sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

FIM DAS REDES FANTASMA?



 Postado por Manuela Luiza

É comum a morte de animais marinhos devido a pesca fantasma, que nada mais é que o lixo derivado em grande parte da pesca que é perdido no mar e continua a pescar por enroscamento. Mamíferos , peixes e tartarugas são as vítimas mais comuns por se tratarem de alvos maiores, e , em alguns casos mais curiosos. Um estudante de engenharia de Barcelona pode ter encontrado uma solução inteligente para essa questão. Alejandro Plasencia criou um protótipo de uma rede de pesca biodegradável e rastreável.

O projeto se chama Remora, o nome é inspirado nos peixes rêmora, que se fixam em tubarões e tartarugas realizando uma verdadeira faxina nestes animais aocomerem parasitas e restos de sua alimentação. Este é o objetivo de Remora, limpeza dos oceanos. O projeto possui duas vertentes que juntas poderiam solucionar grande parte do problema de poluição derivada da pesca. O sistema de identificação por rádio freqüência e uma aplicativo disponível aos smartphones e tablets modernos, poderá ajudar os pescadores a encontrarem as suas redes espalhadas pelo mar, recuperando-as antes que se tornem "redes fantasma", o que geraria uma grande economia na cadeia produtiva e maior sustentabilidade do setor futuramente. O rastreamento funciona através de uma etiqueta plástica laranja e amarela, com o chip RFID integrado, que pode ser ligada às redes já existentes. O leitor, em combinação com a aplicação, permite aos pescadores detectar, recuperar e consertar as redes de forma mais eficiente, ou declará-las perdidas, informando às ONGs sobre a perda para a proteção da biodiversidade marinha. A segunda vertente é a rede biodegradável que é capaz de se desintegrar totalmente em quatro anos. A rede projetada por Plasencia além de ser biodegradável já possui os sensores de rastreio, que ajudam pescadores a localizá-la através do aplicativo, caso percam-na no mar. A inovação tem como objetivo não só a mitigação da pesca fantasma, mais também do acúmulo de toxinas no oceano, que formam a conhecida " sopa plástica".

O projeto Remora foi finalista no James Dyson Foundation Award.


(Do http://www.observasc.net.br/pesca/index.php/noticias/2014-10-10-18-59-45/1526-2015-02-09-22-30-00)

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