Em nossos mergulhos noturnos, é comum encontrar a raia-viola, tão mansa que pode se deixar tocar. Não o fazemos para não estressá-la.
As vezes estão em grupos, que durante o dia costumam se cobrir de sedimento, ficando completamente invisíveis. Mas esta defesa não tem utilidade diante das monstruosas redes de arrasto, e a sobrepesca as colocou na lista de peixes em perigo de extinção.
As fêmeas “grávidas” se concentram durante o verão para dar a luz a poucos filhotes que já nascem formados, num acontecimento que podemos descrever como um tipo de parto coletivo, numa maternidade submarina. Se forem pescadas neste fase, os filhotes são abortados e podem até nadar por uns momentos, mas costumam morrer logo.
Por isso é importante investigar o fundo do mar, na tentativa de encontrar pelo menos alguns destes santuários reprodutivos. Isto possibilitaria estabelecer mecanismos de proteção, dando segurança para as mães e seus filhotes durante este período sagrado.
Texto: Alcides Dutra
Local: Ilha do Xavier - Florianópolis - SC - Brasil.
Imagem: Hugo Marcondes
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