terça-feira, 30 de abril de 2013

FISCALIZAÇÃO


Foto Marcos Porto / Agencia RBS
PF apreende 85 quilos de camarão entre Navegantes e Penha

Captura do camarão está proibida pelo defeso até 31 de maio

Policiais Federais da delegacia de Itajaí apreenderam 85 quilos de camarão sete barba nesta terça-feira. A apreensão ocorreu em alto mar, entre as cidades de Navegantes e Penha. A pesca do camarão está proibida, devido ao período de defeso, até 31 de maio.
Os camarões estavam em dois barcos que foram localizados na região conhecida como Ponta do Vigia. Redes de pesca e outros utensílios também foram apreendidos, bem como as duas embarcações.

Os proprietários foram encaminhados para a delegacia da PF, onde foram autuados em flagrante por crime ambiental. O Ibama ainda aplicará uma multa a cada um deles. O valor da multa varia de R$ 700 a R$ 100 mil, além de R$ 20 por quilo de camarão apreendido.

O pescado foi refrigerado e doado para a Apae de Navegantes, uma das 50 instituições cadastradas com no Ibama. Fiscal do Ibama, Márcio Burgonovo explica que a pesca do camarão é proibida de 1º de março até 31 de maio. Pescadores especializados podem pedir uma licença especial para a pesca de outro pescado nesse período ou ainda optar por receber o seguro defeso.

— Vamos verificar se eles já foram autuados outras vezes. Em caso de reincidência a multa triplica — diz.

Desde quinta-feira da semana passada, a Polícia federal intensificou a fiscalização de embarcações em toda a região. A operação, que visa impedir crimes ambientais e verificar a situação dos barcos, conta com seis embarcações. A apreensão desta quinta-feira ocorreu porque equipes estavam na água desde 5h.

(Do O SOL DIÁRIO -www.osoldiario.clicrbs.com.br)


segunda-feira, 29 de abril de 2013

PARATY PARA TODOS!

Fotos Fernando Alexandre

 Logo que o vento sul começou a soprar com maior intensidade no começo da tarde, Mestre Aldemir e sua camaradagem cercaram um dos primeiros "lanços" de Paratys desta temporada.
Os Paratys e Tainhotas costumam encostar na praia antes dos grandes cardumes de Tainhas chegarem!
 O peixe foi dividido entre todos que participaram do cerco!

domingo, 28 de abril de 2013

SAFRA ANTECIPADA

Foto Débora Klempous/ND
Pescadores de Laguna retiram tainhas da Lagoa Santo Antônio
 Pescadores esperam portaria ministerial para antecipar safra artesanal da tainha em 15 dias

Antecipação do fim do defeso é reivindicação das colônias de pescadores do Sul do Estado, mas federação teme mais conflitos na temporada

 por Edson Rosa

A antecipação da temporada da tainha, apenas para redes de arrasto com canoas a remo, deve ser confirmada até quarta-feira. Quem garante é o superintendente do Ministério da Pesca em Santa Catarina, Horst Broering, 47 anos. O fim do defeso em 1º de maio, no entanto, não beneficiará outras modalidades de pesca utilizadas no litoral catarinense, como redes de cabo e caças de malha. Para estes, segue valendo 15 de maio, data determinada pela portaria 171/2008 do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que permite a pesca oceânica da espécie até 30 de julho.
No setor industrial, 60 barcos de empresas catarinenses serão licenciados para a safra deste ano – mesmo número de licenças emitidas nos últimos cinco anos. A partir de 15 de maio, a frota poderá pescar em todo o litoral brasileiro, da saída da boca da barra entre Rio Grande e São José do Norte, no Rio Grande do Sul, ao Espírito Santo. O limite estabelecido pela portaria 171 é de cinco milhas da costa, o que corresponde a 5.160 metros.

Segundo Broering, o ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, já deu parecer favorável ao fim do defeso para a pesca tradicional a remo, e encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente. “Trata-se de gestão compartilhada entre os dois ministérios. Então, a questão deve ficar esclarecida em mais dois ou três dias”, garantiu o superintendente da Pesca em Santa Catarina.

Questionado pelas associações do Sul do Estado, o presidente da Federação Catarinense dos Pescadores, Ivo Silva, diz que a medida faz justiça aos pescadores de praia, mas está preocupado com a reação dos demais. “O pessoal que pesca com caça de malha não vai querer esperar mais 15 dias, e vai se sentir no direito de antecipar também. Vai dar mais conflito”, prevê. Silva alerta, também, que a antecipação deve ser oficializada por portaria ministerial, para evitar confrontos com a fiscalização. “Os pescadores não devem se aventurar e cercar, se não houver garantia legal”, diz.

A Federação, que integra o GTT (Grupo Técnico da Tainha), junto com Ibama, ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade), Univali e ministérios da Pesca e do Meio Ambiente,  propõe outras mudanças na instrução normativa da tainha. Sugere, por exemplo, que o limite da frota industrial passe de cinco milhas para 10 milhas náuticas, e que a pesca seja proibida de novembro a maio no estuário da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.

No Sul do Estado, as redes de arrasto estão prontas para cercar. Segundo pescadores das praias de Itapirubá Norte, em Laguna, e do Silveira, em Garopaba, os cardumes já estão passando para o Norte. Na semana passada, por exemplo, uma das redes de parati dos irmãos Anastácio, 82, e Vergínio Silveira, 72, arrastou cerva de mil tainha, quase todas com ovas.

“É triste ver o peixe passar, e não poder cercar. Daqui a pouco, quando liberarem para as canoas a remo, os maiores cardumes já estarão longe”, teme. Silveira é neto dos pioneiros na pesca de arrastão em Garopaba. A expectativa dos pescadores catarinenses é que a temperatura caia e faça vento sul nos próximos dias, para os cardumes continuarem subindo o litoral em busca de águas quentes para desovar. “Se não esfriar, ela desova lá embaixo mesmo, e poucas farão o curso”, prevê o pescador.


(Do  ND - www.ndonline.com.br)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

DE TAINHAS & CARROS


Cerca de 300 pescadores fecham BR-101, em Laguna
O protesto reivindica a antecipação do fim do defeso para a pesca artesanal para o dia 1º de maio

por Cristina Pierini
Cerca de 300 pescadores fecharam o km 511 da BR-101, na localidade de Barranceira, a 500 metros do trevo de Laguna, por volta das 10h desta quinta-feira. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal há registros de cinco quilômetros de filas, em ambos os sentidos da pista.

O protesto promovido pela Federação das Associações dos Pescadores artesanais de Santa Catarina reivindica a antecipação do fim do defeso para a pesca artesanal em mar aberto ou baías para o dia 1º de maio. Outro foco do protesto é o desrespeito por parte de pescadores com barcos industriais à distância de cinco milhas naúticas da costa.

Durante o protesto, pescadores queimaram no meio da pista um boneco simbolizando o presidente da Confederação Nacional dos Pescadores, Ivo da Silva.


A Polícia Rodoviária Federal está no local e tenta uma negociação com os pescadores para reabrir a pista. Há registros de filas de aproximadamente cinco quilômetros em ambos os sentidos da Rodovia. Não há previsão para o término do protesto. (Com informações de Edson Rosa)

PESCADORES NA ESTRADA

Foto Fernando Alexandre
 Pescadores artesanais fecham a BR-101, em Laguna, para exigir antecipação da safra de tainha

Protesto está marcado para as 10 horas desta quinrta-feira, no trecho não duplicado e ainda em obras. Polícia Rodoviária Federal prevê filas


por Edson Rosa

A temporada oficial nem começou, mas a tainha será motivo de mais transtornos no trecho ainda não duplicado da BR-101. Enquanto nas praias da Capital, redes são costuradas para a safra, a partir de15 de maio, no litoral sul a reta final de espera pelo peixe será de protestos. O primeiro está marcado para hoje, a partir das 10h, no km 511da rodovia, localidade de Barranceira, a 500 metros do trevo de acesso a Laguna.

Canoas, botes, redes e outros apetrechos serão levados do mar ao asfalto. A expectativa da Federação das Associações dos Pescadores Artesanais de Santa Catarina é reunir pelo menos 200 profissionais de Arroio do Silva, Laguna, Imbituba, Garopaba e Paulo Lopes, para fechar a rodovia.

A principal reivindicação é a antecipação do fim do defeso na pesca artesanal para 1º de maio, para embarcações a remo ou a motor. Outra é a intensificação da fiscalização ao setor industrial.

  “Se não buscarmos apoio, a pesca artesanal será extinta. As leis privilegiam apenas a indústria”, diz o secretário da federação, Pedro Guerreiro. Segundo ele, a cada ano são criadas normativas que só prejudicam os pequenos pescadores. “Não há como continuar desta maneira” acrescenta.

A competição desleal, principalmente pelo desrespeito à distância dos barcos industriais da costa – atualmente são cinco milhas náuticas - também é foco do protesto. Na safra do ano passado, os pescadores artesanais do Estado não chegaram a 500 toneladas da espécie. 
Enquanto isso, uma traineira industrial pesca 900 toneladas em apenas um lanço de rede. “É preciso equipar melhor a fiscalização. Uma canoa de um pau só nunca vai competir com um barco equipado até com sonar. A conta é simples e óbvia. Mas parece que o governo federal faz que não vê”, critica Guerreiro.


Nem mesmo os órgãos federais se entendem sobre o defeso. Portaria 171/2008 do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estabelece de 15 de maio a 30 de julho o período para a pesca oceânica, artesanal ou industrial. No entanto, memorando assinado pelo secretário Nacional da Pesca, Américo Turnes, no ano passado, antecipa o início da safra em 15 dias.

A Polícia Rodoviária Federal não foi comunicada. Segundo o patrulheiro Hulse, de plantão ontem à noite no posto da PRF de Tubarão, a previsão é de muitos transtornos. “Vamos tentar impedir, mas, se fecharem mesmo a BR, o bicho vai pegar. Aquele trecho é um dos mais problemáticos, ainda em obras, e normalmente congestionado”, avisa.

Reivindicações
O que querem os pescadores

• Abertura da pesca da tainha a partir de 1º de maio para todos os barcos artesanais, a motor ou a remo.
• Fiscalização e repressão aos barcos industriais que invadem áreas da pesca artesanal.
• Fim das normativas do Ministério da Pesca e Aquicultura do Ibama.
• Criação de leis definitivas e claras para pesca artesanal e industrial.

(Do Notícias do Dia - www.ndonline.com.br)

TAINHAS: SAFRA ANTECIPADA?

Foto Ronaldo Amboni
Os pescadores artesanais de Laguna já comemoram a chegada precoce da tainha. Ainda são poucas, mas a partir do próximo dia 1º, quando a captura do peixe está liberada, os cardumes devem ser bem maiores. A expectativa é gerada pela boa safra que já ocorre na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. "No ano passado, não tivemos a melhor temporada. Tanto que muitos pescadores deixaram a rede de lado para investir em outras profissões", lamenta o presidente do Sindicato dos Pescadores de Laguna e Região (Sindipesca), Gilberto Fernandes.
Apesar do receio deste ano ser igual ao de 2012, Gilberto reverte o medo em esperança. "Nos últimos anos, o clima não ajudou. Neste, acredito que vai ser diferente. Já começa a fazer frio, então, acho que vamos conseguir sair no lucro", prevê o sindicalista. A tainha não é uma espécie das mais exigentes. Precisa só da combinação ideal 'vento sul+baixas temperaturas' para os cardumes brotarem da água como se fosse sementes na terra em dias de primavera.
 E toda esta expectativa positiva também é decorrente de outro termômetro utilizado pelos pescadores, em especial os mais experientes. No Canal da Barra, um dos maiores espetáculos gratuitos do planeta, a pesca artesanal com o auxílio dos botos, já começou. Hábeis nadadores, os melhores amigos dos profissionais de Laguna já fazem a sua parte para garantir o sustento deles próprios e dos companheiros de invernada. 

Safra antecipada

Este ano, é articulado junto ao IBAMA e ao Ministério da Pesca e Aquicultura para que todos os pescadores artesanais possam iniciar a temporada no próximo dia 1º. Conforme as regras em vigor, apenas os que possuem canoa a remo estarão autorizados a pescar a partir desta data. Os profissionais com embarcação pequena, mas a motor, só podem lançar suas redes no dia 15 de maio. "A unificação das datas fica mais justo. Afinal, são todos pescadores artesanais. Estive em Brasília e existe uma sinalização positiva quanto a este pedido", afirma o presidente do Sindicato dos Pescadores de Laguna e Região (Sindipesca), Gilberto Fernandes. Para todos, a temporada termina em 15 de novembro. Os barcos industriais mais uma vez só poderão atuar a cinco milhas da costa e somente depois do dia 15 de maio. Além da fiscalização do sindicato, a Polícia Militar Ambiental e a Marinha do Brasil estarão com efetivo atento para fazer valer a lei, a exemplo dos anos anteriores.

(Do Jornal A Verdade)

NA TARRAFA!

Foto Fernando Alexandre

Os paratis e as tainhotas já estão por aqui, anunciando que as tainhas já estão a caminho!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

AVENTURAS DE DARCI

I Love Tainha

"Os 20 anos de estrada do Dazaranha serviram de inspiração para Moriel, baterista da banda, dar vida ao personagem Darci. Histórias de pescador contadas de maneira cômica embalam o espetáculo “As Aventuras de Darci” - que terá apresentação gratuita nesta quinta-feira (25), no Iguatemi Florianópolis. As peripécias do manezinho, de sua mãe e do amigo Ganiza serão diversão garantida para o público, às 19h30, no vão central do shopping."

(Nota da coluna "Ponto Final", do Carlos Damião, no www.ndonline.com.br)

AO VIVO

Pântano do Sul - 7 horas desta manhã de outono com o sol tentando iluminar as gaivotas e raros pescadores!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PRIMEIRAS TAINHAS

Fotos Fernando Alexandre
 As primeiras tainhas deste ano já chegaram no Pântano do Sul!
Fábio da Lapa, pescador e chefe do Restaurante e Petiscaria "Capitão Ademir", garante que  as duas "cabeçudas" não vieram pela BR, mas foram capturadas por ele ontem a noite na praia. E de tarrafa!
"Governado" alí mesmo nas "estivas" o peixe que já está sendo servido no restaurante!

EMPIPANDO PANDORGAS

Foto Ivan de Sá Pereira

segunda-feira, 15 de abril de 2013

MAR CONTAMINADO

Foto Divulgação/Fatma
Fatma libera 92% da área embargada após vazamento de óleo em Florianópolis
Produção de ostras, mariscos e berbigões está liberada na região

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) liberou na manhã desta segunda-feira, 92% da área de 730 hectares embargados devido ao vazamento de 12 mil litros de óleo no Sul da Ilha de Santa Catarina. Com isso a praia e a produção de ostras, mariscos e berbigões está liberada na região. 

A área de 8%, cerca de 50 hectares, ainda embargada fica nas saídas das vales de drenagem. O óleo vazou em novembro de 2012 de uma subestação desativada das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). 

O anúncio foi realizado em coletiva e durante o dia devem ser informados a Justiça Federal, Ministério Público Federal, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Celesc, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e maricultores.

(Do DIÁRIO CATARINENSE - www.clicrbs.com.br)


TAINHAS CHEGANDO!

Foto Fernando Alexandre
As tainhas já chegaram nas peixarias!
Não vieram pelo mar, mas pelas estradas e foram pescadas recentemente no Rio Grande do Sul. Pelo menos é o que garantem os peixeiros, negando que os peixes sejam congelados da safra do ano passado.

OUTONO


De Andrea Ramos

Veja mais e mergulhe fundo no www.andreailustradora.blogspot.com.br

domingo, 7 de abril de 2013

LÁ NO FUNDO...

Foto Divulgação

Cientistas da Univali fazem pesquisa inédita no fundo do Oceano Atlântico
Projeto fará com que pesquisadores mergulhem a cerca de 4 mil metros de profundidade

por Julimar Pivatto
julimar.pivatto@osoldiario.com.br
Na terça-feira, dois pesquisadores da Univali de Itajaí embarcam para uma expedição inédita. Junto com cientistas japoneses e outros especialistas brasileiros eles vão explorar a região da Elevação do Rio Grande, uma espécie de cadeia de montanhas que fica no fundo do Oceano Atlântico, a cerca de mil quilômetros da costa brasileira. Será a primeira vez que uma pesquisa como esta é realizada na região usando um submersível tripulado que pode chegar a 6 mil metros de profundidade.

A viagem de José Angel Alvarez Perez, coordenador do grupo de estudos pesqueiros, e de André Oliveira de Souza Lima, coordenador do grupo de pesquisa em genética molecular aplicada, será de avião para a Cidade do Cabo, uma das capitais da África do Sul. Lá, eles e outros pesquisadores brasileiros se juntam à tripulação japonesa do navio Yokosuka, com embarque previsto para sexta-feira. Eles ficam em alto-mar até o dia 7 de maio.

A escolha dos dois pesquisadores ocorreu porque eles já estudam a região. As pesquisas feitas lá, até hoje, foram realizadas apenas com equipamentos como sondas e braços mecânicos. Por isso, a importância da expedição. Eles vão usar um submersível japonês, um dos únicos do mundo, onde um pesquisador pode descer junto com dois operadores do equipamento. E, lá embaixo, terá a oportunidade de escolher o que fotografar (com câmeras de alta resolução) ou coletar (através de braços mecânicos).

— Isso vai favorecer o nosso processo de amostragem — resume André.

O objetivo da expedição é a pesquisa de microrganismos, a diversidade e potencial tecnológico. Segundo eles, montanhas submarinas de grande dimensão podem concentrar vida profunda não apenas sobre a superfície, mas também centenas de metros sobre o topo.

— É uma vasta área oceânica pobre em nutrientes e produção biológica, mas que podem funcionar como um verdadeiro oásis marinho — diz Perez.

Os pesquisadores prometem trazer amostras de microrganismos para estudar junto com os alunos na Univali, mas acreditam que os primeiros resultados só devem ser divulgados daqui a um ano. Estas constatações alimentarão o conjunto de informações já publicadas pelo grupo da Univali na área do projeto Mar-Eco Atlântico Sul, que têm atividades apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Área de pesquisa é do tamanho do Estado da Bahia

A Elevação de Rio Grande é uma área que tem cerca de 570 mil km², o que corresponde ao Estado da Bahia. A região tem profundidade média de 4 mil metros e os locais mais rasos tem cerca de 1 mil metros.

— Alguns chamam de Alto Rio Grande, mas o correto é elevação — explica o professor José Angel Alvarez Perez.

O navio onde os pesquisadores estarão percorrerá boa parte da área. O submersível pode demorar até cinco horas para chegar até a base da montanha, por isso o local escolhido para usá-lo precisa ser bem estudado. Segundo os pesquisadores, não é preciso fazer um treinamento específico para mergulhar com o equipamento.

— Eu costumo dizer que é preciso mais preparação psicológica do que outra coisa. Dentro do submersível, a pressão é a mesma que em terra. Só precisa ter espírito para ficar tanto tempo embaixo da água — comenta Perez.

O projeto

A pesquisa é financiada pelo governo japonês, através da Japan Agency for Marine-Earth Science and Technology (Jamstec), e faz parte do acordo de cooperação científica e tecnológica entre os governos do Japão e do Brasil, firmado em 1985. A coordenação no Brasil é do Instituto Oceanográfico da USP e, nesta expedição que começa dia 12, será composta por cientistas da Univali, da Universidade Federal Fluminense (RJ), do Serviço Geológico Brasileiro (CRPM) e da Petrobras.

O navio Yokosuka partiu do Japão antes do Natal e levará cerca de um ano para passar por todos as áreas a serem pesquisadas. A cada "pernada" (termo usado por navegadores para determinar o trecho de uma viagem), é trocada a equipe de pesquisadores, por isso os dois representantes da Univali embarcam na Cidade do Cabo e vem em direção ao Brasil. Depois da região do Elevado do Rio Grande, a expedição irá para a Bacia de Santos e a Dorsal de São Paulo (nesta parte, sem os pesquisadores da Univali).

( Do O SOL DIÁRIO - www.clicrbs.com.br)