segunda-feira, 29 de abril de 2019

AS TAINHAS QUE SE PESCAM AQUI

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Você sabia que as tainhas têm espécies? 

Por Mário Motta

Segundo a universitária Clarissa Ferreira (Do curso de Engenharia de Pesca da UDESC), ela pode ser chamada de Tainha para todas, virote para as jovens, facão para as que já desovaram, enfim. Não importa qual nome você usa, as tainhas que ocorrem da Venezuela até a Argentina pertencem a uma única espécie. Para o litoral brasileiro, sempre se acreditou que as encontradas do Rio de Janeiro para o norte, chamadas de Mugil liza, eram diferentes das tainhas encontradas de São Paulo para o sul, cujo nome científico é Mugil platanus. 

No ano passado, os resultados dos estudos filogenéticos realizados por Siccha-Ramirez e colaboradores mostraram que todas as tainhas que ocorrem desde a Venezuela até a Argentina pertencem à mesma espécie: Mugil liza. Como eles descobriram? Imagine-se no supermercado. Cada produto possui um código de barras. A leitura deste código gera informações sobre ele: preço, validade, estoque, etc. Nas tainhas, foi utilizado o “código de barras” situado no DNA mitocondrial, que permite determinar a qual população cada indivíduo pertence. Desta forma, os pesquisadores que analisaram as tainhas chegaram à conclusão que todas elas, além de pertencerem a uma única espécie, representam também uma única população amplamente distribuída. Nessa sexta-feira, os pescadores da Pinheira fizeram o primeiro “lanço” de Tainhota de 2018 e o Manoel Jacaré registrou em foto. Meus cumprimentos e que muitas outras cheguem às nossas praias.​

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