Tainha para todas, virote para as jovens, facão para as que já desovaram... não importa qual nome você usa, as tainhas que ocorrem da Venezuela até a Argentina pertencem a uma única espécie.
A tainha pertence à família Mugilidae e se distribui desde a Flórida a até a Argentina. Para o litoral brasileiro, sempre se acreditou que as encontradas na região sudeste (Rio de Janeiro para o norte) e chamadas de Mugil liza, eram diferentes das tainhas encontradas de São Paulo para o sul, cujo nome científico era Mugil platanus. No entanto, no ano passado, os resultados dos estudos filogenéticos realizados por Siccha-Ramirez e colaboradores mostraram que todas as tainhas que ocorrem desde a Venezuela até a Argentina pertencem à mesma espécie: Mugil liza. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores empregaram a técnica molecular de sequenciamento de DNA. Interessado na técnica?
Imagine-se no supermercado. Cada produto possui um código de barras. A leitura deste código gera informações sobre ele: preço, validade, estoque, etc. Nas tainhas, foi utilizado o “código de barras” situado no DNA mitocondrial, que permite determinar a qual população cada indivíduo pertence. Desta forma, os pesquisadores que analisaram as tainhas chegaram à conclusão que todas elas, além de pertencerem a uma única espécie, representam também uma única população amplamente distribuída. Estes resultados são importantes, pois permitem subsidiar propostas de manejo e uso sustentável dos estoques de Mugil liza na sua área de distribuição. Quer saber mais? Click aqui!
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