Conheça a história do navio Calypso
Quem nunca ouviu falar do Calypso? É quase impossível que alguém não conheça esta lenda viva, que pertenceu a outro personagem legendário: Jacques Ives Cousteau. Conheça o histórico
Cronologia do Navio Calypso
O caça- minas J 826
O barco é um caça- minas construído nos Estados Unidos, para os ingleses. Foi pra água pela primeira vez em 1942, batizado de J 826. Durante o conflito serviu no Mediterrâneo. Acabada a guerra o navio foi vendido, rebatizado como Calypso, seu porto passou a ser Malta, onde transportava passageiros de uma ilha para outra.
Cousteau, o inventor
Na Antártica
Jacques Cousteau foi oficial da Marinha francesa. Seu primeiro filme submarino foi feito durante a guerra, em 1942, sem equipamento nenhum, apenas com mergulhos livres. Logo em seguida, em companhia do engenheiro Emile Gagnan, acabou como co-inventor do aqualung tal qual o conhecemos hoje. Cousteau também construiu uma câmera a prova d’água para seu primeiro filme.
Encontro em Malta
Atracado
Ao término do conflito Cousteau começou a procurar um barco. Acabou encontrando o que procurava em Malta. A esta altura, o barco já tinha o nome de Calypso, tirado do poema Odisseia, onde Homero relata as façanhas do guerreio Ulisses na guerra de Tróia.
Barco super equipado
Com ajuda do político e milionário inglês Loel Guinnes, que comprou o navio, e o alugou a preço simbólico, Cousteau reformou-o para suas expedições. A primeira delas foi para o Mar Vermelho. Calcula-se que Cousteau navegou mais de um milhão de milhas com este barco.
O cineasta Cousteau
Jacques Cousteau produziu mais de 70 documentários, ganhando diversos prêmios como o Emmy; a Palma de Ouro do Festival de Cannes, por duas vezes; o International Documentary Association e, finalmente, o Oscar de melhor documentário de longa metragem, em 1956, com o filme O mundo Silencioso.
Cousteau e Calypso na Amazônia
(foto: raridades.com)
Em 1982 Cousteau iniciou sua expedição pelo Amazonas. Ela demorou 2 anos, e foi feita com três equipes. Uma, com o Comandante Cousteau a bordo do Calypso, subiu o Amazonas; outra liderada pelo filho, Jean Michel, viajou por terra até os Andes em busca da nascente do rio; o terceiro grupo seguiu por terra e por ar, com a missão de descobrir os limites da Amazônia.
Boto-cor-de-rosa (foto: uol.com.br)
Naufrágio em Cingapura
Em 1996 o Calypso estava no porto de Singapura, pronto para uma expedição pelo Rio Amarelo, quando foi abalroado por uma balsa e naufragou. Posteriormente o barco foi trazido à tona, e enviado para a França, para o porto Concarneau onde, nos estaleiros Piriou, seria restaurado.
A morte do mitológico Capitão
Inicio dos reparos
Um ano depois de naufrágio em 1997, Cousteau morre aos 87 anos. A partir deste ponto uma série de reveses colocaram em risco restauração do icônico barco. Primeiro houve uma disputa entre a segunda mulher do navegador, Francine Cousteau, e os filhos dele. Mais tarde o conflito foi entre a Cousteau – custodians of the sea e o estaleiro. Por esta época foi tentada uma petição pública que também não deu certo.
Janeiro de 2005 – início da volta ao mar
Equipamento do Calypso (foto:selenafes.com)
Em agosto de 2005 o Carnival group concorda em restaurar o navio, mante-lo na ativa por 50 anos, e ainda criar o Cousteau Center, no Caribe. Loel Guinnes concorda com o projeto, e vende o barco por 1 euro para a equipe Cousteau. Em seguida a Fundação Cousteau consegue levantar 2 milhões de euros para a reforma.
Reconhecimento oficial pelo Governo da França, e final feliz
Graças a uma iniciativa de Gérard d’Aboville o Calypso é aprovado como “barco de interese histórico” pelaFondacion du Patrimoine Maritime et Fluvial (FPMF). Ao final do primeiro trimestre de 2016, o Calypso finalmente vai deixar o estaleiro e navegar soberano mais uma vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário