Foto MBARI/France Presse |
Cientistas americanos que observaram a vida sexual de uma espécie de lula que vive nas profundezas afirmam que os animais mantêm sexo tanto com machos como fêmeas e possuem hábitos sexuais promíscuos.
As conclusões dos especialistas foram feitas estudarem imagens submarinas das lulas de águas profundas, conhecidas como Octopoteuthis deletron, colhidas ao longo de 20 anos.
Entre as explicações encontradas para o fenômeno estão a de que os acasalamentos nas águas profundas são raros e realizados em um ambiente pouco favorável e a de que as lulas não seriam capazes de distinguir o sexo de seus pares na escuridão das águas profundas.
A pesquisa, publicada na revista especializada Biology Letters, foi possibilitada graças às imagens registradas por submarinos operados remotamente no cânion de Monterey, na região costeira da Califórnia, a profundidades que variam entre 400 e 800 metros.
Até recentemente, pouco se sabia sobre a vida sexual da espécie, exceto pelo fato de que os machos usam um órgão comprido, semelhante a um pênis, para depositar na fêmea espermatóforos, uma cápsula contendo milhões espermatozoides, absorvidos pela fêmea em seu tecido.
O pesquisador que comandou o estudo, Hendrik Hoving, do Instituto Aquático da Baía de Monterey, explicou que sua equipe não chegou a obter imagens dos animais se acasalando, mas encontrou traços de cápsulas de espermatozoide tanto em fêmeas como em machos.
As conclusões dos especialistas foram feitas estudarem imagens submarinas das lulas de águas profundas, conhecidas como Octopoteuthis deletron, colhidas ao longo de 20 anos.
Entre as explicações encontradas para o fenômeno estão a de que os acasalamentos nas águas profundas são raros e realizados em um ambiente pouco favorável e a de que as lulas não seriam capazes de distinguir o sexo de seus pares na escuridão das águas profundas.
A pesquisa, publicada na revista especializada Biology Letters, foi possibilitada graças às imagens registradas por submarinos operados remotamente no cânion de Monterey, na região costeira da Califórnia, a profundidades que variam entre 400 e 800 metros.
Até recentemente, pouco se sabia sobre a vida sexual da espécie, exceto pelo fato de que os machos usam um órgão comprido, semelhante a um pênis, para depositar na fêmea espermatóforos, uma cápsula contendo milhões espermatozoides, absorvidos pela fêmea em seu tecido.
O pesquisador que comandou o estudo, Hendrik Hoving, do Instituto Aquático da Baía de Monterey, explicou que sua equipe não chegou a obter imagens dos animais se acasalando, mas encontrou traços de cápsulas de espermatozoide tanto em fêmeas como em machos.
ACASALAMENTO BISSEXUAL
''Como a localização das cápsulas de espermatozoide são similares em ambos os sexos, nós concluímos que os machos acasalam tanto com machos como fêmeas'', afirmou Hoving.
Os pesquisadores descobriram o mesmo número de espermatóforos depositados em machos e fêmeas, o que indicaria que o acasalamento entre pares do mesmo sexo seria tão frequente quanto o realizado entre pares do sexo oposto.
E o número de cápsulas de espermatozoide depositadas também sugere que os animais seriam promíscuos, segundo os pesquisadores.
O comportamento incomum, afirmam eles, pode ser explicado pelo fato de que a lula está tentando ampliar as suas chances de passar adiante os seus genes em meio ao ambiente desfavorável em que vive.
Na pesquisa, os especialistas afirmam que ''no habitat profundo e escuro onde o Octopoteuthis deletron vive, os machos são poucos e estão espalhados".
''Nós sugerimos que o acasalamento bissexual do O. deletron faz parte de uma estratégia de reprodução que maximiza o sucesso ao induzir os machos a inseminar indiscriminadamente cada lula que encontram".
''Como a localização das cápsulas de espermatozoide são similares em ambos os sexos, nós concluímos que os machos acasalam tanto com machos como fêmeas'', afirmou Hoving.
Os pesquisadores descobriram o mesmo número de espermatóforos depositados em machos e fêmeas, o que indicaria que o acasalamento entre pares do mesmo sexo seria tão frequente quanto o realizado entre pares do sexo oposto.
E o número de cápsulas de espermatozoide depositadas também sugere que os animais seriam promíscuos, segundo os pesquisadores.
O comportamento incomum, afirmam eles, pode ser explicado pelo fato de que a lula está tentando ampliar as suas chances de passar adiante os seus genes em meio ao ambiente desfavorável em que vive.
Na pesquisa, os especialistas afirmam que ''no habitat profundo e escuro onde o Octopoteuthis deletron vive, os machos são poucos e estão espalhados".
''Nós sugerimos que o acasalamento bissexual do O. deletron faz parte de uma estratégia de reprodução que maximiza o sucesso ao induzir os machos a inseminar indiscriminadamente cada lula que encontram".
(Da BBC Brasil - www.bbcbrasil.com.br )
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