quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

MAR DE CIMA

Imagem captada pela Nasa durante uma chuva de meteoros em 2001 - NASA

Chuva de meteoros de gemínidas terá pico na madrugada desta quinta-feira

Expetativa é que até 120 estrelas cadentes sejam registradas por hora

POR O GLOBO

RIO — Os que acreditam nos pedidos ao avistarem uma estrela cadente podem preparar uma lista para a noite desta quarta-feira e a madrugada de quinta-feira, o pico da gemínidas. Esta chuva de meteoros, que acontece desde o dia 4 e vai até o dia 17, é considerada uma das principais do calendário anual, tanto em número como intensidade do brilho. E neste ano a observação será beneficiada pela lua minguante, que será apenas um fino risco no céu.

— Com as perseidas em agosto sendo prejudicadas pela Lua cheia, as gemínidas serão a melhor chuva deste ano — comentou Bill Cooke, do departamento de Mereoroides da Nasa. — A Lua fina não vai atrapalhar o show.

De acordo com o Calendário de Chuvas de Meteoros da Organização Meteorológica Internacional, o pico da gemínidas será às 04h30 desta quinta-feira, pelo horário de Brasília. No Hemisfério Sul, o radiante — ponto de onde os meteoros parecem surgir — já será visível a partir das 22h desta quarta-feira. A expectativa é que no pico cerca de 120 meteoros sejam registrados por hora.

Como o nome indica, a gemínidas se concentra na constelação de Gêmeos. A melhor forma para localizá-la no céu é procurar as “Três Marias”, nome popular do cinturão de Órion. Seguindo uma linha imaginária perpendicular ao alinhamento delas, encontra-se Castor e Pólux, as duas estrelas mais brilhantes da constelação.

Diferente de outras chuvas de meteoros, a gemínidas acontece pela passagem da Terra pela poeira deixada por um asteroide, não por um cometa. O 3200 Faetonte é um asteroide que, num distante passado, foi um cometa de órbita curta, atualmente de apenas 1,52 ano. Esse é um dos motivos para a gemínidas ser mais brilhante que outras chuvas de meteoros. Os meteoroides de gemínidas são fisicamente mais firmes, resistentes e densos que a poeira típica dos cometas, então resistem por mais tempo na estrada na atmosfera.

Esses pequenos fragmentos, do tamanho aproximado de grãos de feijão, cruzam a atmosfera a cerca de 120 mil km/h. Mas eles não oferecem ameaça, pois praticamente todos se queimam antes de tocar o solo.

O fenômeno será observável a olho nu de qualquer região do país, dependendo das condições meteorológicas. De acordo com a previsão do Climatempo, o Rio de Janeiro terá noite com poucas nuvens. O ideal é procurar um local afastado dos grandes centros, já que a poluição luminosa prejudica a observação.

(Do https://oglobo.globo.com/)

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