Das ilhas de cada um
à ilha de todos
há mais do que podem
as pontes; um olho
maroto se esconde
onde?
Da ilha de todos
às ilhas de cada um
há mais do que póvoa
e poste; um olho maroto se esconde
onde?
Da ponte de ontem
à ponte de hoje
há sempre a sobra
de muito que falta.
Um olho
maroto se esconde
onde?
Canoa de faz-de-conta
ou jogo de cabra-cega
– só não vê quem não quer –,
o lobo se esconde
onde?
Será na casa do povo?
Será no bolso dos tolos?
De ponte em ponte,
de poste em poste,
impõe-se a todos
o sufrágio do logro.
Pode?
(Alcides Buss)
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