quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A LUA E O MAR


A Lua e os Oceanos
Once in a blue moon

Lua cheia, maré cheia. A Lua e os Oceanos, um caso de atração
A Lua e os Oceanos: pela primeira vez desde agosto de 2012, uma lua cheia especial aparece em nossos céus. Ela é chamada de lua azul. O fenômeno relativamente raro ocorre, em média, uma vez a cada dois anos e meio. E só deve se repetir em janeiro de 2018.

Ao contrário do que o nome sugere, é pouco provável que a lua fique, de fato, azulada. O termo teria se originado da expressão em inglês once in a blue moon, usada para designar um acontecimento raro.

Sexta feira, 31 de julho de 2015, último dia do mês e dia de Lua Cheia. A segunda Lua Cheia do mês, a tão falada Lua Azul.

A expressão “Lua Azul” tem sido usada há pelo menos 400 anos

A expressão “Lua Azul” tem sido usada há pelo menos 400 anos, mas não como sendo a segunda Lua Cheia do mês. Este significado nasceu de um erro ocorrido em 1946 e se tornou popular nos últimos 20 anos.

Ao longo da história recente da humanidade, esse termo tem sido usado de diferentes formas…

No século XVI dizer que a Lua era azul significava exprimir algum tipo de exagero. Dizia-se: “fulano é tão desligado que poderia falar que a Lua é azul!” Esse conceito levou a outra expressão que indicava uma probabilidade bem remota de algo acontecer. Por exemplo, no século XVIII, dizia-se: “eu pagarei minha dívida com você quando a Lua estiver azul!”

Já houve algumas vezes em que a Lua se tornou azul de fato

Apesar de parecer estranho, já houve algumas vezes em que a Lua se tornou azul de fato. Em 1883, quando o vulcão Krakatoa explodiu na Indonésia, a atmosfera ficou carregada por partículas de poeira e cinzas vulcânicas que fizeram o pôr do Sol ficar esverdeado e deixaram a Lua azul no mundo todo por quase dois anos!

Em tempos mais modernos a expressão Lua azul se tornou um sinônimo de coisa rara.

A Lua não vai ficar azul, mas isso não é motivo para não sair de casa para admira-la. Uma Lua Cheia, em uma noite limpa faz bem de ver e, quem puder, de fotografar.

Normalmente, os meses têm uma única lua cheia, já que o ciclo lunar dura em torno de 29,5 dias. Só quese dividirmos este número pelos 365,2 dias do ano, teremos em torno de 12,3 luas cheias anuais. De tempos em tempos, devido ao acúmulo destes “0,3” e à variação do número de dias nos meses (28 a 31), um ano como 2015 acaba tendo 13 luas cheias.

Lua cheia, maré cheia

As marés alta e baixa estão ligadas à força de gravitacional da Lua e da Terra.

A Lua atrai os corpos em sua direção – todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente, a mudança é mais visível. Quando a Lua e a Terra estão alinhadas, a Lua exerce atração, no ponto mais próximo, sobre a água do mar.

O puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes

O puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes, que são sólidos, mas afeta consideravelmente a superfície dos oceanos devido à fluidez, com grande liberdade de movimento, da água. A cada dia, a influência lunar provoca correntes marítimas que geram duas marés altas (quando o oceano está de frente para a Lua e em oposição a ela) e duas baixas (nos intervalos entre as altas).
Osmar Möller Júnior professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande explica:

Em um determinado momento, quando se estiver “embaixo” da Lua, haverá maré alta. Cerca de seis horas mais tarde, a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua, e ele terá maré baixa. Dali a mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua, e terá maré alta novamente. “Como a Terra segue girando, a rotação faz com que um mesmo ponto passe pela maré alta e pela baixa, em ciclos de 12 horas e 25 minutos, aproximadamente”, , explica o professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande (FURG) Osmar Möller Júnior..

Também a força gravitacional do Sol interfere nas marés, apesar de menos intensamente. Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar – isso torna as marés mais altas.

(Do https://marsemfim.com.br/)

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