Catadores de berbigão vão receber capacitação para melhorar qualidade sanitária do molusco na Ilha
Com o SIF, produto catarinense poderá ser vendido para qualquer parte do país
por Fábio Bispo
O comércio de berbigão em Florianópolis está a um passo de sair da condição de subsistências para buscar novos mercados. A proposta é melhorar a qualidade do molusco extraído na Tapera e Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, sul da Ilha, e garantir ao produto o SIF (Selo de Inspeção Federal). O novo modelo eliminaria a figura do atravessador na comercialização, proporcionando rendimento maior ao produtor. Ontem, catadores das duas regiões se reuniram na Câmara de Florianópolis com membros do executivo e do Ministério do Trabalho e Emprego para definir a aplicação de R$ 600 mil repassados ao município para capacitação técnica e aquisição de equipamentos.
Luiz Evangelista/ND
O molusco extraído em Florianópolis terá ainda mais qualidade com o Selo de Inspeção Federal
Atualmente, o beneficiamento do berbigão extraído no Baixio da Tipitinga, maior banco de produção no sul do país, é feito de forma artesanal pelos catadores em suas próprias casas e ranchos. “A nossa proposta é criar cooperativas e aí conquistar o selo de qualidade sanitária”, disse Fabrício Gonçalves, presidente da Associação Caminho do Berbigão. Para conseguirem tanto o selo de qualidade sanitária como a estrutura adequada para o beneficiamento do molusco os catadores pretendem reativar o prédio da CoperOstra, onde devem ser instalados equipamentos.
João Nazareno Bilck, do comitê responsável pela execução do convênio, afirma que a realidade da extração do berbigão mudará. “Eles aprenderão como manipular adequadamente o molusco de acordo com as normas sanitárias e estarão capacitados para fazer a venda direta”, disse. Cada associação terá a disposição um veículo adaptado para transporte das mercadorias. Os recursos já foram repassados à Secretaria Municipal de Pesca, e depende, agora, apenas da sua aplicação.
(Do ND - www.ndonline.com.br)
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