quarta-feira, 31 de agosto de 2016
TURISMO EMBARGADO
Foto: Paulo Flores / Divulgação
Tribunal Regional Federal suspende turismo embarcado de observação de baleias
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), responsável pelos processos no Sul do Brasil, manteve a suspensão do turismo embarcado de observação de baleias em Santa Catarina. A decisão leva em conta a sentença de dezembro de 2015, da 1ª Vara Federal de Laguna, em que foi mantida a interrupção das atividades até que o Instituto Chico Mendes (ICMBio) aplicasse as medidas de fiscalização.
A decisão desta terça-feira no TRF4 não leva em conta o julgamento de 9 de agosto, na 1ª Vara Federal de Laguna, que liberou o turismo embarcado com base no plano de fiscalização apresentado pelo ICMBio. Por ser de instância menor, a decisão de Laguna deve ser revista e o turismo embarcado segue suspenso.
O turismo embarcado de observação de baleias está suspenso em Santa Catarina desde maio de 2013, por ação doInstituto Sea Shepherd Brasil que apontou irregularidades, riscos aos turistas e molestamento dos animais. Coube ao ICMBio formular um plano de fiscalização, que não foi reconhecido pelo TRF4.
— Ficou demonstrado o estado de risco às baleias-francas e à comunidade, ainda mais diante das informações da falta de estudos de viabilidade, de plano de manejo e de estrutura técnica para a fiscalização convencional da atividade de turismo de observação de baleias — diz o relator do processo e desembargador federal Fernando Quadros da Silva.
Ainda segundo o desembargador, ¿há a necessidade de proteção irrestrita, com medidas efetivas para a fiscalização, com estudos de viabilidade, de plano de manejo e do licenciamento da atividade¿. Dessa forma a atividade de observação segue restrita por terra.
O ICMBio e o Sea Shepherd só deverão se manifestar sobre o assunto na quarta-feira, após analisarem melhor a decisão.
Impasse começou há quatro anos
2012
> O Instituto Sea Shepherd protocolou denúncia contra o turismo embarcado de observação de baleias. A juíza responsável pelo caso, Daniela Tocchetto Cavalheiro, entendeu que existiam falhas de gestão e proibiu esse tipo de turismo em Garopaba, Imbituba e Laguna. Para reverter a decisão foi exigido estudo de impacto ambiental. O ICMBio, responsável pela proteção da baleia-franca, declarou que o levantamento levaria pelo menos quatro anos.
2013
> A APA tentou reverter a decisão, mas a medida foi analisada duas vezes no Tribunal Regional Federal (TRF) e a decisão de suspensão foi mantida.
2014
> Em maio, a primeira audiência de conciliação reuniu ICMBio, Marinha do Brasil, Polícia Ambiental, Sea Shepherd e Ministério Público.
2015
> Em dezembro, o juiz Rafael Selau Carmona, da 1ª Vara Federal de Laguna, sentenciou que o turismo poderia ser retomado mediante a elaboração e implementação de plano de fiscalização que contemple a inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas.
2016
>Em maio, o ICMBio concluiu o Plano de Normatização, Fiscalização e Controle da Atividade de Turismo Embarcado de Baleias (Tobe). O material foi analisado pelas operadoras de turismo, prefeituras, órgãos ambientais e demais envolvidos e protocolado em Porto Alegre no dia 17/5 e em Laguna no dia 24.
> No dia 21 de junho, o Sea Shepherd protocolou pontos de discordância sobre partes do plano apresentado. O ICMBio então fez novas adequações e protocolou novo parecer sobre a proposta, em que mais uma vez se manifesta contra a liberação.
> No dia 8 de agosto, o Ministério Público Federal deu parecer sobre o caso atrelando a realização do turismo embarcado ao rigoroso cumprimento das regras apresentadas no Plano de Fiscalização.
> No dia 9 de agosto, o juiz Rafael Selau Carmona, da 1º Vara Federal de Laguna, aprova o Plano de Fiscalização e liberação do Turismo Embarcado de Observação de Baleias.
> No dia 30 de agosto, o Tribunal Federal Regional, em Porto Alegre, julga as apelações do processo de dezembro de 2015 e mantém a decisão daquela data pela suspensão do turismo embarcado de observação de baleias.
(Do www.clicrbs.com.br)
terça-feira, 30 de agosto de 2016
MORTE NO MAR
Animal estava com pedaço de rede de pesca preso à caudaFoto: Divulgação / R3Animal
Filhote de baleia jubarte é encontrado morto da praia da Joaquina, em Florianópolis
Animal tem 7,6 metros e deve ser enterrado no local
Uma baleia jubarte foi encontrada morta na praia da Joaquina na manhã desta segunda-feira, em Florianópolis. Esse é o segundo caso atendido na Ilha de Santa Catarina pelo Instituto R3 Animal nesta temporada. Após a necrópsia, o animal será enterrado na praia.
Trata-se de um filhote, com 7,6 metros. No domingo, o corpo do animal tinha sido avistado boiando próximo à Ilha do Campeche. Segundo Cristiane, o enterro do animal segue as medidas sanitárias para evitar contaminação e ocorre no lugar mais seco possível da praia.
— Com certeza ela morreu há mais de um dia. Ela está com um pedaço de rede de pesca preso à cauda. Mas só os exames podem comprovar a real causa de morte — explica veterinária Cristiane Kolesnikovas, da R3 Animal.
Os encalhes de baleia jubarte não eram comuns no litoral catarinense, mas se tornaram mais frequentes desde o ano passado. Pesquisadores acreditam que o aumento da população do animal e a influência do El Niño podem ser as causas da presença da espécie, comumente encontrada no Sudeste e Nordeste, mais ao sul do Brasil.
Na última segunda-feira, dia 22, outra baleia jubarte havia sido encontrada em Florianópolis, na na Praia do Moçambique. Foi o primeiro caso de encalhe desta espécie registrado na Ilha de Santa Catarina neste ano.
(Do www.clicrbs.com.br)
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
SEM PEIXE
Falta de registro como entreposto impede que comerciantes comprem produto direto de pescadores
Foto Felipe Carneiro / Diário Catarinense
Peixarias do Mercado Público de Florianópolis de portas fechadas nesta segunda-feira
Impasse sobre regularização das 13 peixarias como entreposto comercial, possibilitando a compra direta com os pescadores, motiva protesto dos comerciantes
O tradicional cheiro de peixe não apareceu na manhã desta segunda-feira no Mercado Público de Florianópolis. As 13 peixarias estão fechadas por falta de reconhecimento como entreposto pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), o que permitiria aos comerciantes adquirir mercadorias dos pequenos produtores, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A partir desta segunda-feira, os donos de peixarias só podem comprar peixe direto de pescadores se o estabelecimento estiver registrado como entreposto. Caso contrário, só poderá adquirir a mercadoria de um estabelecimento que tenha o título. Os peixeiros do Mercado Público reclamam que isso prejudica a qualidade do produto vendido. A alteração foi determinada pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE) na reabertura do Mercado Público em agosto de 2015, quando estabeleceu que o município deveria instalar o Serviço de Inspeção Municipal e reafirmar a continuidade desses estabelecimentos enquanto entrepostos. O prazo expirou no começo do ano, sendo prorrogado pela Cidasc por seis meses, encerrados domingo.
— Houve um período para se adaptarem, mas isso não aconteceu. Acreditamos que isso não muda o comércio, apenas que o produto não chega direto do pescador, mas de outros estabelecimentos. Várias peixarias da cidade fazem isso - afirmou osecretário municipal da Pesca, Maricultura e Agricultura, William Costa Nunes, em entrevista ao telejornal Bom Dia SC.
As 13 peixarias do Mercado Público de Florianópolis não abriram as portas nesta segunda-feira Foto: Felipe Carneiro / Diário Catarinense
O gerente de articulação da CDL, Hélio Leite, é o representante dos peixeiros. Ele também falou concedeu entrevista ao Bom Dia SC e citou que os comerciantes já entraram com um pedido na Justiça para poder comprar peixe direto dos pescadores:
— Não entendemos a negativa da prefeitura em prosseguir com o serviço de inspeção. Vamos tentar entender o escopo dessa situação. Esses entrepostos são fundamentais para o bom funcionamento das peixarias. Por enquanto, não há prazo para as 13 peixarias do Mercado Público reabrirem. Nós entramos no sábado como mandado de segurança para obter uma licença.
(Do www.clicrbs.com.br)
MAR AFORA...
Disco do compositor e violonista Guinga em parceria com a cantora portuguesa Maria João, gravado em Osnabrück, Alemanha, no fim de julho de 2015.
domingo, 28 de agosto de 2016
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
DE VOLTA AO ACONCHEGO!
Pinguins voltam à natureza
Fortes, bem alimentados e loucos para voltar ao mar. Assim estavam os onze pinguins devolvidos à natureza nesta quarta-feira, 24, na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Os animais estavam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Parque do Rio Vermelho, há cerca de 45 dias. O trabalho de reabilitação é feito pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental.
Os pinguins-de-magalhães são originários da Argentina e do Chile e com a chegada do inverno no Hemisfério Sul deslocam-se por águas brasileiras em busca de alimentos. Os que chegam às praias catarinenses geralmente estão debilitados pela viagem ou doentes. Após serem recolhidos, são tratados e quando adquirem cerca de 3,5 kg, são libertados em grupo. “Pela primeira vez no País, os pinguins estão recebendo microchip, em vez da anilha, aquela argola amarela que era colocada na asa. Isso dá mais conforto ao animal e também guarda os dados de quando foi atendido aqui no Rio Vermelho”, conta a veterinária e gestora da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas.
Em média, por ano, o Cetas recebe cerca de 50 pinguins. “Esse trabalho é o cumprimento da missão da Fatma e uma parceria entre os órgãos e a comunidade nos cuidados dos nossos bichos e dos que vem de longe”, explica o diretor de Proteção de Ecosssistemas da Fatma, Rogério Rodrigues.
Preservação e educação
O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “Os visitantes aprendem que o animal silvestre não é brinquedo e que é nocivo retirá-lo do habitat natural. Todo o trabalho executado no local é um exemplo de responsabilidade com o meio ambiente e uma forma de ensinar respeito a todas as espécies”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público.
(Do http://www.fatma.sc.gov.br/)
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
BALEIAS DE ONTEM!
Fotos Anderson Victor |
Fotos Nadja Maria Valladares |
Na praia da Gamboa - Garopaba - e no Rio das Pacas - na Ilha - SC - Brasil
Ontem, 23.08.2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
RECICLANDO SABORES DO MAR
Foto: Mathias Netto
|
Existem alimentos que a gente prepara em grandes quantidades para aproveitar as sobras durante a correria da semana. Este, definitivamente, não é o caso dos peixes. Quem já reaqueceu sobras de peixe no microondas sabe do que estou falando. Mas isto não quer dizer que peixes são casos de uma noite só, cujos vestígios devem ser apagados na manhã seguinte. É possível aproveitar sobras de peixe de várias maneiras, mas é preciso seguir algumas regras. A primeira é não tentar reviver o prato que passou. Sobras de peixe devem ser transformadas, e num prazo máximo de dois dias após o primeiro cozimento.
A forma mais prática de separar a carne e os espinhos de um peixe assado é fazer isso logo após o final da refeição. Fazer isso depois que o peixe tiver ido para a geladeira é um suplício. Quanto mais cedo você fizer isso, mais fácil será. Atenção com os espinhos. O segundo grande truque é ter muito cuidado ao reaquecer. Esqueça microondas e frigideiras muito quentes. Isso só resseca o peixe. O reaquecimento deve ser breve e suave. O melhor é tirar a geladeira e deixar chegar em temperatura ambiente antes de usar. Para incrementar o macarrão, misture a massa e o molho antes, e só depois adicione o peixe. O mesmo vale para a sopa - adicione o peixe nos minutos finais e mexa muito pouco. Para bolinhos, junte maionese, ovos, panko e ervas de sua escolha. Depois é só fritar. Para um patê, misture com iogurte, nata, queijo cottage, ervas, suco de limão ou vinagre, sal e pimenta (receita da foto - Blog Food52). Sirva sobre pão como aperitivo. Ou então experimente a receita abaixo (que vale para tainhas, anchovas, corvinas, etc):
PÃO DE TAINHA COM SEMENTE DE AROEIRA
Misture 2 xícaras de farinha, 1 colher de fermento em pó e 1 colher de chá de sal. Reserve. Bata 3 ovos, 1/3 de xícara de leite e 1/3 de xícara de azeite de oliva. Coloque coentro e salsinha picados, e semente de aroeira (pimenta rosa). Coloque a mistura de ovos sobre a mistura de farinha e mexa somente até combinar. Coloque duas xícaras de sobras de peixe e mexa delicadamente até incorporar. Coloque a mistura numa forma de pão untada com manteiga. Enfeite com mais sementes de aroeira. Asse em forno a 180 graus. Sirva com um fio de azeite de oliva e salada.
http://www.observasc.net.br/
Fonte: Food52
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
ROTEIRO
quanto me arrependo
não ter conduzido
com mão forte e firme
o leme as rédeas
o tempo não para
o vento prossegue
esparrama os sonhos
e as folhas secas
e é por orgulho
talvez covardia
que vagueio solta
barco à deriva
(Da Liria Porto)
sábado, 20 de agosto de 2016
MAR DE BALEIAS
Um dos animais semi-albinos estava interagindo com as demais baleias, enquanto o outro nadava sozinho
Foto Carolina Bezamat/PBF / Divulgação
Baleias semialbinas são avistadas no Sul de Santa Catarina
Por LARIANE CAGNINI
Duas baleias-francas semialbinas, consideradas raras, foram avistadas nesta quinta-feira por um grupo de pesquisadores. Os cetáceos estavam na praia de Itapirubá Norte, em Imbituba, e não são os mesmos que foram avistados no litoral no ano passado. Esse foi o primeiro sobrevoo de monitoramento da temporada, realizado pelo Projeto Baleia Franca (PBF).
Avistagem em setembro de 2011
Foto Amanda Carvalho Viana / PBF/Brasil
As baleias semialbinas têm a coloração branca com pintas pretas, que vão escurecendo ao longo dos anos, até ficarem acinzentadas. Nos dois mamíferos avistados, as marcas já estão em processo de escurecimento, o que indica tratar-se de dois subadultos. A característica genética, além de modificar a coloração, faz com que semi-albinos geralmente sejam macho.
Em 2013, elas também marcaram presença no litoral catarinense
Foto Projeto Baleia Franca / Divulgação
Durante a atividade realizada ontem, foram avistadas 45 baleias, sendo 11 pares de mãe e filhote e 23 baleias não acompanhadas de filhotes. O grupo de cetáceos adultos estava em comportamento social e de acasalamento.
Segundo a diretora de pesquisa do PBF e bióloga, Karina Groch, a quantidade de baleias, em comparação com o ano passado, chamou a atenção dos pesquisadores. Ao longo de toda a temporada reprodutiva, foram registrados predominantemente pares de mãe e filhote.
(Do www.clicrbs.com.br)
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
MAR DE ALBERT MARQUET
La ventana en La Goulette//Albert Marquet
(27 de Março de 1875, Bordéus – 13 de Junho de 1947, Paris)
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
MAR DE PLÁSTICO
Foto Guilherme V. B. Ferreira |
Postado por Matheus Henckmaier
Estuários tropicais estão entre os ambientes aquáticos mais produtivos do planeta, e suportam uma produção pesqueira de importância econômica e social. No entanto, a crescente pressão antrópica vem provocando diversas modificações das funções naturais dos estuários. Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Gerenciamento de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) analisaram o trato digestivo da pescada-amarela no Estuário do Rio Goiana em Pernambuco, que faz parte da Reserva Extrativista Acaú-Goiana. O item que apareceu com maior frequência, em todas as fases de vida foram os resíduos plásticos: 64,4% dos juvenis, 50% dos sub-adultos e 100% dos adultos tinham resíduo plástico em seus estômagos.
A ingestão de resíduos plásticos pela ictiofauna é recorrente em sistemas estuarinos devido à abundância deste contaminante nestas áreas, associada a condições ambientais como turbidez da água, hidrodinâmica do estuário, transferência pela cadeia trófica, entre outros fatores. Espécies que pertencem a família Sciaenidae frequentemente utilizam os estuários em seu ciclo de vida. Elas desovam no mar e utilizam o ambiente estuarino como criadouro de larvas, juvenis e sub-adultos, podendo permanecer, sob condições favoráveis, no estuário o ano todo. Estas espécies sofrem com as ações antrópicas durante praticamente todo seu ciclo de vida. Dentre os detritos encontrados, 97% deles eram filamentos de plástico de aproximadamente 5 milímetros. Vale ressaltar que esta espécie possui ampla distribuição pelo litoral brasileiro, representando um importante recurso pesqueiro que deve ser preservado. Estudos desta natureza revelam como a intensa ação antrópica interfere na cadeia trófica de diversos organismos direta ou indiretamente.
Para ler o artigo completo clique aqui.
(Do http://www.observasc.net.br/)
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
MAR DE BALEIAS
Prime Minister’s Office of Japan
O portal do primeiro-ministro, Shinzo Abe, permanece parcialmente bloqueado
Hackers atacam página do primeiro-ministro do Japão por caça às baleias
Por Agência Lusa
O grupo internacional de hackers Anonymous reivindicou autoria do ato; a polícia japonesa segue investigando o caso
O movimento de hackers (pessoas que elaboram e modificam softwares e hardwares de computadores) Anonymous bloqueou o acesso à página na internet do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, num ataque em protesto contra o programa de caça às baleias.
O portal do primeiro-ministro permanece parcialmente bloqueado devido a um ataque de recusa de serviços (DDos ou Distributed Denial of Service), cuja autoria foi reivindicada pelo grupo internacional de hackers na rede social Twitter, onde afirma que a caça de baleias “não é um direito cultural”.
O porta-voz do Executivo japonês, ministro Yoshihide Suga, reconheceu, em entrevista, que o ataque limitou o acesso ao portal de Shinzo Abe e informou que a polícia investiga se ele foi cometido por integrantes do Anonymous.
A ação dos piratas ocorre em represália à decisão do governo japonês de retomar o programa de caça de baleias. Pelo programa, poderão ser capturadas, na atual temporada, 333 exemplares no Oceano Antártico para fins que, segundo o governo, são científicos.
Reprodução/Anonymous
Grupo de hackers Anonymous afirma que a caça de baleias “não é um direito cultural”
Mais de 30 países, incluindo todos os que integram a União Europeia, os Estados Unidos, o México e a Austrália, apresentaram nesta semana proposta conjunta ao governo japonês contra a caça de baleias, que também é contestada por organizações ambientalistas.
A rede Anonymous posicionou-se contra essa prática, como fez em relação à caça de golfinhos de Taiji, no oeste do Japão, em novembro, quando os hackers provocaram o colapso de dezenas de portais japoneses.
OUTROS CAMINHOS...
O lendário Caminho de Peabiru
O Peabiru é um antigo caminho que ligava o oceano Atlântico ao Pacífico e tinha cerca de 4 mil quilômetros. Em princípio sabia-se que o caminho passava pelos estados de Paraná, Santa Catarina e São Paulo e terminava na costa do Peru e Chile. Recentemente, a pesquisadora Rosana Bond descobriu um ramal litorâneo ininterrupto que começava no litoral rio-grandense, passando por Santa Catarina, Paraná, São Paulo e se estendendo até o Rio de Janeiro.
Há relatos que esta ramificação foi usada pelos índios desde pelo menos 1500 anos atrás, antes mesmo da chegada dos espanhóis e portugueses. Alguns dos trechos peabiruanos no Brasil tinham cerca de 1,40 m de largura e 40 centímetros de rebaixamento. Eram forrados com gramíneas cujas sementes se aderiam aos pés e pernas dos índios e assim eram naturalmente carreadas e redistribuídas pelo caminho.
Postado por Henry Luft
O Peabiru é um antigo caminho que ligava o oceano Atlântico ao Pacífico e tinha cerca de 4 mil quilômetros. Em princípio sabia-se que o caminho passava pelos estados de Paraná, Santa Catarina e São Paulo e terminava na costa do Peru e Chile. Recentemente, a pesquisadora Rosana Bond descobriu um ramal litorâneo ininterrupto que começava no litoral rio-grandense, passando por Santa Catarina, Paraná, São Paulo e se estendendo até o Rio de Janeiro.
Há relatos que esta ramificação foi usada pelos índios desde pelo menos 1500 anos atrás, antes mesmo da chegada dos espanhóis e portugueses. Alguns dos trechos peabiruanos no Brasil tinham cerca de 1,40 m de largura e 40 centímetros de rebaixamento. Eram forrados com gramíneas cujas sementes se aderiam aos pés e pernas dos índios e assim eram naturalmente carreadas e redistribuídas pelo caminho.
Existem pelo menos quatro hipóteses sobre quem foram os "construtores" do Caminho:
1) O povo itararé;
2) O povo guarani;
3) Os incas;
4) Uma figura lendária chamada de Sumé pelos índios, mas tida como São Tomé pelos padres. Diversos trechos da trilha podem ter sido executados por populações milenares e que mais tarde os guaranis, em sua busca religiosa pela Terra Sem Mal, teriam completado a construção.
Dentro do entendimento de como se orientou a construção da trilha, descobriu-se um importante papel representado pelo rio Itapocu (SC) no trajeto do Caminho.
Há vários anos alguns estudiosos vêm questionando se o Peabiru iniciava-se neste rio. E após pesquisas foi descoberto que o Caminho era realmente feito pelo Itapocu, como revelaram seu nome original e verdadeiro: Tape Puku, que significa "Caminho Comprido".
1) O povo itararé;
2) O povo guarani;
3) Os incas;
4) Uma figura lendária chamada de Sumé pelos índios, mas tida como São Tomé pelos padres. Diversos trechos da trilha podem ter sido executados por populações milenares e que mais tarde os guaranis, em sua busca religiosa pela Terra Sem Mal, teriam completado a construção.
Dentro do entendimento de como se orientou a construção da trilha, descobriu-se um importante papel representado pelo rio Itapocu (SC) no trajeto do Caminho.
Há vários anos alguns estudiosos vêm questionando se o Peabiru iniciava-se neste rio. E após pesquisas foi descoberto que o Caminho era realmente feito pelo Itapocu, como revelaram seu nome original e verdadeiro: Tape Puku, que significa "Caminho Comprido".
Atualmente, no estado do Paraná, existe um projeto que visa a reabertura e reutilização deste caminho centenário. O Peabiru seria então uma opção turística para os meses de inverno, tempo onde a baixa temporada afeta economicamente os municípios litorâneos. A exemplo deste tipo de turismo, tem-se o Caminho de Santiago da Compostela, na Espanha, que atraí todos os anos milhares de aventureiros, vindos das mais diversas partes do mundo parra percorrer o caminho. Uma boa opção também para Santa Catarina.
Fonte: "O fascinante caminho de Peabiru"; Cadernos da Trilha, 2014, Volume 2.
Fonte: www.anovademocracia.com.br
domingo, 14 de agosto de 2016
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
AS MÃOS, SEMPRE AS MÃOS...
Foto ahcravo gorim
(crónicas da xávega (38)
as mãos
regresso sempre às mãos
às mãos e ao peso
que sobre elas
tudo
ao pão suado salgado
sofrido esmifrado
aos braços ferramenta
aos escravos da fome
dos filhos do hoje
do manhã do nunca
do sonho
do desespero
da esperança
regresso sempre às mãos
nem sempre
vazias
(Do ahcravo gorim)
(torreira; companha do marco; 2012)
o saco aproxima-se, os bordões apertam as mangas, os homens esperam o pão
MAR DE HISTÓRIA
Baleeiro, Ilha Deception, Antártica
Exposição de fotos Mar de História, Mariner Boat Show, Pavilhão de Exposições do Anhembi, de 10 a 13 de agosto
Se você perdeu a recente exposição de João Lara Mesquita no Shopping JK, esta é outra oportunidade. A exposição abre dia 10 de agosto, e vai até dia 13 de agosto.
Onde, e quando, acontece a exposição Mar de Histórias?
A exposição está acontecendo na feira náutica Mariner Boat Show, que acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, de 10 a 13 de agosto. Dias 10,11 e 12, das 13hs às 21hs. Dia 13 de agosto, das 10hs até às 18hs.
Nascer do sol em Luis Correia, Piauí
Pavilhão de Exposições do Anhembi
Saiba como chegar ao Pavilhão onde ocorre a exposição de fotos Mar de Histórias.
Bote- bastardo na foz do Jaguaribe, Ceará.
A exposição Mar de Histórias selecionou dez belíssimas imagens do litoral brasileiro, e seus barcos típicos, além de uma raridade: um antigo baleeiro encalhado na Antártica.
Bote- bastardo no cavado da onda, Ceará.
(Do marsemfim.com.br/)
A PESCA FANTASMA
Fotos: 1. Tim Sheerman-Chase; 2.Doug Helton/NOAA; 3. NOAA
A pesca fantasma causa grande impacto nos ecossistemas marinhos
No dia 14 de agosto, domingo próximo, comemora-se o Dia de Combate à Poluição. Nas águas marinhas, algumas práticas poluidoras causam efeitos devastadores. É o caso da chamada "pesca fantasma”, que ocorre quando petrechos de pesca abandonados, perdidos ou descartados, como redes e armadilhas, continuam capturando peixes e outros seres marinhos e, pior, transformando-os em isca para continuar pescando e matando outros peixes.
No Brasil, não se tem uma estimativa do número de animais capturados desta forma, mas no norte do Oceano Pacífico aproximadamente 20 a 30% do total das redes utilizadas são perdidas, representando quase 7.000 km de redes dentro do mar.
A pesca responsável, a remoção e o descarte apropriado de petrechos perdidos no mar é responsabilidade de todos.
(Referência: Chaves, P.T. & Robert M.C. 2009; Bullimore, Blaise A., et al. 2016 - via Oceana Brasil.)
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
HAVER BALEIAS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
MPF dá parecer favorável ao turismo embarcado de observação de baleias em Santa Catarina
Por
ERICH CASAGRANDE
O Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina deu parecer favorável à liberação do turismo embarcado de observação de baleias-francas no Litoral Sul do Estado, desde que sejam cumpridas todas as regras previstas no plano de fiscalização elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A análise ajudará a embasar a decisão do juiz Rafael Selau Carmona, da 1ª Vara da Justiça Federal de Laguna, que deve emitir a decisão sobre a liberação da atividade, proibida desde 2013, nos próximos dias.
A atenção ao cumprimento da fiscalização pelo ICMBio é ressaltada pelo MPF logo na introdução do parecer quando enfatiza a necessidade "da inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas". Em resumo, o parecer é favorável ao turismo embarcado das baleias francas desde que o ICMBio cumpra o que propôs no Plano de Fiscalização que apresentou.
Sobre o documento, o MPF se posicionou a favor da homologação e entendeu que as questões que condenaram o ICMBio foram contempladas. Por outro lado, o Instituto Sea Shepherd, autor da ação civil pública que levou à exigência de respostas do ICMBio, mantém o posicionamento contrário à prática como divulgado em nota, pela advogada Renata Fortes.
"A nossa posição é pela improcedência do plano de fiscalização, pois nada foi apresentado pelo ICMBio que altere o risco de acidentes para os turistas e o molestamento das baleias durante os passeios, já que as regras de segurança de navegação são incompatíveis com as regras da Portaria 117/96 IBAMA, e isso todos já sabem. Por exemplo, você pode determinar aos barcos que desliguem os motores a 300 metros de uma baleia, isso não impedirá que ela se aproxime da embarcação, e se esta estiver na arrebentação não poderá desligar os motores, logo o que adianta a presença de um monitor? Todos que querem a volta do TOBE [turismo embarcado] no berçário estão conscientemente colocando em risco a vida de centenas de turistas e aprovando o molestamento das baleias e seus filhotes".
O ICMBio entende que o parecer do MPF mostra que o Plano de Fiscalização é consistente e assume a responsabilidade ressaltada pelo órgão.
— Ele precisa ser executado da forma que foi apresentado. Essa será nossa responsabilidade. E também estaremos atentos a qualquer situação para reavaliar os procedimentos, se necessários — avalia Cecil Barros, gestor da APA pelo ICMBio.
O MPF também cita na conclusão do parecer a responsabilidade do "cidadão", no seu comportamento, como também parte responsável pelo turismo sustentável.
— A sociedade, turistas, todos devem denunciar e fiscalizar a ação das operadoras, que por sua vez devem cumprir as regras — destaca Barros.
A observação de baleias por barcos está proibida desde maio de 2013, após ação do Instituto Sea Shepherd. Três anos depois, em 2016, o ICMBio apresentou suas propostas de ações e desde então o processo seguiu para avaliação das partes. O Sea Shepherd e o próprio ICMBio voltaram a incluir documentos ao processo em junho e na semana passada a ONG protocolou novo parecer.
Além do molestamento às baleias, que no litoral de Santa Catarina geralmente são mães acompanhadas dos filhotes recém-nascidos ou ainda pequenos, o Instituto Sea Shepherd afirma que a prática de turismo embarcado gera riscos aos turistas.
O Instituto destaca acidentes em outros lugares do mundo que aconteceram por reações dos animais e que colocaram em risco a vida de turistas. No que envolve o animal, os argumentos estão no incômodo gerado, desrespeito das medidas de segurança e nos ferimentos causados pelas hélices dos motores e na preservação da área.
Por outro lado, o ICMBio apresentou um plano de prática para o turismo embarcado na região da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca em que garante a correta fiscalização com a presença de um monitor em cada uma das embarcações. O plano também prevê limite máximo de passeios por semana e por feriados.
A proposta do ICMBio também estabelece o desenvolvimento de estudos para avaliar melhor como deve ser ou turismo embarcado e para ampliar o conhecimento sobre o animal. Barros entende que o órgão tem mais estrutura e recursos para fiscalizar e operar do que tinha há quatro anos.
Impasse começou há quatro anos
2012
> O Instituto Sea Shepherd protocolou denúncia contra o turismo embarcado de observação de baleias. A juíza responsável pelo caso, Daniela Tocchetto Cavalheiro, entendeu que existiam falhas de gestão e proibiu esse tipo de turismo em Garopaba, Imbituba e Laguna. Para reverter a decisão foi exigido estudo de impacto ambiental. O ICMBio, responsável pela proteção da baleia-franca, declarou que o levantamento levaria pelo menos quatro anos.
2013
> A APA tentou reverter a decisão, mas a medida foi analisada duas vezes no Tribunal Regional Federal (TRF) e a decisão de suspensão foi mantida.
2014
> Em maio, a primeira audiência de conciliação reuniu ICMBio, Marinha do Brasil, Polícia Ambiental, Sea Shepherd e Ministério Público.
2015
> Em dezembro, o juiz Rafael Selau Carmona, da 1ª Vara Federal de Laguna, sentenciou que o turismo poderia ser retomado mediante a elaboração e implementação de plano de fiscalização que contemple a inspeção in loco e ostensiva das atividades nas embarcações durante as saídas.
2016
> Em maio, o ICMBio concluiu o Plano de Normatização, Fiscalização e Controle da Atividade de Turismo Embarcado de Baleias (Tobe). O material foi analisado pelas operadoras de turismo, prefeituras, órgãos ambientais e demais envolvidos e protocolado em Porto Alegre no dia 17/5 e em Laguna no dia 24.
> No dia 21 de junho o Sea Shepherd protocolou pontos de discordância sobre partes do plano apresentado. O ICMBio então fez novas adequações e protocolou novo parecer sobre a proposta, em que mais uma vez se manifesta contra a liberação.
> No 8 de agosto, o Ministério Público Federal deu parecer sobre o caso atrelando a realização do turismo embarcado ao rigoroso cumprimento das regras apresentadas no Plano de Fiscalização.
(Do www.clicrbs.com.br)
O LIXO NOSSO...
Foto: share in america org
Mancha de lixo do Pacífico e portas de saída
Publicado por João Lara Mesquita
Descoberta: mancha de lixo do Pacífico tem portas de saída
Um dos autores do novo estudo, Christophe Maes, oceanógrafo da France’s University of Western Brittany (UBO), e da French Research Institute for Development (IRD), acaba de publicar uma descoberta que pode piorar ainda mais uma solução para a grande mancha do Pacífico. Conduzido pelas correntes marinhas, em interação com o movimento de rotação da Terra, qualquer tipo de lixo plástico acaba se juntando a outros, num ponto remoto do Pacífico onde, de acordo com cientistas, a massa de lixo “tem o tamanho de 680 mil quilômetros quadrados, o que equivale aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados”.
Oceanos: ainda tratados como lata de lixo da humanidade
Ilustração: operamundi
Até agora, pensava-se que não havia portas de saída para esta enorme quantidade de plástico, que ficaria eternamente presa num rodamoinho provocado pelas correntes, ventos, e outros fatores. A mancha do Pacífico, por seu gigantismo, é uma prova cabal que os oceanos continuam a ser tratados como “lata de lixo da humanidade”. Seja até por gravidade, “tudo que é produzido pela humanidade acaba parando no mar”.
Oito toneladas de plástico por minuto são jogados nos oceanos
Recente pesquisa da Ellen MacArthur Foundation estima que haja mais de 150 milhões de toneladas de material plástico nos oceanos. A Pesquisa indica que, se as condições forem mantidas, haverá mais plástico que peixes em 2050.
Foto: ambro2003 blogspot.com
Hecatombe produzida pela nossa geração
O plástico, e materiais assemelhados, se tornam partículas que vão parar no estômago de animais e aves marinhas
Pela crença que a mancha de lixo seria estática, cientistas já estudavam maneiras de diminuir seu tamanho e impacto. Mas a descoberta das portas de saída pioram o quadro: tornam bem mais difícil lidar com esta hecatombe produzida pela nossa geração.
Peixes e aves acabam ‘se alimentando’ com pedaços de plástico. Foto: jorgetioosala worldpress.com
Correntes ‘de saída’ levam lixo ao litoral
O novo estudo mostra que há correntes “de porta de saída”. Usando modelos de computador os cientistas rastreadas as trajetórias de vários milhões de partículas virtuais. Os resultados revelaram a existência de correntes Outward Bound, com várias centenas de quilômetros de largura, que fluem para o leste, para longe do giro, em direção às costas da América do Norte e América do Sul.
Foto: Fortmyersbeachfi.gov
Descoberta prevê piora para a saúde da vida marinha
Para Erik van Sebille, um oceanógrafo do Imperial College Londonas rotas de saída são uma boa notícia para a limpeza do lixo, mas não para projectos destinados a melhorar a saúde da vida marinha.Se você está focando a limpeza nas costas, então isso vai facilitar as coisas porque um monte de lixo acabará nas praias, o que lhe permite concentrar seus esforços ali. A má notícia é que o plástico faz muito mais mal perto das costas, do que em mar aberto, onde há muito menos vida marinha. Litorais são os locais onde estão os ecossistemas mais importantes, como os recifes de coral, manguezais, estuários, etc
Ilha de plástico em Cabo Verde