quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

TERRA DO MAR


Parte inicial do longa metragem documental dirigido por Mirella Martinelli e Eduardo Caron ("Terra do Mar", 1997, Brasil, original em 35mm, duração total do filme 82 mins).

Terra do Mar documenta a vida do povo que habita baías, ilhas e mangues no litoral norte do Paraná. Narrado pelos ilhéus, aborda o trabalho e os costumes, as festas, música e crendices desse povo que vive da pesca artesanal, numa existência marcada pela falta de eletricidade, pelas marés, o vento, o sol e as fases da lua.

Romarias percorrem a região com seus foliões, cantando e tocando instrumentos artesanais como a rabeca e a viola. Essa tradição, assim como a cura por ervas medicinais, o culto aos mitos do mar, e o conhecimento da natureza, aos poucos se extinguem. Antigos povoados desaparecem carregados pelo mar, que invade a terra, casas e naufraga embarcações.

BOTANDO MAIS FOGO NESSE INFERNO...

Rio de Janeiro tem registrado recordes de temperaturas verão após verão (Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas)

Brasil se prepara para um verão de extremos
O aquecimento global e um fenômeno El Niño dos mais poderosos se juntam para criar uma estação com temperaturas infernais.

Da BBC

O próximo verão promete ser um dos mais insuportáveis de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente os 40ºC por vários dias seguidos nos locais tradicionalmente mais quentes, como Rio de Janeiro, Piauí e Tocantins. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até 4ºC acima da média.

E, diante de uma primavera que já teve dias de calor intenso em algumas regiões, muita gente já se prepara para o pior.

É que, pela primeira vez, se registra uma combinação inédita: a elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso.

De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8ºC mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado.

Para piorar, a previsão para este ano é de que tenhamos um super El Niño, ou mesmo um El Niño monstro, como já vem sendo chamado; dos mais intensos já registrados.

O fenômeno está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à elevação das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o EL Niño deste ano pode ser tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.

"Podemos esperar um verão mais quente, com temperaturas até quatro graus Celsius acima da média", diz o meteorologista José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

"Isso ocorre por uma combinação de fatores: o aumento da temperatura por conta do aquecimento, as ilhas de calor das cidades e um El Niño intenso que estará em sua atividade máxima justamente em novembro, dezembro e janeiro."

Já no início de setembro, ainda no inverno, São Paulo registrou recordes de temperatura (Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas)

O climatologista Carlos Nobre, atualmente na presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), diz que já é possível saber que o próximo verão será seco em várias partes da Amazônia e também registrará menos chuvas do que a média no Nordeste. O Sul do país, por sua vez, será castigado por chuvas mais intensas. A grande incógnita para os especialistas é o que acontecerá no Sudeste.

"O verão terá temperaturas mais altas no Sudeste, isso podemos dizer, por conta da influência do El Niño. Mas não dá para saber ainda como será o regime de chuvas", diz Nobre.

A estiagem registrada nos últimos dois anos - com graves consequências para os níveis dos reservatórios de água - pode agravar ainda mais o problema, se voltar a se repetir. Setembro foi de chuvas na região, mas, novamente, não há ainda como prever como será o próximo mês.

O Rio de Janeiro está entre as cidades com o verão mais quente do país, ao lado de Teresina, no Piauí, e Palmas, no Tocantins. E mesmo São Paulo, tradicionalmente mais frio, terá temperaturas mais altas.

"Na Europa, na onda de calor de 2003, mais de 30 mil mortes foram atribuídas ao calor", lembra Nobre. "E as temperaturas foram de três graus acima da média. Claro, eles lá não tinham muitos locais com ar-condicionado, nem estão adaptados ao calor, mas, ainda assim."

No Sul e no Sudeste, as cidades têm planos apenas para enchentes. No Nordeste, para a seca.

Mas, até agora, por incrível que pareça, nenhuma cidade brasileira tinha um plano emergencial para lidar com o calor. Pela primeira vez, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio - que reúne diferentes secretarias e órgãos municipais com o objetivo de responder à emergências de forma integrada – elabora um plano para ondas de calor intenso, como as que atingiram recentemente a Índia e o Paquistão, deixando milhares de mortos.

"A falta de previsão é motivo para estarmos ainda mais preparados. Não podemos correr riscos, não podemos esperar duzentas pessoas morrerem para começarmos a agir", afirma o diretor do Instituto Pereira Passos, Sérgio Besserman, que integra a força-tarefa da Prefeitura.
Estiagem é fator complicador em meio às altas temperaturas (Foto: Rafael Neddemeyer/Fotos Públicas)

Leitos extras em hospitais, atendimento de emergência e campanhas públicas educativas incentivando a hidratação são algumas das medidas que fazem parte do plano de ação. As pessoas mais vulneráveis ao calor são os idosos e os bebês, cujos organismos têm menos capacidade de adaptação e defesa.

Segundo os especialistas, o maior problema do calor para a saúde não é o pico de temperatura mais elevada, mesmo que acima dos 40ºC. O grande risco é quando, ao longo de pelo menos três dias consecutivos, a temperatura máxima passa dos 36ºC e a mínima não cai abaixo dos 21ºC. Quando isso ocorre, o corpo não consegue se resfriar e tende ao superaquecimento, o que pode levar a paradas cardíacas e derrames.

TUDO MAR

Imagem sem crédito

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

CAMINHO DO GRAMADO AMASSADO!



O caminho do Peabiru, foi uma estrada Inca que tinha inicio nos Andes peruanos e se estendia ate o Oceano Atlântico , mais precisamente ligando as cidades de Cusco no Peru ao litoral do estado de São Paulo.Com cerca de 3 mil quilômetros ,ela atravessava os territórios de Bolívia e Paraguai além do Brasil e Peru.Outras ramificações do caminho levavam até aos estados do sul do país chegando ao Rio Grande do Sul.

Peabiru em tupi significa; ''pe''- caminho, ''abiru''- gramado amassado.O caminho que continha muitas ramificações ,era uma rota de locomoção que ligava regiões extremas do Brasil,ligando desde a Lagoa dos Patos - Rs, até a Amazônia.Apesar de muito usado pelos guaranis eles próprios afirmavam que o caminho não foi aberto por eles, os indígenas atribuíam a construção ao seu deus Sumé,que teria criado a rota inicial no sentido leste-oeste.


Usando os caminhos ,era realizado uma intensa troca comercial entre os povos do litoral brasileiro e os Incas,os índios do litoral forneciam sal e conchas enquanto os do norte ,feijão ,milho e penas de aves, em troca os Incas davam objetos de cobre,ouro,prata e bronze.Um fato que comprova isso e um machado andino de cobre descoberto em Cananeia ,litoral de São Paulo,(que não encontrei nenhuma imagem).

Hoje apenas pequenos trechos do caminho estão preservados,que na sua maioria são formados por carreiros de 1 metro e meio de largura, e um leito com rebaixo de cerca de 40 centímetros coberto com uma espécie de grama chamada; puxa -tripa.Em alguns trechos mais difíceis ,ele chega a ter pavimentação feitas com pedras.Inscrições rupestres,mapas e símbolos astronômicos também são encontrados...


(Do http://omundovariavel.blogspot.com.br/)

ESTÁ VALENDO!


CANÇÃO DOS PIRATAS

Sá & Guarabira

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MAR DE HUMOR


Edibar e Zé Manguaça

MAR DE PESCADOR

CNBB: 160 mil famílias de pescadores são vítimas de violações de direitos

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Mais de 160 mil famílias no Brasil são vítimas de conflitos e violações de direitos humanos em comunidades tradicionais pesqueiras, de acordo com o relatório Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil, feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


Conselho Pastoral dos Pescadores lança o relatório Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Territórios Tradicionais Pesqueiros no BrasilWilson Dias/Agência Brasil

O levantamento, feito em 150 comunidades em 14 estados, identificou violações de direitos humanos, que vão desde falta de reparação, condições desumanas de trabalho, despejos compulsórios e criminalização de lideranças a ameaças de morte e assassinatos. O estudo foi lançado ontem (13).

De acordo com o estudo, 161.545 famílias são impactadas principalmente pela degradação ambiental, responsável por 18% dos conflitos analisados, por privatização de terras públicas (17%) e por despejos e restrições de acesso à água (17%). O agronegócio é tido como um dos principais causadores desse conflitos, que ocorrem também em decorrência de especulação imobiliária, empreendimentos turísticos, construções de barragens, portos e outros empreendimentos de empresas públicas e privadas.

“As mundanças estão acontecendo de forma veloz no nosso país e isso está afetando as comunidades pesqueiras”, diz Alzení de Freitas Tomáz, que integra a equipe de organização e sistematização do estudo. “Entre as violações de direitos humanos estão as ameaças de morte, que parecem poucas, representam 1% das violações, mas possuem grande significação entre todos os estágios de violação contra a pessoa humana”. De acordo com Alzení, parte das violações foi levada à Justiça e aos Ministérios Públicos estaduais e federal. Algumas chegaram ao final da tamitação e tiveram resultados positivos para as comunidades. 

Saiba Mais

O relatório mapeia os conflitos que ocorrem nessas comunidades a partir dos relatos dos próprios moradores e identifica os agentes causadores e as vítimas dos conflitos. O levantamento foi feito no Ceará, Maranhão, Piauí, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, em Alagoas, Sergipe, na Bahia, em Minas Gerais, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pará, Amazonas e em Santa Catarina. Os conflitos ocorrem nessas comunidades há pelo menos 50 anos.

Pescadores

O relatório foi lançado em Brasília e teve a presença de lideranças e de pescadores. “A gente luta, mas parece que não fazem nada, estamos vendo o nosso povo sendo dizimado em nome do desenvolvimento”, diz Eliete Paraguassu, pescadora da Ilha de Maré, em Salvador. “As comunidades da Bahia não dormem porque todo dia acontece alguma coisa. Nossas comunidades estão doentes, eu estou doente. É uma luta tão desigual que nos adoece”.

A angústia se repete também às margens do Rio São Francisco, em Pedras de Maria da Cruz (MG). Lá, Josemar Alves Durães diz que costumava beber água direto do rio. “Agora preciso colocar água sanitária antes de tomar. Ainda tomo banho, mas não sei até quando vou fazer isso”, diz. “Pare e pense, com esse modelo que estamos aplicando, que planeta teremos daqui para frente? As ameaças que vão para frente são sempre contra pescadores, indígenas, quilombolas, povos que têm a cultura de viver”.

Marco regulatório

Segundo Alzení Tomáz, falta um marco regulário que proteja a atividade pesqueira nessas pequenas comunidades. Com o objetivo de ter uma lei que garanta os direitos dessas comunidades, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, em parceria com igrejas, pastorais e movimentos sociais lançou a Campanha pela Regularização dos Territórios, que visa colher 1,5 milhão de assinaturas para envio de projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional.

De acordo com dados disponíveis na página da Campanha, cerca de 70% do pescado produzido no país são provenientes da pesca artesanal, o que a garante a segurança alimentar e nutricional da sociedade brasileira.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Agricultura não se manifestou sobre o estudo até a publicação da reportagem.
Edição: Carolina Pimentel

(Da http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

cabana vazia
o ladrão esqueceu
a lua na janela
(ryokan by satori uso)

DEPOIS DA CHUVA...

Foto Milton Ostetto
Praia do Campeche

MULHERES DO MAR!


Marizélia Lopes, do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais,
 fala sobre a luta em tirar da invisibilidade a pesca artesanal e, sobretudo, contra a discriminação do trabalho feminino no ramo.

MAR DO GERALDO CUNHA


Pantusuli!

CÉU DE VERÃO


Ver o Céu de Verão
É Poesia, que Livro algum aloje —–
Poemas de verdade fogem —


* * *
Emily Dickinson (10 de dezembro de 1830 - 15 de maio de 1886)

PROTEGENDO OS MARES!


TRF1 aprova proteção a 475 espécies aquáticas ameaçadas. Captura fica proibida

Restrição à pesca vale pelo menos até o julgamento do mérito da ação que tenta derrubar a Portaria MMA 445/2014

BRASIL.OCEANA.ORG

A lista de espécies aquáticas ameaçadas de extinção volta a vigorar, protegendo 475 peixes e invertebrados marinhos e de água-doce, incluindo tubarões, raias e garoupas, entre outros. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

A vigência da lista, estabelecida pela Portaria 445/2014 do Ministério do Meio Ambiente (MMA), estava suspensa por decisão liminar. Agora, a proibição da exploração dessas espécies volta a valer até que o tribunal julgue o mérito da ação.

“No cenário atual, em que os barcos pescam sem limitação, sem monitoramento ou manejo e fiscalização adequada, a Portaria 445 é absolutamente fundamental para garantir um mínimo de proteção a essas espécies que estão claramente ameaçadas de extinção”, avaliou a diretora-geral da OCEANA, bióloga Monica Peres.

A Portaria do MMA estabelece que as 475 espécies “ficam protegidas de modo integral, incluindo, entre outras medidas, a proibição de captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização”. A proibição não se aplica a exemplares reproduzidos em cativeiro.

Um grupo de 14 espécies de interesse comercial ainda fica liberado para a pesca por pouco mais de dois meses (até 1 de março de 2017). Entre eles, estão a gurijuba (Sciades parkeri), o bagre-branco (Genidens barbus), o pargo-rosa (Lutjanus purpureus) vários peixes-papagaios e o guaiamum (Cardisoma guanhumi).

As espécies ameaçadas são classificadas, na portaria, em três níveis de ameaça: criticamente em perigo, em perigo e vulnerável. Para as espécies classificadas como vulnerável, menos de 200, poderá ser permitido o uso sustentável, “desde que regulamentado e autorizado pelos órgãos federais competentes”.

Segundo Monica Peres, “Agora o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vão ter que trabalhar com urgência para elaborar essas regulamentações. Na prática, teremos 461 espécies proibidas hoje e 475 espécies protegidas a partir de março. Nós, da OCEANA, esperamos que os ministérios façam isso com adequada base científica e consultas à sociedade”.

A bióloga reforça que a proteção dessas espécies só vai ser efetiva quando tivermos planos de recuperação para as sobrepescadas e planos de gestão para as pescarias. Esses planos devem prever monitoramento e análise de dados, formulação e implementação de normas e fiscalização. “Acredito que a 445 vai trazer o setor pesqueiro para a discussão da retomada da gestão da pesca no Brasil”, disse.

A lista foi definida após cinco anos de trabalho que, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), envolveu 1.400 cientistas e 200 instituições de pesquisa. Poucos meses depois, em março de 2015, o Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (CONEPE), a Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil (FAEP-BR) e a Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) solicitaram a declaração da nulidade da Portaria. Argumentaram que ela não poderia ter sido publicada de forma unilateral pelo MMA, sem a participação do extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), hoje incorporado ao MAPA.

O caso foi julgado pela 6ª Turma do TRF1, tendo como relator o desembargador Jirair Meguerian. O que estava em julgamento agora era se a portaria ficava suspensa ou vigorava até o julgamento do mérito. O pedido para liberar a vigência foi feito pela União, por meio da AGU, com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).

A vigência efetiva da portaria e a proibição de captura das espécies só depende, agora, da publicação da decisão do TRF1 no Diário Oficial da Justiça, o que ainda não tem prazo definido. 

(Do http://brasil.oceana.org/)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

JACK O MARUJO

- Vamos levantar âncora, disse Jack o Marujo.
- O sr. está no bar, disse o Imediato.


ILHA DE EDUARDO DIAS

Pintura de Eduardo Dias, “Vista de Florianópolis” apresenta o núcleo central da cidade entre o final do século 19 e início do século 20 - Acervo Carlos Damião

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

LAGAMAR DO ORLANDO AZEVEDO


Lagamar, no verbo amar!

NA PRAIA...

Foto Jacques-Henri Lartigue

Passeio dominical em Deauville - 1914

FRIACA E MAR GRANDE: QUASE VERÃO


Frio polar no Sul às vésperas do Verão

por Maria Clara Machado

A primavera está chegando ao fim e mais uma massa polar forte para os padrões dessa época do ano avança sobre o Sul do Brasil. O frio desta quarta-feira (14), ficou abaixo dos 10°C em algumas cidades! Fez 7,3°C em Bom Jardim da Serra (SC) e 8°C em Quaraí (RS), segundo as medições do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). 


A maior parte do interior da Região Sul tem predomínio de sol e tempo firme. As temperaturas vão ficar amenas, baixas para o mês de dezembro. Essa situação aconteceu várias vezes durante a Primavera de 2016. Hoje apenas o leste do Paraná e de Santa Catarina podem ter chuva fraca. As temperaturas também estão em queda em CuritibaFlorianópolis e Porto Alegre.

Será que o frio vai aumentar?

O centro da nova massa polar se desloca pelo oceano e os ventos marítimos ainda vão levar bastante umidade e ar frio para a costa de Santa Catarina e do Paraná nos próximos dias, o que vai manter as temperaturas baixas e a condição de garoa e chuvas fracas. 

Grande parte da Região Sul vai continuar com sol e tempo firme até o fim de semana. O frio aumenta na madrugada e amanhecer desta quinta-feira (15). A Climatempo prevê temperaturas entre 3°C a 1°C nos pontos mais altos das serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina com possibilidade de geada. 

Mar sobe e há risco de alagamentos em SC! 

A presença de um novo ciclone extratropical em alto mar favorece a elevação das ondas no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nesta quarta-feira.

O Epagri/Ciram emitiu alerta para o risco de alagamentos e ondas altas no litoral de Santa Catarina. Até a manhã de sexta-feira (16), as condições para navegação de pequenas e médias embarcações, e atividades de pesca ficam desfavoráveis no litoral catarinense.

O órgão reforça que as ondas podem atingir picos de 2,5 m a 3,5 m especialmente no litoral sul e Grande Florianópolis. Essa condição associada à maré astronômica de sizígia (Lua cheia) pode ocasionar alagamentos nas áreas mais baixas da costa catarinense.

NAVEGANDO MAIS CARO

Os barcos possuem capacidade para 30 a 95 pessoas, alternadamente 
 Foto Guto Kuerten / Agencia RBS

Tarifa de barcos da Costa da Lagoa, em Florianópolis, tem reajuste de 33% 
Passagem subiu de R$ 7,50 para R$ 10; para moradores cadastrados, preço segue R$ 2,50 

por Marcus Bruno


Começou a ser cobrada nesta terça-feira (13) a nova tarifa dos barcos que fazem o trajeto Lagoa da Conceição – Costa da Lagoa, no leste da Ilha. A passagem passou de R$ 7,50 para R$ 10, um reajuste de 33%. No entanto, para os moradores da comunidade cadastrados na Cooperativa de Barcos de Florianópolis, o valor segue de R$ 2,50.

Segundo o presidente da Cooperbarco, Aílton José Goes, a tarifa aumentou consideravelmente porque há cinco anos o valor não era reajustado.

— Na época do último aumento, o óleo diesel era R$ 2,20. Agora está R$ 3,40, e a passagem continuava R$ 7,50. Por isso que aumentou bastante assim. Tinha dia que a gente trabalhava só pelo óleo, sem tem lucro nenhum — argumenta.

Ele também garantiu que a passagem para os moradores não sofrerá mudanças nesta temporada. Goes, no entanto, lembrou que essa tarifa é a mesma há sete anos. Para o presidente da Cooperbarco, o novo preço não irá afugentar turistas.

— Começou hoje, e já levamos mais de 200 turistas. Nenhum deles reclamou. Estava barato demais. Para se ter noção, da Armação até o Campeche, eles cobram R$ 120. E nossos barcos são muito melhores, mais seguros, com estofados — compara.

Durante a temporada, são transportados cerca de 1 mil passageiros por dia nas 28 embarcações da Cooperbarco. No restante do ano, esse número cai para 350. Os barcos possuem capacidade para 30 a 95 pessoas, alternadamente.

A Costa da Lagoa é um dos principais pontos turísticos da Ilha de Santa Catarina. Entre as atrações, estão 14 restaurantes, o Casarão da Dona Loquinha, construído há mais de 100 anos por escravos com óleo de baleia, o Engenho de Farinha, cachoeira, a Igreja de Nossa Senhora de Navegantes, a praia do Saquinho e Santuário dos Passarinhos.


(Do http://horadesantacatarina.clicrbs.com.br/)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

MAR DE TODOS

Cadeiras anfíbias utilizadas no Sul do Estado
Foto: Cláudio Lima / Divulgação

Palhoça terá cadeiras especiais para que banhistas com deficiência aproveitem o mar neste verão 

Pessoas com dificuldade de locomoção poderão aproveitar o mar nesta temporada em Palhoça. Uma parceria da Prefeitura com empresas privadas e o Corpo de Bombeiros vai resultar na aquisição de cinco adeiras anfíbias reclináveis para que pessoas com alguma deficiência física ou locomoção reduzida possam entrar na água. O projeto Acesso ao mar inicia no dia 6 de janeiro, nas praias Ponta do Papagaio e Pinheira de sexta a domingo, das 8h às 11h e das 16h às 19h. 

Os usuários não precisam agendar horário e os banhos de mar serão acompanhados pelos guarda-vidas que atuam nessas praias.

Os cinco equipamentos serão doados por empresas privadas nesta quarta-feira à tarde. 

Palhoça, nesta quarta-feira (14), passa a contar com cinco cOs equipamentos serão doados por empresas privadas à prefeitura às 16h, no gabinete do prefeito Camilo Martins, com objetivo de tornar as praias do município mais acessíveis.

— Esse é só o início de um projeto que pretendemos ampliar. Vamos buscar mais parcerias para que ele só cresça e possa ser usufruído em outras praias também na próxima temporada — ressaltou o secretário de Turismo da cidade, Alberto Prim.

Iniciativas semelhantes já foram implantadas em Itajaí e no Sul de Santa Catarina.
(Do http://dc.clicrbs.com.br/)

MARES DE PORTUGAL


chama-se...

traz no nome o início
a força de tudo poder ser
onde o mar e a areia
se encontram sem medos
numa fronteira breve
de espuma agonizante

em dias de haver mar
é ainda noite quando o arrais
e todos na praia à espera
ela mais um mais um mais
braços pernas corpo

conheço-lhe o riso
a linguagem franca das mulheres
que fazem vida do mar
a ternura com que fala dos filhos
a força com que compete com os homens
e vence o mais das vezes

cuida do dia
aurora

torreira; companha do marco, 2014

ACORDES DA ILHA


VAGABUNDO SINFÔNICO

"Vagabundo Confesso" - Banda "Dazaranha" com a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina

AUMENTA ESPÉCIES AMEAÇADAS


Brasil lança Livro Vermelho da Fauna na COP 13

Lista de espécies ameaçadas de extinção representa o maior esforço já feito sobre o tema em todo o mundo. Trabalho foi coordenado pelo ICMBio

O Brasil lançou na noite de quinta-feira (8), durante a Conferência das Partes (COP 13) sobre Diversidade Biológica, que ocorre em Cancun, no México, o sumário executivo do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. O levantamento, realizado entre 2010 e 2014, representa o maior esforço já feito sobre o tema no mundo.

De acordo com o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, a publicação do estudo é o primeiro passo para alcançar a extinção zero e funciona como uma das estratégias do País para o cumprimento de metas internacionais de redução da perda da biodiversidade.

“A pesquisa avalia, pela primeira vez, o risco de extinção de todos os vertebrados que ocorrem no Brasil e de um grupo selecionado de invertebrados. Ela irá orientar a criação, ampliação e melhoria de unidades de conservação no Brasil”, ressaltou.

O diretor disse ainda que o levantamento auxiliará o País a alcançar a extinção zero das espécies nativas e a cumprir a meta de Aichi número 12 (Em 2020, a extinção de espécies em risco conhecidas deve estar prevenida e sua situação de conservação, particularmente para aquelas de maior declínio, melhorada e sustentada).

O livro

O estudo é fruto do trabalho de 1.270 cientistas coordenados pelo ICMBio e colaboração de dezenas de outras organizações, com metodologia globalmente reconhecida pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla original).

O levantamento analisou o status de conservação de 12.254 espécies, incluindo peixes e invertebrados aquáticos. Na lista anterior, divulgada em 2003, haviam sido avaliadas 816 espécies. O livro aponta um incremento na quantidade de espécies ameaçadas. O total nessa situação é de 1.173, divididas em três categorias: Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU).
Maretti afirmou também que, para alcançar a extinção zero, outras medidas devem ser adotadas, como a criação e melhoria de unidades de conservação, planos de ação para redução das ameaças e listas de espécies em risco para adoção de políticas públicas.

A proteção de habitats por meio de unidades de conservação (UCs) é o meio mais utilizado no Brasil para reduzir o risco de extinção das espécies. Ao todo, o País tem 2.029 UCs, entre federais, estaduais, municipais e reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs). As 326 unidades federais são geridas pelo ICMBio. Mesmo assim, 180 espécies ainda vivem fora de áreas protegidas.

Serviço:

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

RESTOLHOS...


Pantusuli!






MAR DE POETA

ENSEADA DA BALEIA


Alta da maré em ilha no litoral de SP expulsa pescadores de vila centenária

LEANDRO MACHADO
ENVIADO ESPECIAL À ILHA DO CARDOSO (SP)

De manhã, um barquinho a motor sai de Cananéia, litoral sul de São Paulo. À esquerda está a Ilha do Cardoso e, do outro lado, o mar. Na voadeira, a cientista social Tatiana Cardoso, 34, coloca um plástico na frente do corpo para se proteger da chuva.

"Você viu os golfinhos? Não? Eles pularam aí do seu lado", ela aponta. Uma hora e meia depois, o barco chega à Enseada da Baleia, vila de pescadores na Ilha do Cardoso, na divisa com o Paraná.

O povoado de 170 anos, um dos sete da ilha de 13.500 mil hectares, fica numa restinga, bem na frente de uma rota de baleias. Mas essas são como os golfinhos: é preciso ter sorte para ver alguma.

Hoje, vivem 28 pessoas na Enseada, todos da mesma família, os Cardoso. Há mais de um mês, os pescadores convivem com uma tristeza: terão deixar a área onde nasceram e pretendiam morrer.


Alta da maré em ilha no litoral de SP expulsa pescadores de vila centenária

A vila está entre um rio e o mar. A 500 metros das casas, a terra sofre um processo natural de erosão: há só 90 centímetros entre as "duas águas". Quando este ponto se romper, elas irão se encontrar, e a vila pode ficar submersa.

Em 29 de outubro, elas entraram na Enseada depois de uma ressaca atingir o litoral.

O nível do rio caiu pouco após aquele dia, e a Defesa Civil proibiu a vila de receber turistas -uma das suas fontes de renda. Mais de 280 pessoas iriam para o Réveillon.

"Nós perdemos o ganhar. Tive de devolver o dinheiro das reservas", diz Maria Cardoso, 57, ao lado de um receptor de energia solar que finalmente levou eletricidade para a ilha, em 2015.

A erosão foi detectada por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná em 2008. O governo do Estado de SP foi avisado na época, mas até essa semana nada havia feito para diminuir os riscos.

Para se mudaram, os moradores escolheram uma área na ilha que tem as mesmas condições da atual. Este ponto, porém, também corre risco de erosão —mas ela pode demorar algumas décadas.

Erci Malaquias Cardoso, 77, matriarca da vila, está lá há 75 anos, desde que foi adotada por uma família que vivia na vila, aos dois anos

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) cogitou levar os pescadores para Marujá, vila na própria ilha, mas a mais de 10 km. Nessa área não existe o majuba, principal peixe pescado por eles.

"Disseram que nós teríamos de ir para Marujá, que não está interessada em nos receber. Se não aceitássemos, teríamos de ir para a cidade", explica Tatiana.

Ir para o continente é o grande medo dos pescadores. Na frente da praia, Antônio Mendonça, 61, explica que a ilha significa liberdade. "Não conseguiria sair. Na cidade me sinto preso", diz, enquanto, na areia, três urubus comem a carcaça de uma arraia.

Nesta quarta-feira (7), o governo tucano finalmente decidiu manter os pescadores na área em que eles haviam escolhido. "Saiu a autorização, estamos muito felizes", escreveu Tatiana, em mensagem pelo celular.

CONCESSÃO

Outro medo dos moradores da ilha é ter de trabalhar para uma empresa que pode assumir a administração do parque estadual que existe ali desde 1962.

Um projeto do governo Alckmin pretende conceder 25 parques a empresas privadas por 30 anos. A Ilha do Cardoso, unidade de conservação ambiental, está entre eles.

O governo fará uma avaliação econômica-financeira dos parques e do que pode ser explorado em cada um deles (como estacionamento, restaurante, acesso a trilhas, monitoria e bilheteria).

Moradores dizem que já foram visitados por empresas interessadas em explorar o potencial turístico do local.

"Para uma empresa assumir a ilha, vai querer ter grandes lucros com turismo, construir hotéis e fazer os caiçaras trabalharem para eles", diz a cientista social Tatiana Cardoso, 34, nascida na vila Enseada da Baleia.

Para o geógrafo da USP Maurício de Alcântara Marinho, 50, que fez doutorado sobre a Ilha do Cardoso, a região não deve ser explorada com turismo de massa, pois seu principal objetivo deve ser a conservação ambiental.

"A ilha é uma região de mata atlântica com flora, fauna e uma diversidade de espécies de peixes riquíssima. Você tem de criar um limite de visitação para não causar impacto. Não dá para colocar 20 mil pessoas para verem golfinhos. A concessão pode até ser boa, se feita bem, mas uma empresa que visa lucro vai aceitar esse limite?", diz.

"As populações caiçaras já fazem a conservação melhor que ninguém. São eles que monitoram a área, que retiram os lixos que vêm do mar, que avisam a segurança quando entra palmiteiro", explica. "Eles são fundamentais para a conservação", diz.

Hoje, a praia deserta da ilha recebe enorme quantidade de lixo vinda dos grandes barcos de pesca que navegam pela costa. Na areia, há lâmpadas, redes, garrafas e sapatos velhos. Os moradores é quem recolhem esse lixo diariamente —até fazem artesanato com os resíduos.

O parque estadual tem dez funcionários, segundo o próprio governo. Apenas quatro vigilantes fazem a segurança de uma área equivalente ao centro expandido de São Paulo —a região é vítima constante de palmiteiros e de pesca ilegal.

BALEIAS E GOLFINHOS

Duas semanas antes da decisão do governo, o sol se punha enquanto Erci Cardoso, 77, matriarca da vila, observava os pássaros sobre o rio: ela está na ilha há 75 anos e não se enxerga longe dali. Aos dois anos, foi adotada por uma família que vivia na vila. Conheceu Antônio Cardoso, também adotado.

Os dois viveram como irmãos, mas seus pais abandonaram a ilha. Erci e Antônio ficaram, se casaram e tiveram filhos. Ele morreu em 2010.

"Nunca quis sair", diz ela. Ao seu lado, há uma árvore apelidada de Jorge —nome de um dos seus filhos. Na Enseada, uma árvore é plantada toda vez que nasce um bebê.

Em 2015, um grande barco de turismo tentou ancorar no povoado. A força dos motores dissolveu a terra, e quatro casas desabaram no rio. Uma árvore plantada por Erci também caiu. Ela quis se jogar nas águas para se afogar com a árvore, mas foi contida.

No jantar (peixe parati, pescado horas antes), Tatiana conta que foi a primeira a sair para se formar na faculdade: fez ciências sociais, na Unesp.

Quando criança, ela esperava na areia os brinquedos que o mar levava. "Ficava tão feliz quando chegava uma boneca. Depois descobri que os brinquedos vinham das enchentes de Santa Catarina. Que loucura pensar nisso, né?".

Pela manhã, Jaqueline Cardoso, 30, anda pelo povoado. Conta que há um ano uma baleia de 17 metros morreu na praia. "Nós enterremos os ossos bem aqui. Você já viu uma baleia? ", diz. Um pedaço de osso está para fora da terra. Dá vontade de tocá-lo.

Às 8h, o pescador Antônio Mendonça liga o motor da voadeira: mais uma hora e meia de volta até Cananéia. No caminho, ele para o barco: três golfinhos pulam da água.
(Da http://m.folha.uol.com.br/)

MAR...QUE FALTA

Foto Divulgação
Instalação do artista Maurício Muniz, no largo do Museu Victor Meirelles, dentro da exposição "Mar...Que Falta"

MAR DE VERÃO

Foto: Reprodução / Clarín / Clarín

Previsão de turistas na temporada repercute na imprensa argentina

Para os argentinos que ainda têm dúvidas de que o Brasil é a melhor opção para o próximo verão, o maior jornal da Argentina, o Clarín, reforçou as vantagens de visitar o País vizinho no período. O diário repercutiu a expectativa da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) de chegada de mais de 1,5 milhão de argentinos nas praias de Santa Catarina no próximo verão, número que representa aumento de 25% em relação à última temporada.

"Como se fosse uma grande história de amor, com as suas voltas e reviravoltas ao longo dos anos, mas no fundo com uma fidelidade inabalável, neste verão os turistas argentinos vão invadir de novo as praias do Brasil", crava a publicação. Até março, destaca o Clarín, o aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, vai receber 480 voos de visitantes de toda a Argentina. O jornal revela ainda que, de acordo com levantamento próprio, as despesas no Brasil com alimentação, hospedagem e lazer são até 30% mais baratas do que nas praias argentinas. 

O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, considera que a publicação no Clarín reforça o convite aos argentinos e a promoção do Brasil no exterior em um momento estratégico: "O mais credenciado jornal da Argentina reconhece o nosso País como o melhor destino para o verão e isso agrega um valor expressivo ao trabalho do Instituto na busca por atrair mais estrangeiros e entrada de divisas".

(Do Rafael Martini - http://dc.clicrbs.com.br/)