Na tarde deste domingo, uma visitante não muito conhecida fez a festa nas praias de Cachoeira do Bom Jesus e Ponta das Canas, Norte da ilha. Uma baleia-de-bryle, espécie não muito freqüente por aqui, circulava há poucos metros da praia. Mas acabou encalhando em Ponta das Canas, onde se realizava a Festa de São Pedro. Socorrida por integrantes do Instituto Chico Mendes e pescadores, foi libertada e pode voltar a navegar tranquilamente. Monitorada pela “equipe” até a Ponta do Rapa, a visitante encontrou mais oito baleias da mesma espécie.
A baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni Anderson, 1879*) pertence à Ordem Cetacea (baleias e golfinhos), no grupo dos animais que não possuem dentes e são chamados de Misticetos (baleias de barbatana). Possuem um corpo lânguido e liso, com pregas na parte ventral da boca ao umbigo. Dentre a família Balaenopteridae (baleias Minke, Azul, Jubarte, Fin e Sei), é a segunda menor, alcançando em média 13 metros de comprimento e um máximo de 15,5 metros. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos por toda a vida, sendo que seus filhotes podem nascer com aproximadamente 4 metros. Alimenta-se preferencialmente de pequenos peixes que vivem em cardumes, como sardinhas e anchovas.
O esqueleto de uma baleia-de-Bryde pode ser visto na Unidade de Zoologia do Muesc (Museu Universitário do Extremo Sul Catarinense) da Unesc, na Rodovia Gov. Jorge Lacerda 1, Km 4,5 – Sangão – Criciúma. O exemplar da Unesc foi conseguido há quatro anos, depois de ter encalhado na praia da Cigana, em Laguna, com o peso de 12 toneladas e 13 metros de cumprimento. Os ossos do animal foram cuidadosamente preparados e montados, compondo um esqueleto de 1,4 tonelada de peso. Uma réplica em isopor esculpida pelo artista plástico criciumense João Batista Serafim vai ajudar o público visitante do museu a conhecer as características da baleia, que pode ultrapassar os 15 metros.
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