Foto acervo do Museu Nacional Português
O escritor e diplomata português Eça de Queirós (25/11/1845 – 16/08/1900) sempre teve um pé na cozinha e duas mãos à mesa. Em toda sua vasta e importante obra, são constantes as alusões, referências, descrições e citações gastronômicas, seja através de seus personagens ou mesmo em ensaios. Considerado um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, em sua produção literária podem ser encontradas mais de 600 citações sobre o jantar, mais de 200 sobre o almoço e outras tantas sobre a ceia, seja em “O Crime do Padre Amaro”, “O Primo Basílio”, “A capital”, “Os Maias” ou mesmo em “A Cidade e as Serras”. Em 1893, pouco antes de sua morte, em “Notas Contemporâneas”, mestre Eça pesquisou e descobriu como era um jantar Greco-latino na antiguidade.
120 anos depois, a historiadora e gourmet Tupá Guerra Guimarães da Silva, nova colaboradora do “tainha na rede”, revisita a obra e a cozinha do escritor e divide conosco os aromas e sabores de uma dessas receitas.
O escritor e diplomata português Eça de Queirós (25/11/1845 – 16/08/1900) sempre teve um pé na cozinha e duas mãos à mesa. Em toda sua vasta e importante obra, são constantes as alusões, referências, descrições e citações gastronômicas, seja através de seus personagens ou mesmo em ensaios. Considerado um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, em sua produção literária podem ser encontradas mais de 600 citações sobre o jantar, mais de 200 sobre o almoço e outras tantas sobre a ceia, seja em “O Crime do Padre Amaro”, “O Primo Basílio”, “A capital”, “Os Maias” ou mesmo em “A Cidade e as Serras”. Em 1893, pouco antes de sua morte, em “Notas Contemporâneas”, mestre Eça pesquisou e descobriu como era um jantar Greco-latino na antiguidade.
120 anos depois, a historiadora e gourmet Tupá Guerra Guimarães da Silva, nova colaboradora do “tainha na rede”, revisita a obra e a cozinha do escritor e divide conosco os aromas e sabores de uma dessas receitas.
"O peixe, por exemplo pode ser uma tainha. E aqui está como ela se prepara, ó estudiosos. Tomai essa tainha. Escamai e esvaziai. Preparai uma massa bem batida, com queijo (que hoje pode ser parmesão), azeite, gema de ovo, salsa e ervas fragrantes, e recheai com ela a vossa tainha. Untai-a então de azeite e salpicai-a de sal. Em seguida assai-a num lume forte. Logo depois de bem assada e alourada, umedecei-a com vinagre superfino. Servi e louvai Netuno, deus dos peixes...."
(Eça de Queirós, Notas Contemporâneas, 1893)
"Inspirada por Netuno, resolvi desvendar a receita de Eça de Queirós e provar esse curioso peixe com ovo e queijo. O resultado foi espetacular! Além de muito saboroso, ele é bem facil de preparar. Segue o detalhamento da receita!
Ingredientes: 1 tainha (pelo planalto não haviam tainhas disponíveis, então uma boa anchova resolveu a questão)
Para o recheio: 5 colheres de sopa de queijo parmesão 2 colheres de sopa de azeite 1 gema Salsa a gosto Ervas Fragrantes frescas a gosto (aqui vale qualquer erva aromática, eu usei cebolinha, coentro e alecrim pois era o que tinha disponivel no mercado. Caso não tenha ervas frescas, servem as secas mesmo)
Modo de preparo: Pegue o peixe, abra e limpe as entranhas. Reserve.
Para o recheio: Em uma travessa coloque a gema do ovo, o queijo, o azeite e as ervas picadinhas. A quantidade de cada erva vai do gosto de cada um, mas vale lembrar que o alecrim é muito forte, por isso, use com cuidado. Bata bem. Na minha versão ficou uma massa grossa, como a da foto:
"Inspirada por Netuno, resolvi desvendar a receita de Eça de Queirós e provar esse curioso peixe com ovo e queijo. O resultado foi espetacular! Além de muito saboroso, ele é bem facil de preparar. Segue o detalhamento da receita!
Ingredientes: 1 tainha (pelo planalto não haviam tainhas disponíveis, então uma boa anchova resolveu a questão)
Para o recheio: 5 colheres de sopa de queijo parmesão 2 colheres de sopa de azeite 1 gema Salsa a gosto Ervas Fragrantes frescas a gosto (aqui vale qualquer erva aromática, eu usei cebolinha, coentro e alecrim pois era o que tinha disponivel no mercado. Caso não tenha ervas frescas, servem as secas mesmo)
Modo de preparo: Pegue o peixe, abra e limpe as entranhas. Reserve.
Para o recheio: Em uma travessa coloque a gema do ovo, o queijo, o azeite e as ervas picadinhas. A quantidade de cada erva vai do gosto de cada um, mas vale lembrar que o alecrim é muito forte, por isso, use com cuidado. Bata bem. Na minha versão ficou uma massa grossa, como a da foto:
Unte uma forma com azeite e coloque sobre ela o peixe, também untado com azeite. Recheie o peixe com a massa e feche.
Por fora do peixe passe sal e mais azeite e leve ao forno com fogo alto. No meu ficou cerca de 40 minutos, deixe até o peixe estar “alourado”. Pronto. Agora é só se deliciar! Servi acompanhado de arroz e de um creminho de alho-poró. Delicia!
Ps: preparei a receita para um peixe pequeno, basta aumentar as quantidades e fazer para peixes maiores. Ah, se você preparar em casa, me conte depois aqui nos comentários!"
4 comentários:
que delícia andrea!
nham nham, eu quero provar!
Tão lindo ficou o post! To emocionada!
´Nós, do blog, ainda não experimentamos esta receita maravilhosa, mas muito em breve vamos nos deliciar com ela, não é Tupá?
A todos que gostaram, bom proveito!
Postar um comentário