Foto Júlio Cavalheiro/DC
Apenas com a cabeça de fora da água, de postura sorrateira, com se evitassem chamar a menor atenção, três dos quatros pinguins "foragidos" da Central de Triagem da Polícia Militar Ambiental foram avistados na manhã desta quinta-feira na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Eles estariam "aterrorizando" os peixes da Lagoa.
A caçada policial em busca ao quarteto começou no último domingo, quando os animais fugiram da triagem, que fica no bairro Rio Vermelho, às margens da Lagoa. Após alimentar os pinguins, uns dos funcionários não trancou corretamente o cercado. Neste momento, as aves aproveitaram a oportunidade para escapar.
— Nós estamos tentando pegar eles desde segunda-feira, mas está difícil. Esperamos localizá-los até sexta-feira — planejou Marcelo Duarte, sargento da Polícia Militar Ambiental.
Segundo o sargento, os "fugitivos" podem viver tranquilamente nas águas da Lagoa da Conceição, mesmo sob forte calor. O único problema das altas temperaturas é a propensão maior para formação de fungos e protozoários nesses animais.
— Como eles vieram do extremo-sul do continente, onde a condição é mais seca e fria, não têm a mesma resistência a esses fungos, como as aves marinhas daqui — explicou Duarte.
Outro agravante ocorre no estado de saúde deles. Os quatro apresentam algum problema nas asas ou na formação da penugem. Por isso, eles ficam em tratamento até maio de 2011, quando provavelmente serão soltos se estiverem totalmente recuperados.
Peixes aterrorizados
O sargento também destacou que as aves estão bem alimentadas porque na Lagoa há uma abundância de peixes.
— E esses peixes não são acostumados com predadores com os pinguins, por isso são presas fáceis. Os bichos estão fazendo a festa — brincou o policial.
Como é muito complicado dominá-los na água, foi arquitetado um plano para recapturá-los. De acordo com Duarte, à noite eles ficam na praia. Depois de identificar qual o ponto usado como esconderijo, será montada a tocaia.
Para quem avistar os animais, a orientação da polícia é não tentar segurá-los e ligar para o (48) 3269-7211. Mas o sargento pede que as pessoas façam a ligação apenas se os pinguins estiverem em terra.
(Do http://www.diario.com.br/ )
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