Foto Fernando Alexandre |
Barcos que conseguiram direito de pescar tainha na Justiça são apreendidos por captura em área irregular
Embarcações serão multadas em R$ 1,4 milhão por crime ambiental
O Ibama apreendeu na manhã desta segunda-feira em Porto Belo 70 toneladas de tainha capturadas por embarcações catarinenses em área proibida no Rio Grande do Sul. Os dois barcos, da pesqueira Pioneira da Costa, estão entre os que tiveram a licença negada pelo Ministério da Agricultura, no início de junho, e receberam autorização para captura por ordem judicial. A multa para a empresa será de R$ 1,4 milhão por crime ambiental.
A pesca ilegal foi descoberta através do sistema de rastreamento por satélite que indica ao órgão ambiental a localização exata dos barcos e detalhes como a velocidade em que estão _ o que informa se estão em operação de cerco para captura. Segundo Sandro Klippel, coordenador do Ibama Itajaí, responsável pela operação, os dois barcos pescaram a menos de 10 milhas da costa gaúcha, o que é proibido por lei.
Doação
Toda a carga apreendida será doada ao projeto Mesa Brasil, que distribuirá as tainhas para entidades beneficentes no Estado. Os barcos apreendidos ficarão sob tutela da Pioneira da Costa, mas não poderão ser utilizados.
Armadores catarinenses entraram na Justiça depois que todas as embarcações que apresentaram documentação ao Ministério da Agricultura tiveram as licenças negadas porque, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, fizeram capturas em área irregular na última safra, em 2015. Apenas dois barcos que não haviam pescado no ano passado receberam autorização, numa "terceira chamada" publicada em Diário Oficial.
A negativa causou revolta e prejuízo para o setor industrial, que contava com uma captura de peso, semelhante à da pesca artesanal que bateu recorde este ano.
No fim do mês passado a Justiça passou a conceder mandados de segurança que beneficiaram cerca de 30 embarcações em Santa Catarina.
O advogado da empresa Pioneira da Costa não foi encontrado nesta manhã para comentar o caso.
(Do www.clicrbs.com.br)
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