domingo, 21 de janeiro de 2018

MAR DE VERÃO? MAIS DO MESMO!

Foto: Diorgenes Pandini / Diário Catarinense

Moradores e turistas se preocupam com poluição de rio que deságua em Canasvieiras 

Moradores e turistas que frequentam a Praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha, estavam preocupados com o mau cheiro vindo do Rio do Bráz (que deságua no mar), na manhã deste sábado. Um banco de areia que impedia a entrada da água na praia foi retirado na quinta-feira (18) pela comunidade por causa dos alagamentos. 

Alguns moradores relataram que o banco de areia se forma naturalmente, mas que pela força d'água é normal que deságue no mar. O problema, na avaliação deles, não é o encontro do rio com o mar e sim o esgoto que pode estar sendo despejado no rio, uma vez que o odor tem sido perceptível.

— Pelo cheiro a gente acha que tem esgoto aí, não dá para pisar nessa água, eu não tenho coragem — disse um morador de 52 anos.

Uma turista de Brasília arriscou a atravessar pela parte mais rasa, perto da areia da praia, mas não tem certeza se a água é tratada. 

— Fui para o outro lado tomar banho porque lá a água do mar está mais limpa, só que dá receio de passar pelo rio — comentou Tatiana Ximendes, de 44 anos.

O casal de turistas gaúchos Raul Schultz, 56, e Dolores Estrasulas, 50, que costuma veranear na Ilha, preferiu não visitar a praia vizinha, pois estava sentindo o mau cheiro a uma longa distância. 

— Aquele esgoto ali está estranho, a água está com cheiro ruim. Nós caminhamos até lá e não atravessamos, hoje nem tentamos — disse Schultz.

Os banhistas ouvidos pelo DC também não encontraram placas que indicassem falta de balneabilidade na praia. Segundo a Fundação do Meio Ambiente (Fatma), havia sinalização e o único ponto próprio para banho no trecho é na praia de Cachoeira do Bom Jesus. 

O superintendente de Habitação e Saneamento da prefeitura, Lucas Arruda, disse ao DC que a barreira de areira retirada por moradores havia se formado naturalmente ao longo dos últimos dois anos e considerou o ato ilegal. Ele acredita que a barreira deve se formar naturalmente nos próximos dias.

— O rio já está trabalhando sobre a influência da maré, o que a comunidade fez não teve resultado, já havia desaguado a água daquela região. Estamos fazendo analise e monitorament. Porém, depois que abre um rio para a praia, sempre há problema de balneabilidade — ressaltou Arruda. 

A Fatma disse, por meio da assessoria, que o monitoramento é mensal e que o órgão não foi acionado após a abertura do rio. No entanto, reforça que o local não é próprio para banho. 

(Do http://dc.clicrbs.com.br/)

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