Pescadores de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, estão preocupados com a queda da pesca de sardinha. O período de defeso, quando fica proibida a atividade, começa no dia primeiro de novembro e a baixa quantidade de pescado tem interferido na economia do município.
"Falam que é a maré, falam que é o tempo ruim e realmente tempo ruim teve mesmo, mas não justifica no mês de outubro, que é o recorde da produção, que é onde dá bastante produção de sardinha, não ter aparecido nada até agora", explicou o armador de pesca, Wilson Serafim dos Reis.
Os números preocupam. Em 2015, foram pescadas mais de 42 mil toneladas de sardinha. Em 2016, o número caiu para 14 mil. E em 2017, diminuiu quase pela metade, com 7 mil toneladas. Esse ano, até agora, a quantidade é ainda menor, cerca de 2 mil toneladas.
O secretário de agricultura e pesca Wagner Junqueira, diz que fenômenos naturais podem explicar a diminuição de sardinha no nosso litoral. "O que nos é dito são fenômenos do aquecimento da água, né, o aquecimento das águas do atlântico sul através do fenômeno 'El Niño' faz com que os cardumes procurem áreas com uma temperatura de água mais adequada a reprodução, a desova, enfim, a um habitat mais interessante para a sardinha".
"O pescador afeta direto, porque ele depende da pesca para levar, sustentar a família, pagar as contas, alimentação, enfim, sustento de família. Na economia afeta diretamente também porque o dinheiro da pesca, ele é deixado diretamente no município, nas lojas, em tudo quanto é lugar, todo estabelecimento depende da pesca também, que é uma das principais fontes de renda do município. Então está afetando diretamente também na economia do município", explicou o diretor operacional da Propescar, Gustavo Rosa.
(Do https://g1.globo.com/)
(Do https://g1.globo.com/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário