sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MAR DE CULTIVO

Foto Alvarélio Kurossu / Agencia RBS

SC mantém liderança na produção de ostras, vieiras e mexilhões
Estado é responsável por 98,1% dos moluscos produzidos no país

Santa Catarina continua líder nacional na produção de ostras, mexilhões e vieiras. Em 2015, 98,1% das 21,06 mil toneladas de moluscos produzidas no país saíram do Estado. O dado faz parte da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da liderança isolada, o ano passado teve queda na maricultura do Estado: foram 4,6% a menos na comparação com 2014.

De acordo com os especialistas do IBGE, essa queda não decorreu em função de problemas climáticos. Foi a recessão econômica o principal fator da desaceleração na produção, pois são alimentos mais caros e houve uma redução no poder de consumo da população. Além disso, ocorreu um incremento na fiscalização sanitária, levando pequenos maricultores clandestinos a desistirem da atividade.

Entre as maiores cidades produtoras do país, nove das dez primeiras ficam em Santa Catarina. O principal destaque é Palhoça, responsável por 65,2% da produção nacional e 66,5% da produção estadual. Já Florianópolis é referência na produção de sementes de ostras, vieiras e mexilhões: 91,6% do total nacional sai da capital catarinense.

Produção de peixes e suínos também é destaque

Santa Catarina também é bem representada na produção de peixes. O Estado é o quarto maior produtor do país, com 7% do total nacional, atrás apenas de Rondônia (17,5%), Paraná (14,3%) e Mato Grosso (9,8%). 

Já entre os suínos Santa Catarina ocupa a segunda colocação no ranking nacional, com um rebanho superior a 6 milhões de cabeças. Perde apenas para o Paraná. Entre os dez municípios com os maiores rebanhos, dois estão no Estado: Armazém (7º) e Concórdia (9º).
( Do www.clicrbs.com.br)

LÁ DE CIMA...

Foto Léia Senem

MARES DE PORTUGAL

crónicas daxávega (37)

das artes e do estar

a cada um a sua arte
no seu tempo

aparelho-me de palavras
imagens sentires

redes estranhas estas
pelo corpo

não ser barco
nem pescador
é ser como sou

outra forma de estar

(torreira; companha do marco; 2011)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

MAR DE POETA

 Ponta da PIta / Antonina
imenso bonsai
natureza faz taishi
penso samurai


MAR DE VAN GOGH



 The Beach of Scheveningen, August 1882. Oil on paper on panel, 35.5 x 49.5 cm. Minnesota Marine Art Museum, Winona.

NO RIO E NO MAR


Documentário retrata a luta de pescadores e pescadoras de Ilha de Maré contra a poluição química causada pela Petrobras

“Eu tinha doze anos quando meu pai apresentou esse monstro pra gente”, fala Marizélia Lopes, pescadora de Ilha de Maré e uma das líderes do Movimento dos Pescadores e Pescadoras (MPP), apontando para a refinaria da Petrobras em Madre de Deus, na Baía de Todos os Santos. 

O episódio narrado é uma das cenas do documentário “No Rio e no Mar”, dos diretores holandeses Jan Willem Den Bok e Floor Koomen, que foi lançado ontem (26/09), na internet. O documentário foi lançado em 2016 e concorreu em março, desse mesmo ano, na 18a edição do Festival de Cinema da Anistia Internacional, “Movies that matter”, na cidade de Haia, na Holanda. A obra cinematográfica não ganhou o prêmio principal, mas recebeu uma menção honrosa, ficando com o segundo lugar, entre os dez documentários que concorriam na categoria. 

As filmagens foram feitas nos anos de 2014 e 2015 e mostram o embate travado pelos pescadores e pescadoras de Ilha de Maré contra a Petrobras e outros empreendimentos petroquímicos que poluem a baía de Todos os Santos e prejudicam o modo de vida das comunidades pesqueiras locais.

MAR DE POETA

Do Luiz Rettamozo, o Retta!

domingo, 25 de setembro de 2016

MARES DE PORTUGAL

crónicas da xávega (31)

o abraço

desenhar as palavras
à altura da vaga vencida
será tarefa árdua

chegar onde estes homens
dizer deles o que
sem saber como chegar até

escaldante como a areia
o pensar ser

morrer na praia é desejo
viver no mar é urgente

o abraço

(foto e poema do ahcravo gorim)
(torreira; companha do marco; 2014)

ao calão, o delmar viola

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

MAR DE HANSVONDOEHREN


PLACA LINO COM IMPRESSÃO 5 Passos, 40 x35cm

O OUTRO FAROL DE SANTA MARTA


Foto Stefen de Maddalena
Transformado museu a partir de 2006 o Farol de Santa Marta faz parte do Forte de Santa Marta, cuja construção remonta ao século XVII. O farol foi inaugurado em Março de 1868 e classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977, sendo uma referência na sinalização costeira da barra do Tejo, em Cascais, Portugal. No ano passado, a Câmara de Cascais e a Marinha, que ainda hoje apoia a navegação a partir da torre de 20 metros, iniciaram a remodelação do espaço transformando as antigas residências dos faroleiros em um museu, onde são mostrados os seus instrumentos de trabalho e modo de vida. O resultado é um espaço de exposição de peças recuperadas pela Marinha, amplas plataformas com vista para o mar, um centro de documentação e uma cafetaria.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Pra Entender!


ABAFAMENTO - Quando uma pessoa se sente sufocada, no maior "abafamento". 
ABAFAR - Roubar, furtar. Também esconder. 
ABASTANÇA - Fartura.
ACARQUETAR - Apertar, empurrar. Ex: “Te acarqueto os óio!”.
AJOJADO - Quieto, com preguiça, encolhido.
BISPÁ - Vigiar, prestar atenção, ficar atento.
CAGALUMES - Vaga-lumes.
CASA DE INSTANTINHO - Motel.
DE SÓLI PARIDO A SÓLI MURRIDO - Durante todo o dia.
FAZER BISCOITO PRA VIAGEM - Diz-se quando uma pessoa está muito doente, quase morta.
MÃE DO CORPO - Útero.
MANDRIÃO - Pessoa preguiçosa, malandra.

MULHERES DO MAR


Zezé Pacheco, do Conselho Pastoral dos Pescadores, fala sobre as comunidades pesqueiras tradicionais, que ocupam seus territórios desde o início do Brasil, e da importância da valorização da pesca artesanal para o país.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

MOBY DICK

Foto Greg McFall/Reuters
Navio do capitão Ahab está no Havaí

Arqueólogos encontraram no Havaí (EUA) os restos de um navio de caça de baleias que data do século 19. O capitão da embarcação, que sobreviveu a um naufrágio, serviu de inspiração para o escritor Herman Melville criar sua obra mais conhecida, "Moby Dick", de 1851. 

Objetos de ferro e cerâmica que pertenceram ao baleeiro Two Brothers (dois irmãos) estavam submersos em uma remota cadeia de ilhas e atóis a noroeste do Havaí. Havia duas âncoras, três imensos utensílios usados para derreter a gordura de baleias, cordas, arpões e utensílios de cozinha. "Nós sentamos para realmente repassar todos os diferentes artefatos... e houve um momento que olhamos para cada um [do grupo] e falamos: 'Isto é do Two Brothers'", contou a líder da expedição, Kelly Gleason.
O navio, de 1823, era comandado pelo capitão George Pollard Junior. Dois anos antes, ele esteve à frente de outro, o Essex, que foi abordado por uma baleia e afundou no sul do Pacífico em uma saga que acabou imortalizada no livro de Melville --os dois devem ter provavelmente se conhecido por volta de 1840. Segundo relatos da época, Pollard e outros sobreviventes do Essex ficaram muito tempo no mar até que foram resgatados três meses depois do acidente. A história cita o canibalismo para que pudessem se manter vivos.

Depois do Two Brothers, o capitão nunca mais guiou outro navio, e passou o resto de seus dias como vigia noturno. A descoberta é de pesquisadores da Noaa (sigla em inglês de Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica dos EUA), que deu início às expedições do naufrágio em 2008. Esta é a primeira vez que um navio caçador de baleias de Nantucket, em Massachusetts (EUA), é achado. O local é conhecido por ter papel importante na economia americana e na expansão para o oceano Pacífico.

(Da Agência Reuters - Via www.folhaonline.com.br )

COMENDO O PRÓPRIO RABO?

Foto Jim Wickens
Joal é uma cidade costeira localizada 100 km ao sul da capital do Senegal, Dakar, onde funciona um entreposto de defumação de pescado gerido por mulheres senegalesas, que fornecem produtos para toda a África Ocidental. O entreposto faz parte de uma indústria pesqueira que emprega aproximadamente 1 milhão de pessoas no país. Nos últimos anos diversas indústrias se instalaram na costa senegalesa em busca de sardinhas e arenques mais baratos para a formulação da farinha de peixe. Isto fez com que as mulheres defumadoras perdessem seu poder de barganha com os pescadores. “Nós mulheres estamos lutando para competir”, revela Mariane Tening Ndiaye, representante da associação das mulheres defumadores de pescado. “O preço que temos de pagar para os peixes no porto aumentou desde que as fábricas de farinha de peixe chegaram.”

Segundo especialistas, o que torna esta atividade no Senegal ainda mais preocupante é que toda a região é propensa à seca, assim, as pessoas nativas necessitam de uma alimentação baseada em peixes também. “Para compreender verdadeiramente o impacto potencial da farinha de peixe, devemos ter noção de quão importante os peixes são em um país como o Senegal” diz o Dr. Alessane Samba, cientista pesqueiro do Senegal. “Na aldeia que cresci comíamos carne somente duas vezes por ano, o resto dos dias comíamos apenas peixe,” revela. As indústrias de farinha de peixe no Senegal normalmente produzem apenas 200 kg de pó de farinha a partir de uma tonelada de peixe fresco. Esta proteína tinha como destino a mesa dos senegaleses, mas hoje alimentam peixes e outros animais de cultivo. Isto numa das regiões mais famintas do planeta.
(Fonte Independent - via http://observasc.net.br/)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SEM MARES & MARÉS

Grandes animais do oceano estão se extinguindo como nunca antes na história do planeta. ANDREA IZZOTTI | EPV 

Oceanos estão enfrentando uma extinção em massa sem precedentes 

Desaparecimento das maiores espécies pode alterar os mares “por milhões de anos” 

Agora mesmo estamos decidindo, quase sem querer, quais caminhos evolutivos permanecerão abertos e quais serão fechados para sempre. Nenhuma outra criatura jamais havia feito isso, e será, infelizmente, nosso legado mais duradouro”. Elizabeth Kolbert definiu assim o papel que estão desempenhando os seres humanos em A Sexta Extinção, o livro que ganhou o Prêmio Pulitzer no ano passado. O título é bastante expressivo: nos quase 4 bilhões de anos de história da vida na Terra, ocorreram cinco megaextinções, momentos em que muitos dos seres vivos foram arrastados de repente para a desaparição por vários cataclismos. E agora, segundo todos os dados recolhidos pela ciência, a civilização humana está causando uma nova extinção em massa: somos como o meteorito que dizimou os dinossauros do planeta. 

Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e escolhendo as que deixarão de evoluir no futuro 
E as criaturas dos oceanos não vão conseguir se livrar. Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e, como dizia Kolbert, escolhendo os seres aquáticos que ao desaparecerem deixarão de evoluir no futuro. A este ritmo, os grandes animais que vão povoar os mares dentro de milhões de anos não serão descendentes de nossas baleias, tubarões e atuns porque estamos matando todos eles para sempre. E do mesmo modo que o desaparecimento dos dinossauros deixou um vazio que demorou eras para ser preenchida pelos mamíferos, não sabemos o que vai ser da vida nos oceanos depois de serem arrasados. 

“A eliminação seletiva dos maiores animais nos oceanos modernos, algo sem precedentes na história da vida animal, pode alterar os ecossistemas durante milhões de anos”, conclui um estudo apresentado nesta semana pela revistaScience. Liderado por pesquisadores de Stanford, o trabalho mostra como esta sexta extinção está acontecendo com os seres aquáticos de maior tamanho. Um padrão “sem precedentes” no registro das grandes extinções e que com muita segurança acontece por causa da pesca: hoje em dia, quanto maior o animal marinho, maior a probabilidade de se tornar extinto. 

O cálculo mais trágico compara essa extinção com o desaparecimento dos dinossauros, como explicado na Science 

Como explicou para Materia o principal autor do estudo, Jonathan Payne, o nível de perturbação ecológica causada por uma grande extinção depende da percentagem de espécies extintas e da seleção de grupos de espécies que são eliminados. “No caso dos oceanos modernos, a ameaça preferente pelos de maior tamanho poderia resultar em um evento de extinção com um grande impacto ecológico porque os grandes animais tendem a desempenhar um papel importante no ciclo de nutrientes e nas interações da rede alimentar”, disse Payne, referindo-se a que os danos afetariam em cascata todos os ecossistemas marinhos. 
Os cenários pessimistas preveem a extinção de 24% a 40% dos gêneros de vertebrados e moluscos marinhos; o cálculo mais trágico é comparável à extinção em massa do fim do Cretáceo, quando os dinossauros desapareceram, como explicado na revista Science. 
Para os pesquisadores, é por causa da nossa forma de consumirecossistemas: ocorreu com a extinção dos mamutes e acontece agora com a pesca 

O trabalho deste investigador da Universidade de Stanford e seu grupo foi analisar o padrão de desaparecimento de 2.500 espécies nos últimos milhões de anos. Até agora, o tamanho dos animais marinhos não tinha sido um fator determinante nos cataclismos anteriores, mas nos nossos dias existe uma notável correlação. Para os pesquisadores, é evidente que isso acontece por causa da forma de consumir ecossistemas própria dos seres humanos. Foi o que aconteceu com a extinção dos mamutes e agora acontece com a pesca: cada vez que entramos em um ecossistema primeiro acabamos com os pedaços maiores e à medida que os recursos ficam mais escassos vamos esgotando o resto dos recursos menores. 
Os pesquisadores alertam que a eliminação desses animais no topo da cadeia alimentar poderia perturbar o resto da ecologia dos oceanos de forma significativa por, potencialmente, os próximos milhões de anos. “Sem uma mudança dramática na direção atual da gestão dos mares, nossa análise sugere que os oceanos vão sofrer uma extinção em massa de intensidade suficiente e seletividade ecológica para ser incluída entre as grandes extinções”, diz o estudo. 
Este paleobiólogo defende que a visão positiva de sua descoberta é que as espécies ameaçadas ainda podem ser salvas da extinção com políticas de gestão eficientes e, a longo prazo, abordando os impactos do aquecimento global e da acidificação dos oceanos. “Podemos evitar esse caminho; com uma gestão adequada, seria possível salvar muitas dessas espécies da extinção”, afirma Payne 

domingo, 18 de setembro de 2016

OLHARES...




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HAVER BALEIAS

Foto: Paulo Flores / Divulgação

Justiça libera turismo embarcado de baleias no litoral catarinense

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), responsável pelos processos no Sul do Brasil, liberou o turismo embarcado debaleias do litoral catarinense. O desembargador federal Fernando Quadros da Silva havia decidido em 30 de agosto deste ano pela suspensão do serviço, porém mudou a decisão nesta sexta-feira ao ter conhecimento da homologação do plano de fiscalização. O plano foi proposto pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e já foi homologado em primeira instância. 

O desembargador defendeu que o plano atende de forma adequada às determinações da 1ª Vara Federal de Laguna:


— O plano em princípio cumpre com as determinações da sentença proferida, podendo ser revisto conforme as normas e procedimentos, inclusive os expedidos pela Marinha do Brasil, partir dos processos continuados de monitoramento, bem como do diálogo com o Conselho Gestor da APABF, pesquisadores, gestores públicos, centros de pesquisa, universidades e operadores de turismo embarcado.


O turismo embarcado de observação de baleias está suspenso em Santa Catarina desde maio de 2013, por ação do Instituto Sea Shepherd Brasil que apontou irregularidades, riscos aos turistas e molestamento dos animais. Nesta sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o recurso do Instituto Sea Shepherd Brasil que pedia a suspensão do turismo de observação de baleias em embarcação. Ainda cabe recurso do Instituto. 


Impasse começou há quatro anos
2012
> O Instituto Sea Shepherd protocolou denúncia contra o turismo embarcado de observação de baleias. A juíza responsável pelo caso, Daniela Tocchetto Cavalheiro, entendeu que existiam falhas de gestão e proibiu esse tipo de turismo em Garopaba, Imbituba e Laguna. Para reverter a decisão foi exigido estudo de impacto ambiental. O ICMBio, responsável pela proteção da baleia-franca, declarou que o levantamento levaria pelo menos quatro anos.

2013
> A APA tentou reverter a decisão, mas a medida foi analisada duas vezes no Tribunal Regional Federal (TRF) e a decisão de suspensão foi mantida.

2014
> Em maio, a primeira audiência de conciliação reuniu ICMBio, Marinha do Brasil, Polícia Ambiental, Sea Shepherd e Ministério Público.

2015
> Em dezembro, o juiz Rafael Selau Carmona, da 1ª Vara Federal de Laguna, sentenciou que o turismo poderia ser retomado mediante a elaboração e implementação de plano de fiscalização que contemple a inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas.

2016
>Em maio, o ICMBio concluiu o Plano de Normatização, Fiscalização e Controle da Atividade de Turismo Embarcado de Baleias (Tobe). O material foi analisado pelas operadoras de turismo, prefeituras, órgãos ambientais e demais envolvidos e protocolado em Porto Alegre no dia 17/5 e em Laguna no dia 24.
> No dia 21 de junho, o Sea Shepherd protocolou pontos de discordância sobre partes do plano apresentado. O ICMBio então fez novas adequações e protocolou novo parecer sobre a proposta, em que mais uma vez se manifesta contra a liberação.

> No dia 8 de agosto, o Ministério Público Federal deu parecer sobre o caso atrelando a realização do turismo embarcado ao rigoroso cumprimento das regras apresentadas no Plano de Fiscalização.
> No dia 9 de agosto, o juiz Rafael Selau Carmona, da 1º Vara Federal de Laguna, aprova o Plano de Fiscalização e liberação do Turismo Embarcado de Observação de Baleias.
> No dia 30 de agosto, o Tribunal Federal Regional, em Porto Alegre, julga as apelações do processo de dezembro de 2015 e mantém a decisão daquela data pela suspensão do turismo embarcado de observação de baleias.
> No dia 16 de setembro, o Tribunal Regional Federal nega o recurso do Instituto Sea Shepherd Brasil que pedia a suspensão do turismo de observação de baleias em embarcação.

(Do www.clicrbs.com.br)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

NA PRAIA...

Fotógrafo não identificado
Ary Barroso e Dorival Caymmi na Praia do Leme / RJ 

E OS BEACH CLUBS EM JURERÊ CONTINUAM, NÉ?

Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
Ranchos de pesca, restaurantes e marina são demolidos nos Ingleses
58 edificações são apontadas como irregulares e começaram a ser derrubadas nesta terça-feira pela Floram

por Gabriela Wolff

A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) iniciou, na manhã desta terça-feira, uma ação de demolição na praia dos Ingleses, no Norte da Ilha. De acordo com o chefe do departamento de fiscalização do órgão, Walter Hachow, a partir desta terça 58 edificações, entre casas, restaurantes, ranchos de pescadores e uma marina, serão demolidas por estarem em Área de Preservação Permanente (APP).


A primeira construção a ser demolida foi o restaurante Recanto dos Brunidores, no ponta extrema direita da praia. O proprietário do restaurante, Nivaldo Francisco da Silva, afirmou que em uma reunião realizada na segunda-feira na praia, com a presença da Polícia Militar e da Floram, foi informado que não haveria demolição nesta terça, por isso não teve tempo para retirar as coisas do restaurante. Bastante alterado, ele chegou a ofender os fiscais, mas não foi detido pelos guardas municipais que acompanhavam a ação:

— Isso é um absurdo. Não deram nem tempo pra esvaziar o restaurante de forma decente. Eles não poderiam fazer isso em um processo que ainda cabe recurso — afirmou.

O pescador Abílio Antônio da Silva, 86 anos, é proprietário de dois ranchos, e um deles também será derrubado. Ele conta que nasceu nos Ingleses, e que a casa onde funcionava o restaurante é muito antiga, provavelmente de mais de 150 anos:

Pescador Abílio, 86 anos, está preocupado com a situação
Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS

— Eu lembro quando era menino de ir buscar querosene perto daquela casa, e já era de outras gerações da família. Ali também tinha um engenho de farinha. Acho uma pena derrubar uma coisa que era um patrimônio histórico — lamentou.

De acordo com o Abílio, existe um acordo entre o Ministério Público Federal e 33 pescadores para que os ranchos sejam reconstruídos de forma padrão no mesmo local. O pescador Gentil Manoel Cabral, da terceira geração na família de pesca, diz que está preocupado com a situação e ainda não recebeu a ordem de demolição:

— Falaram pra gente que iria ter uma verba federal, mas agora já estão falando que não vai ter mais. Se for pra derrubar tem que construir os outros antes, onde vamos deixar as canoas, redes, o material todo da pesca? São muitas famílias que dependem da pesca aqui. Pra fazer um rancho não sai menos que R$ 20 mil, não temos esse dinheiro — disse.

Para o pescador Odilon Dercídio de Souza, além da preocupação fica a tristeza:

— Meu rancho era do meu bisavô, passou pro meu avô, meu pai e agora eu. É triste ver indo tudo abaixo. O neto dos antigos donos da casa saiu chorando daqui de ver tudo indo abaixo — contou.

Demolição é resultado de ação do Ministério Público Federal

A ordem de demolição foi expedida pela Justiça Federal como resultado de uma ação que corre desde 2006. Na sentença, a juíza federal Marjôrie Cristina Freiberger determinou que a Prefeitura de Florianópolis e a Floram tomassem as medidas para a retirada de todos os residente do canto sul da praia dos Ingleses, com a inclusão em programas habitacionais daqueles que são de baixa renda, além da demolição das construções existentes e recuperação das áreas de preservação permanente e a regularização dos ranchos destinados exclusivamente à pesca artesanal.

Na segunda-feira, o Projeto de Arqueologia Subaquatica e o Costãoville Empreendimentos, proprietários de duas das edificações envolvidas, entraram com recurso para tentar impedir a demolição, porém foi indeferido pela juíza, que explicou em sua decisão que não determinou demolições específicas, mas que o órgãos responsáveis tomassem as providências administrativas legais para a retirada, então caso uma das partes se sinta prejudicada deve recorrer à Justiça Estadual. 

O chefe de fiscalização da Floram garantiu que todos os procedimentos legais foram tomados, com a notificação dos envolvidos para esvaziassem os locais.
(Do www.clicrbs.com.br)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

UM LUGAR CHAMADO CAMPECHE!

Obra dos fotógrafos Milton Ostetto, Ronaldo Andrade, Hermes Daniel e Paulo Heise. Lançamento foi no Rancho de canoa do seu Getúlio, espaço cultural do Campeche.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O TRANSPLANTE DA FIGUEIRA

Processo de transplante da figueira começou há 12 dias
Foto: Marco Favero / Agencia RBS
Ângela Bastos

Demora no transplante de figueira de 80 anos preocupa moradores do Sul da Ilha

Há 10 dias no chão, as centenas de bromélias e orquídeas retiradas dos galhos da árvore devem ser relocadas nesta sexta-feira pela Floram

O modelo de transplante de uma figueira nativa com idade estimada em 80 anos está dando o que falar no distrito do Pântano do Sul, Sul da Ilha,em Florianópolis. O processo começou há 12 dias. A retirada de parte da terra expôs as raízes e o passar dos dias faz com que os moradores suspeitem de que a saúde da árvore seja prejudicada. A Ficus organensis, conhecida como figueira-de-folha-miúda, encontra-se em um terreno privado às margens da SC-406 onde está sendo construído o residencial Mares do Sul.

Também está sendo questionado o destino das centenas de orquídeas e dasbromélias que foram parar no solo depois da galhada, entre os dias 22 e 28 de agosto. Algumas estão floridas e começam a secar. Também foram imbés e cactos. Popularmente conhecidos como parasitas — o que não é verdade segundo especialistas — as plantas utilizam a árvore como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição.

— Inicialmente usaram a imagem da figueira no material publicitário para atrair interessados no condomínio. Agora, fazem a relocação da árvore — observa Andreara Schimidt, que mora na região.

Ainda assim, Andreara diz que esse já nem é mais o problema. Para ela, agora é fazer com que a figueira sobreviva ao ser relocada e as bromélias e orquídeas transferidas para um lugar onde possam se desenvolver.
Centenas de orquídeas e bromélias estão no chão, também com incerteza de destino
Foto: Reprodução / Facebook

Documento da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) autoriza o transplante da árvore. Um dos itens define que caso o transplante não logre êxito, o empreendedor deverá apresentar para aprovação da Floram um plano de reposição florestal em área do condomínio, como medida compensatória pela perda da figueira.

Sergio Aspar também é morador e lembra que a licença se encerra dia 15. Aspar conta que a idade da árvore é imprecisa, mas que a mesma faz parte dos relatos de antigos moradores. Há 20 anos, um registro feito pela fotógrafa Laura Lavergne já mostrava a árvore com cerca de 12 metros de altura.
Árvore tem cerca de 12 metros de altura
Foto: Reprodução / Facebook

A engenheira agrônoma Cláudia Queiroz Lopes, do Departamento de Unidades de Conservação da Floram, informa que está planejada para a manhã desta sexta-feira a recolocação das bromélias e orquídeas. As espécies serão levadas para uma área onde está sendo desenvolvido projeto de recuperação ambiental no condomínio dos Açores, também no Sul da Ilha.

A respeito do transplante da figueira, o diretor de marketing da Novo Teto Empreendimentos Imobiliários Ltda., Daniel Simas, diz que o biólogo contratado pela empresa orientou pela espera de alguns dias após a poda. Simas acredita que a recolocação ocorra semana que vem. O lugar escolhido fica a cerca de 300 metros, em uma Área de Preservação Permanente (APP) do condomínio Caravelas 1, da empresa Mello & Duarte Construtora e Incorporadora Ltda.

(Do www.clicrbs.com.br)

NO MAR

Armada de Colombia
Hernán Rodríguez e Jorge Morales foram resgatados dois dias depois de ficarem à deriva próximo à ilha Malpelo

A odisseia de 2 mergulhadores perdidos por 48 horas em águas cheias de tubarões

Por BBC 
Hernán Rodríguez e Jorge Morales faziam parte de grupo de mergulhadores arrastados por correnteza e levados para o Pacífico no litoral colombiano

O mergulhador Hernán Darío Rodríguez estava à deriva por quase 48 horas em águas infestadas de tubarões quando perdeu a máscara que protegia seu rosto. Neste momento, depois de ter chegado a contemplar a ideia de cometer suicídio, entrou em desespero.

Mal sabia ele, no momento de pânico total boiando no mar, que ele e seu companheiro, Jorge Ivan Morales, seriam resgatados duas horas depois.

Rodríguez e Morales faziam parte de um grupo de cinco mergulhadores arrastados por uma correnteza no litoral colombiano durante um passeio próximo à ilha de Malpelo, na costa do Pacífico da Colômbia, no fim de agosto.

Um deles conseguiu nadar e foi resgatado perto da ilha, mas dois ainda seguem desaparecidos.

Rodríguez estava havia mais de 40 horas sem dormir, sem água nem comida, quando cochilou e perdeu a máscara de proteção, levada pelo mar. Sabia que corria risco de hipotermia e, principalmente, de ser atacado por tubarões e águas-vivas.

"Foi um duro golpe, porque a máscara era dos elementos básicos que nos ajudava a ficar vivo", disse à BBC o mergulhador colombiano, de 37 anos.

Rodríguez e o amigo estavam revezando a única máscara que tinham quando ouviram o som distante de um motor. Um avião passou por cima deles, mas seguiu direto.
Armada de Colombia
Marinha da Colômbia localizou dois dos cinco mergulhadores 48 horas depois de terem desaparecido durante passeio

Como o avião não parou, os dois acharam que o piloto não viu as boias de sinalização que seguravam.

"Fomos tomados pelo desespero. Cerca de 15 minutos depois, vimos um ponto no ar. O avião estava voltando. Tínhamos certeza de que eles estavam olhando para nós", contou Rodríguez.

O avião não apenas voltou ao local onde os dois estavam como lançou um bote inflável para salvá-los. As Forças Armadas colombianas montaram um missão conjunta para buscar os mergulhadores.

"Eu me senti como se uma recarga de energia incrível tomasse conta de mim, da cabeça aos pés. Foi uma enorme felicidade, porque os ânimos estavam muito baixos", recorda o mergulhador.

Ele relatou como foram difíceis os dois dias inteiros que passaram em alto mar. Rodríguez conta que pensou nos piores cenários, mas diz ter mantido a mente ocupada. Decidiu trabalhar junto com o amigo para aumentar as chances de sobreviver.

A aventura de Rodríguez e Morales começou em 25 de agosto, quando 12 mergulhadores acompanhados de três instrutores e da tripulalção do barco Mary Patricia partiu de Buenaventura, na Colômbia, para navegar no Pacífico. Eles enfrentariam 30 horas até a ilha de Malpelo.

Além de Rodríguez e Morales, Erika Diaz, Paul Morse e instrutor Carlos Jimenez estavam em seu último mergulho da expedição, em 31 de agosto, quando uma corrente os arrastou para longe do barco
.
Armada de Colombia
Um bote inflável foi lançado de um avião e, pouco depois, os mergulhadores foram resgatados

Embora estivessem relativamente perto uns dos outros, a correnteza separou os mergulhadores, levando-os para bem longe do barco e da ilha.

Rodríguez, que tem 10 anos de experiência de mergulho, conseguiu ficar junto com Morales. Ainda assim, conforme o tempo passava e a noite chegava, os problemas começaram a surgir.

Para se manterem aquecidos, se amarraram um ao outro. Usaram cordas para flutuar na água em posição fetal e, assim, evitar a fadiga de manter pernas e braços em movimento para não afundarem.

Foram queimados por águas-vivas e, para se proteger, taparam braços e pescoços com as boias infláveis.
'Falamos de suicídio'

"Não podíamos nos dar ao luxo de sentar e conversar sobre o quão difícil era a situação. Tudo o que eu fiz foi tentar passar o tempo tentando resolver problemas", contou Rodríguez.

O mergulhador admite, contudo, que por mais que tentasse, nem sempre era possível evitar os piores pensamentos. "Você não pode negar o fato de que estávamos sozinhos, no escuro, com frio. Havia o risco de ataques de animais, de hipotermia", observou.

Grandes grupos de tubarão-martelo costumam passar pela área. É uma das grandes atrações para os mergulhadores, ainda que sejam raros ataques em seres humanos.

Juntos, os dois mergulhadores dizem que tentaram ao máximo se ocupar com tarefas básicas para aumentarem as chances de saírem dali com vida. Mas, enquanto as horas passavam, pensamentos negativos permeavam suas mentes.

"Há momentos em que você tem que pensar sobre todas as possibilidades. Por isso, mesmo sem querer, tivemos que encarar a realidade. O tempo passava e nada acontecia, não queríamos sofrer", disse Rodríguez
.
Armada de Colombia
O australiano Paul Morse nadou até ser salvo próximo à Malpelo; Marinha colombiana busca Érika Díaz e Carlos Jiménez

Suícidio foi um dos temas sobre o qual os dois conversaram em detalhes. "Falamos inclusive sobre suicídio. Falamos das decisões que poderíamos tomar, de qual opção seria melhor. Uma dessas opções era morrer", revelou.
Morse, Díaz e Jímenez: o que aconteceu com os outros mergulhadores

Enquanto Rodríguez e Morales tentavam juntos sobreviver em alto mar, o australiano Paul Morse conseguiu nadar até ser salvo próximo à Ilha de Malpelo. Dois mergulhadores, contudo, continuam desaparecidos.

Érika Díaz e Carlos Jiménez estão sendo procurados há uma semana.

O Orcas Club, que organizou a expedição, informou que todos no barco tinham experiência necessária e usavam equipamentos corretos, além de estarem acompanhados por um instrutor com 30 anos de mergulho no currículo.

"Eles são mergulhadores experientes, com formação suficiente para estarem lá. Eles cumpriram todas as exigências necessárias. Mas este fugiu do nosso controle", disse Patricia Duque, representante do clube.

Segundo ela, esse tipo de passeio é organizado pelo clube há 25 anos e, até então, não havia registros de casos de mergulhadores arrastados por correntes marítimas.

Armada de Colombia
As Forças Armadas colombianas montaram operação conjunta de busca e resgate dos mergulhadores

O almirante Paulo Guevara, comandante da Força Naval colombiana no Pacífico, disse que a operação de busca continua indefinidamente até a localização dos dois mergulhadores que seguem desaparecidos. Eles estão monitorando uma área de 7 mil quilômetros quadrados.

"À medida que o tempo passa, as incertezas tornam-se maiores", disse Guevara à BBC. A dificuldade de localizá-los, segundo o comandante, aumenta se não há sinalizadores.

Rodríguez disse só não está plenamente satisfeito com o seu resgate porque seus dois companheiros de mergulho ainda não foram localizados.

Para ele, a lição que tirou do episódio é clara: "Para a sobrevivência, uma das coisas mais importantes é manter sua mente ocupada".

(Da BBC)

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ONDE O SOL NASCE PRIMEIRO...


VOLTA A DESTRUIÇÃO

Pescado no Rio Amazonas em Manaus. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Lista de peixes ameaçados de extinção é suspensa, de novo

A lista de peixes e outras espécies aquáticas ameaçadas de extinção no Brasil foi mais uma vez revogada.

Portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, que implementa a lista e estabelece regras para captura de espécies aquáticas ameaçadas, foi suspensa por decisão judicial, em ação movida pelo setor pesqueiro.

Atendendo a uma ação movida pelo setor pesqueiro, a juíza Hind Kayath, do Tribunal Federal Regional da Primeira Região, suspendeu novamente os efeitos daPortaria 445/2014, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que implementa a lista e determina regras gerais para captura desses animais — incluindo a obrigatoriedade da elaboração de planos de manejo e até a proibição da pesca, no caso das espécies mais ameaçadas, como tubarões, raias, garoupas e badejos.

A decisão, datada de 31 de agosto, está disponível no site do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), que faz oposição à portaria desde a sua publicação, em dezembro de 2014.

Curiosamente, no dia seguinte, 1 de setembro, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assinou uma portaria (No. 395) modificando a Portaria 445 — extendendo o prazo de permissão da captura de algumas espécies que são alvo da pesca artesanal, como o peixe pargo e o caranguejo guaiamum, até março de 2017. Com a decisão da juíza no dia anterior, porém, a nova portaria torna-se inócua.

A portaria foi suspensa pela primeira vez em junho de 2015, pelo relator do processo no TRF1, desembargador Jirair Meguerian. Um ano depois, foi restaurada pela juíza Liviane Vasconcelos. Agora, dois meses depois, está suspensa de novo. Em meio a todas essas contestações e adiamentos, a portaria até hoje não teve nenhum efeito prático para a conservação da biodiversidade.

“Estamos há dois anos com 475 espécies ameaçadas sem qualquer proteção”, resume a a diretora geral da ONG Oceana no Brasil, Monica Brick Peres. “Acho que a sociedade brasileira tem o direito de saber quais espécies estão ameaçadas e vamos ter que exigir isso. A situação dessas espécies precisa ser considerada nos processos de licenciamento ambiental e outras políticas de conservação. A situação não pode continuar assim; precisamos de uma lista.”

A necessidade da lista é uma unanimidade entre cientistas e ambientalistas. Mas há divergências sobre a classificação das espécies e a melhor estratégia para protegê-las, que pode variar profundamente de uma espécie para outra.

(Do http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/)