terça-feira, 18 de outubro de 2011

A FINITUDE DOS OCEANOS

Foto Nasprofun Doceano

Porta-bandeira dos mares
O oceano não é infinito, alerta Sylvia Earle

Referência em oceanografia, Sylvia Earle denuncia a degradação dos oceanos causada pelas petroleiras, pela poluição e pela pesca predatória. Para conhecermos melhor os mares, propõe uma nova era de exploração oceânica, estratégica na geopolítica atual, em que territórios submarinos já são objeto de disputa.


É PROVÁVEL QUE você nunca tenha ouvido falar de proclorococos. E é quase certo que morrerá sem ter visto um. Por uma boa razão: essas criaturas marinhas medem um milésimo do diâmetro de um fio de cabelo, e sua existência era desconhecida até 1986. Essas microalgas de nome complicado estão presentes no seu cotidiano de modo simples, insuspeito -e crucial. "Eles produzem o oxigênio de uma em cada cinco lufadas de ar que você respira", explica a oceanógrafa Sylvia Earle.

Apesar de serem tão essenciais, os proclorococos e outras centenas de milhares de espécies que habitam os oceanos não têm lobby organizado, nem direito de greve, nem representação parlamentar.
E têm aguentado calados todo tipo de ofensa imposta pela humanidade, da sobrepesca à acidificação dos mares pelas emissões de gás carbônico. Do lixo que transformou uma área do Pacífico do tamanho dos EUA num sopão de plástico aos megavazamentos de petróleo como o da plataforma Deepwater Horizon, que explodiu em 2010 no golfo do México.
Para sua sorte, o mar e seus habitantes têm na americana Sylvia Earle, 75, sua principal porta-voz.
 
(Claudio Angelo - da Folha de São Paulo - Ciência)

Mergulhe fundo e veja a entrevista completa no http://www.tainhanarede.com.br/agua-viva/meio-ambiente/o-fim-dos-mares

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