Netuno, de Angelo Bronzino, pintor Florentino (1503-1572)
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta
(Terceira estrofe do poema Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões)
Netuno ou Poseidon, o deus do mar na mitologia grega e romana, era filho de Saturno e irmão de Júpiter e Plutão. Juntos, destronaram o pai e o encerraram na região dos Infernos, cada um pegou para si a sua arma e repartiram o universo entre eles. Júpiter pegou o raio e o trovão, e ficou com os céus. Plutão pegou o capacete e ficou com o mundo dos mortos. Netuno pegou o tridente e ficou com os mares.
Dizem os poetas: "Salve Poseidon, deus da negra cabeleira! Que os que estão no mar experimentem a tua benevolência e o teu socorro."
O tridente tem o poder de abalar a terra e o oceano, formando terremotos e maremotos, mas também faz a água brotar das rochas e do solo. Traz as grandes secas e as grandes inundações.
Segundo o mito, Netuno mora num belo palácio no fundo do mar Egeu e percorre os oceanos numa carruagem de cavalos de cabeça de bronze e crina de ouro, seguida de uma comitiva de milhares de nereidas, hipocampos, delfins, ninfas e outros seres do mar. E quando ela passa, as ondas se abrem tranqüilamente.
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