Esculturas no fundo do mar
Publicado por João Lara Mesquita
Bolhas num mundo azul, respiração lenta e profunda… Eis que surge diante de teus olhos, uma grandiosidade e beleza sem igual! São as esculturas subaquáticas mais do que especiais de Jason deCaires Taylor.
Nascido em 1974, o europeu Jason deCaires Taylor passou boa parte da infância explorando os recifes de coral da Malásia. Educado no sudeste da Inglaterra, Taylor se formou no Instituto de Artes de Londres, em 1998, com especialização em esculturas. O artista também se formou instrutor de mergulho e construiu uma carreira de mais de 18 anos no mergulho, sendo um premiado fotógrafo subaquático.
Em 2006, Taylor fundou e criou o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo. Situado ao largo da costa de Granada, nas Índias Ocidentais e que faz parte das Top 25 Maravilhas do Mundo pela National Geographic.
Sua mais recente criação é o MUSA (Museo de Arte subacuatico), um museu monumental com uma coleção de mais de 500 esculturas submersas na costa de Cancun, no México.
A arte de Taylor é um exemplo de interação com o mundo marinho que colabora com a conservação do ambiente. Suas obras são inspirações que estimulam a conscientização ambiental e nos leva a apreciar a beleza natural de tirar o fôlego do mundo subaquático.
As esculturas de Taylor oferecem ao mergulhador misteriosos encontros em um outro mundo onde a arte se desenvolve a partir dos efeitos da natureza sobre os esforços do homem. Suas obras permanentes são projetadas para agir como recifes artificiais, atraindo corais, aumentando a biomassa marinha, agregando espécies de peixes, e ao mesmo tempo afastando os turistas dos recifes naturais frágeis.
As obras de Taylor são a síntese de arte e ciência feitas cuidadosamente a partir de pesquisas com materiais ecológicos que promovem ativamente o crescimento de corais, com propriedades de pH neutro inertes, projetadas para durar centenas de anos. Trabalhando com biólogos marinhos, Taylor emprega as mais recentes pesquisas na criação de espaços destinados a incentivar formas específicas de vida marinha.
Embora os mares rasos representem apenas 8% dos nossos oceanos, é onde se encontra a maioria da vida marinha. Ao situar suas esculturas em áreas rasas e claras, Taylor não só reproduz as condições necessárias para estimular o crescimento do coral, mas garante a mergulhadores e a barcos com fundo de vidro, a oportunidade de ver suas obras em uma beleza sem igual.
Como no mundo subaquático tudo é ampliado em 25% devido a refração da luz, as cores são alteradas e a única fonte de luz vem dos efeitos caleidoscópicos da superfície, o universo criado no entorno das esculturas é realmente especial.
“Considerando a arte fora das paredes brancas de uma galeria de arte, as obras subaquáticas propõem ao espectador uma sensação de descoberta e participação. Uma verdadeira experiência sensual, multi-dimensional e livre dos limites da gravidade, oferecendo uma visualização de uma perspectiva íntima e pessoal”.
(Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho de Taylor basta acessar o site do artista).
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