Não há previsão de quanto tempo deve levar para ocorrer a decomposição total, mas todo o período será monitorado
Foto: Projeto Baleia Franca/Instituto /Australis / Divulgação
Baleia encontrada morta na Guarda do Embaú, em Palhoça, não será enterrada nem removida da praia
A baleia encontrada morta na tarde de domingo na Guarda do Embaú, em Palhoça, não será removida da praia e nem enterrada, segundo a Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O animal era um macho adulto, com cerca de 13 metros, e encalhou em adiantado estado de decomposição; Por isso, a causa da morte e a espécie não foram identificadas, mas a suspeita é que seja uma baleia-de-bryde. A área onde está o corpo do animal será sinalizada e a decomposição observada para realização de pesquisas.
O local onde está o corpo da baleia, a Prainha, é de difícil acesso. De acordo com a Fatma, não há moradores próximos e poucos visitantes frequentam o local, que fica dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. A área será sinalizada e os guarda-vidas locais vão ajudar a Fatma e a Polícia Militar Ambiental no monitoramento diário por meio de fotos e vídeos.
A decisão de não remover o corpo da praia leva em consideração o peso do animal, cerca de 13 toneladas, e a dificuldade de acesso ao local, impossibilitando a chegada de máquinas para realizar o procedimento. Não há previsão de quanto tempo deve levar para ocorrer a decomposição total, mas todo o período será monitorado e o processo poderá ser utilizado em pesquisas.
A área deve ser evitada pela população, tanto o uso da areia como do mar. Também é importante não se aproximar do local e observar as informações das placas que serão colocadas nos próximos dias.
Por meio de nota, a Fatma explica que a decisão foi tomada em conjunto por técnicos da fundação, da Udesc, do Projeto Baleia Franca, da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca e da Prefeitura de Palhoça, que estiveram no local nesta quarta-feira. O Corpo de Bombeiros também foi consultado sobre a decisão.
Foto: Projeto Baleia Franca/Instituto /Australis / Divulgação
Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos
Após a localização do animal, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos foi acionado. A atividade é conduzida pelo Ibama desde agosto de 2015 e tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos.
No caso de animais mortos, como a baleia encontrada em Palhoça, é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas como pesca, embarcações e óleo.
A atividade é uma condição do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras para exploração do Pré-Sal da Bacia de Santos. No projeto, são monitorados mais de 2 mil quilômetros de orla entre o Rio de Janeiro e Laguna, em Santa Catarina. A Univali é responsável pela coordenação e execução das atividades junto a uma rede de instituições que atua ao longo do litoral.
(Do http://dc.clicrbs.com.br/0
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