Foto Vasco Célio/F32 |
Postado por Manuela Luiza
(Matéria sugerida pelo acadêmico João Diniz)
Em alguns locais do mundo os bancos naturais de ouriço-do-mar já foram explorados a exaustão e os países que são grandes consumidores desta iguaria, como o Japão ou a França, começam a procurar alternativas. É com base nesta constatação que surge o projeto Ouriceira, uma iniciativa conjunta da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche do Instituto Politécnico de Leiria, da Universidade de Évora e da Faculdade de Ciências de Lisboa. O projeto foi apresentado por José Lino, professor desta faculdade, durante o recente Festival do Ouriço, na Ericeira. Seu objetivo é caracterizar a captura e desenvolver técnicas de cultivo em cativeiro e de repovoamento em zonas que já são muito exploradas.
O que se come do ouriço-do-mar são as gônadas e o seu valor é maior entre janeiro e abril, quando se encontram mais desenvolvidas. Isto significa, naturalmente, que a captura compromete os futuros estoques, impedindo a reprodução natural dos ouriços. O incremento na procura mundial pelo ouriço tem intensificado sua exploração, aumentando a urgência de estudos que possam ajudar no manejo dos bancos naturais e no desenvolvimento do pacote tecnológico para o cultivo da espécie. Segundo dados da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, em 2014 foram comercializadas cerca de 9 toneladas de ouriço na região. Na ocasião foram liberadas 211 licenças, o triplo quando comparado ao número de licenças requisitadas no ano de 2003. O projeto Ouriceira, começará em Janeiro de 2016 e terá uma duração prevista de 36 meses. Se, com maior conhecimento e investigação neste domínio, Portugal conseguir vencer problemas como a alta mortalidade e a disponibilidade de juvenis para a engorda terá, segundo os especialistas, boas condições para se juntar ao grupo de países produtores que existe hoje no mundo, como o Chile, o Canadá, os Estados Unidos, a Noruega, a Rússia ou o Japão.
(Do http://www.observasc.net.br)
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