Foto Fernando Alexandre
Da parte mais alta das dunas, os vigias do Pântano do Sul passam todo o dia de olho no mar e nos peixes. De frente para o infinito, atentos a qualquer movimento que denuncie a existência de uma manta. E a tainha pode aparecer no arrepio, no amarelo, no vermelhão, no pulo, na aguada, na onda ou mesmo espanando. Quem sabia muito bem disso tudo era o Sêo Domingos, que por muitos anos foi o melhor dos vigias do Pântano do Sul. Os camaradas de pesca dizem que ele continua olhando o peixe lá de cima, da grande vigia. E em sua homenagem a “vigia” principal recebeu o seu nome.
Morando no "rancho"
“Na ilha nós temos várias modalidades de pesca. Agora, nesta oportunidade, maio, junho, é a pesca da tainha. Os pescadores, como eu falei, eles deixam as suas pequenas lavouras e vão para a praia. Se estabelecem nos ranchos das canoas, aguardando o momento em que o vigia dá o sinal de que tem peixe manteado perto da praia. Eles ficam nos ranchos os dois meses, comem e dormem lá, eles fazem tudo no rancho.”
Da parte mais alta das dunas, os vigias do Pântano do Sul passam todo o dia de olho no mar e nos peixes. De frente para o infinito, atentos a qualquer movimento que denuncie a existência de uma manta. E a tainha pode aparecer no arrepio, no amarelo, no vermelhão, no pulo, na aguada, na onda ou mesmo espanando. Quem sabia muito bem disso tudo era o Sêo Domingos, que por muitos anos foi o melhor dos vigias do Pântano do Sul. Os camaradas de pesca dizem que ele continua olhando o peixe lá de cima, da grande vigia. E em sua homenagem a “vigia” principal recebeu o seu nome.
Morando no "rancho"
“Na ilha nós temos várias modalidades de pesca. Agora, nesta oportunidade, maio, junho, é a pesca da tainha. Os pescadores, como eu falei, eles deixam as suas pequenas lavouras e vão para a praia. Se estabelecem nos ranchos das canoas, aguardando o momento em que o vigia dá o sinal de que tem peixe manteado perto da praia. Eles ficam nos ranchos os dois meses, comem e dormem lá, eles fazem tudo no rancho.”
(Franklin Cascaes - 1908/1983 - Artista, folclorista e pesquisador de cultura popular em entrevista a Raimundo C. Caruso em "Vida e Cultura Açoriana em Santa Catarina" - Edições da Cultura Catarinense - 1997
No Pântano do Sul, os pescadores não se mudam mais para os ranchos de canoa, mas passam todo o dia na praia. Alguns chegam a tirar férias de seus empregos na cidade nesta época do ano para participar da pesca da tainha. Na Vigia Sêo Domingos, eles ficam acampados "de soli parido a soli murrido".
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