sexta-feira, 3 de março de 2017

MAR DE BALEIAS

Baleia encontrada morta na Guarda do Embaú, em Palhoça, não será enterrada nem removida da praia Projeto Baleia Franca/Instituto /Australis / Divulgação/Divulgação
Não há previsão de quanto tempo deve levar para ocorrer a decomposição total, mas todo o período será monitorado
Foto: Projeto Baleia Franca/Instituto /Australis / Divulgação 

Baleia encontrada morta na Guarda do Embaú, em Palhoça, não será enterrada nem removida da praia

baleia encontrada morta na tarde de domingo na Guarda do Embaú, em Palhoça, não será removida da praia e nem enterrada, segundo a Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O animal era um macho adulto, com cerca de 13 metros, e encalhou em adiantado estado de decomposição; Por isso, a causa da morte e a espécie não foram identificadas, mas a suspeita é que seja uma baleia-de-bryde. A área onde está o corpo do animal será sinalizada e a decomposição observada para realização de pesquisas.

O local onde está o corpo da baleia, a Prainha, é de difícil acesso. De acordo com a Fatma, não há moradores próximos e poucos visitantes frequentam o local, que fica dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. A área será sinalizada e os guarda-vidas locais vão ajudar a Fatma e a Polícia Militar Ambiental no monitoramento diário por meio de fotos e vídeos. 

A decisão de não remover o corpo da praia leva em consideração o peso do animal, cerca de 13 toneladas, e a dificuldade de acesso ao local, impossibilitando a chegada de máquinas para realizar o procedimento. Não há previsão de quanto tempo deve levar para ocorrer a decomposição total, mas todo o período será monitorado e o processo poderá ser utilizado em pesquisas. 

A área deve ser evitada pela população, tanto o uso da areia como do mar. Também é importante não se aproximar do local e observar as informações das placas que serão colocadas nos próximos dias.

Por meio de nota, a Fatma explica que a decisão foi tomada em conjunto por técnicos da fundação, da Udesc, do Projeto Baleia Franca, da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca e da Prefeitura de Palhoça, que estiveram no local nesta quarta-feira. O Corpo de Bombeiros também foi consultado sobre a decisão. 
Foto: Projeto Baleia Franca/Instituto /Australis / Divulgação

Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos

Após a localização do animal, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos foi acionado. A atividade é conduzida pelo Ibama desde agosto de 2015 e tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos.
No caso de animais mortos, como a baleia encontrada em Palhoça, é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas como pesca, embarcações e óleo.
A atividade é uma condição do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras para exploração do Pré-Sal da Bacia de Santos. No projeto, são monitorados mais de 2 mil quilômetros de orla entre o Rio de Janeiro e Laguna, em Santa Catarina. A Univali é responsável pela coordenação e execução das atividades junto a uma rede de instituições que atua ao longo do litoral. 

(Do http://dc.clicrbs.com.br/0

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