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Praia de Taquarinhas
Praia intocada de Balneário Camboriú será leiloada por R$ 230 milhões
Por Dagmara Spautz
A Caixa Econômica Federal marcou para a próxima segunda-feira (18) o leilão dos seis lotes da orla de Taquarinhas, a última praia intocada de Balneário Camboriú. O lance inicial é de R$ 230 milhões.
Do total, 5% têm que ser pagos à vista. Os outros 95% podem ser parcelados, por meio de financiamento bancário. Se não houver interesse no primeiro leilão, a área será oferecida mais uma vez.
É o que determina a lei que regulamenta esse tipo de transação. Taquarinhas pertencia a um grupo paranaense, que tinha intenção de construir ali um resort.
Sem autorização para construir, a área foi entregue pela empresa ao banco como garantia de um empréstimo. A construtora não pagou, e os terrenos foram tomados pela Caixa.
O edital do leilão, publicado pelo leiloeiro oficial Schmitz, alerta que a área é de preservação permanente e, para construir no local, é preciso consultar as autoridades competentes.
Taquarinhas aguarda decreto de preservação
Taquarinhas é uma das últimas joias intocadas do Litoral Norte, e o prefeito Fabrício Oliveira (PSB) disse que há intenção de tornar a área um parque ambiental. Ele chegou a enviar um ofício à Caixa, propondo a preservação.
O vereador André Meirinho (PP) mobilizou, nas últimas semanas, a Comissão de Meio Ambiente da OAB, a ONG Ideia e o Laboratório de Gerenciamento Costeiro da Univali para auxiliar a prefeitura na proposição de um decreto. O grupo se reuniu com o prefeito há cerca de duas semanas, colocando-se à disposição. Mas, até agora, o prefeito ainda não publicou o documento que poderia garantir a conservação da praia.
A preservação de Taquarinhas também assunto na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Ivan Naatz (PV) resgatou a proposta de criação de um parque estadual. Uma primeira versão já tramitou na Alesc e chegou a ser analisado em audiência pública. Mas acabou engavetada, depois de ter passado um longo período em análise pelo deputado Marcos Vieira (PSDB), que integrava as comissões de Finanças e Constituição e Justiça. Quando terminou a legislatura do proponente, o então deputado Sargento Soares, foi arquivado.
O novo projeto, apresentado por Naatz, iniciou tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, mas foi encaminhado ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) para parecer técnico. O envio foi a pedido do deputado Onir Mocellin (PSL), líder do governo na Casa.
(Do https://www.nsctotal.com.br/)
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