular de pescadores e atuneiros ao longo da costa, representantes da Secretaria Municipal de Pesca, Maricultura e Agricultura e da Floram reuniram-se na tarde desta quinta-feira, dia 21, com o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Adenilson Perin, e representantes do divisão técnica do Instituto.

A reunião foi motivada por dezenas de queixas de entidades que congregam pescadores a respeito da pesca ilegal, e por isso o secretário de Pesca, Maricultura e Agricultura, Roberto Katumi Oda, solicitou maior efetividade de fiscalização.

Juntou-se às queixas dos pescadores o aparecimento de centenas de peixes mortos na praia de Jurerê na última segunda-feira, incidente que o secretário atribui à pesca ilegal. Ele disse não acreditar na hipótese de a mortandade ter sido provocada pelacontaminação da água.

— A Fatma praticamente já descartou essa possibilidade com os testes feitos na praia. Acreditamos que a principal causa realmente seja a pesca de arrasto, que, com as iscas de pequeno tamanho, acabam escapando da rede já mortos, algo muito comum no nosso litoral — disse.

Uma nova reunião será realizada no dia 16 de fevereiro, contando com a presença de representantes da Capitania dos Portos e da Polícia Ambiental, para esquematizar uma Operação Presença e tentar coibir a ação ilegal de pescadores, que acontece, em larga escala, ao longo da costa.

(Do HORA DE SANTA CATARINA - www.clicrbs.com.br)

MAR DE TODOS

Praia é uma das mais procuradas por turistas no Sul de Santa Catarina
Foto: BIANCA GOULART / DIVULGAÇÃO

Passarela na areia no Arroio do Silva é exemplo de acessibilidade na praia
Por

Uma ideia simples pode transformar a praia num lugar acessível para qualquer um. A secretaria de turismo de Balneário Arroio do Silvaconstruiu uma passarela de 68 metros de extensão sobre a areia entre a beira da praia e o mar para facilitar o acesso, principalmente, para pessoas com deficiência física e idosos.

A passarela fica próximo à Praça Central do município e a intenção é construir outras se esta for aprovada. Balneário Arroio do Silva é um dos principais destinos do verão no Sul do Estado, recebe principalmente turistas vindos do Rio Grande do Sul.
(Do DC - www.clicrbs.com.br)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MAR DE HUMOR



MAR DE PLÁSTICO

France Presse

Foto de 2008 mostra detritos na Baía de Hanauma, no Havaí (Foto: AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center)

Oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050, diz estudo
Dados foram divulgados no Fórum Econômico Mundial de Davos.
É preciso repensar as embalagens, segundo especialistas.
Da France Presse
O uso maciço de plásticos é tamanho que os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes em 2050 - informou nesta terça-feira (19) o Fórum Econômico Mundial de Davos.

"O sistema atual de produção, utilização e descarte de plásticos tem efeitos negativos importantes: de 80 a 120 bilhões de dólares de embalagens plásticas são perdidos anualmente. E além do custo financeiro, sem nada em troca, os oceanos terão mais plástico do que peixes (em peso) até 2050", informa um comunicado.

O fórum de Davos, cujas reuniões de trabalho começam na quarta-feira, divulgou os dados de um estudo realizado com a fundação da navegadora Ellen MacArthur e a consultoria McKinsey.

Segundo o documento, a proporção de toneladas de plástico por toneladas de peixes era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e vai ultrapassar uma para uma em 2050.

Mudanças nas embalagens

O fórum estima necessária "uma refundação total das embalagens e dos plásticos em geral" e a busca por alternativas ao petróleo como material de base para sua produção - pois, caso nada mude, o plástico representará 20% da produção petroleira em 2050.

Por causa dos sacos de plástico de uso único, "95% do valor das embalagens de plástico, estimado entre 80 e 120 bilhões por ano, se perde", lamenta o WEF, pedindo o estabelecimento de canais de reciclagem verdadeiros e reutilização.

"Os modelos de produção e consumo lineares são cada vez mais questionados (...) e isso é especialmente verdadeiro para os setores onde existem grandes volumes de baixo valor como as embalagens de plástico", apontou em declaração a navegadora Ellen MacArthur, também solicitando a criação de uma economia circular, reutilizando os materiais.

Vários países estão tentando limitar o uso de sacos plásticos. Na França, por exemplo, os sacos de plástico de uso único devem ser proibidos em março.

No Reino Unido, a legislação impõe que os consumidores paguem pelos sacos plásticos, a fim de tentar reduzir sua utilização.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Imagina um lugar onde ainda não tem Google Street View !


 
VENDO!

A Praia do Saquinho é um pequeno paraíso ao extremo sul da Ilha de Santa Catarina. A comunidade não tem estrada nem energia elétrica convencional. Chega-se lá de barco ou por uma trilha de concreto, construída e mantida pelos próprios moradores, que tem consciência do valor do local e querem mantê-lo exatamente como é, para o desfrute de seus descendentes.


Ali, há 25 anos, compramos uma grande área com uma casinha e vivemos um sonho. Por motivo de força maior estamos agora vendendo esta propriedade.


São 63 mil m2 de área (APL) preservada, de frente para as Ilhas Moleques do Sul, Ilhas Três Irmãs e para a vila de pescadores do Pântano do Sul, onde chega-se após 40 minutos de caminhada, a partir da praia da Solidão. Continuando mais 3 horas pela trilha, chega-se à praia de Naufragados.


A casa mista, de tijolo, pedra e madeira, tem duas placas de energia solar, uma geladeira a gás e um deck, que durante o tempo que lá moramos funcionou como observatório de baleias. O local tem também potencial para a implantação de outros projetos de ecoturismo, pois é bastante visitado não só no verão, mas durante o ano inteiro, pelos apaixonados por trilhas.
 

Interessados podem entrar em contato pelo email: tainhanarede@ig.com.br

NA PRAIA...

Salgando a bunda no litoral...

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MAR DE PIRATAS


Ernestto Carriço
Rodrigo perdeu um motor para os piratas, cujos barcos são bem ‘surrados’ 

Piratas roubam barcos atracados na Urca e mudam rotina nas madrugadas do Rio

Eles chegam com os motores desligados, navegando pelos trechos escuros das praias da Urca. A má conservação dos barcos é uma das características de distinção, além do espaço vazio no lugar de uma bandeira ou nome no convés. Vestidos em trapos, mesmo passando quase despercebidos, são conhecidos pelas ameaças e pelos roubos. Por esses motivos, eles são chamados entre os locais como os ‘piratas da Baía de Guanabara’, no ano que o cartão-postal será palco da Olimpíada.

Os relatos começaram na segunda metade do ano passado. Segundo barqueiros ouvidos pela reportagem, a estratégia de abordagem é sempre a mesma. Aproveitando o pouco movimento noturno, os piratas vêm em busca de motores, equipamentos náuticos e pertences pessoais. De julho a dezembro de 2015, proprietários de embarcações estimam que houve pelo menos 20 vítimas, sem contar aquelas que chegaram a tempo de frustrar a ação.

O piloto de avião Breno Maffei, de 40 anos, é um dos poucos que estiveram frente a frente com eles. O grupo não esperava que ele dormisse embarcado. “Acordei e senti um barulho forte de coisa quebrando. Achei que era outro barco batendo no meu. Abri a tampa e deparei com três indivíduos”, conta. “Eles disseram que iam atirar em mim. Mas, no calor do momento, a minha reação foi pegar uma alavanca, fazendo barulho, e eles fugiram. A gente perdeu a tranquilidade”, afirma.
Correntes, cabos de aço e trancas reforçadas fazem parte do investimento que o mergulhador Rodrigo Ferreira, de 37 anos, teve que fazer para se proteger da quadrilha. “Roubaram o meu motor e menos de um mês depois levaram o de um amigo. A sensação atual é de insegurança, porque vira e mexe a gente vê barcos circulando de madrugada. Eles são bem surrados, a gente suspeita que venham de outras partes da Baía, como a Ilha do Governador”, sugere.

O Clube Guanabara, onde estão atracados barcos com valor de mercado maior que R$ 50 mil, também foi invadido pelo grupo. “Aconteceu três vezes. Levaram um bote e um motor de embarcação e invadiram um veleiro onde o proprietário estava a bordo, levando o tanque do motor. No mar, não temos apoio nenhum”, disse Edison Silva, gerente do Guanabara, além de ressaltar que o clube teve que contratar seguranças particulares.

Todos os personagens ouvidos pela reportagem afirmam que fizeram registro na delegacia após os roubos. A Polícia Civil confirma que há pelo menos um registro na 10ª DP (Botafogo) entre o período citado no início da matéria, mas não informa se há investigação em curso.


Ernesto Carriço

Ao contrário das embarcações atracadas na Urca, barcos usados pelos ladrões não têm nome e estão malconservados. Abordagem é sem motor 

A Polícia Militar alega que foi feita uma reunião, no fim do ano passado, com representantes do Clube Guanabara para reforçar o policiamento na área. A Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos, não respondeu às demandas feitas pela reportagem.

O antigo problema da poluição

A ação dos piratas está longe de ser a única preocupação para os barqueiros da Baía. “O esgoto é jogado na Praia de Botafogo toda noite. O odor fica impraticável”, relatou o morador da Urca Ricardo Santos, de 54 anos.

Na última quarta-feira, pescadores foram surpreendidos com uma grande quantidade de peixes mortos na altura da Ilha do Governador. “É bom lembrar que há três anos se verifica alta mortandade de espécies, e nada foi feito”, lembrou o biólogo Mário Moscatelli.


Ernesto Carriço
Após o começo da série de roubos, moradores reforçaram seus barcos com correntes e cabos de aço 

Perigo na Olimpíada

Com os piratas à solta pela Baía de Guanabara, a chegada da Olimpíada é uma preocupação para aqueles que conhecem a Urca. “Pode ter certeza de que vai ter muita embarcação por aqui durante os Jogos. Aconselho a não deixar o motor à mostra, guardar o bote no espaço interno e retirar qualquer objeto de valor”, recomenda Breno Maffei, que mora embarcado.

A plataforma aquática do mergulhador João Carlos, de 71 anos, fica a poucos metros da entrada da Fortaleza de São João, área controlada pelo Exército. “A fortaleza tem um holofote, mas os militares dizem que não se metem nisso, porque do portão para fora não é problema deles. Já a PM na cabine na entrada da Urca alega que não podem fazer nada porque é área marítima. É um jogo de empurra”, denuncia o entrevistado.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

TÃO ABANANDO, TÃO ABANANDO!!!


Sucesso no Carnaval do Mar 2015, o "Bloco Abana quié um lanço" vem com força total em 2016. 
Neste ano os homenageados são Seu Bebeco, grande pescador da comunidade, e Dona Ilda, uma das maiores benzedeiras desta Ilha de Santa Catarina. 
A concentração será a partir das 21h45min, segunda-feira, 8 de fevereiro, em frente a Capela São Pedro (Rua Abelardo Otacílio Gomes), e a saída do bloco está prevista para 22h20min. As camisetas estão no valor de R$ 20,00 e podem ser adquiridas com os organizadores do evento.

Saiba mais no /www.facebook.com/events/890844834346927/

domingo, 17 de janeiro de 2016

SAI O PESCADOR, ENTRA O CONDOMÍNIO!

(Do Silézio Sabino)

SABERES EM CINZAS


Memórias: Âncoras restam como lembranças das embarcações construídas de forma artesanal e que serviam de sustento 
Foto: Guto Kuerten / Agencia RBS

Barracão centenário, de valor histórico para cultura açoriana, é incendiado no Campeche

Por

Um ato criminoso e covarde contra cultura açoriana e principalmente contra a pesca catarinense. Esse é o sentimento da comunidade do Campeche, que amanheceu perplexa e triste. O centenário e tradicional barracão de pesca do Aparício do Deca foi incendiado, no canto sul da praia do Campeche, Sul da Ilha de Florianópolis. O ato ocorreu por volta das 22h30min de sábado. 

Moradores e banhistas choram ao ver apenas as duas âncoras das canoas Célia e Renilda, construídas há mais de 100 anos e feitas de garapuvu - uma perda de valor cultural e histórico incalculável e imensurável. O prejuízo com as redes e cabos chega a R$ 100 mil, mas o sentimento de perda é muito maior. O local onde pescadores e moradores se reuniam para trocar uma ideia, jogar dominó e fazer peixe assado está transformado em cinzas. 

Um cenário desolador.

- Arrancaram o meu coração. Um pedaço de mim foi embora - disse Sidnei Inácio, um dos pescadores mais tradicionais da praia, enquanto era consolado por amigos ao ver pela manhã o que restou do barracão. A Polícia Militar procura por um suspeito. A família registrou um boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial no Saco dos Limões. As duas embarcações e mais uma rede foram usadas na última temporada de tainha e responsáveis pelo maior cerco de tainhas da praia com quatro mil peixes.

(Do http://dc.clicrbs.com.br/sc/)

MAR DO JAYME REIS


Do Jayme Reis

REQUIEM POR CANASVIEIRAS !


CANASVIEIRAS: LUGAR ONDE NASCI

Já se passava das onze horas da noite, e de longe avistando de golpe no horizonte oeste, vejo minha encantada e histórica baía de Canasvieiras. Fervorosas emoções me remetem pensar nos velhos tempos, ainda contidos na memória de minha alma. São muitas lembranças transformadas agora em emoções, emanadas no mais íntimo de meu coração, de um passado distante, que ainda reflete para sempre, nas filigranas de meu pensamento.

Lembranças suscitam na mente, minha linda baía de Canasvieiras, eterna terra que nunca esqueci, quão mais longe estivesse, saudosa tu sempre serás, meu porto seguro, minha atalaia, meu lugar.

Encanto sempre com tua bela natureza, de um tempo distante que eu convivi, me lembro ainda, no mais íntimo de minha mente e coração, os verdejantes campos de araças, begarmotas e vigorosas frutas silvestres, de sabores variados, dispersas nos quintais, plantadas e colhidas pelos queridos ancestrais. Lembranças, lembranças, eternas lembranças, contidas no meu coração.

Hoje deste lado aposto, ao ver esta linda baía, de natureza belíssima, onde outrora muitos visitantes aqui aportaram e se encantaram. Doe no meu coração, te ver vilipendiada e arrasada. Teus arroios, teus rios e lindas praias de outrora, não são as mesmas que conheci. Lembranças, somente lembranças, guardadas no mais íntimo de minha alma e de meu coração.

Benfazejas eram as tardes calorosas, ao passear pelas areias finíssimas e alvas, ao encontro repentino de pescadores, trazendo nas mãos cambulhões de peixes frescos, rostos cansados, olhos ardentes e vermelhos, após longas horas expostos no mar, sob o sol escaldante de verão.

Lembranças, lembranças, lembranças, de uma terra linda e amada, de natureza esplêndida, de histórias lindas, ainda viva no mais íntimo de meu coração. Faz me recordar da terra que eu nasci, e dizer a todos que este lugar é meu chão, minha eterna terra natal, Canasvieiras te amo para sempre e com compaixão.

MENSAGEM DE LUZ.

MAREGRAFIAS


Cacupé!





sábado, 16 de janeiro de 2016

ROSA DOS VENTOS

Eu perdi aquele tempo:
Eu de branco em frente

ao manto azul

que o mar estende


Eu perdi aquele tempo:
Ponte entre a ilha
e o continente

Dias de súbitas gaivotas
Noites de lisérgico espanto

Eu me lembro: aquele tempo
tinha nas mãos a luz
de uma tormenta
Palavras de fina lâmina

Rosa dos ventos
Hoje estamos sós
De olhar vazio
como os gigantes
(Do livro impresso Partimos de Manhã, Iel/Corag, 2012.)

MAR DE VERÃO

Foto: Valéria Ribeiro / Divulgação - http://www.jornalconexao.com.br/


Foto Daniel Queiroz /ND

Foto Diorgenes Pandini / Agencia RBS

Ontem. sexta-feira, em Canasvieiras, Norte da Ilha da Magia!

MAR DO CESAR MARCHESINI





quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

MAR DE VERÃO


HISTÓRIAS SOPRADAS PELO VENTO


SENTINELAS DO REINO

O verão cumpriu todas as promessas. Torrou de azul o dia interminável. Lavou o corpo seco jogado fora pelo longo inverno. Bordou de rendas a água clara das manhãs e a tintura anil do entardecer tranqüilo. A lua cheia compareceu para iluminar o noturno pio dos nossos sonhos. Quem poderá queixar-se desta temporada que chegou ao esplendor? A esperança exangue temia tempestades. O fungo da pele grudava para sempre. O tom cinzento do olhar suspirava o desamor com a paisagem. Mas o verão assumiu o perfil de um deus poderoso que inunda de vibração os planos adiados.

Há ressaca de tanto mar. Pedimos rede, quando devíamos estar na praia. Bebemos água que jamais mata qualquer sede. Passamos ungüentos milagrosos nos braços e pernas que exigem massagem. O cabelo perdeu o prumo, o andar deixa-se levar pela escassa brisa e aparecemos para amigos distantes que chegam de repente,. Demonstramos para eles essa falta de presença, essa identidade perdida, esse misturar-se à areia e às plantas. Perguntam sobre nossos laços antigos, mas não estamos mais naquele lugar. Somos agora habitantes de uma ilha, invadida pela ansiedade, perplexa diante do futuro, saudosa de sua paz perdida. Somos habitantes da falta que tudo isso faz em qualquer cidade, somos os que largaram tudo para viver na imaginação cevada em janelas tomadas pelo ruído.

Não sabemos mais quem somos. Alguns de nós voltam para suas origens e lá aparecem fora dos certames da civilização encerrada em redomas de poluição e vidro. Aos poucos voltam ao normal, mas nós somos diferentes. Nós apostamos alto no que nos escapava e hoje vemos que o custo desse passo era a alma que tínhamos gerado em décadas de cruzadas e carreiras. Por isso não atendemos aos chamados, estamos ocultos como a flecha do vôo do gavião que busca a presa. Deixamos que vejam as gaivotas, as corujas, as pombas. Porque o importante é ser a rapina de algo ainda por vir, e que pertence sim ao verão, mas a ele não se circunscreve. Viramos o enigma que ainda não deciframos.

Sabemos o quanto se enganam, os futuros habitantes que escolhem a ilha porque hoje devoram ostras e camarões com licores árticos. Sabemos o quanto é impossível cruzar os meses de chuva e frio, a maresia que sobem no ar e se congela dentro de nós. Sabemos o quanto doem as ruas de barro, o dinheiro escasso, o trânsito cada vez mais apertado. Sabemos que o verão é só um detalhe da ilha que a todos prende como o olhar da águia. Venham, dizemos, experimentem. E calamos, para rezar em silêncio pelo que virá depois desta época de bênçãos. Pedimos proteção para seguirmos em frente. Queremos chegar ao novo verão menos marcados, com luzes próprias, e não com esse brilho intenso que nos confunde, esse prêmio que cobra a conta, essa flor que na próxima estação começa a se tornar inalcançável. É quando tudo vira deserto. É quando o vento bate seus mutirões punitivos, desentocando os recalcitrantes. Esperavam o quê? O paraíso é precário e ilusório como uma casa alugada pelos banhistas.

Em meio à multidão, vejo aqueles que vieram dos pescadores. Estão vestidos em meio à humanidade pelada. Rugas enormes nos rostos de pouca idade. Eles se cumprimentam com alguns gritos, dialeto sem porto, museu de linguagens. Aguardam a primavera, que virá com seu sopro gelado. Sonham com cardumes, mesmo sabendo que eles passam ao largo. Visitam os lugares onde moravam, hoje transformados em condomínios lotados, e depois absolutamente vazios.

Nos bairros que viram mais tarde fantasmas, vejo a espera de quem acumula recursos longe daqui. As calçadas ficarão entregues aos cães de praia. Há um aperto no coração se você trafegar por elas imaginando algo vivo. É apenas o descompasso entre o verão que se foi e a realidade.

Habitamos uma ilha, e são poucos os seus mistérios. Venham nos fazer companhia, mas preparem-se. O verão é a visita do filho amado, que parte quando chega a hora. Ficamos sós, a varrer saudades. Os falcões aguardam empoleirados. De repente, um deles cruza o ar. É quando gritamos diante de Deus, que decide abrir um claro na charada. Ele traz um ramo de luz na mão grandiosa. Somos guardiões da felicidade possível, neste tempo sombrio, que mantém o verão como sentinela de um reino que inventaremos não apenas com palavras.

Nei Duclós

Do livro O REFÚGIO DO PRÍNCIPE - HISTÓRIAS SOPRADAS PELO VENTO.