sexta-feira, 30 de junho de 2017

LÁ NO FUNDO...

Foto: National Geographic

Sailfish, predador sofisticado

O sailfish, ou peixe- vela, é uma espécie natural das regiões tropicais e sub-tropicais do Atlântico, Pacífico, e Índico. Em distâncias curtas ele é um campeão, pode atingir até 119 KM/h. Seu corpo afilado é perfeito em termos de hidrodinâmica e, além de poderosa nadadeira caudal, há a dorsal, em forma de vela, daí o nome do peixe, para ajuda-lo a alcançar velocidades inimagináveis.

O Sailfish e a pesca esportiva

Ele já foi considerado uma das espécies mais nobres da pesca esportiva, tendo estrelas mundiais como experts na prática. Ernest Hemingway foi um dos mais conhecidos. Em retribuição, escreveu um de seus mais belos livros: O Velho e o Mar, publicado em 1952. 
O enredo virou filme e peça de teatro. Com sua publicação Hemingway ganhou o prêmio Pulitzer, no mesmo ano, e se credenciou ao Nobel, que ganharia dois anos depois. Com carreiras arrasadoras, muita força e resistência, o sailfish não se entrega com facilidade, exigindo muita perícia do pescador esportivo.

Foto: wikipedia
Mas a espécie esta sofrendo com a sobrepesa, e até mesmo a pesca esportiva. No passado era comum achar exemplares com mais de cem quilos, hoje, quando se fisga um de 40 kg, já é considerado uma presa excelente, o que demonstra a diminuição dos tamanhos da espécie. No Brasil até abaixo-assinados foram feitos na expectativa de se proibir este tipo de pesca.

(Do www.marsemfim.com.br/)

COISAS DE CAIÇARA


PAÇOCA CAIÇARA de São Pedro

Caiçara é o povo da beira do mar e nessa beira de mar, entre a serra e a praia, a banana se desenvolve facilmente.

A banana sempre fez parte da culinária caiçara e acrescenta suas propriedades principalmente em pratos de peixe e frutos do mar.
Nas festas caiçaras a banana se destacava em bolos e doces.
Lembra, mamãe Alcina: “Meu avô Daniel Profeta era devoto de São Pedro e no dia 29 de junho fazia a maior festa em seu terreiro. Alem da mandioca, batata doce, cará, a banana também era farta em suas terras. Era a banana que fartava aos convidados, em bolos, tortas e doces, que vovó fazia. Mas de todos esses doces, tinha um prato especial feito com a banana nanica (ou banana d’água) que era a atração e motivo de disputa entre os convidados, A Paçoca Caiçara de São Pedro”. Relembra mamãe.
Essa tradição culinária, ainda permanece em nossa família, e que agora, pra quem não sabe, vai aqui a receita: (porção para uma pessoa)
Ingredientes:
• 02 bananas nanicas (ou d’água) maduras grande.
• 01 xícara de Farinha de Milho
• Canela em Pó, à gosto.
• 01 colher de sopa de Manteiga
• 01 colher de sopa de Mel (pode ser melado, ou açúcar)

Modo de fazer:

Em uma frigideira derreta a manteiga, coloque as bananas cortadas em rodelas, coloque o mel, coloque a farinha de milho amassando em seguida até formar uma massa(paçoca), acrescente a canela em pó (à gosto) e deixa dar uma tostada, virando de uma lado para o outro.

Pronto! Está pronto a Paçoca de São Pedro, que pode ser acompanhada com café, leite, chás, quentão, vinho quente.

Receita de tradição de família de: Júlio César Mendes

E viva a banana, viva a bananeira e, no aberto da barriga, viva o bananal. Viva São Pedro!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

NOITE INDO...


...a manhã sendo no clique o olhar do Silézio Sabino!

OUTRAS ILHAS...



Na Ilha do Cardoso, litoral Sul do Estado de São Paulo, tainhas sendo retiradas da armadilha, forma de pescaria conhecida em Santa Catarina como cerco, o mesmo que curral , no Nordeste.

MAR DE PESCADOR

Barcos de pesca no México. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

América Latina e Caribe adotam primeira lei modelo de pesca artesanal do mundo

Nova lei do Parlamento Latino-Americano (Parlatino) reconhece a pesca artesanal como um modo de vida e uma atividade produtiva que contribui para o desenvolvimento sustentável da região e a segurança alimentar e nutricional de milhares de famílias.

A Lei Modelo de Pesca Artesanal ou de Pequena Escala, formulada pela Comissão de Pecuária, Agricultura e Pesca do Parlatino com o acompanhamento técnico da FAO e o apoio da Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e no Caribe, estabelece um marco jurídico de referência para que os países possam adotar, fortalecer e complementar suas políticas e legislações nacionais vinculadas a esse setor.

Nova lei do Parlamento Latino-Americano (Parlatino) reconhece a pesca artesanal como um modo de vida e uma atividade produtiva que contribui para o desenvolvimento sustentável da região e a segurança alimentar e nutricional de milhares de famílias.

De acordo com a FAO, na América Latina e no Caribe há mais de 2,3 milhões de pessoas que trabalham direta e indiretamente no setor, principalmente na pesca artesanal.

A Lei Modelo de Pesca Artesanal ou de Pequena Escala, formulada pela Comissão de Pecuária, Agricultura e Pesca do Parlatino com o acompanhamento técnico da FAO e o apoio da Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e no Caribe, estabelece um marco jurídico de referência para que os países possam adotar, fortalecer e complementar suas políticas e legislações nacionais vinculadas a esse setor.

“Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são prioritários na agenda do Parlatino. Esta lei incide no ODS número 14, vinculado com os ecossistemas aquáticos, e contribui diretamente para a aplicação de um marco legislativo que reconhece e protege os direitos de acesso da pesca de pequena escala”, disse Armando Castaingdebat, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Pesca do Parlatino.

O setor pesqueiro latino-americano e caribenho gera mais de 11 milhões de toneladas de produtos anualmente, provenientes das pescas em mares e águas continentais, segundo a FAO.

“A Lei Modelo de Pesca Artesanal ou de Pequena Escala é um passo firme para fortalecer a sustentabilidade desse setor nos países da região, e impulsionar seu potencial para contribuir para a erradicação da fome e da pobreza”, completou Alejandro Flores, oficial de pesca e aquicultura da FAO para América Latina e Caribe.

A Lei Modelo contém dez capítulos que promovem o registro pesqueiro e a geração de informação para a tomada de decisões, os direitos e responsabilidades dos trabalhadores da pesca, a aplicação do Plano de Ação Internacional contra a Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada, a gestão de riscos e a adaptação do setor às mudanças climáticas, além de promover um enfoque de gênero e a inclusão dos pescadores em sistemas de proteção social com inclusão produtiva.

“A Frente Parlamentar contra a Fome difundirá esta lei entre os legisladores de toda a região, para que possam tomá-la como referência em seus países, considerando suas próprias legislações”, disse Luisa María Calderón, coordenadora da Frente Parlamentar contra a Fome na América Latina e no Caribe.
Pesca é setor estratégico

A pesca e a aquicultura sustentáveis desempenham um papel crucial na segurança alimentar e nutricional e nos meios de subsistência de milhões de pessoas, de acordo com a FAO.

O último relatório sobre o estado da pesca e da aquicultura da FAO destacou a contribuição fundamental do setor para o bem-estar e a prosperidade do mundo, e revelou que em 2016 produziu uma cifra recorde de 128 milhões de toneladas de pesca para consumo humano.

De acordo com a FAO, o consumo médio de produtos pesqueiros globalmente é de 20,5 kg por pessoa, por ano. Na América Latina, essa média fica em 9kg e na América Central, em 6 kg por pessoa por ano, com exceção do Panamá, onde a média supera 13 kg.

Além disso, a pesca e a aquicultura são uma fonte de renda para 120 milhões de pessoas em todo o mundo.

“A pesca e a aquicultura são a principal fonte de proteínas para 17% da população mundial, e para quase um quarto no caso dos países de baixa renda e com déficit de alimentos”, disse Alejandro Flores, da FAO.

(Do https://nacoesunidas.org/)

domingo, 25 de junho de 2017

MAR DE OLHARES

 "Paisagens Marinhas", 1993
Cássio Vasconcellos

MAR DO JAYME REIS

Do Jayme Reis 


NA LIDA...

Foto Fernando Alexandre
Entre bordas e sóis, as mãos do mar!

ARROZ DE MARISCO


Arroz de Marisco

Ingredientes

-1 cebola
-3 dentes de alho
-1 folha de louro
-2 colheres (de sopa) de polpa de tomate
-1 tomate maduro
-3 colheres (de sopa) de pó de creme de marisco instantâneo
-1/4 de malagueta vermelha sem sementes (ou outro picante a gosto)
-coentros
-sal
-azeite
-2,5 chávenas de arroz
-1 kg de marisco variado (usei camarão, mexilhão, amêijoa e delícias do mar)

1. Aquecer uma panela com 2l de água temperada com sal até ferver;
2. Cozer os camarões com casca durante cerca de 3 minutos. Reservar a água;
3. Descascar os camarões (reservando alguns para decorar) e juntar as cascas e cabeças à água da cozedura;
4. Deixar ferver uns minutos e filtrar, descartando as cascas e cabeças (ver aqui
um procedimento semelhante);
5. Dissolver no caldo de camarão o creme de marisco instantâneo e reservar;
6. Refogar a cebola e o alho picados no azeite até amolecer;
7. Juntar o louro, o tomate sem as sementes, a polpa de tomate e a malagueta. Deixar refogar mais um pouco, juntando um pouco de caldo se necessário;
8. Juntar 10 chávenas de caldo, temperar e deixar ferver;
9. Juntar 2,5 chávenas arroz, deixar ferver, baixar o lume e deixar cozer por 10/15 minutos até estar quase cozido;
10. Entretanto, colocar as amêijoas e os mexilhões em 2 tachos com 1 colher (de sopa) de água e levar ao lume até abrirem. Mal abram, retirar do lume e descartar as que não abrirem;
11. Juntar o marisco ao arroz e deixar cozinhar mais 5/10 minutos até estar cozido. Juntar mais caldo quente se necessário para ficar malandro;

12. No final, juntar coentros picados grosseiramente e servir.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

TEM TAINHA NO RIO DAS PACAS!

 
Fotos Fernando Alexandre
 

 
Depois de muitos anos, cercaram hoje na praia do Rio das Pacas - Solidão!
ÚÚÚÚ!!!!
Ainda não eram 10 horas quando os vigias abanaram sinalizando que tinha um cardume encostando no Rio das Pacas!
"Zé Gancheiro", canoa bordada da família Arante, ultrapassou o costão do meio e foi cercar a manta de peixes quase no canto do costão!
A "camaradagem" que fica no Pântano do Sul garrou a estrada e foi puxar a rede na outra praia!
Contadas e recontadas, 593 tainhas (quem garante é o "Barrinha"!) gradas e ovadas!
ÚÚÚÚ!!!!
Festa na praia!

E o Pântano do Sul continua perfumado pelos cheiros das tainhas fritas e assadas!

AMANHECE NO PÂNTANO DO SUL

ANOITECE NO PANTUSÚLI...

Anoitecimento e olhar do Silézio Sabino

quinta-feira, 22 de junho de 2017

DEU PEIXE...

Fotos Fernando Alexandre
 
"Bruno II" e "Grande Vô" desembarcaram hoje 4 toneladas de tainhas no Pantusúli!

O Pântano continua com esse agradável cheiro de peixe e de vida!
úúúú!

É TAINHA A DAR COM PAU!


Praia de Cima, na Pinheira, 9.654 tainhas!

(via Silézio Sabino)

ÚÚÚÚ!!!!

TEM NEVE NO MAR

Foto sem autor identificado
Há quatro anos, o morro do Cambirela amanheceu branco de neve!

BERBIGÃO NO PRATO

LETRAS DO MAR

Imagem Luis Floripa

quarta-feira, 21 de junho de 2017

ÚÚÚÚÚÚ!!!!!!

Fotos Fernando Alexandre
 
 



 

O troféu do pescador é o peixe: a alegria do mestre Didi Grande, que "patroneou" a canoa "Mariposa" no cerco!

Quando "Mariposa" escorregou pelas estivas em direção ao mar, passava pouco das três da tarde desta quarta-feira de tempo meio inforruscado.
Os vigias tinham abanado lá de cima das dunas, sinalizando que era peixe apenas para una canoa, e o apupo - ÚÚÚÚ!!!! - já corria entre bocas e ouvidos pelos becos e vielas do Pântano do Sul!
Poucos minutos depois, a praia já contava com quase uma centena de pessoas dispostas a ajudar e - quem sabe - também levar uma cobiçada tainha pra casa.
Peixe cercado, peixe arrastado em frente ao "Pedacinho do Céu Restaurante", da comandante Zenaide, pouco antes dos escombros do naufrágio da "chata"!
Contado e recontado entre gritos e pequenas e folclóricas "divergências", o veredito preciso; setecentas e "tantas" tainhas, gradas e ovadas! As "tantas" foram 27, 38 ou mesmo 51, dependendo de quem conta ou conta para os outros!
Divididos os quinhões entre os "camaradas" que participaram da pesca e os que ajudaram a puxar a rede, todos acabaram levando seu peixe.
Hoje tem festa na praia e o agradável cheiro de tainhas sendo douradas na banha de porco ou assadas na brasa vai tomar conta das casas e ruelas do Pântano do Sul!
ÚÚÚÚ!!!! 

VENDENDO O PEIXE! MESMO!

Foto Fernando Alexandre
Frita e dourada, no Capitão Ademir Petiscaria, Pântano do Sul!

ÁGUAS PASSADAS...

Foto Fernando Alexandre
Águas se passam, desbotando aquarelas marinhas...

RECIFES ARTIFICIAIS

Recife artificial na Flórida: uma ideia que não deu certo.

Recifes artificias com pneus na Flórida: fracasso total 

Por

De acordo com a publicação do usatoday.com, de 2007, em 1972 cerca de 2 milhões de pneus foram jogados próximos da costa, em Fort Lauderdale. A área fica a uma distância de uma milha da costa, defronte a condomínios de alta classe. A ideia era liberar aterros entupidos, ao mesmo tempo em que se “criava” um recife artificial.

Os oceanos têm ‘mágicas’ que os ajudam a renascer mesmo com as barbaridades que os seres humanos cometem contra eles. Um dos exemplos é este: muitos substratos duros colocados no mar muitas vezes atraem vida marinha. Primeiro vem as algas que colonizam este suporte. Depois, moluscos e outras formas de vida marinha. Finalmente, estas formas de vida atraem os pequenos peixes, que são presas dos maiores, e assim por diante. Forma-se a cadeia alimentar.
Recifes artificiais no Brasil

No Brasil algumas experiências foram feitas com blocos de concreto. No litoral do Paraná o professor Frederico Brandini, da USP, comandou esta ação. Há outras, com navios fora de uso que são cuidadosamente preparados, depois afundados com o mesmo fim.
Recifes artificias com pneus na Flórida: o erro


O maior problema é que os pneus foram amarrados com nylon e aço, de modo a ficarem juntos, criando um grande recife. Mas não foi o que ocorreu. Muitos se soltaram e foram dar na praia. Outros estão “espalhados por uma área com tamanho equivalente a 31 campos de futebol.” A matéria prossegue informando que “milhares de outros também se soltaram e hoje estão atolando os recifes naturais da região.”

Ray MacAliister, professor de engenharia oceânica da Florida Atlantic University, idealizador do projeto reconhece o erro:ele não funciona. Foi uma má ideia

Outro especialista citado é William Nuckols, coordenador da Coastal America, que agora lidera um grupo de limpeza formado por mergulhadores e cientistas. William foi categórico:os recifes com pneus tornaram-se uma máquina de matar corais mundo afora em todos os lugares onde experimentos semelhantes foram tentados.

A matéria informa que, no início do projeto, até o fabricante Goodyear ajudou cedendo pneus. Acontece que eles não aguentam a força das marés, ou dos furacões comuns na região. Acabam se soltando e poluindo ainda mais o ambiente marinho. Sem falar que muitos, mesmo amarrados uns aos outros, depois de certo tempo liberam pedaços de borracha e ou componentes usados na fabricação, complicando mais a situação.

Atualização

Até hoje isso é um problema na Flórida. Matéria do theguardian.com, de 2015, diz que “funcionários da Flórida retomaram o levantamento de algumas centenas de milhares de pneus despejados de suas costas décadas atrás durante uma tentativa mal sucedida de criar um recife artificial”.

Foto: The Guardian

“Em 2007 cerca de 62 mil pneus foram retirados. O esforço de limpeza começou de novo na semana passada. Está focado no recife de artificial de Osborne, uma enorme pilha de cerca de 700 mil pneus perto de Fort Lauderdale”.

(Do https://marsemfim.com.br/)

terça-feira, 20 de junho de 2017

A CABEÇA DE BACALHAU

Foto Decapitum Peixer
Miscelânea de algas 
cordões, caules, detritos —
firmamento

de peixes —
onde as patas amarelas
das gaivotas chapinham

ramos batem
barcos deixam rastro de bolhas
— de noite doidamente

agitam-se fosfores-
centes animálculos — mas de dia
flácidas

luas em cujos
discos por vezes uma cruz vermelha
reside — quatro

braças — no fundo assenta
um salpico
de areias esverdeadas —

amorfo titu-
beio de rochas — três braças
o corpo

vítreo pelo qual —
peixinhos velozes descem
fundo — e

eis embalo um sobe
e desce
estrelas vermelhas — uma decepada

cabeça de bacalhau entre
duas pedras — subindo
descendo.

(Poema de William Carlos Williams -  tradução de José Paulo Paes)