segunda-feira, 31 de julho de 2017

MAR DE TAINHAS

Festa ocorreu na Sociedade Barrense, na Barra da Lagoa
Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS

Associação pesqueira de Santa Catarina comemora safra de 278 toneladas de tainha

Por

O pescador Zilto Eugênio Pereira, de 68 anos, pesca tainha desde os 15. Começou na praia, com redes de arrasto, e hoje tem uma embarcação pequena. Neste domingo, ele era um dos trabalhadores que comemorava o fim da safra, na festa da Associação dos Pescadores Profissionais Artesanais de Emalhe Costeiro de Santa Catarina (APPAECSC), que foi realizada na Sociedade Barrense, naBarra da Lagoa, em Florianópolis. A opinião de Zilto, compartilhada pela maioria dos pescadores de embarcações pequenas que estava lá, era de que a temporada neste ano foi produtiva, e por isso havia espaço para comemorações. Mas poderia ser ainda melhor.

— Minha embarcação pescou 21 toneladas. Como começamos tarde, só no dia 4 de junho, podemos dizer que foi uma safra boa. Mas se as licenças não tivessem demorado tanto, e não precisássemos ter entrado com liminar para pescar, tenho certeza que teríamos feito uma safra ainda melhor — avaliou o profissional.

As embarcações pesqueiras artesanais estavam autorizadas, neste ano, a sair para pesca a partir de 15 de maio. Mas a demora com a emissão de licenças atrasou ainda mais a saída. A APPAECSC precisou entrar com uma liminar na Justiça para conseguir autorização para a pesca. Segundo o presidente da associação, Ricardo João Rêgo, das 54 embarcações associadas (de todo o Estado), 46 obtiveram a autorização, através de liminar. 

— Então, se avaliarmos e contarmos essa demora, podemos dizer que apesar de todos os problemas, ainda tivemos uma safra satisfatória. Até este domingo, as 46 embarcações contabilizaram 278 toneladas de tainha — afirmou o presidente.
O presidente da APPAECSC, Ricardo João RêgoFoto: Felipe Carneiro / Agencia RBS

Segundo o secretário da associação e pescador artesanal, Diogo Laureano, no início de maio, três cardumes grandes de tainha passaram pela região de Florianópolis.

— Quando conseguimos sair para o mar, pegamos apenas o final do último cardume. Se tivéssemos conseguido autorização para sair antes, a safra seria muito melhor. Sem dúvida alguma. Mas a falta do frio também atrapalhou. Esperamos que para o ano que vem não tenhamos tantos problemas — avaliou o pescador.

União entre pescadores

Um grande prejudicado com o atraso nas licenças foi o presidente da associação dos pescadores de Garopaba, Valmir Agostinho do Nascimento, de 69 anos. Sem licença para sair para a pesca no dia 15 de maio, ele precisou esperar o resultado da liminar. Mas foi tarde demais. No dia 21 de maio, uma tempestade fez sua embarcação virar.

— Os cardumes estavam passando, e a gente ali nervoso sem poder fazer nada. Muitos me diziam que era para eu ir e não esperar a liminar. Mas quis fazer o certo. Aí veio a tempestade e destruiu minha safra. Se eu pudesse ter saído dia 15, como o previsto, talvez eu pudesse ter pego algum bom lanço logo nos primeiros dias. Calculo que meu prejuízo foi de cerca de R$ 200 mil — lamentou o pescador.

E mesmo assim, Valmir esteve na festa neste domingo, para se encontrar com os demais amigos pescadores e, claro, comemorar comendo aquela tainha assada com pirão. Porque o desejo é que o ano que vem seja melhor e menos burocrático.

— A gente faz isso desde que nasceu. A tainha é a safra mais esperada do ano. Você pode ver: durante o resto do ano, o barco está de um jeito. Mas para a temporada da tainha, a gente reforma, pinta, limpa. Pescamos anchova, corvina. Mas nada é como a tainha. Ela é responsável por cerca de 50% do nosso lucro, mas é também uma coisa de coração — complementou o pescador Zilto.


domingo, 30 de julho de 2017

PANTUSULI DO GERALDO CUNHA


TAMBA KI

Mistérios envolvem a origem dos sambaquis
Morros de conchas foram construídos por povo que viveu entre 7 mil e mil anos atrás

Pollianna Milan 

O nome

"Conheça a origem e o significado da palavra sambaqui
Etimologia
A palavra sambaqui é formada por dois elementos da língua tupi: “tamba”, que quer dizer moluscos, e “ki” que significa amontado ou depósito.
O que é
Os sambaquis são empilhamentos de materiais orgânicos constituídos basicamente de conchas de moluscos e carapaças de crustáceos – foram formados ao longo de vários séculos por 
povos que habitaram, sobretudo, o litoral do Atlântico.
Fonte: Museu Histórico Nacional
Mistérios envolvem a origem dos sambaquis
Sambaqui de Figueirinha, em Jaguaruna, litoral sul-catarinense

istérios envolvem a origem dos sambaquis

Sambaqui de Figueirinha, em Jaguaruna, litoral sul-catarinense

Muitos mistérios cercam a origem e os costumes do povo sambaquieiro. O assunto ainda não faz parte das aulas de História do Brasil nas escolas: continua restrito ao campo de Ciências como a Arqueologia e a Antropologia, porque existem aspectos importantes que precisam ser respondidos. Sabe-se que essa população foi responsável por construir os sambaquis no litoral brasileiro. Eles viveram entre 7 mil e mil anos atrás, sobreviveram da caça e da pesca e levaram uma vida semelhante à dos índios. Não está comprovado, entretanto, como eles vieram parar no país e como foram extintos.

Outro ponto importante que os pesquisadores tentam responder é a finalidade dos morros que foram construídos com restos – principalmente de conchas – denominados sambaquis. “As primeiras instituições que começaram a trabalhar com o tema surgiram nos anos 50. Mas acredito que dentro de uma década estas dúvidas poderão ser respondidas e, depois, amplamente estudadas”, afirma o antropólogo Levy Figuti, professor da Universidade de São Paulo, do Setor do Museu de Arqueologia e Etnologia.

Acredita-se que os sambaquis eram usados como uma espécie de cemitério. Durante as escavações, pesquisadores encontraram diversos tipos de ossadas – de crianças e adultos – às vezes muito próximas umas das outras. O curioso é notar ainda a forma como estes ossos estavam dispostos. “Não havia uma preocupação no modo com que esse indivíduo seria enterrado, isto é, não existia homogeneidade”, conta a doutora em Arqueologia Rhoneds Perez, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Um homem era sepultado dobrado, como se estivesse na posição fetal. Outro era deitado de lado, ou de barriga para baixo ou ainda de ponta-cabeça. Há enterros coletivos em que aparecem homens, mulheres e crianças, todos juntos.”

A arqueóloga conta que foram encontradas ossadas com vestígios de ocre, o que pode significar que logo após a morte os sambaquieiros tinham o costume de pintar o corpo, como se isso fizesse parte de um ritual fúnebre. Aparecem também colares feitos com contas – estas eram vértebras de peixes e tubarões distribuídas lado a lado. “Em alguns casos, próximo ao corpo, foram encontrados instrumentos e vestígios de alimentação”, diz Rhodnes. “O que pode significar que no mesmo local os sambaquieiros moravam, comiam, confeccionavam suas ferramentas e enterravam os mortos.”

Grande parte dos sambaquis pesquisados tem vestígios de funerais, mas os antropólogos também encontraram outras características interessantes. É possível que este povo tenha usado os montes de conchas para morar: em cima deles, os sambaquieiros poderiam montar barracas de lonas. Há resquícios ainda de fogo, o que pode comprovar que eles faziam fogueiras nos sambaquis. “Foram encontrados restos de macacos e de outros mamíferos, por isso não é errado dizer que este povo vivia não só da pesca, mas da caça também”, explica Rhoneds.

Sudeste e Sul

Existem sambaquis na costa litorânea a partir do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, por isso há ainda a possibilidade de haver variações no estilo de vida deste povo a partir da região em que viveram. Como eles existiram entre 7 mil e mil anos atrás, o aspecto tempo também deve ser considerado, porque pode ter alterado determinadas características de um período para o outro. Os sambaquis variam de tamanho: alguns têm menos de um metro de altura e outros são enormes, como o de Garopaba (SC), que tem 35 metros de altura, 700 metros de comprimento e 500 de largura. “Estima-se que os sambaquieiros demoram mais de 2 mil anos para fazer um sambaqui tão alto assim”, afirma Figuti.

Em Santa Catarina eles são mais visíveis porque estão mais conservados e não foram cobertos pela restinga. Há lugares, entretanto, em que a visualização se torna difícil porque a floresta e o mangue os encobriram.

Provavelmente os sambaquieiros levavam uma vida semelhante a dos índios. Eles conseguiam fazer ferramentas muito sofisticadas, eram bons pescadores e deveriam ter algum tipo de embarcação, como canoas. “Apesar da aparente falta de sofisticação tecnológica, existe uma apuração estética forte”, comenta Figuti. “Os objetos que eles produziam eram bonitos. Diria que eram artesãos especializados.”

Uma das hipóteses para a existência deste povo no Brasil é de que estes homens chegaram às Américas, entraram pelos Andes e foram para o Sul, na direção da cidade de São Paulo – depois eles teriam se espalhado. Outros acreditam que eles entraram na América do Sul e passaram pelo Equador para chegar ao Brasil. Há ainda hipóteses de que eles teriam chegado direto ao litoral do país ou de que todas as teorias juntas poderiam ser aplicadas.

Já sobre a extinção, alguns pesquisadores defendem que eles foram encontrados pelos índios tupi-guaranis e exterminados em um confronto. Outros acreditam que ambos viveram em harmonia, o que teria gerado uma miscigenação que acabou terminando com a própria cultura dos sambaquieiros. É possível ainda que tenha acontecido o esgotamento da fonte de subsistência (os mariscos) deste povo, devido à coleta predatória e excessiva para alimentar toda a população.

(Da http://www.gazetadopovo.com.br/)

sexta-feira, 28 de julho de 2017

EMBARGADA!

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Decisão do juiz federal pede urgência e se necessário comunicação às polícias - Reprodução/ND

Justiça Federal embarga obras no Pântano do Sul, em Florianópolis

Decisão do juiz Marcelo Krás Borges afirma que construções em ritmo acelerado não eram de conhecimento dos órgãos federais

Do FÁBIO BISPO

A Justiça Federal determinou ao Ibama e ao ICMBio o embargo imediato de todas as obras que estejam sendo realizadas na Zona Costeira da Praia do Pântano do Sul, Ilha de Santa Catarina, sem licenças daqueles órgãos. A decisão é desta quinta (27/07), do juiz Marcelo Krás Borges, da 6ª Vara Federal de Florianópolis (Vara Ambiental) que e atendeu pedido do MPF (Ministério Público

“Os vídeos apresentados pelo MPF demonstram a existência de obras em ritmo acelerado na região, sem as respectivas licenças do IBAMA e/ou ICMbio, o que pode gerar, em poucos dias, degradação ao meio ambiente de forma irreversível”, afirma despacho de Krás Borges.

Na ação civil pública contra a União, o Município, a Floram e os próprios Ibama e ICMBio, o MPF pede identificação, delimitação e caracterização jurídica e técnica – patrimonial, ambiental e cultural – de todas as intervenções em bens da União situados naquela região.

A Zona Costeira da Praia do Pântano do Sul compreende as praias do Pântano do Sul, Açores, Solidão e Saquinho, entre o limite norte da Ponta do Marisco e o limite sul da Ponta do Pasto.

A liminar terá vigência “no mínimo até que os réus prestem informações nesta ação, com o objetivo de assegurar o resultado útil do processo”, afirmou o juiz.

(Do https://ndonline.com.br)

PANTUSÚLI DO GERALDO CUNHA

Foto Geraldo Cunha
Pantusuli!

MAR DO ELIAS ANDRADE


MAR DE PESCADOR

Foto Fernando Alexandre
Pescadores de Florianópolis poderão participar de curso de formação

O objetivo é fazer com que os pescadores profissionais obtenham a Caderneta de Inscrição e Registro


REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS 

Pescadores profissionais de Florianópolis poderão concorrer a uma das 280 vagas de formação para obter a CIR (Caderneta de Inscrição e Registro). A oferta das oportunidades foi possível a partir de um Termo de Cooperação entre a Capitania dos Portos e a Prefeitura de Florianópolis, assinado nesta terça-feira (25). 

A legislação determina que os profissionais que atuam nas embarcações pesqueiras precisam ser habilitados pela Marinha do Brasil. O curso será promovido pela Capitania dos Portos e foi elaborado para capacitar os pescadores para exercer a atividade profissional conforme o previsto pelas normas da Autoridade Marítima. Igeof será o responsável por identificar e cadastrar os pescadores de Florianópolis. Os interessados em participar devem ir até o Mercado Público, no Espaço Inclusivo (box 77), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. 

Segundo o vice-prefeito, João Batista Nunes, a participação da Prefeitura vai permitir que mais pescadores tenham acesso ao curso. “Serão 360 vagas neste ano e a participação do município garante 80% desse total”, destaca. Até julho, 80 pescadores se formaram e a parceria com a prefeitura e o Senar SC vai possibilitar essa ampliação. Para o Capitão de Mar e Guerra, Emerson Roberto, os profissionais que atuam no mar (pescadores e maricultores) precisam se conscientizar da importância da instrução para atuar, até mesmo para segurança própria.

(Do https://ndonline.com.br/)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

A LENDA DAS 300 MIL TAINHAS

Seu Orlando ouvia a história quando era criança Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS

Pescadores contam história de lanço de 300 mil tainhas cem anos atrás no norte da Ilha
Relato que teria ocorrido na Lagoinha atravessou gerações e teria começado com uma "praga" de bruxa. Duvida?

Caroline Stinghen
caroline.stinghen@horasc.com.br

Quem é morador antigo da Lagoinha, em Florianópolis, com certeza já ouviu um causo que passou de pai para filho, para neto e agora para bisneto. Uma história de fartura, que acabou em nada. Há cerca de 100 anos, lá pelos idos de 1915, acreditam os pescadores do rancho da Lagoinha, uma lanço de 300 mil tainhas abrilhantou a praia. A triste ironia é que, para aquela época, era muito peixe para pouca gente.

A mesma história é contada por vários pescadores, mas ela é mais fresquinha na mente do aposentado e ex-pescador Orlando Maximiliano da Silva, de 86 anos, que até hoje mora ao lado do rancho da Lagoinha, próximo à praia.

— Eu ainda não era nascido, mas meu pai contava que um dia uma mulher apareceu aqui na Lagoinha pedindo uma tainha. E ninguém quis dar para ela o peixe. Então ela jogou uma praga: disse que ia dar tanta tainha que eles não saberiam o que fazer com elas — contou o aposentado.

Ninguém sabe ao certo que ano que isso ocorreu, e nem o dia do lanço, mas as prateadas apareceram, cumprindo a profecia. No dia, conta Orlando, os pescadores estavam carneando um boi — já que a safra da tainha estava ruim — para alimentar a comunidade, quando o vigia começou a apitar.

— Todos saíram correndo, deixando o boi morto para trás. Pegaram as canoas e entraram no mar. Eles tinham redes muito pequenas, mas nem precisava. Meu pai dizia que as tainhas estavam vindo sozinhas em direção à praia — continuou o aposentado.

O avô de Nézio também contava a históriaFoto: Cristiano Estrela / Agencia RBS

Já o pescador Nézio ouviu de seu avô que os peixes eram tantos que pulavam sozinhos no costão, e que eles podiam recolher as tainhas de balaio, em terra firme.

— Foram 300 mil tainhas contadas, dizia o meu pai. O problema é que não tinha o que fazer com elas. Não tinha estrada, não tinha energia elétrica. Apenas um homem que tinha uma embarcação conseguiu levar uma parte para vender na Armação. Mas mesmo assim, sobrou muito. Arrancaram as ovas das tainhas e enterraram todas elas na praia — relembra Orlando.

Nézio também conta que o cheiro ruim de peixe morto, como lhe contara seu avô, durou muitos dias na praia. E que, por muito tempo, o óleo dos peixes se soltava na areia.

A mulher que jogou a praga — muitos acreditam que se tratava de uma bruxa — nunca mais foi vista pela região. E o boi que estava sendo carneado, quando os pescadores voltaram, já não estava mais lá. Alguém levou.

Foto Cristiano Estrela / Agencia RBS

Desde então, nunca mais houve um lanço tão grande na região. O próximo recorde veio somente em 2011, quando as 33 mil tainhas foram cercadas já pela equipe de Nézio.

— Meu pai sempre contou que os lanços da época dele não eram muito grandes. Tanto que eles dividiam a tainha entre eles em postas, e nunca com peixe inteiro — relatou o trabalhador.

— Eu gostaria muito de ver um lanço de 300 mil tainhas ainda. Queria muito que isso ocorresse de novo. Mas acho que daí não seria mais necessário enterrá-las. O máximo que ia acontecer é tainha de graça e na mesa de todo mundo — brincou ainda o aposentado Orlando. 

(Do http://horadesantacatarina.clicrbs.com.br/)

MAREGRAFIAS


Dunas do Pantusuli!

PUNIÇÃO INÉDITA


Ação inédita condena União e IBAMA por mortes de tartarugas marinhas em Sergipe

 Órgãos foram responsabilizados pela ineficiência das ações de fiscalização dos barcos pesqueiros no litoral do Estado e pelo consequente aumento da mortalidade de tartarugas. 

O Juiz Federal Edmilson da Silva Pimenta condenou o IBAMA e a UNIÃO (Capitania dos Portos e Superintendência Federal de Aquicultura e Pesca), dentre outras medidas, à obrigação de realizar inspeção anual em todas as embarcações pesqueiras registradas pelos órgãos competentes no Estado de Sergipe, para verificar o cumprimento da Instrução Normativa nº 31/2004, do Ministério do Meio Ambiente, quanto à obrigatoriedade do uso do TED (dispositivo excludente de tartarugas). A sentença foi proferida na Ação Civil Pública nº 0800953-72.2014.4.05.8500, promovida pelo Ministério Público Federal, condenação inédita na legislação pesqueira no Brasil. 

O inquérito apurou que os órgãos de controle ambiental não fazem uma fiscalização satisfatória da pesca ilegal no litoral do Estado de Sergipe, uma das principais fontes de mortalidade de tartarugas marinhas na região, que teve um incremento de 15,6% entre 2009 e 2010. Os fatos foram comprovados pelo Relatório de Fiscalização elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. Após defesa dos réus, o juiz considerou que “o aumento da reprodução e da desova de tartarugas marinhas no litoral sergipano só deveria redundar em um enorme fator de preocupação dos órgãos fiscalizatórios sobre esse assunto; porém, ao contrário do que seria esperado deles, o descaso aumentou e a mortandade continuou ocorrendo, mesmo no curso do apuratório investigativo deflagrado pelo MPF para solucionar o problema”.

O juiz determinou que os réus realizem de maneira satisfatória a fiscalização para que “as mais variadas espécies de quelônios que transitam pelo litoral sergipano estejam livres da pesca predatória”. Por isso, obrigou o IBAMA e a União (Capitania dos Portos e Superintendência Federal de Aquicultura e Pesca) a fiscalizar anualmente o uso do TED pelas embarcações de arrasto de camarão; a verificar regularidade dos registros/licenças/autorizações dos barcos; a exigir dos proprietários das embarcações pesqueiras a implementação das medidas indicadas no art. 32 da Lei nº 11.959/2009, sobre a utilização de mapa de bordo e dispositivo de rastreamento por satélite, ou outro dispositivo ou procedimento “que possibilite o monitoramento a distância e permita o acompanhamento, de forma automática e em tempo real, da posição geográfica e da profundidade do local de pesca da embarcação”.

No litoral dos estados de Alagoas, Sergipe e norte da Bahia, o arrasto de camarão é a pescaria que mais interage com indivíduos adultos de tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea). A captura incidental de tartarugas nessa fase de vida, de grande importância biológica, pois levam até quase 30 anos para atingir a maturidade sexual, é uma das mais graves ameaças à sobrevivência da população dessa espécie na região Nordeste do Brasil. Para o analista ambiental do Centro Tamar/ICMBio, César Coelho, é fundamental recomendar a ampliação do período de defeso e da área de exclusão da pesca, associando aos programas de monitoramento das capturas incidentais, à fiscalização, à contínua avaliação de parâmetros da biologia dos camarões, espécie-alvo da pescaria e contínuas ações de sensibilização e educação ambiental junto ao setor pesqueiro, para que resultados efetivos possam iniciar a redução da mortalidade das tartarugas.

O TAMAR começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, hoje o projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

(Do  http://www.tamar.org.br/)

terça-feira, 25 de julho de 2017

LUA DE ONTEM...

Foto Fernando Alexandre
Deitada, marinheiros de pé!

NA ESPERA E NA ESPREITA...

Foto Fernando Alexandre
 "Terezinha", em meia praia ainda esperando as Tainhas!

MAR DE PESCADOR

Foto: Marcos Porto / Agencia RBS

Falta de dados
Brasil pode perder autorização internacional para pescar atum

Somente em Santa Catarina, sanção pode atingir mais de mil pescadores

A ingerência da pesca no governo federal resultou num pedido coletivo de desligamento dos técnicos que faziam parte do Subcomitê Científico do Atum e Afins, o mais antigo e um dos mais importantes grupos de discussão de gestão pesqueira no país. A decisão dos técnicos pode impactar na autorização internacional que o Brasil possui para a captura do peixe _ e atingir diretamente frotas que, somente em Santa Catarina, empregam cerca de mil pescadores.

O atum é um peixe que migra durante o seu ciclo de vida, por isso é considerado um recurso internacional. Para garantir que não haja excesso de capturas, os países banhados pelo Oceano Atlântico que pescam atuns estão ligados à Comissão Internacional para Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT). Esse órgão estabelece cotas de captura e certifica que a pesca esteja dentro dos limites.

Marco Aurélio Bailon, coordenador técnico do Sindipi, sindicato que representa armadores e indústrias de pesca no país, diz que há cerca de cinco anos os dados estatísticos brasileiros apresentados ao ICCAT são incompletos. Em 2015 o governo liberou recursos para pesquisas em gestão pesqueira, que deveriam, entre outros compromissos, atualizar os dados. Mas a pesca perdeu o status de Ministério, foi incorporada pela Agricultura e o dinheiro se perdeu.

Sem dados e sem o financiamento básico para as pesquisas, os 19 cientistas que compõe o Subcomitê Científico decidiram ¿abandonar o barco¿. O problema é que, sem reportar as informações da pesca exigidas pela ICCAT, o Brasil corre o risco de perder as cotas de pesca de várias espécies de atuns, o que significa perder o direito a explorar esses recursos, incluindo a possibilidade de exportar o produto. 

Somente em Itajaí há cerca de 60 barcos especializados na pesca do atum, em diferentes modalidades, que poderão ser diretamente impactados com as possíveis sanções. 

Armadores perplexos 

O setor pesqueiro recebeu as informações sobre a demissão coletiva no Subcomitê Científico do Atum e as possíveis consequências com perplexidade. Deixar de ter a certificação internacional pode ser o fim da linha para empresários como José Kowalsky, de Itajaí, que atua na exportação de pescado. Somente a empresa dele já chegou a enviar 3 mil toneladas de atuns ao ano para o exterior. No ano passado, problemas com a documentação já fizeram com que ele perdesse um carregamento em vias do embarque para a Europa _ um ¿aperitivo¿ dos problemas que a falta de certificação poderá trazer.

Além do atum, o órgão internacional também regulamenta a captura de meca _ outro peixe que é enviado ao exterior, especialmente aos Estados Unidos, e que é alvo da pesca catarinense. 

Fragilidade 

Diretora-geral da ONG Oceana, que atua em pesca sustentável em todo o mundo, Monica Peres classificou a paralisação coletiva do Subcomitê Científico de atuns e afins como "uma noticia muito triste, que mostra a desestruturação e fragilidade institucional do sistema de gestão pesqueira no país". 

Ela afirma que os cientistas são responsáveis por produzir as melhores recomendações cientificas para subsidiar o ordenamento das pescarias, mas eles precisam de dados e de apoio as pesquisas. "Sem dados, não tem gestão. Para a ICCAT, o país que não reporta dados, não pode pescar", complementa. 

Falência 

O Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe) emitiu nota em que afirma apoiar irrestritamente a decisão dos cientistas que se desligaram do Subcomitê Científico "por entender que estes profissionais e colaboradores tiveram o limite de sua paciência, comprometimento e honradez ultrapassado". Para a entidade, a decisão é um retrato da falência da gestão pesqueira nacional. 

(Do http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/)

domingo, 23 de julho de 2017

MAR DE BALEIAS

Cachalote - Gravura anônima de 1894

NA TARRAFA...


Olhar e clique do Silézio Sabino 

CHOVENDO PEIXES...

Catalina Garay guardou espinhos dos peixes que supostamente caíram do céu durante uma tempestade, dias antes. (Adriana Zehbrauskas para The New York Times) 

O fenômeno da chuva de peixes de Honduras

YORO JOURNAL
POR KIRK SEMPLE

YORO, Honduras — As coisas não são nada fáceis em La Unión, uma pequena comunidade na periferia de Yoro, área rural no centro-norte de Honduras.

A pobreza é geral, os empregos são escassos, grandes famílias vivem amontoadas em casas de tijolos de barro, e frequentemente as refeições se resumem a pouco mais que milho e feijão. Mas, de vez em quando, acontece algo extraordinário, algo que faz os habitantes de La Unión se sentirem muito especiais.

Do céu, eles dizem, cai uma chuva de peixes.

Acontece todos os anos, pelo menos uma vez, às vezes mais, afirmam, no final da primavera e começo do verão. E somente em condições específicas: uma chuva torrencial com trovoadas e relâmpagos, condições tão extremas que ninguém se arrisca a sair de casa.

Quando a tempestade passa, os aldeões pegam baldes e cestos e se dirigem até um pasto, numa espécie de baixio, onde a terra está coberta de centenas de pequenos peixes prateados.

Para alguns, é a única vez no ano em que têm a chance de comer peixes.

“É um milagre”, explicou Lúcio Pérez, 45, lavrador, que mora na comunidade La Unión há 17 anos. “Nós a consideramos uma bênção de Deus”.

Pérez ouviu várias teorias científicas do fenômeno; cada uma, segundo ele, repleta de incertezas.

“Não, não, não existe uma explicação”, afirmou balançando a cabeça. “O que vemos aqui em Yoro é que estes peixes foram enviados pelas mãos de Deus”.

O fenômeno acontece na cidadezinha e nos arredores há gerações, segundo os habitantes, e de tempos em tempos muda de lugar. Migrou para La Unión há cerca de 10 anos.

Os moradores de La Unión, em Honduras, afirmam que todos os anos uma forte tempestade deixa o campo coberto de pequenos peixes. (Adriana Zehbrauskas para The New York Times)

“Ninguém, em parte alguma, acha que haja uma chuva peixes”, disse Catalina Garay, 75, que, com o marido, Esteban Lázaro, 77, criou nove filhos em sua casa de adobe em La Unión. “Mas chovem peixes”.

Alguns moradores atribuem o fato às orações de Manoel de Jesús Subirana, um missionário católico que veio da Espanha e, em meados dos anos 1800, pediu a Deus que ajudasse a aliviar a fome na região de Yoro. Logo depois que ele fez o pedido, diz a lenda, começou a chuva de peixes.

“O povo o amava muito”, disse José Rigoberto Urbina Velásquez, gerente municipal de Yoro. “São tantas as histórias que contam dele que você se surpreenderia”.

Os que preferem a explicação científica propõem que os peixes podem habitar rios subterrâneos ou cavernas. Eles transbordam durante grandes tempestades e a água que sobe carrega os peixes até o nível da terra. Quando a chuva para e a inundação regride, os peixes ficam encalhados.

Segundo outra teoria, as nascentes de água sugam os peixes dos reservatórios vizinhos — talvez mesmo até do Oceano Atlântico, a cerca de 70 quilômetros de distância — e os depositam em Yoro.

Se alguém fez algum estudo científico do fenômeno, ele não é conhecido aqui. E em todo caso, muitas pessoas do lugar provavelmente não querem uma explicação deste tipo.

“É um segredo que só nosso Senhor conhece”, disse Audelia Hernández González, pastora de uma igreja evangélica de La Unión. “É uma grande bênção, porque ela vem dos céus”.

O fenômeno passou a fazer parte da identidade de Yoro e de sua população de cerca de 93 mil habitantes. Anualmente, se realiza uma festa na qual toda jovem do lugar compete para ser eleita “Señorita Lluvia de Peces” (Senhorita chuva de peixe), e a vencedora desfila em um carro alegórico vestida de sereia.
http://internacional.estadao.com.br/

“Para nós, é motivo de orgulho”, disse Luis Antonio Varela Murillo, 65, que morou a vida inteira na cidade. “Nós não gostamos quando um monte de gente não acredita nisso”, acrescentou, “dizendo que isto não passa de superstição”.

sábado, 22 de julho de 2017

ILHA - VENDE-SE

A ilha de Little Ross, a 170 km de Edimburgo, está à venda. Foto: Galbraith Group/Divulgação

Quer uma casa nova? Essa ilha está à venda pelo preço de um apartamento

Palco de um assassinato que ficou famoso nos anos 1960, a ilha de Little Ross pode ser comprada por um valor que se aproxima do cobrado por muitos apartamentos, mesmo no Brasil

por HAUS

A ilha escocesa de Little Ross, que tem pouco mais de 117 mil m², está à venda por módicas £ 325 mil (R$ 1.335.490). A propriedade fica no sudoeste da Escócia, no sul de Kirkcudbright, cidade portuária muito popular entre artistas, a apenas 170 km da capital, Edimburgo.
A ilha tem pouco mais de 117 mil m² e fica em um ponto tranquilo da costa da Escócia. Foto: Galbraith Group/Divulgação

Little Ross tem uma torre com farol construída em 1843 por Alan Stevenson, membro de uma família inteira de engenheiros civis. O farol servia para orientar as embarcações na baía de Kirkcudbright. Antes dele, havia uma distância muito grande entre os faróis de Mull of Galloway e de Southerness. Infelizmente, essa torre não está incluída no valor pedido pela ilha. O farol pertence e é administrado pelos Comissários para os Faróis do Norte. Um contrato de arrendamento foi assinado em 1841 e permite que o farol seja operado em Little Ross virtualmente para sempre. Desde os anos de 1960, no entanto, ele foi automatizado e não precisa de operários em tempo integral.

O que faz parte do negócio é o chalé dos guardadores do farol, com seis quartos, o pátio em que a torre foi erguida e todo o restante da ilha. Isso inclui três cabanas em ruínas, oficinas, jardim murado outra pequena ruína e jardim murado ao sul e um celeiro de pedra ao norte. A parede do píer é compartilhada pelos donos de Little Ross e o Conselho de Faróis do Norte, de modo que ambos devem prover sua manutenção. Pode-se chegar à ilha de barco ou de helicóptero. Quem coordena a venda é a consultoria imobiliária Galbraith Group.
A torre de observação e o farol não fazem parte da propriedade. Foto: Galbraith Group/Divulgação
O chalé dos guardadores do farol foi construído com pedras e é um bom lugar para passar férias, por exemplo. Foto: Galbraith Group/Divulgação

Passado sangrento

Em 1960, o guardador do farol, Hugh Clarke, foi encontrado morto por dois visitantes. Depois de uma longa investigação, o assistente de Clarke, Robert Dickson, foi considerado culpado pelo crime. A sentença foi o enforcamento, depois convertido em prisão perpétua. A história serviu de inspiração para uma das partes do livro “Life and death in Little Ross” (Vida e morte em Little Ross, em tradução livre), de David R. Collin. O autor estava na ilha no dia do assassinato e serviu de testemunha durante o julgamento de Dickson.

Clarke tinha 64 anos quando foi morto. Ele era um carteiro aposentado de Dalry, cidade que fica a pouco mais de 140 km da ilha. O corpo foi descoberto quando os visitantes ouviram um telefone tocar dentro do chalé. Aproximando-se da porta, eles bateram, mas não foram atendidos. Então decidiram entrar. Clarke estava em uma cama com muitos ferimentos na cabeça que, posteriormente foram atribuídos às balas de um rifle. Dickson, que tinha 24 anos na época, foi preso em Selby, no condado de Yorkshire, a mais de 300 km de Little Ross. Ele nunca explicou os motivos do crime.
Little Ross foi cenário de um assassinato em 1960. Na foto, um dos seis quartos do chalé principal. Foto: Galbraith Group/Divulgação

(Via http://www.gazetadopovo.com.br/)

NA PRAIA...

Foto: GILBERTO COELHO / Arquivo Pessoal

Banhistas não respeitam lei que proíbe carros na areia do Pântano do Sul, em Florianópolis
(Esta coluna foi produzida pela Redação do Diário Catarinense. O colunista Cacau Menezes está em férias e retorna a este espaço em agosto.) 

Há quase dois anos a prefeitura instalou placas proibindo o estacionamento de veículos sobre a areia da praia do Pântano do Sul, no Sul da Ilha, em Florianópolis. Mesmo assim, no último domingo o leitor Gilberto Coelho flagrou carros no local e questionou a falta de fiscalização

A assessoria de imprensa da prefeitura da Capital afirma que a Guarda Municipal está buscando uma integração com a Polícia Militar "para fortalecer o atendimento e maximizar o efetivo em todas as regiões". A assessoria garantiu que ações estão sendo planejadas pela prefeitura para ampliar o atendimento da Guarda no Sul e no Norte da Ilha.

(Da coluna do Cacau Manezes no www.clicrbs.com.br)

quinta-feira, 20 de julho de 2017

MAIS TAINHAS NO PANTUSÚLI!

A imagem pode conter: 1 pessoa, sapatos, céu e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé, oceano, céu, atividades ao ar livre, água e natureza
Fotos e informações do camarada Luiz Alberto Brinhosa, o Beto!

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre

ÚÚÚÚ!!!!

As tainhas que escaparam do cerco de ontem à tarde, encostaram neste começo de tarde ensolarada!
Cercadas, arrastadas e contadas na praia: 297 tainhas!
Hoje tem festa na praia e cheiro de tainhas nos becos e vielas da comunidade!

INVERÃO

Foto Cristiano Estrela / Agencia RBS

Temperatura deve subir em Santa Catarina a partir desta quinta-feira
Elevação ocorre ao longo do dia e há previsão de um veranico na semana que vem

Depois de três dias congelantes, com temperaturas abaixo dos 10ºC ao amanhecer em Santa Catarina, o frio deve dar trégua a partir desta quinta-feira. O dia começa com temperaturas baixas e formação de geada nas áreas altas da Serra e Oeste, mas a massa de ar frio perde força sobre o Estado e os termômetros sobem ao longo do dia. 

O sol vai predominar na quinta-feira, com presença de poucas nuvens, de acordo com a previsão da Epagri/Ciram, órgão estadual de monitoramento do tempo e clima. Durante à tarde, as temperaturas devem ficar entre 20 a 22°C em boa parte das cidades, segundo a Central RBS de Meteorologia.

Fim de semana

Na sexta e no sábado, o sol permanece, mas há maior presença de nuvens durante a tarde por conta da passagem de uma frente fria pelo litoral catarinense. Nos dois dias deve ocorrer a formação de nevoeiros na madrugada e amanhecer, especialmente na Serra e litoral Sul.

No domingo, o calor volta ao Estado, com temperaturas consideradas elevadas para esta época do ano, segundo a Epagir/Ciram. Os termômetros ficam acima dos 20ºC na Grande Florianópolis, Sul, Litoral Norte e Vale do Itajaí, e entre 17ºC e 19ºC nas cidade da Serra e Oeste.

Veranico

Na próxima semana as temperaturas seguem elevadas, sem chuva e com tempo seco e quente. De acordo com a Epagri, um bloqueio atmosférico deve impedir o avanço de frentes frias para o Estado, deixando a temperatura mais elevada, como um veranico.

(dO WWW.CLICRBS.COM.BR )

RECICLANDO SABORES DO MAR

Foto Mathias Netto


Existem alimentos que a gente prepara em grandes quantidades para aproveitar as sobras durante a correria da semana. Este, definitivamente, não é o caso dos peixes. Quem já reaqueceu sobras de peixe no microondas sabe do que estou falando. Mas isto não quer dizer que peixes são casos de uma noite só, cujos vestígios devem ser apagados na manhã seguinte. É possível aproveitar sobras de peixe de várias maneiras, mas é preciso seguir algumas regras. A primeira é não tentar reviver o prato que passou. Sobras de peixe devem ser transformadas, e num prazo máximo de dois dias após o primeiro cozimento.

A forma mais prática de separar a carne e os espinhos de um peixe assado é fazer isso logo após o final da refeição. Fazer isso depois que o peixe tiver ido para a geladeira é um suplício. Quanto mais cedo você fizer isso, mais fácil será. Atenção com os espinhos. O segundo grande truque é ter muito cuidado ao reaquecer. Esqueça microondas e frigideiras muito quentes. Isso só resseca o peixe. O reaquecimento deve ser breve e suave. O melhor é tirar da geladeira e deixar chegar em temperatura ambiente antes de usar. Para incrementar o macarrão, misture a massa e o molho antes, e só depois adicione o peixe. O mesmo vale para a sopa - adicione o peixe nos minutos finais e mexa muito pouco. Para bolinhos, junte maionese, ovos, panko e ervas de sua escolha. Depois é só fritar. Para um patê, misture com iogurte, nata, queijo cottage, ervas, suco de limão ou vinagre, sal e pimenta (receita da foto - Blog Food52). Sirva sobre pão como aperitivo. Ou então experimente a receita abaixo (que vale para tainhas, anchovas, corvinas, etc):

PÃO DE TAINHA COM SEMENTE DE AROEIRA

Misture 2 xícaras de farinha, 1 colher de fermento em pó e 1 colher de chá de sal. Reserve. Bata 3 ovos, 1/3 de xícara de leite e 1/3 de xícara de azeite de oliva. Coloque coentro e salsinha picados, e semente de aroeira (pimenta rosa). Coloque a mistura de ovos sobre a mistura de farinha e mexa somente até combinar. Coloque duas xícaras de sobras de peixe e mexa delicadamente até incorpor
ar. Coloque a mistura numa forma de pão untada com manteiga. Enfeite com mais sementes de aroeira. Asse em forno a 180 graus. Sirva com um fio de azeite de oliva e salada.

(Do http://www.observasc.net.br/)

MAREGRAFIAS

Foto Geraldo Cunha
Dunas do Pântano...

quarta-feira, 19 de julho de 2017

ÚÚÚÚÚ!!!!

 
Fotos Fernando Alexandre
 



 

Encerrando a safra de 2017?

As canoas já estavam todas guardadas nos ranchos, redes lavadas e cuidadas. Em meia praia, apenas "Terezinha" ficou de plantão: Na espera e na espreita!
O vento Sul trouxe a primeira grande friage do inverno e as notícias de que  tinha peixe no costão deixou a camaradagem de olho no mar, ainda esperançosa!
Não deu outra: ainda não eram 3 da tarde quando os vigias abanaram, o apupo - ÚÚÚÚ!!!! - correu pelos becos e vielas do Pântano do Sul e em menos de 5 minutos a praia já estava cheia para o lanço que provavelmente será o último desta safra!
"Terezina" foi pra água e cercou um pouco antes do Pedacinho do Céu, restaurante da também pescadora Comandante Zenaide! A manta abriu e na praia chegaram exatas 187 tainhas, gradas, ovadas e gordas!
Esta noite o Pântano do Sul volta a sentir o sabor e o agradável cheiro das tainhas de 2017!
ÚÚÚÚ!!!!
É festa na comunidade!

MALVADOS