Nas praias sonolentas de seu dorso
Dedos ávidos criam dunas de carícia,
Setembro, sereia de lúdicas delícias,
Exploro seu litoral sem carta de corso.
Entro na angra gentil da sua mente
sem vestígio de pegada humana.
Lanço a âncora sutil que me prende
à realidade que de tudo emana.
Pirata de um sonâmbulo Caribe
Rapto a praia em forma de mulher
que tudo oculta, trama, mais que exibe.
Minha ilha do tesouro onde sinos de vento
Despertam de seus mais íntimos degredos,
Tomam de assalto meu pensamento.
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(Rodrigo Garcia Lopes)
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