Foto Pedro Mansur Sesterhenn
Secretaria da Agricultura mantém interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em SC
As áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina continuam interditadas. A Secretaria da Agricultura e da Pesca mantém a proibição da retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar. A alta concentração de algas já causa manchas vermelhas no mar, principalmente no litoral norte.
Nesta quarta-feira, 3, técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, e do Laboratório Laqua-Itajaí/Ifsc sobrevoaram o litoral catarinense e observaram manchas vermelhas ao longo da costa, principalmente entre Sambaqui e Barra do Sul. Segundo o representante do Laboratório Laqua-Itajaí/Ifsc, doutor Luis Proença, este é um fenômeno inédito em Santa Catarina devido à intensidade e extensão das manchas vermelhas.
Como existe a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves, a Secretaria da Agricultura interditou todo o litoral catarinense de forma preventiva na última quinta-feira, 26. O médico veterinário da Cidasc, Pedro Sesterhenn, explica que a desinterdição do litoral ainda não aconteceu por causa da flutuação das algas, o que não dá segurança de que as áreas estejam totalmente livres de contaminação.
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2014, 2008 e 2007.
Novas coletas de ostras e mexilhões são realizadas periodicamente para monitoramento das áreas de produção e os resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição das áreas afetadas.
Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias, independente de tratamento médico.
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