Foto Roberto Akira
Uma tartaruga da espécie verde capturada por pescadores da Barra da Lagoa no dia 1° de março foi solta ontem, às 15h30min, pela equipe do Projeto Tamar em Florianópolis. A bióloga Camila Trentin Cegoni disse que o animal caiu na rede e os pescadores avisaram logo os socorristas do projeto. A tartaruga, cujo nome científico é Chelonia mydas, aparenta ter cinco anos de idade, mede 40 centímetros e pesa 7,5 quilos. – Fizemos vários exames. Só volta quem está realmente apta. Camila explica que a colaboração dos pescadores é essencial para o projeto, já que é comum a apreensão, sem querer, de tartarugas em redes de pesca artesanal. Antes de ser liberado, o réptil recebe um chip nas nadadeiras. Em caso de uma nova captura, pode fornecer informações sobre seu estado de saúde. Cerca de cem pessoas acompanharam a soltura. Entre eles, estudantes de Oceanografia da UFSC. Os veteranos resolveram levar os calouros para a soltura como uma espécie de trote solidário. Quando a tartaruga entrou no mar e foi coberta por uma onda, todos que assistiam “à verdinha” voltar para casa bateram palmas. Projeto Tamar - Visitação: todos os dias. - Horário: das 9h30min às 17h30min. - Valor: R$ 8 e R$ 4 para estudantes. - Isentos: crianças até 12 anos e pessoas acima de 60 anos - Escolas podem agendar as visitas pelo telefone (48) 3236-2015. Mais informações podem ser encontradas no site: www.tamar.org.br/cv–sc–barradalagoa.php.
De olho na cabeçuda
Desde 18 de dezembro de 2010, a equipe do Projeto Tamar de Florianópolis monitora – por meio de um transmissor fixado no casco – a tartaruga macho da espécie cabeçuda devolvida ao mar. De acordo com a bióloga do Projeto Tamar de Florianópolis, Camila Trentin Cegoni, a tartatura, apelidada de “careto”, está no Sul do litoral do Rio Grande do Sul, na altura da cidade de Rio Grande. A tartaruga havia sido encontrada em Araquari, no Litoral Norte, encalhada com uma linha de pesca saindo pela cloaca. Ela foi levada para o Projeto Tamar, onde passou por uma cirurgia para a retirada do anzol. O transmissor, obtido graças a uma parceria com a Administração Norte-americana de Oceanos e Atmosfera, foi colocado para os cientistas descobrirem mais informações sobre o modo de vida da tartaruga cabeçuda. Os dados sobre as rotas migratórias e hábitos alimentares dos machos são raros no mundo todo.
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