Foto Cláudio Dybas |
Postado por Matheus Henckmaier
A pesca artesanal de camarões utilizando redes de arrasto é uma das mais praticadas no sul do Brasil. Como ocorre em outras pescarias que utilizam o método de arrasto, existe uma elevada taxa de captura acidental de outras espécies. Esta fauna acompanhante, que muitas vezes supera em biomassa a captura da espécie-alvo, geralmente é composta por indivíduos sem valor econômico ou por juvenis de espécies exploradas, principalmente peixes da família Sciaenidae (grupo das pescadas, corvina). Com o objetivo de reduzir as capturas acidentais, pesquisadores do Centro de Estudos do Mar (UFPR) testaram redes de arrasto com diferentes tipos de malhas (formato, tamanho e material) para serem utilizadas na pesca de arrasto de camarão no litoral do Paraná.
Foi analisada a eficiência relativa de dois desenhos de saco de rede de mesma circunferência (~2m), ambas com malha quadrada mas de diferentes tamanhos e materiais (32 mm de polietileno e 30 mm de poliamida). Estes dois desenhos foram comparados com o tipo de rede que os pescadores utilizam, malha em forma de losango com 26 mm feita de poliamida. As capturas acidentais foram reduzidas em 16,6 e 10,0% para redes em forma de quadrado com 32 e 30 mm respectivamente. Embora não sejam números muitos expressivos, os resultados obtidos indicam uma melhoria significativa na seletividade por tamanho médio de algumas espécies, do próprio camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) e daquele mais capturado sem intenção, o cangoá (Stellifer rastrifer). Os resultados obtidos mostraram que sacos com malha em forma de losango são menos seletivos se comparados com sacos utilizando malhas em forma de quadrado, e que esta modificação seria uma solução técnica adequada para a redução da captura acidental.
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