O "Seival" no porto de Laguna, no começo do século XX, quando viajava como iate comercial, sob o nome de "Garrafão. Comentário do Professor W.L. Rau, foto dos arquivos de Dalmo Mendes Faísca.
Seival foi um lanchão utilizado por Giuseppe Garibaldi na Tomada de Laguna, que culminou com a proclamação da República Juliana, durante a Guerra dos Farrapos. O nome é alusão à vitória na Batalha do Seival, em data anterior à fabricação do barco.
A embarcação foi conduzida por terra, sobre rodas e puxada por juntas de bois, e por água, aproveitando o sistema lacustre costeiro dos estados do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina.
Os lanchões foram construídos para a tomada da cidade de Laguna, que constituía um porto marítimo necessário, pela impossibilidade técnica da conquista do porto de Rio Grande, fortemente defendido pelos imperiais.
A 14 de julho de 1839 os lanchões rumaram a Laguna, sob o comando geral de David Canabarro. O Seival era comandado pelo americano John Griggs, conhecido como "João Grandão", e o Farroupilha II por Giuseppe Garibaldi. Na costa de Santa Catarina, próximo ao rio Araranguá, uma tempestade pôs a pique o Farroupilha, salvando-se uns poucos farrapos, entre eles o próprio Garibaldi.
Finalmente atacam por terra, com as forças de Davi Canabarro, e por água. O Seival entra em Laguna através da Lagoa de Garopaba do Sul, atravessou a Barra do Camacho, na atual cidade de Jaguaruna, passando pelo rio Tubarão e atacando Laguna por trás, surpreendendo os imperiais, que esperavam um ataque de Garibaldi pela barra de Laguna e não pela lagoa. Garibaldi, com o Seival, toma Laguna a 22 de julho de 1839. A 29 deste mês proclamou-se a República Juliana, já que não havia contiguidade territorial com a República Rio-Grandense, para a preservação do porto em mãos republicanas.
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Seival)
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