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Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.
Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.
As mãos do mar vêm e vão,
as mãos do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Por isso chora, na areia,
a espuma da maré cheia.
(Cecília Meireles)
(De "Ou isto ou aquilo", Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil.)
(De "Ou isto ou aquilo", Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil.)
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