quinta-feira, 27 de agosto de 2020

FRENTE FRIA

Chegada de nova frente fria pode ocasionar queda de neve no Sul do Brasil – Foto: Divulgação/Casal na Montanha/ND

Chegada de nova frente fria pode ocasionar registro de neve no Sul do Brasil

Segundo o Instituto de meteorologia Climatempo, com a possibilidade de uma forte frente fria no feriadão da Independência, no dia 7 de setembro, o fenômeno pode se repetir

Mesmo com as temperaturas altas registradas nos últimos dias, e fora de época, na região Sul do Brasil, o frio pode voltar antes do começo da nova estação, é que uma frente fria pode trazer uma nova possibilidade de neve no dia 7 de setembro.

De acordo com o Climatempo, modelos numéricos de previsão do tempo indicam que duas massas de ar frio podem entrar no Brasil, com intensidade moderada.

A primeira chega ao Rio Grande do Sul no dia 1º de setembro. Algumas simulações computacionais indicam que a onda de frio vem forte, com uma massa de ar polar intensa que alcançaria até 1042 hPa na região da Bacia do Prata, entre o Argentina e o Uruguai.

Outras simulações, no entanto, apontam que esta massa polar seria apenas moderada. Na maioria das rodadas há a indicação de um ciclone extratropical intenso na costa do Rio Grande do Sul.

A segunda frente fria é mais forte, e indica a possibilidade de frio intenso no feriado da Independência, 7 de Setembro, que vai ser prolongado. Pela configuração observada no dia 25 de agosto, há indicação de um padrão típico de neve.

Neve

A temperatura despencou em várias regiões do País no fim da semana entre os dias 20 a 23 de agosto. Na Região Sul do Brasil, várias cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram temperaturas abaixo de zero; além de neve, geada e chuva de granizo.

Neve não deve chegar em SC

Conforme o meteorologista Piter Scheuer, ainda não há previsão de neve para Santa Catarina. No entanto, a chegada de uma frente fria no início de setembro vai provocar queda de temperaturas e registrar mínimas próximas dos 7°C.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

TRABALHADORES DO MAR

 Foto Fernando Alexandre
"Lôro" - Pântano do Sul

NA PRAIA...


Praia do cassino, Rio Grande do Sul, 1905 

DE VOLTA AO MAR

Treze pinguins são soltos em praia de Florianópolis após reabilitação – Foto: Divulgação/R3 Animal

Segundo grupo de pinguins é solto após reabilitação em Florianópolis

Considerando os dois grupos de animais que foram resgatados nesta temporada ao menos 33 pinguins já puderam retornar ao mar após cuidados em terra

Treze pinguins-de-Magalhães foram (Spheniscus magellanicus) foram soltos na praia do Moçambique, em Florianópolis, na manhã desta terça-feira (25), após um período em reabilitação.


As aves soltas haviam sido resgatadas no litoral catarinense entre junho e julho, pelas equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos e reabilitadas no centro do R3 Animal, em Florianópolis.

Das 13 aves, sete foram resgatadas pela equipe da Udesc de Laguna e três pela equipe da Univille, na região de São Francisco do Sul.

Outras três aves foram resgatadas pela equipe da R3 Animal, nas praias da Ilha de Santa Catarina.

Todos os pinguins passaram por exames complementares, realizaram o teste de impermeabilização das penas e receberam um microchip com um número de identificação.
Outros 20 pinguins já haviam sido liberados

Este é o segundo grupo a ser liberado desde o início da temporada anual de migração dos pinguins, iniciada em meados de outono e que vai até setembro. Nesse período, as aves começam a fazer o caminho de volta até suas colônias na Patagônia.

Liberação dos treze pinguins aconteceu na manhã desta terça-feira (25) em Florianópolis – Foto: Divulgação/R3 Animal

O primeiro grupo, com 20 pinguins, foi solto no dia 3 de agosto. Em 2019, 67 pinguins foram reabilitados com sucesso e soltos pela R3 Animal. Onze pinguins seguem em reabilitação.

Os pinguins que encalham nas praias, em sua grande maioria, são animais juvenis, estão em seu primeiro ano de vida e encaram pela primeira vez a longa viagem de migração.

Como são inexperientes, é comum que alguns animais tenham dificuldade em se alimentar, se percam dos bandos e fiquem debilitados, encalhando nas praias.

Também existem aqueles que interagem com petrechos de pesca. Mesmo não sendo fauna alvo de pescarias eles podem ser capturados incidentalmente. É a chamada captura bycatch, ou seja, não intencional.

Caso um pinguim seja encontrado na praia, não é recomendado alimentar, molhar ou colocar o animal no gelo. A orientação caso uma ave do tipo ou outro animal marinho seja encontrado debilitado ou morto na praia, é ligar para o número 0800 642 3341, que fará o resgate.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

AVISO AOS NÁUFRAGOS

 
  Foto Dico Kremer

Esta página, por exemplo,
não nasceu para ser lida.
Nasceu para ser pálida,
um mero plágio da Ilíada,
alguma coisa que cala,
folha que volta pro galho,
muito depois de caída.

Nasceu para ser praia,
quem sabe Andrômeda, Antártida
Himalaia, sílaba sentida,
nasceu para ser última
a que não nasceu ainda.

Palavras trazidas de longe
pelas águas do Nilo,
um dia, esta pagina, papiro,
vai ter que ser traduzida,
para o símbolo, para o sânscrito,
para todos os dialetos da Índia,
vai ter que dizer bom-dia
ao que só se diz ao pé do ouvido,
vai ter que ser a brusca pedra
onde alguém deixou cair o vidro.
Não e assim que é a vida?

(Paulo Leminski)

ÁGUAS PASSADAS

Foto Fernando Alexandre

Águas passam e se passam, criando aquarelas marinhas!


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

DOMINGO, PORQUE HOJE É!

Foto Divulgação
COZINHA PORTUGUESA, COM CERTEZA!

O ensopado de peixe é feito principalmente na região do Algarve, Portugal. È um tipo da caldeirada enriquecido com gemas de ovo.

Ingredientes

- l kg de filetes (qualquer tipo de peixe de carne branca)
- 1,5 dl de vinho branco
- 1 colher de sopa de suco de limão
- 1 colher de sopa de azeite (ou óleo vegetal)
- 3 colheres de sopa de manteiga
- 1 cebola média, picada
- 2 pés de salsa, picados
- 3 gemas de ovo
- 4 a 6 fatias de pão torrado
- Sal e pimenta

Fazendo

Frite a cebola em manteiga e azeite, até ficar transparente. Acrescente os filetes de peixe, tempere de sal, deite o vinho e ferva em lume muito brando (cerca de 12 a 15 minutos). Retire o peixe com cuidado e mantenha-o quente. Bata as gemas com o sumo do limão e deite no tacho, mexendo muito bem.Ferva em lume muito brando até engrossar um pouco. Divida as torradas pelos pratos, coloque o peixe por cima delas e, por fim, o molho. Salpique com salsa e sirva imediatamente com batatas salteadas ou em puré.
Serve 4 a 6 pessoas.

(Receita de "Roteiro da Cozinha Portuguesa", de Edite Vieira Phillips - Editorial Presença)

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

MAR DE HELENA KOLODY



Foto Fernando Alexandre


ILHAS
Somos ilhas no mar desconhecido
.O grande mar nos une e nos separa
Fala de longe o aceno leve das palmeiras 
Mensagens se alongam nas líquidas veredas
.
Cada penhasco é tão sozinho e diferente! 
Ninguém consegue partilhar a solidão
Ilhas no grande mar, aprisionadas, 
Apenas o perfil das outras ilhas, vemos.
.
Só Deus conhece nossa exata dimensão. 

(Helena Kolody, em "Vida Breve", 1964)

terça-feira, 18 de agosto de 2020

MAR DE BALEEIRAS

Assistir “No Coração do Mar” é fácil. Está no Netflix. Mas se gosta deste barquinho, tente assistir "Moby Dick".

A baleeira no cinema

A baleeira, este barco que quase todo mundo conhece e que até bem pouco tempo era muito comum nas águas dos litorais das Ilha de Santa Catarina, é um astro do cinema. 
Ela está em um dos filmes mais impressionantes que eu já vi, que é “Moby Dick”, de 1952, baseado no romance de Hermann Neville, dirigido por John Huston e que tem Gregory Pack no papel do obcecado Capitão Ahab, comandante do Essex, o navio baleeiro que foi destruído pelo gigantesco cachalote.
E também em “No Coração do Mar”, de 2015, dirigido por Ron Howard, baseado no livro de Nathaniel Philbrick, de 2000, que diz ser a verdadeira história que inspirou Melville a escrever o clássico da literatura universal. 

Nos dois livros e nos dois filmes há uma passagem no litoral de Santa Catarina. Melville e Philbrick escrevem que encontraram muitas baleias no paralelo 27. No filme de Howard, o personagem Thomas Nickerson, o último sobrevivente do Essex, mostra no mapa desenhado com ponta de canivete sobre a sua mesa que foi daqui que partiram para o Oceano Pacífico, após conseguirem 400 barris de óleo no final de um dia de pesca volumosa. 

E é nestes trechos dos dois filmes que a baleeira vira estrela. Mas as cenas em “Moby Dick” são muito melhores, mais detalhadas, menos nervosas. Numa sequência bem longa é possível ver com uma clareza quase didática como a baleeira era usada na pesca do cetáceo. Já em “No Coração do Mar” a passagem é mais curta, mais nervosa e pouco compreensível para quem se interessa em entender o manejo da embarcação. 

As duas histórias começam na Ilha de Nuntecket, uns 250 km ao Norte de Nova Iorque, que foi o principal porto de armação de navios baleeiros do mundo durante o século 19. Foi para esta Ilha no Atlântico Norte que os colonizadores britânicos levaram o mesmo modelo barco que ainda hoje leva turistas para os restaurantes da Costa da Lagoa. 

E este barco de uns nove metros, dupla proa, casco escamado, seguro, rápido e fácil de manobrar foi usado pelos vikings para invadir o Norte das Ilhas Britânicas, no século 9. Eram os barcos de assalto, tocados à vela e à remos.

Não, a baleeira não é um barco açoriano. Os açorianos nem gostavam tanto assim de se fazerem ao mar. Mas os Açores eram um dos pontos de reabastecimento e de reparos de navios usado pelos caçadores de baleias de Nuntecket. Quando retornavam para casa com os porões abarrotados de óleo, muitos deles deixavam ali os “botes baleeiros” e os pegavam no ano seguinte. 

Outro local onde os barcos eram deixados é aqui, na Ilha de Santa Catarina. E foi uma destas baleeiras que derem um tempo na praia da Armação, em Florianópolis, no final do século 19, que serviu de modelo para que um hábil construtor tirasse as suas medidas e copiasse a embarcação que se tornou parte da cultura da Ilha de Santa Catarina.

MAR DO SILÉZIO SABINO


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A CASA DO MANÉ EM 1890


Casa do morador da Ilha de SC feita de pau-a-pique na região do José Mendes ( Saco dos Limões), em meio a um Bananal. Imagem do ano de 1890.

(Pesquisa do Gilberto Gerlach, via o "Tribuzanas, Tainhas & Rabos de Galo",Link: https://www.facebook.com/tribuza)

MANÉMÓRIAS

Imagem feita por Gustav Pfaff em 1890
Saco dos Limões

DE VOLTA AO RANCHO

Foto Fernando Alexandre
A centenária "Espírito Santo", a mais antiga das canoas bordadas do Pantusuli, seca ao sol antes de voltar "pra casa", o restaurante "Canoa Grande", do camarada Dijo!
Tainhas agora, só no próximo ano!

MAR DE BALEIAS

Foto E Lazareva / Ferop

"Iceberg", a orca branca
Uma orca branca adulta foi vista pela primeira vez na natureza, segundo cientistas de universidades em Moscou e São Petesburgo.
O cetáceo macho, provavelmente albino, foi fotografado perto da costa de Kamchatka, na Rússia, e recebeu o apelido de ‘Iceberg’.
Ele parece ser saudável e vive em uma família com outras doze orcas.
Cetáceos brancos de várias espécies são vistos eventualmente, mas as únicas orcas conhecidas eram jovens, incluindo uma com um problema genético raro, que morreu em um aquário canadense, em 1972.

Nadadeira de 2 metros

O encontro com Iceberg aconteceu durante uma expedição de pesquisa com um grupo de cientistas e estudantes russos, co-liderada por Erich Hoyt, renomado cientista especializado em orcas, que agora faz parte da Sociedade de Preservação de Baleias e Golfinhos (WDCS, na sigla em inglês).

"Já vimos duas outras orcas brancas na Rússia, mas elas eram jovens, enquanto esta é a primeira vez que vimos um adulto maduro", ele disse à BBC.

"Ele tem a nadadeira dorsal de 2 metros de um adulto macho, o que significa que tem pelo menos 16 anos de idade. Na verdade, a nadadeira está um pouco desgastada, então ele pode ser um pouco mais velho."
As orcas - que também são conhecidas como baleias-assassinas, apesar de não serem tecnicamente baleias, mas animais da família Delphinidae, a mesma dos golfinhos - atingem a idade adulta aos 15 anos e os machos chegam a viver 50 ou 60 anos, apesar de 30 ser a expectativa de vida mais comum.

"Iceberg parece estar bem socializado. Sabemos que essas orcas que se alimentam de peixes ficam com as mães a vida inteira e, pelo que podemos ver, ele está bem atrás da mãe com supostamente seus irmãos ao lado", disse Hoyt.

Moby Dick

A causa da pigmentação incomum é desconhecida. A orca branca que vivia em cativeiro, Chima, sofria de síndrome de Chediak-Higashi, uma doença genética rara que causa albinismo parcial, assim como diversas complicações de saúde.
É possível que se tente fazer uma biópsia em Iceberg, mas os cientistas relutam em fazer isso a não ser que haja uma justificativa importante para a preservação da espécie. Eles esperam, no entanto, observar o animal mais de perto para, entre outras coisas, identificar a cor dos olhos do cetáceo.
O projeto co-liderado por Hoyt, o Far East Russia Orca Project (Ferop), foi o pioneiro no monitoramento visual e acústico nos mares de Kamchatka e produziu diversos estudos sobre a comunicação das orcas.

As pesquisas podem ajudar a entender melhor a complexa estrutura social das "baleias assassinas", que inclui clãs familiares matriarcais, grupos formados por diversas famílias ou até em "supergrupos".
Um projeto relacionado busca estudar e preservar o habitat para todas as baleias e golfinhos na costa da Rússia.
Nos últimos anos, uma baleia-jubarte branca apelidada de Migaloo gerou grande interesse na Austrália, enquanto a beluga do Ártico é naturalmente branca.

A mais famosa baleia branca, no entanto, é a cachalote ficcional Moby Dick, que levou o capitão Ahab à morte no livro de Herman Melville.


(Da BBC Brasil - Mergulhe mais fundo no www.bbcbrasil.com.br )

Há mar e mar,
há ir e voltar
(Dito popular praieiro)

Fotos Andrea Ramos

AH, O AMOR!


SANGUE QUENTE

Termorregulação

Baleias, golfinhos, focas e outros mamíferos marinhos podem gerar o próprio calor e manter uma temperatura corporal estável, apesar das condições ambientais variáveis. Assim como as pessoas, eles são homeotérmicos endotérmicos ─ ou seja, são animais “de sangue quente”. Mas esses mamíferos são especialistas em termorregulação: suportam temperaturas na água, que chegam a 2º C negativos e temperaturas do ar de 40º C negativos.

Uma das maneiras eficientes de realizar a termorregulação é manter-se por alguns momentos com a boca aberta absorvento raios solares.

OLHANDO ILHAS, ESPERO...

Foto Fernando Alexandre

domingo, 9 de agosto de 2020

AS BALEIAS QUE NOS VISITAM...

Foto Projeto Baleia Franca
 A Baleia Franca é um mamífero marinho, da ordem dos cetáceos e da sub ordem dos misticetos, mamíferos que possuem filtros alimentares no lugar dos dentes, conhecidos como BARBATANAS.

Durante o período em que estão aqui, as baleias francas realizam atividades de descanso, natação, brincadeiras entre maes e filhotes e atividades sociais. Durante o descanso, podemos observar as baleias francas boiando na superfície, movimentando-se lentamente com as correntes marinhas! A natação é bastante lenta, e ocorre próximo a superfície, podendo ocorrer mergulhos longos porém não muito profundos quando estão em deslocamento.

As brincadeiras são o que chamamos de atividades aéreas, e incluem saltos, batidas de cauda, batidas de cabeça, batidas de nadadeira peitoral e movimentações do corpo na superfície, sendo muito comum observar os filhotes nadando ao redor e por cima do corpo da mãe! 

As baleias francas em geral são solitárias, sendo a única relação um pouco mais duradoura a dos filhotes recém-nascidos que permanecem com suas mães durante o primeiro ano de vida. Contudo, grupos contendo várias baleias francas podem ser observados quando engajados em atividades sociais que envolvem o acasalamento. Nestas ocasiões, várias baleias francas macho tentam copular com uma única fêmea, comportamento reprodutivo característico desta espécie e que pode ser observado ocasionalmente aqui em SC! 


(Do Projeto Baleia Franca)

FARSU VERANICU!


Foto Fernando Alexandre
Invernu sem muntu friu
Com um farsu veranícu
Nãu trás tainha na costa
I nem tainhóta nu riu
(Quadra popular registrada pelo prof. A. Seixas Netto no século passado)

PREVISÃO DOS VENTOS



Foto Fernando Alexandre 
Urubú voando em circulo
Dando volta pra direita
É vento sul a espreita

(Dito popular registrado na ilha por A. Seixas Neto no século passado)

JACK O MARUJO

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- Muito oficial marinheiro não gosta das suas frases, capitão. Acham poéticas. Preferem a sabedoria empírica dos navegantes e não as sacadas que deslumbram as sereias.
- Não sabem que a técnica, quando se apaixona, vira poema, disse Jack o Marujo.

(Do Nei Duclós)

BEACH OFFICE

sábado, 8 de agosto de 2020

A Extinção da Pesca é a Mesma do Mané...

O Pandorgueiro, músico, compositor e artista plástico Valdir Agostinho, lá da Barra da Lagoa, dá o seu recado. Apresentação acompanhado da banda "Bernunça Elétrica" realizada no último dia 25/5/11 na UFSC.

SEIXAS NETTO, O BRUXO DO TEMPO


"O sonho do astrônomo, historiador, poeta e professor Amaro Seixas Netto era testemunhar a passagem do cometa Halley. Mas ele morreu dois anos antes, em 23 de maio de 1984, às vésperas de completar 60, vitimado por complicações causadas pelo diabetes. A cidade perdia assim um de seus três "bruxos", parceiro de Franklin Cascaes (1911-1983) e Meyer Filho (1919-1991) na luta pela preservação da identidade local. Sujeito de interesses múltiplos, capaz de longas conversas sobre qualquer assunto, Seixas Netto ficou célebre pelas previsões meteorológicas que, diz a lenda, não falhavam nunca. Autodidata, somava a intimidade com os ventos ilhéus à precisão dos equipamentos que, em alguns casos, ele próprio construía. Achava que o segredo era entender os sinais da natureza. Assim, conseguia estimar com semanas de antecedência o que iria acontecer. Escrevia para jornais e, mesmo com a péssima dicção - fruto do hábito tipicamente ilhéu de falar rápido -, tinha programas de rádio... ...Seixas Netto era um homem que parecia estar sempre na fronteira entre o visível e o invisível, a ciência e o misticismo.

Em "Gênese estelar e conceito de universo", livro publicado em 1969, ele revelou a convicção de que há vida além da Terra. "Os mundos habitados, no universo, escapam, certamente, a qualquer relacionamento em número; mas, em todo o universo, existe, inegavelmente, uma certa quantidade de mundos habitados por seres iguais aos da Terra. (...) Pode-se afirmar, considerando a alta percentagem probabilística, que há sistemas solares próximos com mundos habitados. Mas as distâncias são enormes e os métodos e instrumentais em uso hodierno ineficientes para medidas e comprovações", analisou. Em 1954, quando ainda nem tinha 30 anos, Seixas Netto já demonstrava erudição. "O átomo de hidrogênio, o mais simples desde o ponto de vista diagramático, consta, como estrutura fundamental, de um corpúsculo-eletrônico gravi-saltando ao redor de um núcleo, cujo ponto mais recôndito, mais íntimo, é um campo material de elevado nível de densidade na sua força de gravitação", diz um trecho do livro "A Geometria do Átomo".

"Nem deuses nem astronautas", de 1972, critica o famoso "Eram os deuses astronautas?", de Erich von Däniken, que vendeu milhões de exemplares. "Não passa de uma coletânea de 323 perguntas, todas lançadas a esmo", alfinetou Seixas Netto. "

(Perfil traçado pelo jornalista Maurício Oliveira no jornal AN, em 29/08/1999)

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O MAIOR AMOR DO MUNDO

Foto Greenpeace
"Mas são a baleias, com seus 30 metros de comprimento e suas 130 toneladas de peso, que realizam o maior amor do planeta. A fêmea fértil chama o macho emitindo sons que se organizam em sedutoras canções. O macho surge como um torpedo e nada vigorosamente - a fêmea o segue.
Eles já se abasteceram com o grill, minúsculos camarões da Antártida, e estão geralmente nadando em bandos na direção dos mares tropicais.
O casal nada lado a lado, durante vários dias, sem precisar se alimentar. "Conversam" bastante. Quando finalmente se decidem em suas escolhas, os parceiros começam a deslizar suavemente os seus corpos, se estimulando muito. Depois as fêmeas batem as caudas nas águas suavemente e o macho nada colocando o corpo nas costas da companheira.
Logo depois eles nadam com o ventre colado, e assim ficam se conhecendo melhor. Por fim, quando estão prontos, começam a tomar distância, ficam frente a frente e, emitindo grunidos, nadam com muita velocidade um de encontro ao outro. Quando finalmente se encostam, vergam os corpos em postura vertical e se mantêm assim, equilibrando-se com as barbatanas e agitando freneticamente as caudas enquanto fazem amor.
Chegam a ficar alguns metros fora da superfície.
São 260 mil quilos de tesão nas águas dos mares tropicais."

( Do "Almanaque do Amor", de Bernardo Pellegrini e Maria Angélica Abramo -Editora Imaginário/ 1994)

PEGANDO CARONA NAS BALEIAS...



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

NAVEGANDO COM O SOL

FOTOS DIVULGAÇÃO


O maior barco solar do mundo, o catamarã PlanetSolar, iniciará uma missão na Grécia para encontrar um dos locais mais antigos habitados pelo homem na Europa, anunciou um dos organizadores esta segunda-feira.
A partir de 11 de agosto, uma equipe de cientistas da Suíça e da Grécia buscarão uma "zona rural pré-histórica" no sudeste da península do Peloponeso, informou à AFP o pesquisador Jilien Beck, da Universidade de Genebra.

A missão, com duração de um mês, organizada em conjunto com a escola suíça de arqueologia e com o ministério da Cultura grego, fará buscas em torno da caverna Franchthi, no Golfo de Argos, onde os europeus primitivos viveram entre os períodos Paleolítico e Neolítico.

A caverna acabou sendo abandonada por volta do ano 3.000 a.C., mas os cientistas entendem que os habitantes devem ter construído uma cidade próximo dali. "Esta caverna foi habitada continuamente por cerca de 35.000 anos e temos razões para acreditar que, por volta do final da era neolítica, os habitantes se mudaram para um sítio vizinho que agora está submerso", disse Beck. "Se pudéssemos encontrar esta cidade, ela estaria entre as mais antigas da Grécia e da Europa", afirmou.

Construído na Alemanha, o PlanetSolar tem 31 metros de comprimento e é movido por painéis solares com cerca de 500 metros quadrados. Em 2012, o catamarã se tornou o primeiro navio a circum-navegar o planeta exclusivamente com energia solar. Em média, chega a alcançar uma velocidade de 7,5 nós ou 14 km/h.

Enquanto estiver na Grécia, a embarcação também será usada em pesquisa geofísicas e para auxiliar arqueólogos subaquáticos em seus trabalhos no Mar Egeu.

(Do http://info.abril.com.br/)

QUEM ANDA A NOITE...

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“Quando se anda a noite nunca se deve olhar para o lado direito. Tem que olhar para o lado esquerdo, lado do coração, ou pra frente. Se for olhar para trás, tem que virar todo o corpo, que é pra não ver lobisomem.”
(Dona Lina Alexandre – Lagoa da Conceição, em “Vozes da Lagoa” – Elaine Borges e Bebel Ourofino)
Orlando Azevedo 33 min · Lagamar / Superagui Tempesta Ver tradução A imagem pode conter: oceano, nuvem, céu, ar livre, água e natureza

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

CONVERSA DE PESCADOR

Alan Arante Monteiro, primogênito da família de Seo Arante e pescador de tainhas nas horas vagas do inverno, também gosta de contar histórias e estórias de pescador. E é tudo verdade!

SEXO NO MAR - HOMOFILIA?



Golfinho ataca mergulhadores
O nome dado pelos nativos das Ilhas Cayman: Stinky. É um golfinho solitário que costuma frequentar as águas cristalinas do arquipélago caribenho.
Stinky se tornou um golfinho "tarado". Como não tem fêmeas para cortejar, ele passou a atacar sexualmente humanos, como este mergulhador do vídeo acima.
Alguns moradores acreditam que Stinky tenha sido expulso do seu grupo por ter comportamento sexual mais agressivo.

O MAR É MEU!

Agemiro e o seu mar - Atalaia, Luis Correia - Piauí

domingo, 2 de agosto de 2020

MAR DE POETA

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Cianídrico

Sereia chegada à costa
Expulsa expatriada
Foi viver no navio náufrago
Sem nada

Apenas imaginava

Se o canto funcionasse
E o homem descesse a escada
Se o amor não se afogasse
Nem ficasse pintado de azul

Não seria a sereia rouca
Arrancando as escamas
Da cauda.

(Adriane Garcia, em Só, com peixes (ed. Confraria do Vento, 2015)