terça-feira, 30 de julho de 2019

MAR DE PESCADOR

Ana Flávia Sallai de Oliveira no movimento dos pescadores (Foto: Arquivo Pessoal)


Mais de mil pessoas fecham Saco da Ribeira no protesto dos pescadores artesanais 

Se não forem atendidos, prometem parar a balsa de São Sebastião/Ilhabela no feriado de 5 7 de setembro 
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Mais de mil pessoas se reuniram por terra e mar no Saco da Ribeira neste sábado (27/07), no primeiro protesto organizado por pescadores artesanais de Ubatuba, fechando parcialmente a Rodovia Rio-Santos (SP-55).

Para Ana Flávia Sallai de Oliveira, pescadora, foi um marco para todos os pescadores por ser o primeiro manifesto da categoria. “Foi muito trabalhoso empoderar o pescador, levar a consciência de que a pesca é parte da cultura ancestral dos povos das comunidades tradicionais”.

Ela cita ainda a dificuldade para conseguir documentação necessária para a regulamentação da profissão, mesmo depois de muitos anos de trabalho. “Somos uma classe que vem sendo tratada como bandidos, estamos pleiteando educação diferenciada para quem não tem acesso ao ensino fundamental”.
Foi marcada uma reunião na prefeitura nesta segunda-feira com representantes das Comunidades Tradicionais (pescadores, caiçaras) protegidos pelo Decreto 6040, que diz que: é função do estado otimizar a pesca e aquicultura, em harmonia com o turismo e a preservação do meio ambiente e biodiversidade, entre outros.

“Se nada for feito, fecharemos a balsa de São Sebastião/Ilhabela. Será um movimento pacífico, mas necessário para que sejamos vistos”, explica. “Foi o começo da luta e união de uma classe”.

As reivindicações da categoria que falam sobre a milha náutica, normativas que precisam ser reformuladas entre outras, foram entregues a Fausto Geraldo Moro Cardoso, secretário de assuntos jurídicos, que representava o prefeito de Ubatuba, Delcio Sato, com o compromisso de ser encaminhado ao governador do estado, João Doria.

“A avaliação do grupo foi que a manifestação foi positiva, pois deram visibilidade aos problemas da categoria para exercer sua profissão. Segunda temos uma audiência com o prefeito para encaminhamento das demandas para esferas superiores e é uma primeira mobilização que se não tiver resultados concretos terão outras provavelmente no feriado de 7 de setembro”, avalia Maurici Romeu da Silva, presidente da Colônia dos Pescadores de Ubatuba.








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