quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

LÁ NO FUNDO


O Pão de açúcar como nunca antes visto em praticamente toda sua extensão.
Imagem obtida Pelo Pessoal Indústria de Petróleo e Gás, publicada Pela Universidade de São José do Campos

Correndo o risco, traçando o mar...

Andrea Ramos

Mergulhe mais fundo no www.andreailustradora.blogspot.com

AS FORMAS DO MAR


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FORMAS MARINHAS
20, 21 e 22 de março (terça a quinta), das 9 às 12h, carga 6 horas
Marcelo Mello

RESUMO

O escultor transcorrerá sobre o seu processo de criação com referência à exposição “De todas as coisas do mar”, trabalho apresentado em 2016 no Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul.
A partir desta apresentação, os participantes vai criar suas próprios formas.
Orientação sobre técnicas de modelagem, ocagem e queima .

METODOLOGIA

A forma marinha como referência
A observação da imagem
A desconstrução buscando sua própria linguagem
A referência regional, figuras do mar, colônias de pescadores, praias, costões.
A modelagem , técnica de ocagem, acabamentos e queima .

VALOR
R$ 250

NÚMERO MÍNIMO
3 inscritos

NÚMERO MÁXIMO
6 inscritos

PRÉ-REQUISITOS
Iniciantes em modelagem, escultura ou simplesmente interessados no tema e na técnica da cerâmica com olhar escultórico.
MATERIAL

Argila: 5 kilos e um avental (a ser adquirido pelo aluno)
Estecos de cerâmica, bases e sacos plásticos para embalagem dos trabalhos serão fornecidos pela oficina.

QUEM É O MINISTRANTE
Marcelo Pereira de Mello cursou o Atelier Livre de Porto Alegre na década de 80. Na década de 90 transfere seu atelier para a cidade de São Paulo.
Lá desenvolve seu trabalho como escultor durante 10 anos. Ministra cursos de escultura em ferro e modelagem em seu atelier particular e em unidades do SESC , Museu de Arte Moderna (MAM), e Museu Brasileiro da Escultura . Participa de várias exposições coletivas. Realiza sua primeira individual na galeria da CEF da av. Paulista em 2002. Sua mais recente mostra foi no Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul em 2016 .
MATRÍCULA
Pode ser realizada de três maneiras
– Pessoalmente, na Faferia, em dinheiro, cheque ou cartão de crédito/débito. Aceitamos todas as bandeiras.
– Por depósito bancário enviando um e-mail para faferiadnadearte@gmail.com.
– Ou por meio do PagSeguro do UOL, um ambiente seguro para compra online, aceitando todas as bandeiras de cartão de crédito com a condição de parcelar em até 18 vezes. Clique na imagem abaixo. Há opção de boleto bancário. Não é necessário ter cadastro no pagseguro para efetuar o pagamento. É rápido e seguro.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

MAR DE RISO


MAR DE POETA

Arte do Solda
(Veja mais no http://cartunistasolda.com.br/)

MAPEANDO O ATLÂNTICO


Marie Tharp - mapear o fundo do oceano é "papo de garota"

Marie Tharp (1920-2006) nasceu no Michigan (EUA) em 1920, durante sua infância acompanhou seu pai topógrafo em viagens para coleta de amostras de solo em seu trabalho, esse contato despertou em Marie o interesse pela geologia e mais futuramente pela cartografia. Marie entrou no programa de mestrado em geologia na Universidade de Michigan e em 1948 tornou-se assistente de Bruce Heezen. 
Tharp ficava no laboratório catalogando as amostras que Bruce coletava em campo, pois naquela época mulheres eram proibidas de realizarem esse tipo de trabalho, apesar de serem cientistas os homens acreditavam que mulheres traziam má sorte no campo. Durante os 5 anos em que Bruce Heezen ficou em campo, Marie calculou e transformou os dados recebidos em desenhos, demarcando as fissuras e cicatrizes presentes no fundo do oceano, com isso, ela descobriu que diferente das teorias vigentes na época que diziam que o fundo oceânico era uma superfície lisa e intacta, na verdade, possuía uma geologia complexa, com vales, montanhas e cicatrizes em toda sua superfície. 
Esse estudo comprovava a teoria da Pangeia que era vista com desconfiança pela comunidade cientifica na época, o próprio Bruce Heezen recusou a interpretação de Marie Tharp e o chamou de “papo de garota”. Enquanto os cientistas brigavam pelas teorias, Marie deixou os estudos falarem por si só, quando apresentou o trabalho em 1957 causou tamanho alvoroço que Jaques Costeau, famoso oceanógrafo, preparou uma expedição ao fundo do mar para contrariar seus estudos, ele usou um submarino para coletar amostras e elas só serviram para confirmar que a teoria de Marie Tharp e as coletas de Bruce Heezen estavam certas.
Durante os anos 60 a teoria das placas tectônicas passou a ser aceita, mas sem antes ser reformulada por outros cientistas. Marie Tharp teve seu trabalho tardiamente reconhecido, em 1997 ganhou uma honraria da biblioteca de pesquisa do Congresso dos EUA e foi nomeada entre os 4 maiores cartógrafos do século 20. A universidade de Columbia onde Marie realizou seus trabalhos concede uma bolsa de estudos para mulheres cientistas que leva o seu nome, “The Marie Tharp Fellowship”.
Marie Tharp faleceu em 2006, três anos depois, em 2009, o Google Earth incorporou seu mapa em uma ferramenta que permite as pessoas buscarem o fundo oceânico.




MAR DA SÍLVIA VOLPATO



segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

NO COSTÃO

Foto Silézio Sabino 

Pescadora de lulas - Pântano do Sul









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MANEMÓRIAS

Foto Amnésio Krônico
Praia do Campeche, em 1936

LÁ & CÁ

O acesso aos cardumes pelos caiçaras é prejudicado pela pesca industrial

Em Paraty, caiçaras são expulsos por condomínios de alto padrão


Habitantes das praias mais preservadas do litoral carioca, comunidades são proibidas de pescar

Todo o tormento começou com as estradas. Primeiro a Cunha-Paraty (RJ), aberta em 1955, que inaugurou a conexão do território caiçara com o resto do país, trazendo com ela os primeiros turistas e, também, os primeiros interessados em adquirir aquelas terras, de olho no futuro. Quando a Rio-Santos rasgou a região em 1974, estava selado o destino dos caiçaras de Paraty - uma luta infinda para permanecer no lugar de seus antepassados, combatendo dois inimigos ao mesmo tempo: a especulação imobiliária e a preservação ambiental ditada pelo Estado.

O primeiro avanço foi a compra de terrenos de caiçaras para a construção de casas de veraneio e condomínios de luxo e, de forma mais violenta, mediante a ação de grileiros. Destes, o mais conhecido foi Gibrail Tannus Notari, que empreendeu uma investida sobre as comunidades tradicionais que já dura seis décadas, herdada por seu filho. A família é acusada de grilagem no Atlas Fundiário do Rio de Janeiro de 1991 e há uma ação movida pelo estado no Superior Tribunal Federal contra os títulos que os Tannus Notari apresentam como seus.

Expulsos, o destino dos caiçaras foi o mesmo: ir morar nas favelas de Paraty e, muitas vezes, trabalhar como caseiros ou domésticas nas mesmas casas que se construíram sobre suas antigas roças. “Fizeram de tudo para expulsar as comunidades”, diz Marcela Cananéa, liderança da praia do Sono.

Foi para conter a especulação imobiliária que os órgãos ambientais criaram três Unidades de Conservação na região: o Parque Nacional da Serra da Bocaina, em 1971, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, em 1983, e a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, em 1992 – as duas últimas se sobrepõem.

Dessas, só a APA não é de proteção integral, ou seja, permite o uso da terra e do mar pelos caiçaras – existe, inclusive, uma parceria ali, com os caiçaras participando do novo plano de manejo da unidade. Quanto às outras duas, se por um lado ajudaram a frear o avanço dos condomínios, por outro impuseram numerosas regras que comprometem o modo de vida caiçara. Todas são geridas pelo ICMBio “Essas unidades não me reconhecem como parte do ambiente”, diz Robson Possidonio, liderança de Trindade. “Não posso fazer roça, não posso retirar madeira para a canoa, não posso pescar.”

Se ao menos a preservação oficial do meio ambiente freasse de fato a especulação, já seria alguma coisa. Mas, diz Robson, não é bem isso que ocorre: “O empresário começa a construir sua casa, vem o Instituto Nacional do Meio Ambiente, embarga, e, na semana seguinte, por influência política, a construção já está desembargada. Hoje a península toda é casa de magnata”. A península à qual ele se refere é a ponta da Juatinga, onde fica a Reserva Ecológica homônima e o trecho mais preservado da região, em que, não por coincidência, está a maior parte das últimas comunidades praieiras tradicionais, que seguem com a cultura caiçara.

Não bastassem as restrições à pesca e às roças, as famílias se veem impactadas pela presença das casas de veraneio. Na Praia Grande da Cajaíba, a vítima mais séria da grilagem pelos Tannus Notari – que, apesar de responder por crimes ambientais, pretendem construir um resort no local –, o número de famílias caiçaras foi reduzido de 24 para duas em menos de duas décadas.

Na praia do Sono, o conflito é com o vizinho Condomínio Laranjeiras, que fechou o acesso das 40 famílias à comunidade onde vivem. “Você só chega no Sono por trilha ou de barco”, explica Marcela. O problema é que a trilha leva duas horas para ser percorrida e o cais de onde saem os barcos fica dentro do condomínio. Para acessá-lo, os caiçaras devem pegar uma kombi, já que não podem transitar a pé lá dentro.

União

O principal instrumento de luta dos caiçaras surgiu em 2007, com a criação do Fórum de Comunidades Tradicionais Angra–Parati–Ubatuba. Um marco também porque, pela primeira vez, os caiçaras se uniam aos indígenas e aos quilombolas em um esforço coletivo pela garantia do território. “Um está sensibilizado com o outro”, afirma Robson Possidonio. “Se os indígenas têm algum problema, caiçaras e quilombolas vão lá ajudar.”

O fórum foi o primeiro passo de um movimento interestadual que, em 2014, tornou-se nacional, com o surgimento da Coordenação Nacional das Comunidades Tradicionais Caiçaras, que reúne representantes do litoral do Paraná ao do Rio de Janeiro.“O movimento ainda é bebê”, diz Marcela, mas aponta na direção de algumas soluções viáveis.

Uma delas é o turismo de base comunitária, que já vem sendo implantado em algumas comunidades, junto a iniciativas de agroecologia e educação diferenciada. Outra é a criação de uma Reserva Extrativista Marinha que permita regularizar a pesca feita pelos caiçaras –em tese proibida pelas Unidades de Conservação de Proteção Integral– e, ao mesmo tempo, garantir o acesso aos cardumes, cada vez mais raros pela concorrência com a pesca industrial.

“É uma pesca desleal”, diz Robson. “Quando a pescaria chega para a gente, os barcos já estão aqui.” Caiçara, palavra que deriva do tupi-guarani, significa “cerca feita de ramos”: uma referência ao cercado das roças ou à pesca de cerco que fazem no mar, perto das encostas.

Procurados pela reportagem, a família Tannus Notari, os responsáveis pelo Condomínio Laranjeiras e o ICMBio não responderam até o fechamento desta edição.

(Do//www.cartacapital.com.br/)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

ESCALANDO O PEIXE

Foto Nguyen Quy
Peixes secando ao Sol. Vietnã.
(via Carlos Ruggi)

MAR DE ARMADORES


Cidasc inicia inspeção dos barcos de pesca industrial e
 embarcadouros


Santa Catarina se prepara para inspeção de barcos e desembarcadouros autorizados a exportar para União Europeia. A partir desta semana, técnicos do Ministério da Agricultura farão o treinamento de funcionários da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para inspeção dos barcos de pesca industrial e desembarcadouros que trabalham com exportação para países da Europa. A capacitação acontecerá entre os dias 19 e 21 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), em Itajaí.

Durante o treinamento, os funcionários da Cidasc irão participar de reuniões de nivelamento e de práticas de inspeção de embarcações e desembarcadouros. O Ministério da Agricultura fornecerá uma lista de itens a serem observados durante as vistorias, o que irá orientar as ações da Cidasc. “Nós estamos trabalhando contra o relógio, para que possamos retomar as exportações de pescado o quanto antes. A União Europeia é um importante mercado, que nós temos plenas condições de reconquista”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.

As inspeções iniciam já na terça-feira (20) com os técnicos do Ministério da Agricultura e da Cidasc e, segundo o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, após o dia 21 a Cidasc dará continuidade às vistorias.

O Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) será responsável por organizar as embarcações para que sejam vistoriadas, dando prioridade para aquelas que estiverem ancoradas nos portos catarinenses.

A certificação da Cidasc terá abrangência em toda a costa brasileira, podendo ser feita inclusive em barcos de outros estados que descarregam pescados em Santa Catarina. Isso é possível porque Santa Catarina aderiu ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) – sistema que garante a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal e vegetal de maneira uniforme e equivalente em todos os estados.

Pesca em SC
Santa Catarina é o maior produtor de pescado do Brasil. O setor da pesca de Santa Catarina gera 60 mil empregos diretos e indiretos, em torno de 60 indústrias. O valor das exportações catarinenses de pescado totalizou US$ 29 milhões em 2017, sendo que US$ 2,4 milhões foram para União Europeia.

(Da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca)

MAR DE PLÁSTICO

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

DE BRUXAS & BRUXARIAS

A prática da bruxaria na ilha de Santa Catarina, principalmente nos séculos XVIII e XIX, devido ao sincretismo entre açorianos, negros e índios da região. Atores: Ana Lice Brancher e Aldy Maingué Fotografia: Cido Marques Roteiro e Montagem: Mauro Faccioni Filho Direção de produção: Charles Cesconetto 1988 - documentário - cor - 30 min Suporte original: 16mm Áudio: português Formato de tela: 4:3 País: Brasil

Em exibição na Nau Catarineta, em Santo Antônio de Lisboa, hoje. O evento é GRATUITO e começa às 20h30.

SUL DA ILHA NO SEC. XX


O Livro: CAMPECHE - Um Lugar no Sul da Ilha

Resenha 2/3

A obra trata da formação das comunidades do Campeche e Rio
Tavares ao longo do século XX e suas relações com os comerciantes do Ribeirão da Ilha, sendo indispensável a leitura da apresentação do livro nas palavras poéticas de nossa jornalista Elaine Tavares.

Na segunda parte do livro tratamos sobre os comerciantes que abasteciam as comunidades do Campeche e Rio Tavares com os produtos manufaturados, industrializados e de primeira necessidade. Éramos grandes produtores de farinha, melancia e pescados, mas na hora de comprar equipamentos de trabalho e vestimentas corríamos para o mercado do seu Erasmo no Trevo do Erasmo. Se quiséssemos vender café em coco ou comprar café moído e torrado aguardávamos a Rural do Acary, genro do Aparício Cordeiro do Alto Ribeirão da Ilha proprietários do café Santo Estevão. Acary fornecia café em latas para os pequenos comerciantes das comunidades do Distrito do Campeche e estes revendiam aos moradores o café a granel.

Nossas festas populares e religiosas eram abastecidas com bebidas dos comerciantes Deni e Djalma da Freguesia do Ribeirão da ilha, representantes da Cervejaria Antártica para o interior da Ilha. A atividade comercial vem de seus pais Norberto Euclydes da Silva e Dona Chiquinha.

A expressão Candonga está entranhada na memória dos moradores nativos do Sul da Ilha. A história desse homem se confunde com a história do Porto do Contrato no Ribeirão da Ilha e qual criador de gado do Sul da Ilha que nunca negociou um boi ou uma vaca com o Candonga?

O Sul da Ilha na década de 1960 se destacava como a terceira bacia leiteira de nossa cidade e era tarefa do João Rangel, comerciante do Trevo do Campeche, recolher o leite dos produtores entregando na usina de Leite no Centro de Florianópolis, estabelecendo uma consistente fonte de renda de nossos agricultores.

E o pão nosso de cada dia chegava pelas mãos do José Adalberto Melo, o Zeca Padeiro que para não acordar seus clientes nas madrugadas, bastava colocar uma sacola dependurada na porta ou janela da residência que o café da manhã estava garantido.

Em breve a resenha 3/3 e convidamos para o lançamento da obra em 10 de março às 20 horas na tombada Igreja São Sebastião do Campeche. Como a obra será lançada pela Editora Insular com direito a selo de autenticidade, custeada pelo autor, sem qualquer incentivo governamental, será disponibilizada ao leitor ao preço de 40,00 (quarenta reais).

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

NO COSTÃO


Tarrafas, ilhas & caniços no clique do Silézio Sabino 


OS PEIXES DAS ROCHAS


POVOS DO MAR

Foto Carlos Ohara / Especial para Terra
 'Vila Fantasma' no PR corre o risco de sumir
Vila pertencente ao município de Guaraqueçaba está ameaçada pela erosão

por CARLOS OHARA
Direto de Guaraqueçaba
Diariamente, uma parte importante da história do Paraná e do Brasil é arrastada pelas águas, sem qualquer ação emergencial para conter a devastação persistente. Considerada Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, títulos concedidos na década de 90 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e Patrimônio Natural e Histórico do Paraná, desde 1970, a Vila de Ararapira, pertencente ao município de Guaraqueçaba e localizada no Parque Nacional de Superagui, é o fiel retrato do desleixo dos órgãos responsáveis pela preservação da cultura, história e meio ambiente no País.
O local está abandonado e totalmente desprotegido. Ameaçada por uma persistente erosão, influenciada pelo movimento das marés e pela abertura do canal artificial, a vila está exposta ainda a ação de vândalos que deixam suas marcas em pichações, abandonam lixo urbano na mata, violam túmulos e roubam materiais históricos. São "aventureiros" atraídos por estórias de assombrações na "vila fantasma", alimentadas por barqueiros em busca de lucro. Pior ainda: o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pelo Parque Nacional do Superagui, sugere em sua página na internet, o local como roteiro de visitação, referenciando-o "como comunidade fantasma - igreja antiga - colonização". Autarquia especial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o ICMBio ressalva apenas que o passeio não é incentivado "pela falta de segurança e por não contar com infraestrutura para visitantes".
Com a entrada permitida, qualquer pessoa com acesso a uma embarcação pode chegar à vila, sem obstáculos. Não há qualquer critério de controle, em contraste com a publicidade oficial que apregoa a preservação permanente da área. No início de janeiro, o Terra esteve na vila. O acesso pode ser feito a partir de Paranaguá, em uma viagem de duas horas em uma voadeira, canoa de alumínio com motor de popa. O roteiro mais procurado, no entanto, é a partir da cidade paulista de Cananéia em um trajeto que avança pela Baía de Trapandé, em meio a botos cinza, e percorre o canal do Ararapira no período de uma hora. Foi este o roteiro escolhido pela reportagem. Para a visita à "vila fantasma", donos de lanchas e voadeiras cobram, em média, R$ 140 por pessoa para ida e volta. Exigem que o passeio seja realizado no mínimo por quatro passageiros.
Erosão
A primeira visão de vila é de uma encosta coberta de tijolos desmoronados. No Marujá, uma comunidade no interior do Parque Estadual da Ilha do Cardoso no território paulista, Ezequiel Oliveira, dono de uma pousada e ex-morador de Ararapira, conta que a erosão já levou mais de 70 metros da planície costeira. "A água levou mais de vinte construções que havia ali", diz ele, lembrando que no meio dos desmoronamentos desapareceram prédios históricos da vila. "Os armazéns que abasteciam a região sumiram do dia para noite", conta Oliveira.
O pescador Rafael Silveira, outro ex-morador da vila e também residente no Marujá, a dez minutos de voadeira de Ararapira,  tenta explicar a extensão de terra que desapareceu. "Quando eu era criança, atirava uma pedra para uma ilha em frente com as mãos. Hoje, nem com a ajuda de um estilingue essa pedra iria para o outro lado", afirma.
A velha igreja construída no século XVIII na vila permanece com as portas abertas. Um dos sinos de bronze ainda pode ser badalado. O outro desapareceu. A imagem original de São José, que datava da época da fundação da igreja, foi roubada no início de 2000, segundo ex-moradores, e outra foi colocada no lugar.
Na região, é possível ver garças, guarás vermelhos, sabiás, tucanos-de-bico-preto, papagaios-de-cara-roxa e outras dezenas de espécies. A fauna é diversa e, segundo relatos dos nativos, já foram avistados pacas, veados, cutias, porcos-do-mato, além de cobras caninanas, jararacas e corais. Outros frequentadores são primatas da espécie mico-leão-da-cara-preta, ameaçada de extinção. A flora é riquíssima nos manguezais e nos terrenos arenosos. Figueiras, maçarandubas e dezenas de espécies de bromélias e orquídeas compõem o ecossistema.
Vândalos
Os velhos caminhos da vila foram tomados pela mata e se transformaram em trilhas. Ao longo delas, os vestígios da passagem indesejada: latas de cerveja, garrafas plásticas, embalagens de alimentos e pedaços de tecidos de barracas. As construções mais antigas no interior de Ararapira estão abandonadas e invadidas pela mata. Moradias mais recentes ainda são visitadas ocasionalmente pelos proprietários e dispõem de geradores. Jozias, que viveu a infância na vila após ser adotado por um casal, mora em uma destas casas sozinho. "Andei o mundo e voltei para cá. Isto aqui é meu agora e aqui vivo tranquilo. Estou no paraíso e só me falta uma Eva", diz o homem que não quis ser fotografado.
A presença dele, no entanto, é quase imperceptível. De acordo com moradores da região, o homem sempre está presente nos vilarejos mais próximos e quando está em Ararapira, quase não anda pela vila. Jozias, que não revelou seu sobrenome, não quer falar sobre o local. Queria saber quanto o jornalista lhe pagaria por uma entrevista. Informado que a norma é não pagar aos entrevistados, ele voltou para o interior da casa onde vive há cerca de dois anos, ao lado de dois cachorros.
No final de uma trilha fechada, o cimento enegrecido de túmulos recobertos com limo mais parece um cenário de filme. O único cemitério da região ostenta lápides do final do século XIX. Alguns túmulos foram violados e crânios e esqueletos estão expostos.
História
São José da Marinha de Ararapira, primeiro nome da vila, foi o mais importante entreposto comercial entre a capital paulista e Curitiba na rota marítima entre as duas capitais, no início do século XX. Bem antes, no entanto, os primeiros portugueses que chegaram ao Brasil já conheciam a área. Hans Staden, um mercenário alemão que participou de combates nas capitanias de São Vicente e Pernambuco no século XVI, relatou no livro Duas Viagens ao Brasil, editado  em 1557, que em um dia de tempestade de 1547, ao se aproximar do local onde hoje está localizada a vila abandonada, “aproximou-se uma canoa repleta de homens, dentre os quais estavam dois portugueses, que nos perguntaram de onde vínhamos".
Após uma disputa entre São Paulo e Paraná pela vila, em 1922 ocorreu a homologação de um laudo arbitral de divisas pelo Congresso Nacional, considerando a área como território paranaense. Ponto estratégico de abastecimento, em 1930, o povoado já contava com energia elétrica fornecida por um motor a diesel, coisa rara até em áreas dos grandes centros urbanos, e sediava um cartório e uma delegacia, além da velha igreja construída no final do século XIX.
Segundo relatos de historiadores, a vila teve seu ápice de desenvolvimento entre as décadas de 40 e 50. Depois, Ararapira começou a enfrentar o declínio, com aberturas de estradas ligando o Paraná e São Paulo e a escavação do canal do Varadouro, para ligar a região lagunar de Cananéia a Baia dos Pinheiros, em Paranaguá.  As estradas acabaram com a importância estratégica da vila e o canal artificial contribuiu para o inicio da erosão que continua engolindo Ararapira até os dias atuais. Foi o início do êxodo de moradores.
“Vila Fantasma”
Um vulto de mulher vestida branco acena para as embarcações no alto da encosta. Gemidos são ouvidos na velha delegacia tomada pelo mato. Na igreja, o sino badala sozinho, ressoando pela vila. Crianças enterradas no cemitério vagam pela vila. Estórias de assombrações não faltam na "Vila Fantasma", como se convencionou chamar Ararapira, apresentada assim até mesmo no site do ICMBio, órgão do governo federal. Recentemente, um apresentador de um programa de cunho sensacionalista transmitido por uma rede de emissoras, com sede na capital paulista, chegou a gravar um especial no local, com entrevistados dizendo que a trilha que leva ao cemitério "tem cheiro de sangue".
"É um desrespeito total aos nossos antepassados e a nós", diz Hamilton Xavier, presidente da Associação dos Moradores do Marujá, comunidade da Ilha do Cardoso em São Paulo, ex-morador de Ararapira. Para ele, as estórias são todas inventadas. "O pessoal que mora aqui sempre está por lá para visitar a igreja ou o cemitério e nunca viu nada disso. É uma exploração da boa fé das pessoas e não contribui em nada para preservação do lugar", disse.
Vivendo atualmente no Ariri, um bairro vizinho a Ararapira, um ex-morador, que prefere não ser identificado, explica as origens das assombrações. "Como o local está vazio, muitos aventureiros que invadem a área começaram a espalhar que era uma Vila Fantasma. Violaram túmulos e ossadas ficaram à mostra. Alguns barqueiros de Cananéia resolveram tirar proveito da situação para atrair pessoas dispostas a pagar uma viagem até lá. E foram criando as estórias de assombrações", contou.
O homem, que é pescador, vai detalhando a origem de cada estória. "Em 2000, a última moradora da vila, morreu durante uma viagem à Paranaguá, O barco em que ela estava com o filho, de sete anos, naufragou. É esta a mulher que eles dizem que aparece na encosta. Um desrespeito com os parentes dela. Os túmulos pequenos, não são apenas de crianças. Os moradores enterravam antigamente em cova rasa, a sete palmos abaixo da terra. A terra retirada era depositada na cova ficava uma sobra, devido a presença do corpo, parecendo que era um túmulo de criança. Na delegacia, ninguém ficava mais de um dia. Na cela só ficavam bêbados, liberados depois para curar a ressaca. Então ninguém ia ficar gemendo. Nunca houve tortura ou morreu gente lá", garantiu.

(Do portal Terra - www.terra.com.br)

MAR DE BALEEIRAS

Fotos Divulgação

Baleeira São José I,  patrimônio naval cultural catarinense

A baleeira de Sta. Catarina, originalmente concebida para auxiliar os navios-baleeiros na pesca, a baleeira teve origem na América do Norte e acabou sendo introduzida em Santa Catarina com a intensificação do comércio de produtos manufaturados daquele mamífero cetáceo a partir de 1.700, ou seja, há três séculos.
 "Abrasileirada", a embarcação passou a ser construída no sul do país, passando por algumas modificações e adaptações para atender a novas funções, como a pesca com rede de espera. Descendente das baleeiras descritas por Herman Melville, em Moby Dick, a versão brasileira da embarcação é objeto de admiração internacional.
 Infelizmente, a baleeira catarinense e as suas histórias podem estar com seus dias contados. A idéia central do projeto "E B ONG" é justamente reverter a perspectiva de desaparecimento desse traço da cultura brasileira e consequentemente a pesca artesanal ao qual garantem a subsistência das populações litorâneas.
O capitão Pier Luigi Palumbo  é morador da Ilha de Santa Catarina há vários anos e criador do projeto "E B Ong" (Expedição Baleeira de Sta. Catarina) que nasceu justamente da preocupação com o desaparecimento de uma tradição brasileira, mais precisamente, catarinense, cuja finalidade é mostrar a todos, o caminho a seguir, no sentido de preservar esse PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL tão pouco considerado.
 
(Texto de Pier Luigi Palumbo - patrão e construtor da Baleeira São José I)

MAR DE VAN GOGH

Starry Night Over the Rhone, 1888
Vincent Van Gogh 

sábado, 17 de fevereiro de 2018

TAINHAS DE VERÃO

Pesca será vendida para unidade de armazenamento da praia de Camacho, em Jaguaruna - Prefeitura Municipal de Balneário Rincão/Divulgação/ND

Pescadores de Balneário Rincão retiram quase uma tonelada de tainha do mar

Mais de 20 homens retiraram a rede do mar e levaram mais de duas horas para conseguir tirar os peixes

REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS 

A tarde de quinta-feira (15) rendeu aos pescadores cerca de uma tonelada de tainha na praia de Barra Velha, em Balneário Rincão, no Sul catarinense. Cerca de 20 homens levaram mais de duas horas para fazer a retirada dos peixes. Toda a pesca será vendida para uma unidade de armazenamento da praia de Camacho, em Jaguaruna.

O pescador Silvio Fernandes informou que esta foi a primeira grande pescaria que fez. Segundo ele, já estava previsto que daria uma boa “redada”, pois nos últimos dias o mar estava ruim para o banho, o que significa que está bom para a pesca. Fernandes é pescador associado à Colônia Z33 de Balneário Rincão.

O presidente da colônia, João Piccollo, explicou que é normal a pesca de tainhotas nos meses de janeiro e fevereiro. A expectativa dele para este ano é de que os pescadores tenham mais sorte do que em 2017. “Precisamos tirar o prejuízo do ano passado, quando tivemos uma safra muito ruim”, explica João.
(Do ndonline.com.br)

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Olhar e clique do Carlos Damião.
Moleques do Norte

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

MAR DE ALICE RUIZ


O mar fala à beça
Fala mais que minha cabeça
E me cala

NA BRASA


Ingredientes

12 sardinhas limpas
1 colher (sopa) de sal grosso
1 colher (chá) de pimenta-do-reino preta moída grosseiramente
1 xícara (chá) de azeite de oliva

Modo de Preparo:

Coloque carvão numa churrasqueira, acenda e deixe até formar brasas. Enquanto isso, lave as sardinhas, seque com toalha de papel e transfira-as para uma tigela. 
Tempere, principalmente a parte interna com o sal e a pimenta-do-reino. Pincele toda a parte externa das sardinhas com a metade do azeite de oliva. Disponha as sardinhas na grelha da churrasqueira e deixe até assar dos dois lados.
 Retire as sardinhas da grelha, distribua nos pratos e regue com o azeite restante.

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Gardênias e clique do Fernando Eschiletti

OS VIKINGS E SEU "DRAKKAR"

O Drakkar, terror dos mares (Ilustração: pinterest)

Vikings, grandes navegadores da história, e o Drakkar 


Para se lançarem ao mar, descobrirem novas terras, e aterrorizam as já existentes, os vikings conseguiram um tremendo avanço na engenharia náutica de seu tempo. Como outros povos dominantes, antes de qualquer ousadia era preciso descobrir um meio seguro, mais avançado, para então se lançar ao mar. Este ‘meio’ dos vikings foi o drakkar, o mais famoso navio de guerra que construíram.

O Drakkar a ‘máquina’ de guerra dos Vikings

Ele surgiu no século 9. Tinha um comprimento médio de 28 m. Largura, 3m. Velocidade de até 12 nós (22 Km), excelente para a época e os mares do Norte, tempestuosos, em que navegavam. Em média tinham 36 remos, 16 de cada lado, além da vela. O drakkar tinha pouco calado o que permitia que entrasse por rios bem rasos, ou encalhasse facilmente nas praias. Eram feitos de toras de carvalho e podiam levar até 40 tripulantes. Seu nome deriva das cabeças de dragão esculpidas em madeira, colocadas na proa da embarcação para aterrorizar os inimigos. Não foram os primeiros a usar esta artimanha. 
Os fenícios já o faziam desde antes de Cristo. Com eles, se expandiram da Groenlândia até o Mar Negro.

Ilustração: Pinterest

Quem eram, onde habitavam os Vikings?

Em geral camponeses, artesãos, metalúrgicos, ourives, que durante os meses de verão participavam de explorações, algumas delas, guerreiras. Há quem diga que “eram muito mais sofisticados do que a caricatura que seus inimigos fizeram deles.”

Eram distribuídos no que se convencionou chamar de ‘terras Vikings’: Dinamarca, Noruega e Suécia, que não eram unidades políticas distintas e bem definidas durante o período Viking. O que hoje conhecemos por Escandinávia era onde eles moravam. A geografia local ajudou a torna-los, assim como aos nautas portugueses, um ‘povo do mar’. Seu pedaço de terra era cercado pelo mar: o Atlântico e o Mar do Norte, a oeste; o Báltico e o Golfo da Bótnia, a leste.


Eram muito mais sofisticados…

“Em 1066, seus descendentes normandos subiram ao trono da Inglaterra, estendendo os reinos nórdicos do Báltico ao Canal da Mancha. Navegantes audazes inventaram o barco mais eficiente da Idade Média, o ‘longboat‘ ou ‘barco longo’ em referência a sua forma longa e estreita, verdadeira obra- prima da engenharia náutica. Com eles viajam até a América, onde chegaram quase 500 anos antes de Colombo; e ao Oriente Médio, fazendo comércio ou pirataria.”

O Drakkar reconstruído (foto:http://www.dailymail.co.uk/)

As rotas Vikings no Mar do Norte e adjacências, sempre atrás de bacalhaus

Entre as muitas ‘grandes sacadas’ dos Vikings, está a escolha de suas rotas, afinal, um dos problemas nas grandes viagens era a comida. Como manter-la fresca, onde armazena-la? Não caberia tudo nos barcos, seria impossível. Mas eles descobriram as rotas de migração de um peixe, e navegavam sempre em cima dos vastos cardumes do ‘peixe que mudou o mundo‘.

O comércio Viking

“Eles tinham âmbar, marfim de morsa e peles que trocavam com outros povos por seda, vidro, aço para espadas, prata bruta e cunhada que derretiam e usavam em trabalhos de ourivesaria.”

As expedições guerreiras – do Iraque ao Canadá

“Chefes escandinavos (Jarls), ricos o bastante para construir grandes barcos, recrutavam os fazendeiros para saquear a costa próxima. Eles chamavam essa prática de ‘viking’, que significa ‘pirataria’.

“Seus ataques espalharam terror por toda a Europa: “Senhor, livrai-nos da fúria dos Homens do Norte! era uma prece comum nas missas do primeiro milênio.”

“Entre os séculos 8 e 9 d.C, estabeleceram um circuito de ralações comerciais, de conquistas e de colonização que ia desde onde hoje é o Iraque até o Canadá. Durante estes três séculos, exploradores da região correspondente à atual Suécia cruzaram o continente europeu pelos rios russos e chegaram até a Ásia.”

Da Suécia para o Iraque, um longo caminho…

“Durante este período navegadores noruegueses fundaram colônias na América. Saqueadores dinamarqueses conquistaram terras na Europa e Ilhas Britânicas”

O final da Era Kinking

“É frequentemente datado de 1402, quando Harthacnut, o último rei escandinavo da Inglaterra, morreu. Contudo sua presença (viking) continuou até o final do século 12. Em certos locais da Escócia , permanceram por ainda mais tempo. Desse modo, os estudiosos preferem estabelecer o final da Era Viking por volta da segunda metade do século 11, época em que as atividades militares agressivas dos vikings cessaram por completo.”

Entre aspas: baseados em textos de Claudio Balnc, com pesquisas de Livia Fiuza, para O Mundo dos Vikings, ed. On Line; Fábio Onça para Grandes Guerras, edição 4, Haventuras na História, da ed. Abril; e da historiadora Sylvette Lemagenn, para História Viva- A Saga dos Vikings.

(Via https://marsemfim.com.br/)

Fontes virtuais: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reconstructed_Viking_longboat_%22Hugin%22.jpg; http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2648529/Is-ultimate-museum-souvenir-Danish-gift-shop-sells-325-000-replica-Viking-SHIP-sailed-1-000-years-ago.html;