quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

MUDANDO DE SEXO


Foto Alcides Dutra

 Todos os peixes da família das garoupas (Serranidae) têm suas gônadas adaptadas para funcionar tanto como fêmea, quanto como macho, porém a primeira maturação é sempre como fêmea. Mas se numa população de garoupas estiver faltando machos, algumas das fêmeas (geralmente as maiores), revertem o sexo e o peixe passa a ser macho para sempre.
O mesmo acontece com badejos, chernes e meros, que são da mesma família.

Assista este vídeo onde nossa equipe encontrou meros com mais de dois metros:

Como todos os membros da subfamília Epinephelinae, as garoupas-gigantes são hermafroditas protogínicos ou seja, vivem inicialmente como fêmeas e a partir de determinada altura e irreversivelmente, convertem-se em machos.

Uma das particularidades deste fenômeno é que, para que uma garoupa fêmea se transforme em macho, é necessário que exista uma pressão populacional de indivíduos de pequeno tamanho que possa induzir as fêmeas de maior porte para o início do processo de inversão sexual. Assim, se numa população de garoupas não existirem juvenis, as fêmeas podem nunca se transformar em machos o que, teoricamente, pode inviabilizar esta população.

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