As pessoas saem de lá com os grandes peixes enrolados em jornal.
Desfilam pela cidade, felizes com seus peixes.
Cada família tem seu jeito de preparar a Tainha.
Tem Tainha assada na brasa, escalada, recheada e assada de forno, enrolada na folha da bananeira, na telha, etc.
Mas todos têm seu lado bruxo.
Pegam um caldeirão e fazem um caldo que vai virar o principal acompanhamento: o mágico pirão!
Vão colocando no caldeirão de água fervente as cabeças das Tainhas e seus mágicos temperos: tomate, cebola, alho, louro, alfavaca, orégano, cebolinha verde, salsa, colorau, pimenta malagueta e sal.
As casas ficam perfumadas.
O cheiro desses temperos fresquinhos, colocados bem picadinhos, cada um na sua proporção e vez.
A família em volta da mesa esperando esta magia ficar pronta, e típica do manezinho da ilha.
Não se come sozinho a Tainha.
Tainha na Ilha de Santa Catarina é sinônimo de festa, de compartilhar, de convidar, de se encontrar e saborear."
Floranópolis, 2004.
(Ioni de Souza tem 70 anos, é mãe, costureira, dona de casa e contadora de história e estórias. Mora há mais de 60 anos no Saco dos Limões.)
Um comentário:
Bom Dia : A dona Maria falou tanto da Tainha que até me deu água na boca , mas o Preço vendido aqui por uma tainha com Ova , fica a impressão que é só pra os Ricos pois 17,00 o quilo é um absurdo...Peixarias da região da foz do rio Itajaí....
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