o vento dispersa a água,
a pedra detém ao vento.
Água, vento, pedra.
.
O vento esculpe a pedra,
a pedra é taça da água,
a água escapa e é vento.
Pedra, vento, água.
.
O vento em seus giros canta,
a água ao andar murmura,
a pedra imóvel se cala.
Vento, água, pedra.
.
Um é outro e é nenhum:
entre seus nomes vazios
passam e se desvanecem.
Água, pedra, vento.
Octavio Paz, escritor e diplomata mexicano
(Cidade do México, 31 de Março de 1914 — 19 de Abril de 1998)
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