Na segunda-feira, deu tainha na Praia de Cima, Pinheira, em Palhoça(Foto: Grupo Informações da Pesca, Divulgação)
Pesca da tainha em Santa Catarina ultrapassa 500 toneladas em maio
Arrasto de praia e barcos de pesca artesanal tiveram resultados acima do esperado
Por Lariane Cagnini
lariane.cagnini@somosnsc.com.br
A pesca da tainha em Santa Catarina terminou o mês de maio com mais de 557 toneladas de peixe capturados no Estado. O levantamento é da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc), com dados atualizados na manhã desta terça-feira (2). Para a safra deste ano, a expectativa é capturar entre 1,8 mil e 2 mil toneladas de tainha.
O montante inclui a pesca com rede de caceio, tarrafa, rede de arrasto de praia, além das embarcações motorizadas de pesca artesanal, segundo o presidente da Fepesc Ivo da Silva. Depois de um início de temporada fraco, o frio trouxe a tainha para o Estado nas últimas semanas de maio, onde foram registradas as pescas mais expressivas até o momento.
Na quinta-feira (28), foram capturadas mais de 10 mil tainhas na Praia da Vigia em Garopaba, no Litoral Sul. No sábado (30), foram mais de 6 mil na Praia do Santinho, no Norte da Ilha em Florianópolis.
A pesca artesanal embarcada, que começou dia 15 de maio, também teve números melhores mais ao final do mês, explica o gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina Sergio Winckler da Costa.
Até a manhã desta terça-feira, a produção de tainha na modalidade emalhe anilhado registrava 366.154 kg pescados. Esses dados são registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pois esse produto vai para a indústria.
Já a pesca industrial, que começou dia 1º de junho, terá 10 barcos nessa temporada. A cota é de até 50 toneladas por embarcação, e 627,8 toneladas por frota. Por enquanto, ainda não há resultado do primeiro dia de pesca no controle do Mapa.
Para o presidente da Fepesc, ainda é cedo para dizer se safra irá superar as 1.157 toneladas registradas no ano passado, Porém, a expectativa é positiva, desde que os fatores essenciais para a pesca artesanal se mantenham. Entre eles, o frio, que faz as tainhas virem para Santa Catarina, e depois o vento para que elas encostem na praia.
- Com o vento sul e o frio, a tainha vem à procura de água mais quente para desovar. É o corso do peixe, o caminho do peixe, como a gente chama. Quando ele chega em Santa Catarina, se acalma o vento Sul e o frio, a tainha estaciona em alguns lugares - explica Silva.
Cuidados em relação ao coronavírus
Com as medidas de tomadas em Santa Catarina em função do coronavírus, a pesca também deve ocorrer dentro de algumas regras. O distanciamento mínimo, a máscara e o uso de álcool gel 70% passaram a fazer parte do dia a dia dos pescadores.
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