sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

OS VIKINGS E SEU "DRAKKAR"

O Drakkar, terror dos mares (Ilustração: pinterest)

Vikings, grandes navegadores da história, e o Drakkar 


Para se lançarem ao mar, descobrirem novas terras, e aterrorizam as já existentes, os vikings conseguiram um tremendo avanço na engenharia náutica de seu tempo. Como outros povos dominantes, antes de qualquer ousadia era preciso descobrir um meio seguro, mais avançado, para então se lançar ao mar. Este ‘meio’ dos vikings foi o drakkar, o mais famoso navio de guerra que construíram.

O Drakkar a ‘máquina’ de guerra dos Vikings

Ele surgiu no século 9. Tinha um comprimento médio de 28 m. Largura, 3m. Velocidade de até 12 nós (22 Km), excelente para a época e os mares do Norte, tempestuosos, em que navegavam. Em média tinham 36 remos, 16 de cada lado, além da vela. O drakkar tinha pouco calado o que permitia que entrasse por rios bem rasos, ou encalhasse facilmente nas praias. Eram feitos de toras de carvalho e podiam levar até 40 tripulantes. Seu nome deriva das cabeças de dragão esculpidas em madeira, colocadas na proa da embarcação para aterrorizar os inimigos. Não foram os primeiros a usar esta artimanha. 
Os fenícios já o faziam desde antes de Cristo. Com eles, se expandiram da Groenlândia até o Mar Negro.

Ilustração: Pinterest

Quem eram, onde habitavam os Vikings?

Em geral camponeses, artesãos, metalúrgicos, ourives, que durante os meses de verão participavam de explorações, algumas delas, guerreiras. Há quem diga que “eram muito mais sofisticados do que a caricatura que seus inimigos fizeram deles.”

Eram distribuídos no que se convencionou chamar de ‘terras Vikings’: Dinamarca, Noruega e Suécia, que não eram unidades políticas distintas e bem definidas durante o período Viking. O que hoje conhecemos por Escandinávia era onde eles moravam. A geografia local ajudou a torna-los, assim como aos nautas portugueses, um ‘povo do mar’. Seu pedaço de terra era cercado pelo mar: o Atlântico e o Mar do Norte, a oeste; o Báltico e o Golfo da Bótnia, a leste.


Eram muito mais sofisticados…

“Em 1066, seus descendentes normandos subiram ao trono da Inglaterra, estendendo os reinos nórdicos do Báltico ao Canal da Mancha. Navegantes audazes inventaram o barco mais eficiente da Idade Média, o ‘longboat‘ ou ‘barco longo’ em referência a sua forma longa e estreita, verdadeira obra- prima da engenharia náutica. Com eles viajam até a América, onde chegaram quase 500 anos antes de Colombo; e ao Oriente Médio, fazendo comércio ou pirataria.”

O Drakkar reconstruído (foto:http://www.dailymail.co.uk/)

As rotas Vikings no Mar do Norte e adjacências, sempre atrás de bacalhaus

Entre as muitas ‘grandes sacadas’ dos Vikings, está a escolha de suas rotas, afinal, um dos problemas nas grandes viagens era a comida. Como manter-la fresca, onde armazena-la? Não caberia tudo nos barcos, seria impossível. Mas eles descobriram as rotas de migração de um peixe, e navegavam sempre em cima dos vastos cardumes do ‘peixe que mudou o mundo‘.

O comércio Viking

“Eles tinham âmbar, marfim de morsa e peles que trocavam com outros povos por seda, vidro, aço para espadas, prata bruta e cunhada que derretiam e usavam em trabalhos de ourivesaria.”

As expedições guerreiras – do Iraque ao Canadá

“Chefes escandinavos (Jarls), ricos o bastante para construir grandes barcos, recrutavam os fazendeiros para saquear a costa próxima. Eles chamavam essa prática de ‘viking’, que significa ‘pirataria’.

“Seus ataques espalharam terror por toda a Europa: “Senhor, livrai-nos da fúria dos Homens do Norte! era uma prece comum nas missas do primeiro milênio.”

“Entre os séculos 8 e 9 d.C, estabeleceram um circuito de ralações comerciais, de conquistas e de colonização que ia desde onde hoje é o Iraque até o Canadá. Durante estes três séculos, exploradores da região correspondente à atual Suécia cruzaram o continente europeu pelos rios russos e chegaram até a Ásia.”

Da Suécia para o Iraque, um longo caminho…

“Durante este período navegadores noruegueses fundaram colônias na América. Saqueadores dinamarqueses conquistaram terras na Europa e Ilhas Britânicas”

O final da Era Kinking

“É frequentemente datado de 1402, quando Harthacnut, o último rei escandinavo da Inglaterra, morreu. Contudo sua presença (viking) continuou até o final do século 12. Em certos locais da Escócia , permanceram por ainda mais tempo. Desse modo, os estudiosos preferem estabelecer o final da Era Viking por volta da segunda metade do século 11, época em que as atividades militares agressivas dos vikings cessaram por completo.”

Entre aspas: baseados em textos de Claudio Balnc, com pesquisas de Livia Fiuza, para O Mundo dos Vikings, ed. On Line; Fábio Onça para Grandes Guerras, edição 4, Haventuras na História, da ed. Abril; e da historiadora Sylvette Lemagenn, para História Viva- A Saga dos Vikings.

(Via https://marsemfim.com.br/)

Fontes virtuais: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reconstructed_Viking_longboat_%22Hugin%22.jpg; http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2648529/Is-ultimate-museum-souvenir-Danish-gift-shop-sells-325-000-replica-Viking-SHIP-sailed-1-000-years-ago.html;

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