Baleias foram avistadas durante sobrevoo de monitoramento, na manhã desta segunda(Foto: Eduardo Renault / Instituto Australis )
Duas baleias-francas são avistadas em Imbituba, no Sul de Santa Catarina
Ambas são fêmeas adultas e possivelmente estão grávidas, de acordo com diretora de pesquisa do Instituto Australis
Por Redação DC
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Duas baleias-francas foram avistadas na manhã desta segunda-feira (8) em Imbituba, no Sul de Santa Catarina. Este foi o primeiro registro da temporada de monitoramento, que teve início no dia 1º de julho e vai até 30 de novembro.
Segundo Karina Groch, diretora de pesquisa do Instituto Australis, as duas baleias foram vistas de manhã cedo, primeiro na praia da Ribanceira, e em seguida em Ibiraquera. Os locais, que fazem parte da mesma enseada, são onde tradicionalmente há mais ocorrências de avistamentos dentro da região da Rota da Baleia Franca.
Ainda conforme Karina, as duas baleias fotografadas são fêmeas e adultas. Uma delas é conhecida desde 2004, e já teve 4 filhotes em Imbituba. Já a outra é conhecida desde 2013, e já teve 2 filhotes na região.
— Pelo intervalo entre as avistagens, estas baleias possivelmente estão grávidas e devem dar a luz nos próximos dias — acrescenta.
As duas baleias foram avistadas durante o monitoramento realizado pelo Instituto Australis em parceria com a empresa Aquaplan, como parte do Plano de Controle Ambiental do Porto de Imbituba/SCPar.
Expectativa para temporada
O coordenador de pesquisa do Instituto Australis, Eduardo Renault, afirma que a expectativa para esta temporada em Santa Catarina é de que o número de avistamentos fique dentro da média, que é em torno de 100, ou até mesmo abaixo.
Ele explica que isso deve acontecer porque no ano passado houve uma espécie de "boom" de baleias que estariam em pausa reprodutiva nos anos anteriores. Por conta disso, o número de ocorrências em 2018 foi considerado atípico, com o aparecimento de 284 baleias-francas.
Entre os meses de julho e novembro, a espécie deixa a Antártica e usa o litoral de Santa Catarina para acasalar, procriar e amamentar as crias, tornando o Estado a principal área de concentração reprodutiva de baleias-francas na costa brasileira.
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