quarta-feira, 20 de setembro de 2017

MOVIMENTO DOS MARES

Faixa de areia sumiu na Praia do Matadeiro, em Florianópolis
Foto: Diorgenes Pandini / Diario Catarinense

Ressaca em Florianópolis segue na mesma intensidade até sexta-feira 

A Defesa Civil de Florianópolis segue monitorando a situação das praias foram afetadas pela maré alta e pela ressaca na Ilha de Santa Catarina. Segundo Luiz Eduardo Machado, diretor da entidade, a situação deve continuar com a mesma intensidade até sexta-feira. Apesar da situação das praias do Morro das Pedras e Matadeiro, no Sul da Ilha, assustar os moradores, os locais mais atingidos, do ponto de vista de danos à construção, são Ingleses, Canasvieiras e Praia Brava:

— Do ponto de vista de prejuízos, o Norte da Ilha é o mais afetado, por ser mais urbanizado e ter mais atividade comercial e turística. No Sul da Ilha temos um problema mais pontual, que também carece de atenção, principalmente na questão da estrada, já que se ocorrer uma interrupção da faixa de rolamento vai prejudicar a trafegabilidade do local — explica Machado.

Na última quinta-feira, a Prefeitura de Florianópolis publicou um decreto de situação de emergência no Diário Oficial do município por conta dos danos provocados pela ressaca. O decreto é válido por 180 dias e, além de solicitar recursos ao governo federal para recuperar as áreas atingidas, autoriza o poder público a adentar nas faixas de áreas classificadas como Áreas de Preservação Permanentes (APPs) para fazer reparos emergenciais. 
Monitoramento no Sul da Ilha

No Morro das Pedras, a maior preocupação nesta quarta-feira, 20, são três postes de energia elétrica que estão na área atingida pelo mar. A Celesc já foi acionada para tomar providências preventivas. A rodovia SC-406 continua com um bloqueio parcial no acostamento desde segunda-feira, consequência de uma rachadura provocada pela erosão do solo.
Foto: Diorgenes Pandini / Diario Catarinense

Já a praia do Matadeiro, também no Sul da Ilha, que geralmente apresenta uma extensa faixa de areia de pelo menos 30 metros, foi tomada pela água, que chega à porta do tradicional Bar do Alécio. De acordo com Machado, a maior preocupação no local é com o posto guarda-vidas, que precisa ser recolocado antes da temporada.

Machado também descarta a possibilidade de enrocamento na praia do Morro da Pedras, isso é, a colocação de pedras na orla da praia, como foi feito na praia da Armação em 2010:

— Não há possibilidade nem previsão de nenhum tipo de enrocamento no Morro das Pedras, está descartado, não há necessidade. No momento, também não há risco do rompimento do cordão litorâneo para salinização da Lagoa do Peri. As situação no Morro das Pedras é bem pontual, nossa preocupação é com a estrada e com o abastecimento de energia. Os órgãos responsáveis já estão cientes e tomando as medidas cabíveis — destaca.

(Do http://dc.clicrbs.com.br/)

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